quarta-feira, 30 de março de 2011

11 perguntas sobre Jesus de Nazaré

O último livro do Papa em formato de perguntas e respostas
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Madrid, 15 de Março de 2011. - Bento XVI escreveu o segundo volume sobre Jesus Cristo: "Jesus de Nazaré. Desde a entrada em Jerusalém até à Ressurreição”. Esta segunda parte centra-se na paixão e ressurreição de Jesus. Embora este seja um livro de rigorosa investigação teológica também levanta questões interessantes para todos os cristãos: Jesus é Deus? Quão importante é a ressurreição de Jesus? Porque Deus não foi revelado ao mundo de poderosos, e apenas a um pequeno grupo de discípulos? Qual o sentido da confissão?...

O jornalista Marc Argemí resumiu o novo livro do Papa, num formato de perguntas e respostas. Aqui te deixamos 11 delas. (Fonte: Marc Argemíhttp://bxvi.wordpress.com)
1. O que é que Joseph Ratzinger-Bento XVI procura com este novo livro?
"Indiscutivelmente, e exagerando um pouco, poderia dizer-se que eu queria encontrar o Jesus real (...) tentei desenvolver um olhar sobre o Jesus dos Evangelhos, um escutar que poderia tornar-se num encontro; mas também escutando em comunhão com os discípulos de Jesus de todos os tempos, chegar à certeza da figura realmente histórica de Jesus".
Joseph Ratzinger-Bento XVI, Jesus de Nazaré. II Parte. Desde a entrada em Jerusalém até à Ressurreição. Madrid 2011, Ediciones Encuentro. Página 9

2. Jesus é Deus?
"Em Jesus, Deus tornou-se homem. Deus entra no nosso próprio ser. Nele, Deus é realmente o «Deus connosco» "(...). Conhecer a Cristo significa dar a conhecer a Deus".
Joseph Ratzinger-Bento XVI, Jesus de Nazaré. II Parte. Página 113

3. Como é possível Jesus ser recebido com louvor em Jerusalém, poucos dias antes de ser crucificado?
"A cena de homenagem messiânica a Jesus ocorreu à entrada da cidade, e (...) os seus protagonistas não foram os habitantes de Jerusalém, mas aqueles que acompanhavam Jesus, que entraram com ele na Cidade Santa (...) Já se tinha ouvido na cidade falar do profeta que vinha de Nazaré, mas não teria qualquer relevância para Jerusalém, pois não era conhecido. A multidão que prestou homenagem a Jesus, na periferia da cidade, não é a mesma que pediu, depois, a sua crucificação".
Joseph Ratzinger-Bento XVI, Jesus de Nazaré. II Parte. Páginas 18-19

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4. Que pretendia Jesus quando lavou os pés dos seus discípulos?
"Jesus presta aos seus discípulos um serviço próprio dos escravos (...) Num acto simbólico, Jesus clarifica o conjunto do seu serviço salvífico. Despoja-se do seu esplendor divino, ajoelha-se, por assim dizer, diante de nós, para lavar e limpar os pés sujos e fazer-nos dignos de participar do banquete nupcial de Deus (...). O gesto do lava-pés expressa precisamente isto: o amor serviçal de Jesus livra-nos do nosso orgulho e torna-nos dignos de Deus, torna-nos 'puros' ".
Joseph Ratzinger-Bento XVI, Jesus de Nazaré. II Parte. Página 73

5. Pedro promete ser fiel a Jesus, mas Jesus anuncia a sua tripla negação; o que é que falhou na sua abordagem?
Ao ser contrário à cruz, [Pedro] não consegue entender a palavra Ressurreição e gostaria de atingir o êxito, sem a cruz. Ele confia nas suas próprias forças. Quem pode negar que a sua atitude reflecte a constante tentação dos cristãos, e até mesmo da Igreja, em alcançar o sucesso sem a cruz? É por isso que tem de anunciar a sua fraqueza, a sua tríplice negação. Ninguém é em si forte o suficiente para percorrer sozinho, até o fim, o caminho da salvação ".
Joseph Ratzinger-Bento XVI, Jesus de Nazaré. II Parte. Pág. 180

6. Porque é que o arrependimento de Judas termina da pior maneira possível?
"O seu remorso torna-se desespero. E só se vê a si mesmo e à sua escuridão, já não vê a luz de Jesus, a luz que pode iluminar e superar até mesmo a tibieza. Deste modo, faz-nos ver um modo errado de arrependimento: um arrependimento que já não é capaz de esperar, e que vê unicamente a própria obscuridade, é destrutivo e não um verdadeiro arrependimento. A certeza da esperança faz parte do verdadeiro arrependimento, uma certeza que nasce da Fé em que a Luz tem maior poder e se fez carne em Jesus”.
Joseph Ratzinger-Bento XVI, Jesus de Nazaré. II Parte. Páginas 87-88

7. Qual a importância da Ressurreição de Jesus?
"A fé cristã permanece ou cai com a verdade do testemunho de que Cristo ressuscitou dentre os mortos. Se se ignorar isso, ainda se podem retirar, sem dúvida, da tradição cristã, certas ideias interessantes sobre Deus e o Homem, sobre o facto de se ser Homem e sobre o seu dever de o ser - uma espécie de concepção religiosa do Mundo -, mas a Fé cristã fica morta (...). Só com o facto da Ressurreição de Jesus acontece algo verdadeiramente novo que muda o mundo e a situação da humanidade. Então, Ele, Jesus, torna-se no critério no qual podemos confiar. Pois, agora, Deus manifestou-se realmente".
Joseph Ratzinger-Bento XVI, Jesus de Nazaré. II Parte. Páginas 281-282

8. Como encontra o homem a vida eterna, segundo Jesus?
"O homem encontra a vida quando se apoia naquele que é a própria vida. Então, muitas coisas no homem podem ser abandonadas. A morte pode tirá-lo da biosfera, mas a vida que a transcende, a verdadeira vida, essa perdura (...). O que dá essa vida que nenhuma morte pode tirar é a relação com Deus, em Jesus Cristo".
Joseph Ratzinger-Bento XVI, Jesus de Nazaré. II Parte. Páginas 104-105

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9. Por que Deus não é revelado aos poderosos do mundo, e apenas a um pequeno grupo de discípulos?
"É próprio do mistério de Deus actuar de maneira discreta. Só gradualmente vai construindo a sua história na grande história da humanidade. Ele fez-se homem, mas de tal modo que pode ser ignorado pelos seus contemporâneos, pelas forças de renome da História. Sofre e morre e, como Ressuscitado, quer chegar à humanidade apenas através da fé de seus, a quem se manifesta. Nunca deixa de bater suavemente nas portas dos nossos corações e, se a abrirmos, torna-nos, lentamente, capazes de "ver". Mas não é esse o modo divino? Não utilizar o poder exterior, mas dar liberdade, oferecer e suscitar amor”.
José Ratzinger-Bento XVI, Jesus de Nazaré. II Parte. Pág. 321

10. Qual é o sentido da confissão, o sacramento da penitência?
"O que está em causa, no fundo, é que a culpa não deve continuar a apodrecer ocultamente a alma, envenenando-a, assim, de dentro. Necessitamos da confissão. Pela confissão trazemo-la à luz, expomo-la ao amor purificador de Cristo (cf. Jo 3, 20s). Na confissão, o Senhor volta sempre a lavar os nossos pés sujos e prepara-nos para a comunhão na mesa com Ele".
Joseph Ratzinger-Bento XVI, Jesus de Nazaré. II Parte. Página 93

11. Jesus diz: "Eu estarei sempre convosco, até o fim do mundo" (Mt 28,20) Como o consegue? Onde está Ele?
"O Senhor está na Sua Palavra; está nos sacramentos, especialmente na Sagrada Eucaristia; entra na minha vida através de palavras ou acontecimentos. Mas há também outras formas que fazem história."
Joseph Ratzinger-Bento XVI, Jesus de Nazaré. II Parte. 337 páginas

segunda-feira, 28 de março de 2011

Catedral de Campina Grande lança campanha da coleta seletiva

Em Celebração Eucarística presidida por Pe. Márcio Henrique Mendes Fernandes, na noite do último sábado dia 26, foi lançada a campanha da coleta seletiva na Catedral de Campina Grande (abaixo), que se estenderá até o próximo dia 15 de abril.

Segundo Pe. Márcio, a coleta é um gesto concreto da Campanha da Fraternidade 2011 que este ano traz como tema “Fraternidade e Vida no Planeta” e lema “A criação geme em dores de parto”(Rm 8, 22).

A CF segundo texto da CNBB, tem “o objetivo de contribuir para o aprofundamento do debate e busca de caminhos de superação dos problemas ambientais provocados pelo aquecimento global e seus impactos sobre as condições da vida no planeta”.

Neste sentido e como ação do Projeto Solidariedade e Partilha, em funcionamento na paróquia, desde 2008, foi realizado na última sexta-feira, 25, um seminário com a participação de 90 agentes de pastoral, serviço e movimento, assessorado por Mônica Maria Pereira da Silva (Professora da Universidade Estadual da Paraíba e Doutora em Recursos Naturais pela Universidade Federal de Campina Grande) (UFCG).

Na ocasião, a coordenadora do Projeto Solidariedade e Partilha, Professora Aurea Ramos Araujo, anunciou como será a coleta seletiva e agradeceu a presença de todos.

COLETA SELETIVA

Para vivenciarmos este momento de reflexão e ação em defesa da vida do nosso Planeta, a coleta seletiva será assim desenvolvida:

Produtos a serem selecionados

- metais (latas de leite, cerveja, refrigerante e similares)
- Papéis (cadernos, revistas, jornais, livros e outros)
- Plásticos (exceto copos e pratos descartáveis)

Entrega

O material deverá ser entregue na Catedral nas celebrações e durante a semana, a partir da terça até dia 15 de abril.

- Instituições beneficiadas: Catamais, Arensa e Cotramare

Mais informações:
33213140/88575600 ou pelo portal: www.catedralcg.org.br/

Fonte: Pascom Catedral

NO ANGELUS, PAPA PEDE QUE ENCONTREMOS TEMPO PARA REZAR

Cidade do Vaticano, 27 mar (RV) - Neste terceiro domingo de Quaresma, em que a liturgia recorda o célebre diálogo de Jesus com a Samaritana, o Papa pediu aos fiéis que “encontrem um tempo para rezar, pois Jesus está nos esperando”.

“O cansaço de Jesus, encontrado pela Samaritana à beira do poço, é o verdadeiro sinal de sua humanidade, é um prelúdio da paixão”. Explicando o trecho do Evangelho de João, Bento XVI falou da “sede de Cristo” e do valor simbólico da água, que “alude claramente ao sacramento do batismo”. 

“Cada um de nós – convidou – pode se sentir como a Samaritana”: “Quem renasce da água e do Espírito Santo, ou seja, no Batismo, começa um relacionamento real com Deus, uma relação filial, e pode adorá-lo em espírito e verdade, assim como o revela Jesus à Samaritana. Com efeito, somente graças ao encontro com Jesus Cristo e ao dom do Espírito Santo, a fé do homem se realiza completamente, em resposta à plenitude da revelação de Deus”. 

A este ponto, o papa pediu a todos que entrem em contato com Jesus através da oração:

“Jesus nos espera, especialmente neste tempo de Quaresma, para falar ao nosso coração. Paremos um momento em silêncio – prosseguiu – em nosso quarto, ou em uma igreja, ou em um lugar afastado, e ouçamos a sua voz que nos diz: Se conhecesse o dom de Deus... Que Nossa Senhora nos ajude a não faltar a este encontro, do qual depende a nossa verdadeira felicidade”.

Após rezar a oração dominical do Angelus, o papa dirigiu saudações aos grupos presentes, em várias línguas. Em português, estas foram as palavras do Pontífice:

“Saúdo os peregrinos de língua portuguesa, em particular a comunidade romana dos fiéis brasileiros, que está realizando a sua peregrinação quaresmal, e os alunos e professores do Colégio de São Tomás em Lisboa, que recordam a minha Visita a Portugal do ano passado. Agradecido pela vossa presença e união na oração, desejo a todos a água viva que Jesus ofereceu à Samaritana, dizendo-lhe que a mesma se torna uma fonte que jorra para a vida eterna. Que Deus vos guarde e abençoe!”.


Fonte: Radio Vaticano

Encontro com Jesus é garantia de verdadeira felicidade, ensina Papa

AP
Papa abençoa fiéis reunidos na Praça de São Pedro
O Papa Bento XVI refletiu, antes da tradicional oração mariana do Angelus diante dos milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro neste domingo, 27, sobre o Evangelho que narra o encontro de Jesus com a Samaritana.

"Cada um de nós pode identificar-se com a mulher Samaritana: Jesus nos espera, especialmente neste tempo de Quaresma, para falar ao nosso, ao meu coração. Ajude-nos a Virgem Maria a não esquecer desse encontro, do qual depende a nossa verdadeira felicidade", disse.

O Pontífice explicou que o "cansaço da viagem" (Jo 4,6), sentido por Jesus, é sinal da sua verdadeira humanidade e também prelúdio da paixão com a qual Ele levou a cumprimento a obra da redenção humana.

"Deus pai enviou-o para saciar a nossa sede de vida eterna, doando-nos o seu amor, mas para nos dar esse dom Jesus pede a nossa fé. A onipotência do Amor respeita sempre a liberdade do homem; bate à porta do coração e espera com paciência a sua resposta", afirmou. Por fim, Bento XVI disse que é graças ao encontro com Jesus e o dom do Espírito Santo que a fé do homem alcança o seu cumprimento.

Ao final do encontro, o Santo Padre lançou um apelo pelo fim de uso de armas na Líbia. Mais cedo, no início da manhã, ele também visitou as Fossas Ardeatinas e disse que a violência entre os homens é ofensa gravíssima a Deus.

Fonte: Canção Nova

quarta-feira, 23 de março de 2011

Esteve Joseph Ratzinger a favor do celibato voluntário?


ROMA, 23 Mar. 11 / 12:51 pm (ACI)

O jornal vaticano L'Osservatore Romano (LOR) explicou o que realmente aconteceu com um memorando de 1970 no qual alguns teólogos alemães consideravam avaliar o celibato voluntário, e precisou que o então professor Joseph Ratzinger e agora Papa Bento XVI não se uniu a esta corrente, diante das versões jornalísticas que 40 anos depois o vinculam a esta postura.

O artigo -publicado na edição de 19 de março do LOR- explica que o memorando de 9 de fevereiro de 1970 foi escrito pelo jesuíta Karl Rahner e logo foi enviado a todos os bispos da Alemanha.

Nesse texto estava escrito à mão os nomes de nove dos onze teólogos membros da Comissão Doutrinal da Conferência Episcopal Alemã, entre eles "Joseph Ratzinger, Regensburg".

O memorando, explica o LOR, "queria suscitar entre os participantes na (assembléia) plenária da Conferência Episcopal Alemã, que se reuniria em Essen entre o 16 e 19 de fevereiro desse ano, uma nova discussão sobre o celibato, em reação à difusão, em janeiro de 1970, de uma carta dos bispos de língua alemã sobre o ministério sacerdotal. Uma diretiva bíblico-dogmática na qual o tema do celibato tinha apenas um papel secundário".

Na sessão da Comissão Doutrinal de 30-31 de janeiro de 1970 discutiram as primeiras reações a esta carta dos bispos. Os professores Karl Rahner e Joseph Ratzinger, entre outros, desculparam-se por não participar de tal reunião.

Uma semana e meia mais tarde, o memorando promovido por Rahner, foi enviado aos bispos para persuadi-los sobre a "necessidade de uma profunda revisão e um exame mais detalhado da norma do celibato na Igreja latina na Alemanha e em todo o mundo".

Em um primeiro momento, prossegue o LOR, não se fez público o memorando. Mas como não obteve a reação que esperava dos bispos, Rahner decidiu difundi-lo e assim apareceu no fascículo de março de 1970 da revista Orientierung dos jesuítas suíços.

O dado chave desta publicação é que no texto do memorando só se mencionava o nome de três teólogos, entre os quais não se encontrava o de Joseph Ratzinger.

Além desta explicação que esclarece a postura do professor Ratzinger, o LOR reproduziu um extenso artigo de sua autoria publicado originalmente no dia 28 de maio de 1970, poucos meses depois do episódio do memorando, no qual o então teólogo de 42 anos de idade aprofundava sobre o ministério sacerdotal.

Uma das principais ideias desenvolvidas no texto é que o fundamento sacerdotal está no sacrifício da Cruz de Cristo, que morreu crucificado tendo vivido o celibato toda sua vida, obediente e fazendo a vontade de Deus.

O então sacerdote, professor de teologia dogmática de Ratisbona (Alemanha) e membro da Comissão Teológica Internacional explicava que embora em alguns momentos da história alguns questionaram e questionam alguns dos acentos sacerdotais, "isso não põe em dúvida o sacerdócio como tal, menos para nós a quem foi irradiado como tarefa".

"A Cruz é e segue sendo o fundamento e o contínuo centro do sacerdócio cristão que só pode encontrar seu cumprimento na disponibilidade do próprio eu pelo Senhor e pelos homens. Nisso está o peso da ordem deixada por Cristo a sua Igreja".

"A medida é Ele, o Senhor mesmo", prossegue.

"Disto é também testemunha São Paulo (o Apóstolo das gentes que foi martirizado e viveu celibatário), primeiro perseguidor de Cristo que pôs à disposição da força de Deus a própria debilidade e por isso se converteu no testemunho mais forte daquela graça cujo anúncio e cuja representação é e seguirá sendo a tarefa mais alta do ofício sacerdotal de todos os tempos".

Fonte: Acidigital

Media: Igreja discute revolução digital Jornadas de Comunicação Social vão trazer a Fátima o responsável do Vaticano para esta área


Lisboa, 23 Mar (Ecclesia) – O Secretariado Nacional das Comunicações Sociais da Igreja revelou hoje que vai dedicar as suas jornadas anuais ao tema «Era digital: revolução na cultura e na sociedade», trazendo a Portugal o responsável do Vaticano para esta área.  As Jornadas Nacionais das Comunicações Sociais vão decorrer em Fátima, entre 29 e 30 de Setembro, tendo como pano de fundo a mensagem do Papa para o

Dia Mundial das Comunicações Sociais 2011.  D. Claudio Maria Celli, presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, organismo da Santa Sé, vai encerrar as jornadas com uma conferência sobre o tema «Era digital e comunicação na Igreja Católica».  Na mensagem, Bento XVI afirmou que “tal como a revolução industrial produziu uma mudança profunda na sociedade através das novidades inseridas no ciclo de produção e na vida dos trabalhadores, também hoje a profunda transformação operada no campo das comunicações guia o fluxo de grandes mudanças culturais e sociais”.  Esta celebração mundial decidida pelo Concílio Vaticano II (decreto «Inter Mirifica», 1963) celebra-se, na maioria dos países, no domingo que antecede a solenidade de Pentecostes - este ano, a 5 de Junho.

O programa das Jornadas Nacionais das Comunicações Sociais inclui uma mesa-redonda sobre o «relevo da comunicação social” na acção da Igreja e no jornalismo.  Seguem-se momentos de trabalho específicos para directores de secretariados diocesanos das comunicações sociais, de gabinetes de imprensa e assessores de comunicação bem como para directores de meios de comunicação social, jornalistas e profissionais dos media.  As Jornadas destinam-se a todos os profissionais de comunicação, quer ligados a meios de inspiração cristã, quer a outros que abordem notícias e questões relacionadas com a Igreja.  A agenda do encontro inclui a abordagem de questões concretas que os participantes considerem pertinentes, momentos de comentários e debate após as conferências e trocas de experiências sobre o trabalho já realizado nesta área.

Fonte: http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=84877

terça-feira, 22 de março de 2011

Declaração das Nações Unidas para o Dia Mundial da Água


Por ocasião do Dia Mundial da Água, celebrado no dia 22, o alto comissariado das Nações Unidas divulgou uma declaração na qual ressalta o direito à água e o melhoramento das condições higiênicas como um direito humano universal. O documento foi elaborado pela especialista em água e saneamento, Catarina de Albuquerque; pela especialista em extrema pobreza, Magdalena Sepúlveda; e pela relatora para a habitação, Raquel Rolnik.
No documento está escrito que “com o aumento constante do número de pessoas vivendo em centros urbanos, a falta de acesso seguro à água potável e a sistemas de saneamento básico nas cidades é um fator de preocupação permanente”. O documento evidencia que quem não tem acesso a esses elementos, são os mesmos que vivem marginalizados, excluídos e discriminados, explicando o fenômeno como resultado de decisões políticas que deslegitimam as suas existências e perpetuam o estado de pobreza.
“Por ocasião do Dia Internacional da Água desse ano, os especialistas das Nações Unidas convocam os Estados a tomarem medidas imediatas para cessar as violações dos direitos humanos e para garantir que o acesso à água potável e ao saneamento básico sejam usufruídos por todos”, destaca o documento da ONU.
Ainda segundo a ONU, “o mundo está se tornando cada vez mais urbano, já existem mais pessoas vivendo em cidades que nas zonas rurais. 40% desse crescimento é feito a partir da formação de favelas, incluídas aí aquelas já estruturadas e as de estruturação recente. Ambas são consideradas ilegais, e por isso, os Governos recusam-se a estender água encanada e saneamento básico aos seus moradores”.
Contestando tal postura, a declaração afirma que “água e saneamento básico são direitos humanos, os quais devem ser, portanto, garantidos a todos, sem discriminação. Traz ainda o dado de que as pessoas que vivem na pobreza pagam mais por sistemas básicos que os cidadãos médios. O exemplo foi o de que uma pessoa que vive em um assentamento informal em Nairóbi (África) paga de cinco a sete vezes mais por um litro de água que um norte-americano de classe média. Além disso, são obrigados a comprar água de vendedores informais, que oferecem a água de qualidade não comprovada, armazenando-as de maneira imprópria.
Fonte: CNBB