quarta-feira, 31 de julho de 2019

Bispos das Pastorais Sociais aprofundam o Ensino Social da Igreja a partir dos Santos Padres



Um grupo de 15 bispos participou de 29 a 30 de julho, do 4º Encontro Formativo dos Bispos da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Sociotransformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e referenciais e animadores das pastorais sociais nos regionais, organismos e do Setor de Mobilidade Humana da entidade. O encontro ocorreu no Centro Cultural Missionário em Brasília (DF).
O bispo de Marabá (PA), dom Vital Coberlini, aprofundou com os bispos o tema “Ensino Social da Igreja a partir dos Santos Padres”. Com mestrado e doutorado no tema, ele reforçou que a atual Doutrinal Social da Igreja Católica tem como ponto referencial o pensamento dos Santos Padres, desde Leão XIII até o papa Francisco.
Em sua análise, dom Corbelini destacou temas centrais do ensino social da Igreja a partir dos Santos padres. Segundo ele, a questão humana é o ponto de partida. “O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus”, disse. Depois, a questão da fome. “Como podemos partilhar e ajudar os pobres e necessitados?”, disse.
Dom Corbelini explicou que a partir da questão da ajuda aos pobres surgiu também a questão da partilha dos bens. Decorre daí a ideia da propriedade privada como um direito de todos, mas que tem uma função social. “O pensamento social da Igreja afirma que o verdadeiro proprietário é Deus, e o ser humano é administrador”, disse.
Se a gente tem essa consciência, disse o bispo, vai ajudar mais os pobres e necessitados. “A nossa missão é esta e é, inclusive, um dos pontos centrais das Novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2019-2023: a opção pelos pobres”, ressaltou.
Caridade – Dom Vital lembrou que a caridade é a maior virtude humana apontada pelos Santos Padres e consagrada na Doutrina Social. “O pensamento social da Igreja ajuda-nos a viver bem hoje e a iluminar, a partir das Sagradas Escrituras e da Eucaristia, a nossa atuação como pastores junto ao nosso povo dando atenção para todos mas, sobretudo, aos mais necessitados como Cristo desejou”, concluiu.

O bispo de Brejo (MA) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Sociotransformadora, dom José Valdeci Santos Mendes, destacou a relevância de estudar sobre o pensamento dos Santos Padres. “Como é importante beber nesta fonte, no testemunho e na coragem que tiveram os Santos Padres em cada época diante de tantas questões e injustiças. É importante para continuarmos lutando pela justiça e pela vida, ativos e firmes sendo presença profética nas pastorais, organismos, em nossas comunidades e regiões”, disse.
Durante o encontro, os bispos relataram as experiências e realidades em que atuam, bem como refletiram sobre os desafios das pastorais sociais nos regionais e dioceses. Também foi pensada a agenda de atividades 2020 e feitos encaminhamentos sobre a 6ª Semana Social Brasileira.

Também participaram do encontro, o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Sociotransformadora da CNBB, frei Olávio Dotto, o representante da Pastoral Operária, Jardel Lopes e o padre Thierry Linard, do Observatório de Justiça Socioambiental Luciano Mendes de Almeida.
Com a colaboração de Jardel Lopes
Fonte:CNBB



terça-feira, 30 de julho de 2019

Bispos repudiam massacre em presídio de Altamira e pedem respeito à dignidade humana

 
Diante do massacre ocorrido na última segunda-feira, quando 57 detentos foram assassinados durante uma rebelião no Centro de Recuperação Regional de Altamira (PA), os bispos do Regional Norte 2 da CNBB expressaram seu “repúdio à toda e qualquer forma de violência e desrespeito à dignidade humana”.
A rebelião, que durou cerca de cinco horas, deixou 57 mortos, dos quais 16 foram decapitados e 41 asfixiados, depois que detentos atearam fogo em celas.
Tudo começou pela manhã com uma briga entre facções criminosas. Segundo a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), detentos de um grupo invadiram o anexo onde estavam os presidiários da organização rival e incendiaram as celas.
Durante a rebelião, dois agentes penitenciários chegaram a ser feitos reféns, mas foram liberados em seguida.
Após o ocorrido, o Gabinete de Gestão de Segurança Pública determinou que 46 presos envolvidos no confronto fossem transferidos, destes 16 foram identificados como líderes das facções criminosas.
Em nota publicada nesta terça-feira, 30 de julho a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil Regional Norte 2 e a Arquidiocese de Belém lamentaram que o massacre no presídio de Altamira “não está isolado e é mais um grito clamoroso acusando a ineficiente gestão dos presídios brasileiros caracterizada por fugas, rebeliões, tensão, ociosidade, péssimas estruturas, superlotação e negligência pedagógica”.
 
Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), foi feita uma inspeção no Centro de Recuperação de Altamira neste mês de julho e constatadas condições “péssimas”, além de superlotação. A unidade, com capacidade para 200 reclusos, albergava atualmente 311.
Neste sentido, os Bispos afirmaram que repudiam “a ‘cultura do encarceramento em massa’, bem como, a ‘ideologia da repressão’ em vez da promoção da ‘cultura preventiva’ dentro e fora dos presídios”.
Por outro lado, sublinharam que “a cultura repressiva não tem consistência para, de forma isolada, dar resposta à gravidade e amplitude das causas da violência, que são múltiplas e profundas”.

Assim, reiteraram “a necessidade da promoção de políticas públicas integradas e a urgência da promoção da preventividade”, de modo especial, “por meio de programas sociais voltados para o apoio à família, infância e juventude”.

“A promoção da justiça – indicaram os Prelados – não combina com a violência”. Por isso, assinalaram que “Deus não deseja a morte do pecador, mas sim que ele se converta e viva”.

Porém, os Bispos indicaram que, para tal, “precisamos de um Sistema Penal à altura da dignidade humana para que a mais profunda remissão aconteça na mente e no coração de cada detento”.
“Que o sangue derramado nos presídios seja semente de um sistema penal mais humano e coerente com a dignidade da pessoa humana”, acrescentam.
Na nota, ressaltam ainda que, “inspirados nas atitudes de Jesus Cristo, que tratou a todos com o máximo respeito, renovamos o nosso compromisso de presença diferenciada nas unidades prisionais através da Pastoral Carcerária”.
Presença da Igreja
Diante desse massacre no presídio de Altamira, a Pastoral Carcerária publicou uma nota em sua página do Facebook, na qual pediu orações, “tanto pelas pessoas que estão encarceradas em Altamira, quanto pelos familiares que perderam seus parentes”.
Muitos familiares de detentos acompanharam os fatos na porta do presídio, aguardando informações. Essas famílias receberam o consolo e apoio de Padre Patrício Brenan, o qual realiza um trabalho de evangelização todas as
segundas-feiras no Centro de Recuperação Regional de Altamira.
“Foi angustiante ver aquelas mulheres em desespero, sem saber se seus entes queridos estavam mortos ou vivos. Passaram o dia sem receber informações”, contou o sacerdote ao site da revista ‘Época’.
Na manhã desta terça-feira, o governo do Pará divulgou a lista com os nomes dos detentos que foram mortos durante o massacre.
Fonte:Acidigital

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Sacerdote impede roubo em igreja e sofre agressão

No domingo, 28 de julho, Pe. Aleksander Ziejewski foi agredido na igreja de São João Batista, em Szczecin, Polônia, por três pessoas que entraram na sacristia para roubar as casulas, pois queriam "celebrar a Missa".

Segundo informou EWTN Polska, no último domingo, o sacerdote recebeu uma ligação às 17h30 de uma das sacristãs da paróquia que o alertou de que três homens desconhecidos tinham entrado na igreja e estavam tentando roubar as casulas porque “queriam celebrar a Missa".

Quando Pe. Ziejewski chegou à sacristia, pediu aos três homens que saíssem do local, mas eles se recusaram.
 
"Um deles ficou com raiva, começou a blasfemar, me empurrou e agrediu um dos fiéis que cuida da igreja, causando-lhe uma ferida no lábio. Depois, me atacou. Consegui me defender várias vezes. Outro deles me bateu com o terço e cortou o meu rosto. Estava cheio de sangue”, assegurou Pe.
Ziejewski à EWTN Polska.
Finalmente, o sacerdote conseguiu chegar à porta da igreja para avisar que estava acontecendo um roubo e pedir que chamassem a polícia.
De volta à sacristia, o sacerdote encontrou os agressores no chão, sob a influência de drogas.
A polícia de Szczecin informou que os criminosos, com idades entre 27 e 53 anos, foram presos.
Este ataque em Szczecin não é o único ocorrido na Polônia nos últimos dias. Recentemente outro sacerdote foi esfaqueado em Varsóvia.

 
Fonte:acidigital
 

domingo, 28 de julho de 2019

Papa: com "Pai e nosso" Jesus nos faz entrar na paternidade de Deus

Papa comenta que no diálogo entre Pai e filhos, está a novidade da oração cristã

Da redação, com Vatican News
Uma maneira de rezar diferente para a época, a ponto de suscitar nos discípulos o desejo de serem “partícipes desses momentos de união com Deus, para saborear plenamente sua doçura”. Esse “diálogo entre pessoas que se amam”, é a “novidade da oração cristã”. “Um diálogo de Filho ao Pai, um diálogo entre filhos e Pai. Esta é a oração cristã.”
Antes de rezar o Angelus com os fiéis provenientes de diversas partes do mundo reunidos na Praça São Pedro, neste XVII Domingo do Tempo Comum, o Papa Francisco refletiu sobre a passagem de São Lucas que narra as circunstâncias em que Jesus ensina o “Pai-nosso” aos seus discípulos, destacando também que Jesus nos encoraja a sermos insistentes na oração.

Atraídos pela “qualidade” da oração de Jesus

Os discípulos – explica o Papa – sabiam rezar segundo as fórmulas da tradição judaica da época, “mas também desejam poder viver a mesma “qualidade” da oração de Jesus”.
“Podem constatar que a oração é uma dimensão essencial na vida de seu Mestre, na verdade cada ação importante é caracterizada por prolongados momentos de oração”
Ademais, os discípulos percebem que a oração de Jesus, revela “uma ligação íntima com o Pai, tanto que desejam ser partícipes desses momentos de união com Deus, para saborear plenamente sua doçura”.
Aproveitando que estavam em um lugar isolado, esperam Jesus concluir sua oração e, tomados por esta curiosidade, pedem a Ele que lhes ensine a rezar.

Fazer a experiência da paternidade de Deus na oração

Em resposta, “Jesus não dá uma definição abstrata da oração, nem ensina uma técnica eficaz para rezar e “obter” alguma coisa”, mas convida seus seguidores a fazerem a experiência de oração, colocando-os diretamente em comunicação com o Pai, despertando neles um anseio por um relacionamento pessoal com Deus, com o Pai”:
“ Aqui está a novidade da oração cristã! Ela é o diálogo entre pessoas que se amam, um diálogo baseado na confiança, apoiado pela escuta e aberto ao compromisso solidário ”
Neste sentido, dá a eles a oração do “Pai Nosso”, “talvez o dom mais precioso que nos foi deixado pelo divino Mestre em sua missão terrena.”
Depois de nos ter revelado o seu mistério de Filho e irmão, com aquela oração Jesus nos faz penetrar na paternidade de Deus, “e isto quero sublinhar”, disse Francisco:
“ Quando Jesus nos ensina o Pai Nosso, nos faz entrar na paternidade de Deus e nos indica o modo para entrar em um diálogo orante e direto com Ele, através do caminho da confiança filial. É um diálogo entre o pai e o seu filho, o filho com o pai ”
“O que pedimos no “Pai Nosso” já está realizado em nós no Filho Unigênito: a santificação do Nome, o advento do Reino, o dom do pão, do perdão e da libertação do mal. Enquanto pedimos, abrimos a mão para receber. Receber os dons que o Pai nos mostrou no filho. A oração que o Senhor nos ensinou é a síntese de toda oração, e nós a dirigimos ao Pai sempre em comunhão com os irmãos.”
Às vezes – observou Francisco – “acontece que na oração existem distrações, mas tantas vezes sentimos como que o desejo de nos deter na primeira palavra: “Pai”. E sentir esta paternidade no coração”.

Atrair o olhar do pai: fazer como quando éramos crianças

Depois de falar da intimidade com Deus na oração revelada por Jesus, o Papa Francisco sublinhou outro aspecto que a oração cristã deve ter: ser perseverante. Para ilustrar, cita a parábola do amigo inoportuno e recorda o que Jesus diz: “É preciso insistir na oração”. E retoma um exemplo já referido em outras ocasiões, das crianças quando se dirigem ao pai:
“E me vem em mente o que fazem as crianças com três, três anos e meio, que começam a perguntar as coisas que não entendem. Na minha terra é chamada de “a idade dos porquês”, acredito que aqui seja o mesmo. As crianças começam a olhar para o pai e dizer: “Pai, por que? Pai, por que?” Pedem explicações. Mas estejamos atentos: quando o pai começa a explicar o porquê, elas vem com outra pergunta sem escutar toda a explicação. O que acontece? Acontece que as crianças se sentem inseguras a respeito de muitas coisas que começam a entender pela metade. E somente querem atrair sobre si o olhar do pai, e por isso: ‘Por que, por que, por que?’”
“ Nós, no Pai Nosso, se nos detivermos na primeira palavra, faremos o mesmo de quando éramos crianças, atrair sobre nós o olhar do pai. Dizer: “Pai, Pai”, e também dizer: “Por que?” E Ele olhará para nós. ”
“Peçamos a Maria, mulher orante, que nos ajude a rezar o Pai Nosso, unidos a Jesus para viver o Evangelho, guiados pelo Espírito Santo”, foi o pedido do Santo Padre ao concluir sua alocução, antes de rezar o Angelus com os presentes.
Fonte: Canção Nova     

sábado, 27 de julho de 2019

Bento XVI visita Castelgandolfo de surpresa

O Papa Emérito Bento XVI surpreendeu com uma visita a Castelgandolfo, local que era, tradicionalmente, a residência pontifícia de verão e onde costumava passar o período de férias durante os anos de seu ministério petrino.

O novo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, informou que Bento XVI deixou os muros do Vaticano na quinta-feira, 25 de julho, para visitar as cercanias de Roma.

Em primeiro lugar, o Papa Emérito se dirigiu a Castelgandolfo junto com o seu secretário e prefeito da Casa Pontifícia, Dom Georg Gaenswein, para dar um passeio pelos jardins, parar no mirante e rezar o Terço.
 
Fonte:Acidigital