terça-feira, 30 de setembro de 2014

Começa amanhã, 1º de outubro, a Semana Nacional da Vida

Tem início nesta quarta-feira, 1º de outubro, a Semana Nacional da Vida. O evento é motivado pela Igreja no Brasil, a partir da publicação do subsídio "Hora da Vida", elaborado pela Comissão Episcopal para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF). O evento encerra dia 8, com a celebração do Dia do Nascituro.

A edição 2014 do "Hora da Vida" traz como tema de reflexão "Vida e Missão: lançar as redes em águas mais profundas", propondo sete encontros, com diferentes abordagens. A atividade pastoral trata-se de uma mobilização em todo o país, com intensa programação nas dioceses, paróquias e comunidades, com objetivo de propor a sociedade debate sobre os cuidados, proteção e a dignidade da vida humana, em todas as suas fases, desde a concepção até seu fim natural.
De acordo com o bispo de Camaçari (BA) e presidente da Comissão Vida e Família, dom João Carlos Petrini, "compreender e admirar são passos necessários para acolher e respeitar a vida, para superar a visão da cultura dominante que tende a banalizar e a considerar de maneira superficial".
Celebração
A Semana Nacional da Vida foi instituída, em 2005, durante a 43ª Assembleia Geral da CNBB. O Dia do Nascituro é um dia em homenagem ao novo ser humano; à criança que ainda vive dentro da barriga da mãe. A data celebra o direito à proteção da vida, à saúde, à alimentação, ao respeito e à um nascimento sadio. O objetivo é suscitar nas consciências, nas famílias e na sociedade o reconhecimento do sentido e valor da vida humana em todos os seus momentos.
O assessor nacional da Comissão Vida e Família da CNBB, padre Rafael Fornasier, destaca que o evento buscar promover a cultura da vida na sociedade. “A atividade da Semana Nacional da Vida e Dia do Nascituro é uma feliz iniciativa da Igreja. Busca ecoar na consciência não só dos católicos, mas também de todos os homens e mulheres de nossa sociedade, o quão é necessário criar uma cultura da vida numa realidade, que muitas vezes passou a considerar certas condições humanas como descartáveis” explica o assessor.
Ainda de acordo com padre Rafael, a partir de iniciativas da Semana da Família, espera-se que, cada vez mais, as comunidades trabalhem para humanizar o cuidado com a vida humana, desde sua concepção até o fim natural.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

"Ignorar a Bíblia é ignorar Cristo" - Papa congratula-se com edição interconfessional da Bíblia

Acaba de ser publicada em italiano uma edição interconfessional da Bíblia, fruto da colaboração entre a Sociedade Bíblica na Itália e a Editora Católica Elledici – com o beneplácito da Conferência Episcopal Italiana e da Federação das Igrejas Evangélicas na Itália.

Recebendo nesta manhã em audiência os membros ligados a esta iniciativa, o Papa Francisco congratulou-se com este “esforço particularmente significativo”, que permitiu empreender conjuntamente um caminho comum ao longo de uma década, “superando suspeitas e desconfianças”, graças a um “amor comum pela Palavra de Deus”. E fez votos de que esta publicação “leve todos os cristãos de língua italiana a meditar, viver, testemunhar e celebrar a mensagem de Deus”.

Quereria tanto que todos os cristãos pudessem aprender ‘a sublime ciência de Jesus Cristo’, através da leitura assídua da Palavra de Deus, pois o texto sacro é o alimento da alma e manancial puro e perene de vida espiritual para todos nós.

“Temos que realizar todos os esforços para que cada um dos fiéis leia a Palavra de Deus, porque, como diz são Jerónimo, “a ignorância das Escrituras é ignorância de Cristo”. 

Para além dos membros da Aliança Bíblica Universal, o Santo Padre recebeu nesta segunda-feira de manhã, em audiência: - a Presidente da República de Malta, Marie-Louise Coleiro Preca, com o marido e séquito (foto final);
- o Senhor Marcelo Julio Martin, ex-Cônsul honorário da Confederação Helvética na cidade argentina de Rosário, com a família;  - o Ministro Presidente do Estado da Baixa-Saxónia, na Alemanha, Stephan Weil, com o séquito. 

Satanás apresenta as coisas como boas, mas quer destruir a humanidade – o Papa em Santa Marta

Satanás apresenta as coisas como boas, mas quer destruir a humanidade – esta a principal mensagem do Papa Francisco em Santa Marta nesta segunda-feira em que a Igreja celebra os Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael.

As leituras do dia apresentam-nos imagens muito fortes: o arcanjo Miguel e os seus anjos lutando contra "o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo" e "engana toda a terra habitada", mas é derrotado, como indicado no Livro do Apocalipse; e no Evangelho do dia descobrimos Jesus que diz a Natanael: "Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem." O Papa Francisco falou sobre a "luta entre Deus e o diabo":


"Mas esta luta acontece depois de Satanás procurar destruir a mulher que está prestes a dar à luz o filho. Satanás sempre tenta destruir o homem: o homem que Daniel via ali, em glória, e que Jesus dizia a Natanael que viria em glória. Desde o início que a Bíblia fala sobre isto: desta sedução para destruir, de Satanás. Talvez por inveja. Nós lemos no Salmo 8: "Tu fizeste o homem superior aos anjos", e aquela inteligência tão grande do anjo não podia levar aos seus ombros essa humilhação, que uma criatura inferior fosse feita superior e tentava destruí-lo. " 


"Tantos projetos, exceto para os próprios pecados, mas tantos, tantos projetos de desumanização do homem, são obra dele, simplesmente porque odeia o Homem. É astuto: di-lo a primeira página do Genesis; é astuto. Apresenta as coisas como se fossem boas. Mas a sua intenção é a destruição. E os anjos defendem-nos. Defendem o homem e defendem o Deus-Homem, o Homem Superior, Jesus Cristo que é a perfeição da humanidade, o mais perfeito. Por isso, a Igreja honra os Anjos, porque são aqueles que estarão na glória de Deus – estão na glória de Deus - porque defendem o grande mistério oculto de Deus, ou seja, que o Verbo veio em carne.” 


O Santo Padre no final da sua homilia convida-nos a rezar aos arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael e a “recitar aquela oração antiga e bela, ao arcanjo Miguel, para que continue a lutar para defender o mistério maior da humanidade: o Verbo fez-se Homem, morreu e ressuscitou. Este é o nosso tesouro. Que ele continue a lutar para o conservar” – concluiu o Papa Francisco. (RS). (Rádio Vaticano)


domingo, 28 de setembro de 2014

Procissão da Bíblia e Missa Solene marcaram o encerramento do I Congresso Diocesano de Animação Bíblica da Pastoral, em Campina Grande


"Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas."  Marcos 16:15



Uma multidão de fiéis saiu às ruas do Centro de Campina Grande, na manhã deste domingo, guiados pela luz da Palavra de Deus, que inspira e fundamenta a fé do seu povo e que há dois mil anos, não se cansa de expressar as verdades expressadas pela Bíblia Sagrada.

A cada setembro, a Igreja Católica mobiliza suas lideranças pastorais, com intuito de aprofundar os textos bíblicos e criar canais de interação com a comunidade a partir das discussões acerca da essência profética das cartas, dos evangelhos e experiências que são modelos para a vida cotidiana. SIM! Pois, somente alicerçados nas escrituras, é que se pode frutificar a essência cristã em uma época permeada por transformações. 


As celebrações que ocorreram neste dia 28 de setembro marcaram o encerramento do I Congresso de Animação Bíblica da Pastoral, que se iniciou no último dia 25. Durante esse profícuo retiro espiritual, foram realizadas palestras, oficinas e apresentações culturais. Mais de 600 pessoas participaram do evento que tinha como lema: “Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para ensinar, para argumentar, para corrigir, para educar conforme a justiça” (2 Tm 3, 16).

Para Carlos Alberto, membro da Pastoral Familiar da Paróquia de Nossa Senhora das Graças, bairro Liberdade, as temáticas debatidas no encontro suscitaram um maior entendimento acerca das dúvidas que emergem quando se estuda a Bíblia. “As reflexões que foram feitas serviram para que pudéssemos entender mais sobre a história do povo de Deus, além disso, os pregadores são bastante preparados”, diz o participante.

O que chamou a atenção na caminhada animada com cânticos e constantes orações, foi a presença maciça de jovens, como Luís Araujo, 23 anos, integrante da Pastoral da Crisma da Paróquia de Nossa Senhora das Mercês, Cuité. “É preciso que nós, jovens universitários, atuemos como discípulos, e só somos seguidores de Cristo, quando nossas ações são à luz da palavra”, afirma ele em meio aos amigos que o acompanhavam.

Na Missa solene de encerramento, na Catedral de CampinaGrande, presidida pelo Bispo Dom Delson, o nosso Pastor diocesano lembrou a importância da leitura orante da Bíblia como sinal de graça e discernimento. Anunciar o evangelho não é apenas um dever do católico, pois, não há como ser indiferente diante da alegria que a boa nova provoca.

A Pastoral da Comunicação (PASCOM) da nossa Catedral esteve na cobertura da Procissão e missa de encerramento do evento anteriormente citado. 

Texto: Aurea Ramos Araujo e Emilson Garcia (Pascom Catedral)
Fotos: Pascom Catedral

sábado, 27 de setembro de 2014

Aparências ou conversão! Pe. Luciano Guedes




Querido irmão,
Na perspectiva de Deus dizer “sim”, não é somente pronunciar palavras e declarar boas intenções. Dizer “sim”, significa empenhar a vida no seguimento a Cristo, indo para a sua vinha de fato, crescendo cada dia na graça divina, numa permanente conversão ao Reino.


Deus continua a ter dois filhos no hoje de nossas vidas. A Igreja tem estes dois filhos, citados na parábola do evangelho (cf. Mt 21, 28-32). O filho que fala e não cumpre a vontade do Senhor, são as pessoas que por se julgarem religiosamente corretas não sentem a necessidade de se converterem, de examinarem suas posturas e atitudes. Cumprem o rito, assistem as celebrações e os sacramentos, mas ficam nas aparências, nas convenções sociais, nas promessas não cumpridas, e finalmente não mergulham na vida do Espírito, não assumem um testemunho coerente com a Palavra de Deus e com suas consequências práticas!


Do contrário, há aqueles corações que são capazes do arrependimento, da revisão da vida... Embora no primeiro instante pareçam indiferentes e até deem uma negativa a Deus, depois fazem a reconciliação com amor do Pai e vão para o seu serviço. São pessoas mais profundas, abertas ao discernimento, sensíveis ao chamado! Compreendem que não se responde ao chamado de uma única vez. Para estas, servir verdadeiramente a Deus supõe um caminho, uma amizade dinâmica e crescente. Dessa forma, muitos “não” se convertem em “sim”, porque no itinerário da vida, a pessoa dócil ao Espírito, transforma a palavra em ação, o chamado em compromisso real e sincero. Quantas pessoas consideradas de “má fama” na comunidade se tornaram pelo serviço a Deus, sinais da salvação e questionamento à “instalação e comodidade” de outros tantos!


Portanto, perguntemos nesta semana, que filho sou eu? Exterior ou interior? O filho da “palavra conveniente e descomprometida” ou de uma “palavra capaz da conversão e regresso ao Senhor”?


Que o Senhor nos ajude a sermos o “terceiro filho”, não citado na parábola. Aquele que dirá “sim” e ao mesmo “irá” ao encontro do Senhor e de sua vinha - o mundo e a transformação dos homens em trigo bom! Abençoada semana para você! (Pe. Luciano Guedes)

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Come e Bebe a Própria Condenação - Pe Cleidimar Moreira


27 Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpável do corpo e do sangue do Senhor. 28 Que cada um examine a si mesmo, e assim coma desse pão e beba desse cálice. 29 Aquele que o come e o bebe sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação. (I Coríntios 11, 27-29)

O texto bíblico no faz uma afirmação precisa da presença real de Jesus Cristo nas espécies eucarísticas. Esta presença verdadeira do Senhor na Eucaristia é a razão das disposições da alma e do corpo com que deve ser recebido, e das graves consequências que tem o recebe-lo indignamente (w. 27,28 e 29).

A igreja recomenda preparar bem cada Comunhão com atos de fé, esperança e caridade, contrição, adoração e humildade, enchendo-se de desejos de receber Jesus Cristo. E dedicar "um tempo de ação de graças depois da comunhão".

- Sobre o jejum eucarístico a Igreja prescreve que “quem vá receber a Santíssima Eucaristia, há de abster-se de tomar qualquer alimento e bebida pelo menos desde uma hora antes da sagrada comunhão, à exceção somente da água e dos medicamentos” (Código de Direito Canônico, cân. 929 § 1).
O Catecismo da Igreja Católica, nos diz que “Quem quer receber a Cristo na comunhão eucarística deve estar em estado de graça. Se alguém tem "CONSCIÊNCIA" de ter pecado mortalmente, não deve comungar a Eucaristia sem ter recebido previamente a absolvição no sacramento da penitência” (Nº 1415).

Preste atenção nas palavras de são Pedro Julião Eymard do livro, A Divina Eucaristia, Vol. 3: “Todos os dias - e quantas vezes por dia! - o Deus da Eucaristia cai pela Comunhão em corações covardes e tíbios, que o recebem sem preparo, guardam-no sem piedade, deixam-no ir sem um ato sequer de amor ou gratidão. Se, portanto, Jesus, ao visitar-nos, permanece de mãos atadas, é devido à nossa tibieza.
Quem ousaria receber uma alta patente da terra com o pouco caso com que recebemos diariamente o Rei do Céu?”


"Tenha muito cuidado", não comungue apenas sacramentalmente como muitos fazem, ou seja, sem ter a comunhão espiritual. Muitos só recebem Jesus sacramentalmente, mas eles não chegam a ter uma comunhão espiritual, porque o seu coração não está na amizade com Deus, não acontecendo, por isso, a consumação espiritual.

Se você tem alguma dúvida se está ou não na amizade com Deus, procure orientação do seu orientador espiritual.

Deus lhe abençoe! (Pe.Cleidimar Moreira)

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Nelsinho Corrêa partilha sua história com monsenhor Jonas


“Homem de Deus”, é assim que diácono Nelsinho Corrêa, membro da Comunidade Canção Nova, define o monsenhor Jonas Abib, com quem convive há mais de 40 anos. Neste ano, comemoramos o jubileu de ouro sacerdotal do monsenhor Jonas. 50 anos a serviço da Igreja, levando Cristo vivo às pessoas com suas músicas, pregações, livros e obra. Celebramos esse marco com algumas pessoas cujas vidas foram transformadas por esse ministério sacerdotal. Neste vídeo (http://padrejonas.cancaonova.com/datas-especiais/50-anos-de-sacerdocio/nelsinho-correa-partilha-sua-historia-com-monsenhor-jonas/)diácono Nelsinho Corrêa partilha sua história com o fundador desta obra de evangelização:
Redação: Quem é o monsenhor Jonas Abib para você?
Nelsinho: Ele é a pessoa que me ensinou tudo aquilo que faço hoje. Há mais de 40 anos estou junto com o monsenhor Jonas e até hoje aprendo com ele. Ele conseguiu pegar o que eu tenho de bom e potencializar ainda mais. Uma coisa que muitos não sabem é que ele é muito brincalhão e se alegra facilmente.
Redação: Como está o monsenhor Jonas?
Nelsinho: Ele está ótimo. Esteve afastado por um tempo, mas hoje está muito bem. Depois de ter passado por um esgotamento físico, ele se assemelhou a uma velinha que, com o tempo, se consome pelo fogo. Em todos estes anos, ele sofreu muito, mas sempre foi muito feliz. Monsenhor Jonas é o carinho de Deus para nós.

Eleições à vista - Dom Genival Saraiva de França

Segundo o calendário eleitoral, de dois em dois anos, o eleitorado brasileiro é chamado a participar da escolha de homens e mulheres para exercerem cargos executivos e funções legislativas. Num quadriênio, faz-se a escolha de Prefeitos e Vereadores nos Municípios; noutro, elegem-se Presidente da República, Governador de Estado e do Distrito Federal, Senador e Deputado, nos Estados e no Distrito Federal. A mobilização eleitoral envolve muitos aspectos.
O pluripartidarismo faz parte do regime democrático, mas, no Brasil, isso se tornou uma “colcha de retalhos” porque, como ponto de partida, falta a muitos partidos uma identidade própria, em termos de concepção e de linha programática; o fenômeno das Coligações tem como base um pragmatismo utilitarista.
Em relação a “campanhas eleitorais dos candidatos, comitês financeiros e partidos políticos”, os gastos não são suficientemente conhecidos e o demonstrativo das despesas apresentado ao Tribunal Superior Eleitoral e ao Tribunal Eleitoral de cada Estado é, intencionalmente, maquiado; o próprio sistema de financiamento das campanhas é “viciado na origem”, por falta de transparência e por velados ou visíveis interesses, por parte de financiadores.
Institucionalmente, a vida do País passa pelas eleições e os acertos e erros das políticas públicas retratam o perfil da escolha dos eleitores, ao teclarem o número de seus candidatos na urna eletrônica. Quando se verifica o que acontece nos Municípios, Estados, Distrito Federal e na União, na perspectiva do bem comum, é visível o erro da maioria dos eleitores no ato de escolha dos administradores públicos, diante do quadro de ausência, insuficiência e degradação de políticas públicas.
Da mesma forma, também é visível o erro desses eleitores em relação à escolha da maioria de seus representantes junto às Câmaras de Vereadores, às Assembleias Legislativas e ao Congresso Nacional, ao se analisar o ritmo e a natureza da sua produção legislativa. Obviamente, essa leitura não tem o caráter de generalização porque, no exercício do poder executivo e legislativo, há gestores e legisladores que exercem seu mandato com ética, competência e dignidade; nessas pessoas, os eleitores veem o acerto de sua escolha.
As eleições estão à vista e, a essa altura, as pesquisas de opinião pública apontam as tendências do eleitorado, porém, o eleitor genuíno deposita o seu voto na urna com o olhar no bem da população. Como o fez em outras ocasiões, a CNBB divulgou sua palavra - “PENSANDO O BRASIL: DESAFIOS DIANTE DAS ELEIÇÕES 2014” –, em vista de uma participação ativa e responsável do eleitorado: “a CNBB convoca os cidadãos a se prepararem conscientemente para o momento da eleição.
O eleitor consciente deve conhecer o passado de seu candidato e averiguar se o discurso e a prática por ele apresentados se conformam aos valores da ética e do bem comum.” Entre os muitos temas a serem contemplados na Reforma Política, um dos conteúdos focados nesse Documento, devem ser consideradas as disposições sobre a unificação das datas das eleições, a eliminação da reeleição em cargos executivos, os partidos políticos e o financiamento das eleições.
Essa Reforma Política pode tornar-se realidade através do “Projeto de Lei de Iniciativa Popular”; a propósito, “Já votaram pela internet 1,7 milhão de brasileiros no plebiscito sobre a Constituinte da Reforma Política. Agora, estão sendo apurados os votos em 40 mil urnas país afora. Cerca de 96% dos votos abertos foram favoráveis a uma ampla reforma.”. Um passo importante está sendo dado pela sociedade brasileira.(http://www.cnbb.org.br/)

Quem é Jesus Cristo para mim?

“Herodes disse: Eu mandei degolar João. Quem é esse homem, sobre quem ouço falar essas coisas? E procurava ver Jesus.” (cf. Lc 9,7-9)

Quem é Jesus Cristo para mim? Vemo-lo frequentemente como um modelo a imitar. Mas reparamos que é um modelo altíssimo, inacessível, inatingível para as nossas frágeis forças humana.  Quem poderá amar como Ele amou? Então pensamos talvez que o cristianismo é na realidade uma religião para pessoas particularmente dotadas, mas não para quem todos os dias deve combater as suas fraquezas em casa, no trabalho, nos estudos.

Será que descobrimos que, como Herodes, não conhecemos quem é Jesus verdadeiramente. Então o único caminho para conhecê-lo é o da fé. É um caminho que nos leva não tanto ao Templo da religiosidade, mas a uma comunidade concreta, a sua Igreja, onde Ele se deixa encontrar.

Acerca das perguntas que dizem respeito à identidade de Jesus, como acerca das perguntas fundamentais da vida, corre-se um risco enorme: fecharmo-nos e procurarmos sozinhos sem diálogo com os outros, as nossas respostas. A vida numa comunidade cristã, pelo contrário, ajuda no encontro com os irmãos e as irmãs que nos podem dar uma mão. Naturalmente ninguém pode substituir-nos, mas é importante que não façamos perguntas a nós mesmos e encontremos respostas, sempre voltados para nós próprios como, afinal, faz Herodes; assim arriscamo-nos a decapitar a verdade ou quem nos fala dela.

Senhor, ensinai-nos a descobrir nas nossas comunidades o Rosto do vosso Filho Jesus Cristo, caminho, verdade e vida. (Pe. José Assis Pereira Soares)

A vaidade é uma doença espiritual muito grave - Papa na Missa em Santa Marta, nesta quinta-feira

Não nos deixemos levar pela vaidade que nos afasta da verdade e nos faz assemelhar a uma bola de sabão – disse o Papa na homilia da missa desta quinta-feira na Casa Santa Marta.

Deixando-se inspirar pela primeira leitura do dia, tirada do Livro de Qoelet, o Papa deteve-se sobre a questão da vaidade – uma tentação não só para os pagãos, mas também para os cristãos, para pessoas de fé – afirmou, recordando que Jesus repreendia sempre aqueles que se vangloriavam, e recomendava a não exibição de vestes luxuosas e a reza só para mostrar aos outros. O mesmo frisou o Papa deve ser feito quando se ajudam os pobres: “Não mandar tocar a tromba, fazei-lo às escondidas. O Pai vê, é suficiente”:

“Mas o vaidoso: “Mas olha, eu dou este cheque para as obras da Igreja, e mostra o cheque; depois trufa a Igreja. É o vaidoso que faz isto: viver para mostrar. “Quando jejuas – dizia Jesus a esses tais, por favor não te mostres melancólico, triste para que os outros vejam que estás a jejuar; não, jejua com alegria; faz penitência com alegria, que ninguém se dê conta. A vaidade é assim: é viver para mostrar, viver para se fazer ver” .

Os cristãos que vivem assim para mostrar, por vaidade, assemelham-se a pavões. Há quem diga ”eu sou cristão, eu sou parente daquele padre, daquela irmã, daquele bispo, a minha família é uma família cristã. Se vangloriam. Mas, e a tua vida com o Senhor?, como é que rezas? A tua vida nas obras de misericórdia como é que está? Visitas os doentes? – perguntou o Papa frisando que tal como recordava Jesus - quando a nossa vida cristã não é construída sobre a verdade sólida, cedemos facilmente às tentações. E acrescentou:


“Quantos cristãos vivem só para a aparência. A vida deles parece uma bola de sabão. É bela a bola de sabão. Muitas cores, eh! Mas dura um segundo, e depois? Também quando olhamos para alguns monumentos fúnebres, achamos que é vaidade, porque a verdade é voltar para a terra nua, como dizia o Servo de Deus Paulo VI. Espera-nos a terra nua, esta é a nossa verdade final. Entretanto vanglorio-me ou faço alguma coisa? Faço o bem? Procuro o bem? Procuro Deus? Rezo? As coisas consistentes? A vaidade é mentirosa, é fantasiosa, engana a si mesma, engana o vaidoso, porque primeiro ele finge ser, mas depois acaba por pensar ser aquilo mesmo. Acredita. Pobrezinho!”

A vaidade – prossegui o Papa - semeia uma má inquietude, tira a paz. A vaidade não nos traz a paz, somente a verdade nos dá a paz. Jesus é a única rocha em que podemos edificar a nossa vida. Ele foi tentado pelo Diabo a assumir atitudes de vaidade, mas não cedeu – deixou entender o Papa, definindo a vaidade “uma doença espiritual grave” contra a qual temos de lutar sempre:

“Os Padres egípcios no deserto diziam que a vaidade é uma tentação contra a qual devemos lutar a vida inteira, porque está sempre ali pronta a afastar-nos da verdade. É por isso que diziam: é come a cebola, pegas nela tiras uma casca, tiras outra… assim também é a vaidade, evitas um pouco hoje, um pouco amanhã e acabas por ficar contente: ah, venci a vaidade!… mas é como a cebola, tiras uma casca, tiras outra, até acabar, mas no fim fica-te o cheiro nas mãos… Peçamos ao Senhor a graça de não se vaidosos, de ser verdadeiros, com a verdade da realidade e do Evangelho

Pastoral Familiar do regional Norte 1 promove encontro sobre Teologia do Corpo

O estudo da Teologia do Corpo, escrito pelo então papa João Paulo II, será tema de reflexão do Encontro da Pastoral Familiar do regional Norte 1 da CNBB, que ocorrerá em Manaus (AM), de 25 a 27 de novembro. Com base nos ensinamentos do santo, a proposta é apresentar os desafios e as possibilidades da família e ainda contribuir para dinamizar a organização e  a implantação da Pastoral Familiar nas dioceses e paróquias.
A formação é organizada pela Pastoral Familiar do regional Norte 1 da CNBB, com coordenação e supervisão da Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF) vinculada à Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família.
O encontro será assessorado pelo professor do Instituto João Paulo II, em Roma, padre Jaroslaw Merecki, que abordará o “Matrimônio e a Família”, com base nos ensinamentos de São João Paulo II, na Teologia do Corpo.
Estarão presentes o arcebispo de Manaus (AM), dom Sérgio Castriani; o bispo de Coari (AM), dom Marcos Piatek; o casal da Pastoral Familiar Nacional, Tico e Vera. O bispo de Camaçari (BA) e presidente da Comissão Episcopal para a Vida e Família da CNBB, dom João Carlos Petrini, fará a conferência de abertura a partir do tema “Os desafios da família”.
Essa mesma formação será realizada na arquidiocese de Porto Alegre entre os dias 10 e 13 de novembro.
Informações e inscrições com a coordenação regional:  oliv_fabricio@hotmail.com oupe.zenildo@gmail.com

Presidência da CNBB fala sobre o Sínodo e Eleições

A vida da Igreja e a vida política do Brasil terão momentos importantes no mês de outubro, segundo o arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Raymundo Damasceno Assis. A 3ª Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos e as eleições foram os temas tratados na entrevista coletiva à imprensa na manhã desta quinta-feira, 25, na sede da Conferência, em Brasília (DF), após o encerramento da reunião do Conselho Episcopal Pastoral (Consep).
 Família
“Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização” será o tema da 3ª Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos, a primeira no pontificado de Francisco, que acontecerá no Vaticano, de 5 a 19 de outubro. Para dom Damasceno, a família passa hoje por grandes desafios e a Igreja busca, por meio de sua reflexão “ajudar as famílias a viverem sua vocação tão bela, como uma vocação para o amor, fundamental para a Igreja e para a sociedade”.
Ele explicou o processo de preparação para o encontro. Primeiramente, foi enviado às conferências episcopais um questionário sobre a realidade das famílias. Num segundo momento, após as respostas, o resultado foi devolvido para o Vaticano. Lá foi preparado, a partir das realidades verificadas, o documento de trabalho, chamado de Instrumentum Laboris. Durante a Assembleia, haverá aprofundamento do tema, como preparação para a segunda etapa do Sínodo que acontecerá em 2015, quando será elaborado um documento final.
Dom Raymundo foi nomeado pelo papa Francisco como presidente-delegado do Sínodo, responsável por coordenar as  atividades na ausência do pontífice. Também foram nomeados para este mesmo serviço os arcebispos de Manila, nas Filipinas, e de Paris, na França. Além do cardeal Damasceno, mais três cardeais brasileiros estarão presentes na Assembleia Extraordinária:  o prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, cardeal João Braz de Aviz; o arcebispo de São Paulo (SP), cardeal Odilo Pedro Scherer; o arcebispo do Rio de Janeiro (RJ), cardeal Orani João Tempesta.
Foram convocados ainda o eparca da Eparquia Maronita de Nossa Senhora do Líbano (SP), dom Edgard Amine Madi, e o casal responsável pelas equipes de Nossa Senhora da super-região do Brasil, Arturo e Hermelinda Zamberline. Serão 191 padres sinodais e 62 participantes entre especialistas, auditores e delegados fraternos.
Eleições
No contexto do pleito eleitoral do início de outubro, dom Damasceno recordou duas iniciativas importantes da CNBB para o que considera uma “ocasião ímpar para o cidadão exercer seu direito de escolher os representantes que vão administrar o país”.
O debate com os candidatos à Presidência da República, promovido pela CNBB e realizado pela Rede Aparecida de Comunicação, foi transmitido pelas emissoras de rádio e televisão de inspiração católica. Para para o cardeal  tratou-se de “um espaço democrático no qual os candidatos puderam apresentar suas propostas e também responder às interpelações de alguns bispos e profissionais das mídias católicas”. “Com o debate o nosso eleitor pôde conhecer ainda mais um pouquinho cada candidato e suas propostas de governo”, considera.
O cardeal destacou saúde, educação, trabalho, família, a vida, a terra e a desigualdade social como elementos a serem observados na escolha do candidato. Ao recordar a mensagem “Pensando o Brasil – desafios diante das eleições 2014”, alertou que o eleitor não deve pensar em interesses pessoais ou de grupos, mas ter uma visão mais ampla dos grandes problemas do país e escolher o candidato que julgar ter mais condições de mostrar caminhos para responder o que o povo espera dos políticos.
“Com esse texto nós fazemos um apelo e convocamos os brasileiros para que exerçam o voto de forma consciente, pensando no bem da sociedade, pensando nas questões mais amplas do nosso país”, explicou dom Damasceno.
Consep
A reunião do Consep aconteceu nos dias 23 e 24 de setembro. Estiveram presentes a Presidência da CNBB e os presidentes das doze comissões episcopais de pastoral da entidade. Assessores dessas comissões e representantes das pastorais e organismos vinculados à Conferência também participaram do encontro.(http://www.cnbb.org.br/)

domingo, 21 de setembro de 2014

Calendário de visitas da imagem peregrina de Nossa Senhora da Conceição Padroeira da Diocese de Campina Grande- PB


De 27 de Setembro a 03 de Outubro de 2014

27- Sábado 19h00 acolhimento a imagem peregrina de N.Sra da Conceição Rua: José Flor 177 Liberdade

28- Domingo 12h00 Almoço com Maria Pastoral da Visitação e a família de Madalena Farias Rua: Das Palmas nº 05 Malvinas

29- Segunda feira 7h30 loja- Óticas Diniz acolhe a imagem peregrina de N.Sra da Conceição Rua Maciel Pinheiro nº 107 Centro

29- Segunda feira 7h50 loja- Narciso acolhe a imagem peregrina de N.Sra da Conceição Rua: Maciel Pinheiro nº 125 Centro

29- Segunda feira 8h30 loja- Iap Cosméticos acolhe a imagem peregrina de N.Sra da Conceição Rua: Maciel Pinheiro nº 150 Centro

ATENÇÃO! A imagem permanecerá na loja- Iap Cosméticos aos cuidados da responsável da loja Erica de Oliveira Barreto e será conduzida ás famílias do Bairro Novo Cruzeiro (Evangelho João 1,47-51)

30- Terça feira 7h45 loja- Icasa acolhe a imagem peregrina de N.Sra da Conceição Rua: Marques do Herval nº 31 Centro

30- Terça feira 8h20 loja- Rio do Peixe acolhe a imagem de N.Sra da Conceição Rua: Simeão Leal nº 48 Centro

30- Terça feira 9h40 loja- Óticas Rocha acolhe a imagem peregrina de N.Sra da Conceição Rua: Maciel Pinheiro nº Centro

ATENÇÃO! A imagem retornará a loja- Rio do Peixe aos cuidados da responsável da loja Ângela. Haverá momentos de orações dos funcionários e clientes (Evangelho Lucas 9, 51-56)

01- Quarta feira 7h45 loja- Eletro Shopping acolhe a imagem peregrina de N.Sra da Conceição Rua: Maciel Pinheiro nº 160 Centro

01- Quarta feira loja- IS Modas acolhe a imagem peregrina de N.Sra da Conceição Rua: Maciel Pinheiro nº 13-17 Centro

01- Quarta feira 9h00 Edifício Condomínio Engenheiro Roberto Palomo acolhe a imagem peregrina de N.Sra da Conceição Rua: Maciel Pinheiro nº 170 Centro

ATENÇÃO! A imagem permanecerá no Condomínio aos cuidados de Maria das Graças. Haverá momento de orações com os Codôminos (Evangelho Lucas 9, 57-62)

02-Quinta feira 8h20 lojas- Esplanada acolhe a imagem peregrina de N.Sra da Conceição Rua: Maciel Pinheiro nº 226 Centro

02- Quinta feira 8h45 loja- A Potiguar acolhe a imagem peregrina de N.Sra da Conceição Rua Maciel Pinheiro nº 336 Centro

02- Quinta feira 9h30 Edifício Empresarial Ramos acolhe a imagem peregrina de N.Sra da Conceição Rua: Maciel Pinheiro nº 360 Centro

ATENÇÃO! A imagem permanecerá no Edifício aos cuidados de Valéria Valença responsável da loja- Aerovias. Haverá momento de orações (Evangelho Mateus 18, 1-5 10)

03- Sexta feira 8h30 loja- IBI acolhe a imagem peregrina de N.Sra da Conceição Rua: Marques do Herval nº 86 Centro

03- Sexta feira 9h15 loja- Lazer Eletro acolhe a imagem peregrina de N.Sra da Conceição Rua: João Pessoa nº 117 Centro

03- Sexta feira 10h00 Condomínio Edifício Prata acolhe a imagem peregrina de N.Sra da Conceição Rua: Simeão Leal nº 150 Centro

ATENÇÃO! A imagem permanecerá no Condomínio Edifício Prata. Haverá momento de orações dos Codôminos. 17hs: Momento da despedida! A imagem seguirá até o Redentorista onde será acolhida pelo grupo- Retiro para Casais

Fonte: D. Beta - Coord. da Pastoral da Visitação da Catedral.

Deus nos chama a trabalhar na sua vinha - Padre José Assis Pereira

O ensinamento do evangelho de hoje (cf. Mt 20,1-16), vem da “parábola dos trabalhadores na vinha”. Jesus toma um episódio da vida cotidiana, do mundo do trabalho. A cena é muito familiar, tanto para Jesus como para os seus ouvintes e Ele a transforma em Palavra de Deus: uma palavra em imagens do trabalho.

É o tempo da colheita, há necessidade de mão de obra; o próprio dono da vinha vai contratar, em horários diferentes, vários trabalhadores para sua vinha: “vão trabalhar na minha vinha!” Quando contrata a primeira turma acerta “uma moeda de prata por dia”. Nas turmas seguintes ele já não diz o quanto vai pagar, pagará “o que for Justo”. Ao fazer o pagamento, ficamos sabendo que todos, dos últimos aos primeiros, receberam o mesmo salário, começando pelos últimos, contratados à tardinha, até os primeiros, contratados de manhã: não há nenhuma distinção, todos são iguais, é a igualdade da recompensa do Reino de Deus.

Aí se situa o pensamento de Deus nesta parábola, no momento em que o dono da vinha fez o pagamento igual para todos! Por que age assim? Diz o Senhor: “Porque eu sou bom!” É assim que Deus é! Tão bom! Ele faz participar do seu Reino publicanos e pecadores, sem mérito da parte deles, pois tamanha é a sua bondade. A maneira de Deus agir não se iguala à nossa. Ele é absolutamente livre para agir como quiser. E essa liberdade é pontuada por seu amor incondicional e sua generosidade.

A gratuidade é um dos temas mais difíceis de entender e viver na prática, porque geralmente o ser humano quer ser recompensado por suas boas ações, porque vivemos numa sociedade cuja lógica é a do poder, da retribuição e o Reino de Deus não se apresenta como recompensa por nossos méritos pessoais. É puro dom de Deus que nos chama gratuitamente a participar.

Em Deus tudo é gratuito, nós não deveríamos ser mesquinhos e sim seus imitadores, dando com generosidade e bondade uma resposta amorosa ao seu convite à conversão e a seu serviço, sem esperar recompensas por méritos próprios, sem olhar o que os outros recebem, sem exigir ou pressupor aplausos e sem guardar mágoas e ingratidões. Essa é uma das lições evangélicas mais difíceis.

A primeira imagem da parábola é a do “trabalho” que transforma o mundo, do trabalho na comunidade cristã. Na sociedade atual o problema número um do ponto de vista sociológico, político e econômico é o trabalho. Constatamos também que o trabalho era uma questão religiosa importante nos inícios do cristianismo. Jesus mesmo foi um trabalhador, um modesto artesão, o Filho de Deus trabalhou com mãos humanas, seus apóstolos eram trabalhadores, o apóstolo Paulo trabalhava, inclusive durante as viagens missionárias. Por isso a maior parte das parábolas evangélicas está inspirada e ambientada no mundo do trabalho.

Entre os padres da Igreja, são João Crisóstomo (sec. V), bispo e doutor da Igreja, é o que mais se ocupa do problema do trabalho. À pergunta se Adão trabalhou no paraíso, visto que a pena de ganhar o pão com o suor vem só depois do pecado, (cf Gn 3,19) Crisóstomo responde: “O homem foi criado à imagem de Deus (Gn 1,26). Deus, que o criou, é o primeiro trabalhador que produz o mundo e sua beleza, em seis dias. Sua obra continua na história do mundo, como o atesta Jesus: “Meu Pai trabalha até agora, e eu também trabalho” (Jo 5,17). Portanto, toda humanidade deve trabalhar...”.

Se Deus destinou o ser humano ao trabalho, deu também uma finalidade última a esta obra. Isto, segundo Crisóstomo, é claro. A criação é o início de uma obra colossal que continua na história. Deus a começou, nós somos chamados a levá-la ao término como seus colaboradores. Neste mundo que Deus e nós criamos, há muitíssimo trabalho a fazer. O resultado será divino-humano. Por isso devemos considerar o mundo que vemos com nossos olhos como uma obra que, todavia não está terminada.

Para os Padres da Igreja, quando falavam de como terminar a obra da criação, pensavam que Deus não cria só com a finalidade de que algo exista. O artista não pinta um quadro só para preencher um espaço. Fica contente quando vê que a obra é bela. A beleza aos olhos de Deus se identifica com a santidade. Por isso tudo o que Ele cria o quer santificar. O homem é chamado a essa santificação. Como, então trabalhar para que o universo seja santificado?

Quando um grande mestre pintor deixa seu discípulo terminar a obra, isto é sinal da grande confiança para com seu discípulo. Ele acredita que o discípulo é capaz de compreender a ideia que inspirou o quadro e que não agregará nenhuma coisa estranha, do mesmo modo é necessário fazer tudo segundo a vontade de Deus, sua vontade é o princípio de nosso trabalho. Todo trabalho humano faz parte e realiza o grande projeto divino. Sem dúvida, a obra de Deus é primariamente para o bem da humanidade.

Mas a parábola não é sobre questões de justiça social ela está inserida no Evangelho de São Mateus na seção do “discurso sobre a comunidade cristã, sobre a Igreja”. Nestes tempos de “nova evangelização” e da “Igreja que sair” em missão, os protagonistas desta missão devemos ser nós, homens e mulheres, pessoas, famílias, comunidades que aceitam trabalhar na “vinha do Senhor”. Trabalhadores humildes e generosos que participam na missão de Jesus e da Igreja. Neste contexto, todos devemos considerar-nos como Bento XVI que se autodefiniu como “um simples trabalhador na vinha do Senhor”.

Uns recebem o convite para trabalhar na vinha do Senhor ainda crianças, os chamados da primeira hora; outros em sua adolescência; há quem ouviu o chamado de Deus na maturidade, outros escutam a voz na terceira idade, e também quem vai à vinha do Senhor em seus últimos anos de vida. Cada qual tem seu tempo e seu momento. A conversão não tem idade. “Vão trabalhar na minha vinha!” Deus não se importa com o quando, mas sim qual é nossa resposta.

Na parábola Jesus denuncia de uma forma dura, a religião dos “méritos”, ensinada pelos fariseus que pensam que é porque eles observam escrupulosamente a lei e por suas boas ações que têm certeza de receber por mérito a salvação.

Em nossa comunidade eclesial podemos cair no mesmo erro. Acharmos que se formos "cumpridores" dos ritos e se nos esforçarmos em levar em prática a doutrina, receberemos o prêmio da salvação. Talvez até nos incomode que outros com menos esforço também sejam acolhidos por Deus. Mas, tudo é graça, é dom e não estamos em um concurso de méritos, pois é Deus que nos "dá" gratuitamente a salvação.

Diante de Deus não há monopólios exclusivistas nem tem cabimento a pretensão de manipular os seus favores de acordo com os nossos egoísmos pessoais. Os dons de Deus, a sua graça, o chamamento à fé e a entrada no seu Reino são sempre imerecidos e são fruto exclusivo da sua bondade generosa. Deus espera a nossa resposta agradecida, a nossa colaboração livre e responsável ao seu convite: “Vão vocês também trabalhar na minha vinha!”

" O nosso Deus, é o Deus que surpreende"

O texto que tomo como base para esta mensagem se encontra em l Corítntios 2:9 "Mas, como está escrito: As coisas que olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem penetraram o coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam." O nosso Deus, é o Deus que surpreende, por que Ele faz tudo, infinitamente mais e melhor daquilo que pedimos, queremos ou pensamos, Ele atua não nosso tempo, mas no tempo certo, quando estamos preparados e muitas vezes quando menos esperamos. 

Deus atua quando clamamos , quando esperamos e confiamos e por mais que muitas vezes sejamos infieís Ele permanece sempre Fiel a nós. "Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes.


Jeremias 33:3" Temos que aprender a confiar e a descansar em Deus e lançar sobre Ele toda a nossa ansiedade , as nossas fraquezas e dificuldades, isso é confiar nele, isso é ser dele, isso é viver para Ele. Nos momentos de dificuldade não devemos nos desesperar por que o desespero além de não resolver os problemas abala a nossa fé. Em quem nós temos crido? Nós temos crido no Deus do Impossível não é ? 

Então por que preferimos ouvir as dificuldades, o diabo e as pessoas que se levantam contra nós, ao invés de confiar e esperar no Deus vivo? "Disse-lhes ele: Por causa da vossa pouca fé; pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele há de passar; e nada vos será impossível. Mateus 17:20" Fé sem confiança não existe, fé sem espera é vazia, fé vendo não é fé, fé no possível é racionalidade, fé quando o olho não vê e quando não se sabe é total confiança no Deus que pode todas as coisas. Boa noite a todos. (Seminarista Rafael Léo)

Debate, réplica e tréplica Reflexões de Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte

Há de se dar plena razão aos que consideram a participação dos candidatos nos debates veiculados pelos meios de comunicação inócua e pouco relevante para o processo de discernimento dos eleitores. Também são coerentes os argumentos dos que apontam a propaganda eleitoral como verdadeira enganação. Pode não chegar a tanto, mas essas produções chamam a atenção pela exposição pouco nobre de pessoas que, no afã de ganhar voto, por meio de seus discursos, se desenham como “salvadoras da pátria”. Em suas falas, buscam aproximar-se dos heróis da ficção. Talvez, possa até constituir objeto de estudo a semelhança entre os personagens folclóricos da literatura e a imagem que a propaganda eleitoral produz sobre candidatos. Eles aparecem como cidadãos e cidadãs com identidade, trajetória e história não condizentes com o que, de fato, são; e sempre longe do que podem vir a ser. Viver de miragens do próprio ego, incontestavelmente, é uma das mais trágicas situações existenciais, com a produção de prejuízos para a cidadania e comprometimentos sérios na vida política.

Neste sentido, o desempenho dos candidatos nos debates eleitorais não consegue corresponder às demandas do processo eleitoral. Na busca pelo  voto a todo custo, sob a pressão das pesquisas, os candidatos à presidência da República portam-se como se estivessem em um ringue de boxeadores, com uma platéia de torcedores. O eleitor-torcedor, perdão se for exagero, não simplesmente movido pelo grande desejo de que sejam encontradas saídas para os graves problemas sociais, se deixa afetar por descompassos afetivos. Alegra-se ao ver seu candidato desferir “um golpe certeiro” no adversário. Os comentários pós-debate sublinham, sobretudo, como um “esfregar de mãos”, o discurso ferino, as evasivas de uns, as conivências e posturas comprometedoras de outros. O saldo é pouco educativo.

De fato, lamentavelmente, as perguntas e as respostas formam uma dinâmica que se resume aos “golpes” e autoelogios. O processo tem muito da perversão humana, predatória, de ganhar e convencer por nocautear o outro. Os ataques perpassam a análise de incompetências. Também se fundamentam nas falhas morais que levam à corrupção e à incapacidade de se compreender que a cidadania, a presidência de uma república, o governo de um Estado, da própria casa ou da empresa, alcança nobreza e incontestada importância quando a meta prioritária é o bem comum. Lamentável, pois, é a classificação medíocre da participação política. As escolhas vão sendo definidas por temas que não deveriam ser tão recorrentes na vida do povo.

O atual processo de discussão sobre o perfil mais adequado para a presidência da República, em vez de contribuir para a decisão do eleitor, deixa mais dúvidas, por se reduzir à lógica do ringue. Não se consegue revelar o perfil estadista dos candidatos. Além disso, é muito humilhante prestar-se à desmoralização mútua, lógica do discurso para simplesmente conseguir voto. Isto não é próprio de quem reúne condições para ser representante do povo no cargo mais importante do país. Não se está conseguindo construir um caminho em que os candidatos possam debater seus entendimentos, propostas e compromissos. Um percurso necessário para o amadurecimento dos projetos e, também, para o discernimento dos eleitores.

Uma via possível é investir nas sabatinas, em diferentes ambientes, enriquecidas pela presença de especialistas de diversos campos, representantes da sociedade - especialmente daqueles comprometidos com os interesses dos mais pobres - para ajudar na avaliação da estatura do candidato. Não é fácil dar este passo novo, por muitas razões. Alguns vão dizer que a política é assim no mundo inteiro e, por isso, a sociedade brasileira não teria condições de fazer diferente, tornando-se exemplo. Infelizmente, a mediocridade na política brasileira é um veneno. Segue perpetuada pelos interesses partidários e desejo de galgar o poder; nele permanecer para fazer da máquina administrativa o lugar do serviço aos pares, e não aos pobres.

Incluindo a competência de gerentes, o carisma de líderes, o Brasil precisa de homens e mulheres com componentes morais para a saudável e relevante representação política. Essa tarefa consiste em compartilhar o sentimento do povo e em buscar, com políticas emancipatórias - não apenas compensatórias - a solução de problemas sociais. Tem este perfil quem exerce o poder com espírito de serviço. Isto significa ter paciência, moderação, modéstia, caridade e esforço de partilha - remédios para a ganância pelo poder. A corrupção política do sistema democrático não permitirá o surgimento de gente com o perfil esperado, perpetuando a triste conclusão de que os debates, com suas réplicas e tréplicas, mostram uma realidade pouco interessante. Revelam candidatos que buscam convencer o eleitor indicando que os outros são ainda piores.

Que venham as reformas necessárias para mudar esse cenário e que chegue logo o momento em que nossos dirigentes exerçam o poder não como se fosse sua propriedade ou de partidos, mas como uma delegação, a vivência de uma representatividade.  O façam ancorados sempre nas quatro exigências fundamentais: verdade, justiça, amor e liberdade, que podem dar envergadura e perfil a quem se aventura em propor seu nome a cargos eletivos e representativos.