terça-feira, 24 de janeiro de 2017

São Francisco de Sales, doutor da Igreja

São Francisco é fundador da Ordem da Visitação, titular e patrono da família salesiana

Este santo nasceu no Castelo de Sales em 1567. Sua mãe, uma condessa, buscou formá-lo muito bem com os padres da Companhia de Jesus, onde, dentre muitas disciplinas, também aprendeu várias línguas. Muito cedo, fez um voto de viver a castidade e buscar sempre a vontade do Senhor. Ao longo da história desse santo muito amado, vamos percebendo o quanto ele buscou e o quanto encontrou o que Deus queria.
Anos mais tarde, São Francisco escreveu “Introdução à vida devota” e, vivendo do amor de Deus, escreveu também o “Tratado do amor de Deus”.
Certa ocasião, atacado pela tentação de desconfiar da misericórdia do Senhor, ele buscou a resposta dessa dúvida com o auxílio de Nossa Senhora e, assim, a desconfiança foi dissipada. Estudou Direito em Pádua, mas, contrariando familiares, quis ser padre. E foi um sacerdote que buscou a santidade não só para si, mas também para os outros.
No seu itinerário de pregações, de zelo apostólico e de evangelização, semeando a unidade e espalhando, com a ajuda da imprensa, a sã doutrina cristã, foi escolhido por Deus para o serviço do episcopado em Genebra. Primeiro, como coadjutor, depois, sendo o titular. Um apóstolo do amor e da misericórdia. Um homem que conseguiu expressar, com o seu amor e a sua vida, a mansidão do Senhor.
Diz-se que, depois de sua morte, descobriu-se que sua mesa de trabalho estava toda arranhada por baixo, porque, com seu temperamento forte, preferia arranhar a mesa a responder sem amor e sem mansidão para as pessoas.
Doutor da Igreja, é fundador da Ordem da Visitação, titular e patrono da família salesiana, fundada por Dom Bosco, que se inspirou nele ao adotar o nome [salesiano]. Também é patrono dos escritores e dos jornalistas devido ao estilo e ao conteúdo de seus escritos.
Esse grande santo da Igreja morreu com 56 anos, sendo que 21 deles foram vividos no episcopado como servo para todos e sinal de santidade.
Peçamos a intercessão desse grande santo para que, numa vida devota e vivendo do amor de Deus, possamos percorrer o nosso caminho em busca de Deus em todos os caminhos.
São Francisco de Sales, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Hoje é celebrado Santo Antão, ilustre pai dos monges cristãos

Neste dia 17 de janeiro, celebra-se a festa de Santo Antão, também conhecido como Santo Antônio Abade, ilustre pai dos monges cristãos e modelo de espiritualidade ascética.
Seu nome significa “florescente. Nasceu no Egito, por volta do ano 250, de pais camponeses e ricos. Em uma Missa ressoaram nele as palavras de Jesus: “Se quer ser perfeito, vai, vende tudo o que tem e dá aos pobres”.
Quando seus pais morreram tinha cerca de 20 anos. Repartiu seus bens entre os pobres e foi fazer penitência no deserto. Ali, passou a ter uma vida de eremita e, mais tarde, viveu junto a um cemitério, refletindo neste tempo sobre a vida de Jesus, que venceu a morte.
“Fazia trabalho manual pois tinha ouvido que ‘o que não quer trabalhar não tem direito de comer" (2 Ts 3,10). Do que recebia guardava algo para sua manutenção e o resto dava-o aos pobres”, afirma Santo Atanásio na biografia que escreveu sobre o santo.
Organizou comunidades de oração e trabalho. Entretanto, optou, novamente, por ir ao deserto, onde integrou sua vida solitária com a direção e organização de um grupo de eremitas que se encontravam nessa área.
Assim, Santo Antão se tornou um dos iniciadores das comunidades de monges na história do cristianismo, que logo foram se expandindo por todo o mundo e que seguem existindo atualmente.
Junto com o Bispo Santo Atanásio, defendeu a fé contra o arianismo, uma heresia que negava a divindade de Jesus Cristo. Além disso, segundo São Jerônimo, o abade Santo Antão foi amigo de São Paulo, o eremita.
“Orava constantemente, tendo aprendido que devemos orar em privado sem cessar. Além disso, estava tão atento à leitura da Sagrada Escritura, que nada se lhe escapava: retinha tudo, e assim sua memória lhe servia de livros”, destaca Santo Atanásio.
“Todos os aldeões e os monges com os quais estava unido viram que classe de homem era ele e o chamavam ‘o amigo de Deus’, amando-o como filho ou irmão”, acrescenta.
Santo Antão partiu para a Casa do Pai por volta do ano 356, no monte Colzim, perto do Mar Vermelho. É considerado também padroeiro dos tecelões de cestas, fabricantes de pincéis, cemitérios e açougueiros.
Fonte: ACIDIGITAL

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

3 pilares da autoridade de Jesus explicados pelo Papa Francisco

Em sua homilia na Missa celebrada na manhã de hoje na Casa Santa Marta, o Papa Francisco explicou quais eram os pilares sobre os quais se sustenta a autoridade de Jesus: sua atitude de serviço com as pessoas, sua proximidade com o povo e a sua coerência.
Estas características de Jesus, disse o Papa, se contrapunha à atitude dos fariseus e doutores da lei, que careciam de autoridade ante o povo, precisamente pelo seu comportamento hipócrita e principesco.
1. O serviço
Segundo informou a Rádio Vaticano, em sua homilia o Santo Padre explicou que “Jesus servia às pessoas, explicava as coisas para que as pessoas entendessem bem: estava a serviço das pessoas. Havia um comportamento de servidor e isto Lhe dava autoridade”.
“Ao invés, os doutores da lei que as pessoas... sim, escutavam, respeitavam, mas não reconheciam que tivessem autoridade sobre eles, estes tinham uma psicologia de príncipes: ‘Somos os mestres, os príncipes, e nós ensinamos vocês. Não serviço: nós mandamos, vocês obedecem”. E Jesus nunca se fez passar por um príncipe: era sempre servidor de todos e isto é o que Lhe dava autoridade”.
2. A proximidade
O Pontífice destacou que “Jesus não era alérgico às pessoas: tocava os leprosos, os doentes..., não lhe dava repugnância”. Enquanto os fariseus desprezavam “as pobres pessoas, ignorantes”.
Estes fariseus e doutores da lei “eram distantes das pessoas, não eram próximos; Jesus era muito próximo das pessoas e isso dava autoridade. Os distantes, aqueles doutores, tinham uma psicologia clericalista”.
Em seguida, Francisco mencionou o exemplo de um de seus predecessores: “Eu gosto tanto quando leio a proximidade às pessoas que tinha o Beato Paulo VI; no número 48 da Evangelii Nuntiandi se vê o coração do pastor próximo: ali está a autoridade daquele Papa, a proximidade”.
Evangelii Nuntiandi é uma exortação apostólica de 1975, escrita pelo Papa Paulo VI, sobre a evangelização no mundo contemporâneo, que mantém sua vigência até hoje.
No número 48 deste documento, o Papa Paulo VI faz uma profunda reflexão sobre a religiosidade popular e suas expressões, explicando também a sua importância e os seus desafios.
Paulo VI assinala, entre outras coisas, que “deve ser sensível em relação a ela, saber aperceber-se das suas dimensões interiores e dos seus inegáveis valores, estar-se disposto a ajudá-la a superar os seus perigos de desvio. Bem orientada, esta religiosidade popular, pode vir a ser cada vez mais, para as nossas massas populares, um verdadeiro encontro com Deus em Jesus Cristo”.
3. A coerência
Por último, o Papa Francisco contrapôs a coerência de Jesus com a hipocrisia dos fariseus: “Jesus vivia o que pregava. Havia como uma unidade, uma harmonia que fazia o que pensava e mostrava uma harmonia plena entre aquilo que pensava, sentia e fazia”.
“Ao invés – prosseguiu o Pontífice –, essas pessoas não eram coerentes e sua personalidade era dividida a ponto que Jesus aconselhava seus discípulos: ‘Façam o que dizem, mas não o que fazem’. Diziam uma coisa e faziam outra. Incoerência. Eram incoerentes”.
“E o adjetivo que Jesus usa muitas vezes é hipócrita. E dá para entender que quem se sente príncipe, que tem uma atitude clericalista, que é um hipócrita, não tem autoridade! Jesus, ao invés, tem a autoridade que o povo de Deus sente”, concluiu Francisco.
Evangelho comentado pelo Papa Francisco em sua homilia:
Marcos 1, 21-28
21bEstando com seus discípulos em Cafarnaum, Jesus, num dia de sábado, entrou na sinagoga e começou a ensinar. 22Todos ficavam admirados com o seu ensinamento, pois ensinava como quem tem autoridade, não como os mestres da Lei.
23Estava então na sinagoga um homem possuído por um espírito mau. Ele gritou: 24“Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus”. 25Jesus o intimou: “Cala-te e sai dele”!
26Então o espírito mau sacudiu o homem com violência, deu um grande grito e saiu. 27E todos ficaram muito espantados e perguntavam uns aos outros: “Que é isso? Um ensinamento novo dado com autoridade: Ele manda até nos espíritos maus, e eles obedecem!” 28E a fama de Jesus logo se espalhou por toda parte, em toda a região da Galileia.
Fonte: ACIDIGITAL