quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Obrigado a tantos sacerdotes que dão a sua vida no silêncio – o Papa na missa desta segunda-feira






A Igreja não é apenas uma simples organização humana. O que faz a diferença é a unção que dá aos bispos e sacerdotes a força do Espírito Santo para servir o Povo de Deus. O Papa Francisco na missa desta segunda-feira em Santa Marta agradeceu a todos os sacerdotes santos que dão a sua vida no anonimato do seu serviço quotidiano. Comentando a primeira leitura da liturgia deste dia, que fala das tribos de Israel que ungem David como seu rei, o Papa Francisco explicou o significado da unção espiritual sem a qual David teria sido apenas o chefe de uma empresa ou de uma organização política. O mesmo acontece com os bispos e com os padres:
Os bispos não são eleitos apenas para levar para a frente uma organização que se chama Igreja particular, são ungidos, têm a unção e o Espírito do Senhor está com eles. Mas todos os bispos são pecadores, todos! Mas somos ungidos. Mas todos queremos ser mais santos cada dia, mais fieis a esta unção. E aquele que faz a Igreja e que dá unidade à Igreja é a pessoa do bispo, em nome de Jesus Cristo, porque é ungido, não porque foi votado pela maioria. Porque é ungido. E nesta unção uma Igreja particular tem a sua força. E por participação também os padres são ungidos.
De outra forma não se entende a Igreja; mas não só não se entende não se pode explicar como é que a Igreja continue a andar para a frente apenas com as forças humanas. Esta diocese avança porque tem um povo santo e tantas coisas e também um ungido que a leva, que a ajuda a crescer. Esta paróquia vai para a frente porque tem tantas organizações, tantas coisas, mas também tem um padre, um ungido que a leva para a frente. E nós na história conhecemos uma mínima parte, mas quantos bispos santos, quantos sacerdotes, quantos padres santos que deram a sua vida ao serviço das dioceses, das paróquias; quanta gente recebeu a força da fé, a força do amor, a esperança destes párocos anónimos, que nós não conhecemos. E há tantos!

Segundo o Papa Francisco os párocos da aldeia e da cidade, que com a sua unção deram força ao povo, transmitiram a doutrina, deram os sacramentos, ou seja a santidade. São tantos, mas raramente fazem notícia. É graças a eles que hoje estamos aqui – afirmou o Papa Francisco:

“ Mas Padre, eu li no jornal que um bispo fez isto e um padre fez aquilo! Eh sim, eu também li, mas diz-me, nos jornais vêm as notícias daquilo que fazem tantos sacerdotes, tantos padres em tantas paróquias da cidade ou da aldeia, tanta caridade que fazem, tanto trabalho que fazem para levar em frente o seu povo? Ah não! Isto não é notíca! É aquilo de sempre: faz mais barulho uma árvore que cai, que uma floresta que cresce. Hoje pensando nesta unção de David, vai-nos fazer bem pensar nos nossos bispos e nos nossos padres corajosos, santos, bons e fieis e rezar por eles. Graças a eles hoje estamos aqui!” (RS)


Fonte: Radio Vaticano

Relíquia com sangue do Beato João Paulo II roubada na Itália


Imagem oficial do Beato João Paulo II © Grzegorz Galazka / Libreria Editrice Vaticano


ROMA, 27 Jan. 14 / 04:30 pm (ACI/EWTN Noticias).- Faltando apenas três meses para a canonização do Beato João Paulo II que se realizará no dia 27 de abril em Roma, desconhecidos roubaram, no Santuário de São Pedro de Ienca, da Diocese de L’Áquila (Itália), uma das quatro ampolas no mundo que contêm o sangue do Pontífice polonês.



O furto ocorreu na madrugada do sábado passado, 25 de janeiro. Os ladrões entraram sem forçar a porta da sacristia, romperam o cristal de uma janela e cortaram os barrotes que protegem o relicário. Junto à ampola também levaram um crucifixo do altar.

Em declarações ao Grupo ACI, o presidente da Associação Cultural do Santuário de João Paulo II em São Pedro da Ienca, Pasquale Corriere, explicou que “se trata de um roubo muito grave a nível mundial, um sacrilégio que afeta a todos os católicos no mundo e não apenas aos habitantes deste pequeno povo”.

“Não temos nenhuma ideia de quem poderá ter feito isso, pensamos que pode ser um roubo por comissão porque se os ladrões estivessem procurando dinheiro, teriam quebrado também as caixas da esmola”, acrescentou.

A polícia está investigando os fatos, mas até agora não há resultados. Segundo Montagna TV, alguns assinalam que existiria “a possibilidade de que os ladrões tivessem se livrado do objeto sagrado”, mas no momento não há nada confirmado.

A relíquia de João Paulo II tinha sido doada pelo secretário pessoal do Pontífice por mais de 40 anos, o agora Cardeal Estanislao Dziwisz, com motivo da fundação do santuário em 2011, o primeiro santuário na Europa dedicado ao Papa peregrino depois de sua beatificação em 1º de maio desse mesmo ano.

O sangue da ampola tinha sido extraído do Pontífice nos últimos dias de suavida para coloca-lo a disposição do Centro de Transfusões do Hospital Bambino Gesù, onde ainda se conserva uma das quatro que em total se extraíram.


Fonte: ACI Digital

Comissão abre cadastro nacional de grupos de joven

A Equipe de Comunicação da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB abriu, na internet, um espaço para cadastro dos grupos de jovens existentes no Brasil. A iniciativa foi motivada especialmente pela Jornada Mundial da Juventude Rio2013, que aconteceu em julho do ano passado.
Segundo o site oficial da comissão, o Cadastro Nacional de Grupos de Jovens vai criar uma linha direta entre os grupos e a Comissão, facilitando a comunicação e possibilitando conhecer melhor a realidade e o trabalho de base das diversas expressões juvenis da Igreja.
“Queremos saber onde os grupos estão, quem são eles, como se comunicam e como agem diante dos desafios e das particularidades de cada região. O cadastro também vai ajudar a própria Comissão e a Coordenação da Pastoral Juvenil Nacional a identificar e acompanhar esses grupos para gerar mais unidade no processo de evangelização do jovem”, explica o padre Carlos Sávio da Costa Ribeiro, assessor nacional da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude.
Segundo o coordenador da Equipe de Comunicação, o jornalista Fernando Geronazzo, em muitas paróquias e comunidades existem grupos de jovens que não estão diretamente ligados a um carisma ou expressão juvenil em âmbito nacional ou até diocesano. “A própria JMJ estimulou muitos jovens a se reunirem a partir de afinidades e realidades em comum. É importante que esses grupos caminhem em sintonia com as organizações eclesiais já estruturadas enquanto Pastoral Juvenil na Igreja”.
Com o desenvolvimento das mídias digitais, a juventude encontrou novos espaços de organização que ultrapassam as estruturas eclesiais já conhecidas. “Esse é um novo desafio para a evangelização da juventude, que a Equipe de Comunicação deseja conhecer melhor, para que esses jovens sejam acolhidos”, acrescenta o jornalista.
Para efetuar o cadastro, basta acessar o link www.jovensconectados.org.br/cadastro

Fonte: Canção Nova

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Irmã Serafina (foto: Canção Nova Noticias)


O Papa Francisco autorizou ao Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, Cardeal Angelo Amato, o reconhecimento das virtudes heroicas da religiosa brasileira, a Serva de Deus Serafina.

A Serva de Deus Serafina, na época Noemy Cinque, era irmã professa da Congregação das Irmãs Adoradoras do Sangue de Cristo. Nascida em Urucurituba (AM), em 31 de janeiro de 1913, ela morreu, em Manaus (AM), em 21 de outubro de 1988.

Esta é a lista de nomes que o Santo Padre autorizou a para a Causa dos Santos a promulgar os decretos que reconhecem:

- o martírio do Servo de Deus Pietro Asúa Mendía, sacerdote diocesano nascido, em Valmaseda, na Espanha, em 30 de agosto de 1890 e morto por ódio à fé em Liendo, Espanha, em 29 de agosto de 1936.

- as virtudes heróicas do Servo de Deus Giuseppe Girelli, sacerdote diocesano nascido, em Dossobuono, na Itália, em 10 de janeiro de 1886 e morto, em Negrar, Itália, em 1° de maio de 1978.

- as virtudes heróicas do Servo de Deus Zaccaria di Santa Teresa (Zaccaria Salteráin Vizcarra), sacerdote da Ordem dos Carmelitas Descalços nascido, em Abadiano, na Espanha, em 5 de novembro de 1887 e falecido, em Vellore, na Índia, em 23 de maio de 1957.

- as virtudes heróicas da Serva de Deus Marcella Mallet, fundadora das Irmãs da Caridade de Québec, nascida em Côte des-Neiges, no Canadá, em 26 de março de 1805, e falecida em Québec, Canadá, em 9 de abril de 1871.

- as virtudes heróicas da Serva de Deus Maria Benedetta Arias, fundadora das Irmãs Servas de Jesus no Sacramento, nascida em La Carlota di Rio Cuarto, Argentina, em 3 de abril de 1822 e falecida, em Buenos Aires, Argentina, em 25 de setembro de 1894.

- as virtudes heróicas da Serva de Deus Margarida do Sagrado Coração de Jesus (no século Virginia De Brincat), fundadora das Irmãs Franciscanas do Coração de Jesus, nascida em Kercem, Ilha de Gozo, Malta, em 28 de novembro de 1862, e falecida em Victoria, Ilha de Gozo, Malta, em 22 de janeiro de 1952.

- as virtudes heróicas da Serva de Deus Serafina (Noemy Cinque), religiosa brasileira da Congregação das Irmãs Adoradoras do Sangue de Cristo, nascida em Urucurituba (AM), em 31 de janeiro de 1913 e morta em Manaus (AM), em 21 de outubro de 1988.

- as virtudes heróicas da Serva de Deus Elisabetta Sanna, viúva, professa da Ordem Terceira dos Mínimos de São Francisco, do Sodalício da União do Apostolado Católico fundado por São Vicente Pallotti, nascida em Codrongianos, Itália, em 23 de abril de 1788 e falecida, em Roma, em 17 de fevereiro de 1857.

FONTE: Acidigital

Papa nomeia dom Ilson como secretário do Colégio de Cardeais



O Vaticano informou, nesta terça-feira, 28, a nomeação feita pelo papa Francisco do bispo brasileiro, dom Ilson de Jesus Montanari, de 54 anos, como secretário do Colégio Cardinalício.
Atualmente, o Colégio Cardinalício é constituído por 199 cardeais: 107 eleitores e 92 com mais de 80 anos, sem direito de voto. Eles auxiliam o papa nas decisões mais importantes para a vida da Igreja e, havendo a necessidade, elegem um novo pontífice, em caso de morte ou renúncia.
Novo secretário
Natural de Sertãozinho (SP), dom Ilson é arcebispo titular de Capocilla, na Mauritânia, e ocupa o cargo de secretário da Congregação dos Bispos.
O novo secretário do Colégio Cardinalício é formado em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Dom Ilson recebeu a ordenação presbiteral em 18 de agosto de 1989. Estudou Direito, Economia e Filosofia, em Ribeirão Preto (SP). Cursou Teologia na Universidade Gregoriana, em Roma.  Em 2008 começou a trabalhar na Congregação para os Bispos e, em 13 de maio 2011, foi nomeado capelão.

FONTE: CNBB

sábado, 25 de janeiro de 2014

Ninguém pode matar a unção de Deus em nós, diz padre Jonas

Ninguém pode matar a unção de Deus em nós, diz padre Jonas
Monsenhor Jonas saúda os oito mil participantes do Encontro de Formação da RCC (Foto: Natalino Ueda)
Na manhã desta sexta-feira, 24, o fundador da Comunidade Canção Nova, monsenhor Jonas Abib, presidiu a Missa no Encontro Nacional de Formação da Renovação Carismática Católica (RCC).
O encontro, que teve início na quarta-feira, 22, e prossegue até o domingo, acontece em Aparecida (SP) e reúne oito mil coordenadores e representantes dos ministérios da RCC de todo o Brasil.
Logo no início da Celebração, monsenhor Jonas parabenizou a grande quantidade de participantes e destacou a importância de encontros de formação como esse.
“Precisamos ser formados para levar essa formação ao nosso povo que necessita tanto dela. Por esta razão, eu vim com todo entusiasmo para estar no meio de vocês”.
Monsenhor Jonas Abib afirmou ainda que Deus uniu a RCC e a Canção Nova, pois ele teve a graça de fazer a experiência do batismo no Espírito Santo logo no início do movimento, no Brasil, em 1971, antes mesmo de fundar sua comunidade.
“Foi uma caminhada imensa até agora, e, pela graça de Deus, eu serei carismático até o céu. Não é até a morte, pois a morte é uma passagem. No céu, eu serei carismático. Vou dar trabalho lá também”, disse.
Ninguém pode matar a unção de Deus em nós, diz padre JonasEm sua homilia, o sacerdote recordou que a primeira leitura da liturgia de hoje (cf. 1Sm 24,3-21) mostra como Davi teve a possibilidade de matar Saul, que o perseguia como a uma caça, mas escolheu não fazer nada ao “ungido do Senhor”. Apenas pegou um pedaço do seu manto para provar que ele havia chegado perto do rei.
“Ninguém de nós pode matar a unção”, alertou monsenhor Jonas, “nem em você mesmo nem no outro”.
“Em primeiro lugar, você não pode deixar a unção morrer em você, porque ela vem de Deus. Por meio dela nós realizamos coisas que só o poder de Deus pode realizar. É uma graça incalculável”.
O sacerdote explicou que essa unção foi recebida pelo batismo no Espírito Santo e que é preciso zelar por ela. “Você não pode matar a unção em você pelo seu relaxamento, seu desdém, por não levar a sério as coisas de Deus, especialmente a vida de oração”.
Outro aspecto destacado na homilia foi o “não matar” a unção no outro. Monsenhor Jonas disse que, muita vezes, por ciúme ou simplesmente por não gostar do jeito de alguém, as pessoas acabam impedindo-o de fazer isso ou aquilo.
E alerta: “Isso é um ato de impiedade, com toda a força que essa palavra tem. Matar a unção em alguém é um pecado diretamente contra Deus, o Autor e o Conservador da unção”.
O sacerdote destacou ainda que é preciso ter zelo pela unção dos outros. “Para que a graça de Deus aconteça na Igreja, em uma comunidade, é preciso o carisma de cada um, portanto, a unção de cada um. Deus nos deu a unção, porque ela é necessária”.
Sobre o Evangelho desta sexta-feira (cf. Mc 3,13-19), o sacerdote explica que esta é a passagem na qual Jesus escolhe Seus discípulos. “Jesus se retira para o monte e passa a noite em oração. Então, designa os 12 para ficar com Ele e enviá-los para pregar”.
Monsenhor Jonas ressalta que a palavra “desígnio” tem um sentido muito forte. “Jesus foi buscar o desígnio do Pai, em oração. Foi ouvir quem o Pai escolheria para ser Seus apostólos. Foi justamente na oração, inspirado pelo Espírito Santo, que Ele escolheu cada um”.
padre jonas encontro rcc aparecidaComo diz a leitura, primeiramente, Jesus os escolheu para que ficassem com Ele. “Por vontade do Pai, Ele quis ter uma comunidade. Eles viviam juntos, desde comer até dormir ao relento. E foi assim, vivendo lado a lado, que os discípulos foram formados”. Essa escolha tinha um objetivo: “enviá-los a pregar”.
Esse é o Evangelho do chamado. “Meu irmão, minha irmã, você foi chamado pelo Senhor. Houve um desígnio no seu chamado, e você não pode deixá-lo “cair no chão”. O Senhor chamou você pelo nome. Eu sei que, com toda a certeza, você prega isso para os outros, mas precisa viver o que prega e levar isso muito a sério”, destacou.
Monsenhor lembrou que a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, escrita pelo Papa Francisco, é um documento especial para todos da RCC. “O documento de Francisco nos dá um empurrão, nos põe para frente, para evangelizar com parresia. Essa palavra grega expressa muita coisa: ousadia, entusiasmo, audácia, incansabilidade… E é assim que o Senhor quer que levemos o Evangelho às pessoas”.
Para evangelizar com parresia é preciso o batismo no Espírito Santo, ressaltou padre Jonas. Ele ainda exortou: “Nós que o temos [batismo no Espírito Santo], que recebemos a unção, conversemo-la e sejamos realmente apóstolos. Sejamos evangelizadores”.

Fonte: Canção Nova

Pesquisa mostra que há mais de nove mil grupos de jovens da PJ no Brasil

Existem hoje, no país, 9. 183 grupos de jovens da Pastoral da Juventude, em 2.675 paróquias. Foi o que informou o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, padre Antônio Ramos do Prado, durante a Ampliada Nacional da Pastoral da Juventude (ANPJ), que acontece em Ribeirão das Neves, de 20 a 26 de janeiro.
Os dados, apresentados pelo assessor, são resultados de uma pesquisa realizada junto aos regionais e dioceses do Brasil, com o objetivo de fazer um diagnóstico da realidade da Pastoral da Juventude no Brasil.
A pesquisa constata, ainda, que das 2.675 paróquias, 1765 têm coordenação de PJ, mas 1641 não têm assessoria e acompanhamento.
No encontro, os jovens apontaram os desafios e avanços das dioceses e regionais com relação à Pastoral da Juventude e indicaram membros para a Comissão Nacional de Assessores, responsável por acompanhar as formações de assessores e jovens nos regionais.
A Pastoral da Juventude comemora os seus 40 anos. A Ampliada aborda o tema “Somos Igreja Jovem: 40 anos construindo a civilização do amor” e lema “Não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos” (At 4, 20). Participam da ANPJ cem delegados de todos os regionais da CNBB, com a finalidade de avaliar a caminhada da PJ e definir diretrizes para a ação pastoral.
O encerramento do encontro será no dia 26 de janeiro. Informações: secretarianacional@pj.org ou no site: www.pj.org.br

Comunicação ao serviço da cultura do encontro: mensagem do Papa Francisco para o 48º Dia Mundial das Comunicações Sociais

D. Claudio Maria Celli, Presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, apresentou, esta manhã, na Sala de Imprensa do Vaticano, a Menagem do Papa Francisco para o 48º Dia Mundial das Comunicações sociais, que será celebrada no próximo dia 1 de Junho de 2014. Tema: “Comunicação ao serviço de uma autêntica cultura do encontro”. 

Na mensagem, o Papa Francisco faz, antes de mais, uma análise fenomenológica profunda do mundo contemporâneo em que vivemos, chamando assim atenção para o facto que “hoje, afirma, vivermos num mundo que está a tornar-se cada vez menor, parecendo, por isso mesmo, que deveria ser mais fácil fazer-se próximo uns dos outros. Os progressos dos transportes e das tecnologias de comunicação deixam-nos mais próximo, interligando-nos sempre mais, e a globalização faz-nos mais interdependentes. Todavia, dentro da humanidade, permanecem divisões, e às vezes muito acentuadas. A nível global, vemos a distância escandalosa que existe entre o luxo dos mais ricos e a miséria dos mais pobres”. 

Neste sentido o Papa Francisco assinala um exemplo de um fenómeno bastante triste típico das grandes cidades dos países ricos: “Frequentemente, diz o Papa Francisco, basta passar pelas estradas duma cidade para ver o contraste entre os que vivem nos passeios e as luzes brilhantes das lojas”. Mas entretanto, “estamos já tão habituados a tudo isso que nem nos impressiona. O mundo sofre de múltiplas formas de exclusão, marginalização e pobreza, como também de conflitos para os quais convergem causas económicas, políticas, ideológicas e até mesmo, infelizmente, religiosas. 

Em seguida, o Papa se pergunta sobre qual pode ser afinal o verdadeiro papel que os meios de comunicação sociais podem e devem desempenhar num mundo assim descrito e responde dizendo: “neste mundo, os mass-media podem ajudar a sentir-nos mais próximo uns dos outros; a fazer-nos perceber um renovado sentido de unidade da família humana, que impele à solidariedade e a um compromisso sério para uma vida mais digna. Uma boa comunicação ajuda-nos a estar mais perto e a conhecer-nos melhor entre nós, a sermos mais unidos”.
“Os muros que nos dividem, prossegue o Papa Francisco só podem ser superados, se estivermos prontos a ouvir e a aprender uns dos outros. Precisamos de harmonizar as diferenças por meio de formas de diálogo, que nos permitam crescer na compreensão e no respeito. A cultura do encontro requer que estejamos dispostos não só a dar, mas também a receber de outros. Os mass-media podem ajudar-nos nisso, especialmente nos nossos dias em que as redes da comunicação humana atingiram progressos sem precedentes. Particularmente a internet pode oferecer maiores possibilidades de encontro e de solidariedade entre todos; e isto é uma coisa boa, é um dom de Deus”. 

No entanto, para que tudo isso aconteça, é preciso enfrentar sériamente, alguns aspectos problemáticos no mundo da comunicação social hodierna: por exemplo, recorda o Papa Francisco, “a velocidade da informação supera a nossa capacidade de reflexão e discernimento, e não permite uma expressão equilibrada e correcta de si mesmo. A variedade das opiniões expressas pode ser sentida como riqueza, mas é possível também fechar-se numa esfera de informações que correspondem apenas às nossas expectativas e às nossas ideias, ou mesmo a determinados interesses políticos e económicos. O facto por exemplo, que o ambiente da comunicação pode ajudar-nos a crescer ou, pelo contrário, desorientar-nos. O desejo de conexão digital pode acabar por nos isolar do nosso próximo, de quem está mais perto de nós. Sem esquecer que a pessoa que, pelas mais diversas razões, não tem acesso aos meios de comunicação social corre o risco de ser excluído”. 

Estes limites, recorda o Papa, “são reais, mas não justificam uma rejeição dos mass-media; antes, recordam-nos que, em última análise, a comunicação é uma conquista mais humana que tecnológica”. Para portanto permitir o nosso crescimento em humanidade e na compreensão recíproca nessa era digital, devemos, por exemplo, assinala o Papa Francisco, “recuperar um certo sentido de pausa e calma. Isto requer tempo e capacidade de fazer silêncio para escutar. Temos necessidade também de ser pacientes, se quisermos compreender aqueles que são diferentes de nós: uma pessoa expressa-se plenamente a si mesma, não quando é simplesmente tolerada, mas quando sabe que é verdadeiramente acolhida. Se estamos verdadeiramente desejosos de escutar os outros, então aprenderemos a ver o mundo com olhos diferentes e a apreciar a experiência humana tal como se manifesta nas várias culturas e tradições. Entretanto saberemos apreciar melhor também os grandes valores inspirados pelo Cristianismo, como, por exemplo, a visão do ser humano como pessoa, o matrimónio e a família, a distinção entre esfera religiosa e esfera política, os princípios de solidariedade e subsidiariedade, entre outros. 

Eis então finalmente a grande questão de toda a mensagem do Papa: afinal, como pode a comunicação estar ao serviço de uma autêntica cultura do encontro? E – para nós, discípulos do Senhor – que significa, segundo o Evangelho, encontrar uma pessoa? Como é possível, apesar de todas as nossas limitações e pecados, ser verdadeiramente próximo aos outros? O Papa responde dizendo que estas perguntas resumem-se naquela que, um dia, um escriba – isto é, um comunicador – pôs a Jesus: «E quem é o meu próximo?» (Lc 10, 29 ). Esta pergunta ajuda-nos a compreender a comunicação em termos de proximidade. Poderíamos traduzi-la assim: Como se manifesta a «proximidade» no uso dos meios de comunicação e no novo ambiente criado pelas tecnologias digitais? Encontro resposta na parábola do bom samaritano, que é também uma parábola do comunicador. Na realidade, quem comunica faz-se próximo. E o bom samaritano não só se faz próximo, mas cuida do homem que encontra quase morto ao lado da estrada. Jesus inverte a perspectiva: não se trata de reconhecer o outro como um meu semelhante, mas da minha capacidade para me fazer semelhante ao outro. Por isso, comunicar significa tomar consciência de que somos humanos, filhos de Deus. Apraz-me definir este poder da comunicação como «proximidade». 

Por conseguinta,quando a comunicação tem como fim predominante induzir ao consumo ou à manipulação das pessoas, encontramo-nos perante uma agressão violenta como a que sofreu o homem espancado pelos assaltantes e abandonado na estrada, como lemos na parábola. Naquele homem, o levita e o sacerdote não vêem um seu próximo, mas um estranho de quem era melhor manter a distância. Naquele tempo, eram condicionados pelas regras da pureza ritual. Hoje, corremos o risco de que alguns mass-media nos condicionem até ao ponto de fazer-nos ignorar o nosso próximo real. 

Precisamos de amar e ser amados. Precisamos de ternura. Não são as estratégias comunicativas que garantem a beleza, a bondade e a verdade da comunicação. O próprio mundo dos mass-media não pode alhear-se da solicitude pela humanidade, chamado como é a exprimir ternura. A rede digital pode ser um lugar rico de humanidade: não uma rede de fios, mas de pessoas humanas. O envolvimento pessoal é a própria raiz da fiabilidade dum comunicador. É por isso mesmo que o testemunho cristão pode, graças à rede, alcançar as periferias existenciais” conluiu o Papa. 

Leia o texto completo na secção "Mensagens e Documentos" 


Fonte: Radio Vaticana

Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações

O Pontifício Conselho para as Comunicações divulgou hoje, 23, a mensagem do papa Francisco para o 48º Dia Mundial das Comunicações Sociais, a ser celebrado em 1º de junho. O texto traz como tema “Comunicação a serviço de uma autêntica cultura do encontro”.

O papa reconhece a importância dos meios de comunicação e novas mídias sociais digitais. " Podem ajudar a sentir-nos mais próximo uns dos outros; a fazer-nos perceber um renovado sentido de unidade da família humana”, afirma. Porém, faz um alerta para que as redes não sejam usadas para o isolamento social. “O próprio mundo dosmass media não pode alhear-se da solicitude pela humanidade, chamado como é a exprimir ternura. A rede digital pode ser um lugar rico de humanidade: não uma rede de fios, mas de pessoas humanas”, acrescenta o papa.
Confira a íntegra do texto:

Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais
48º DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS

Comunicação ao serviço de uma autêntica cultura do encontro
1 de Junho de 2014
Mensagem do Santo Padre Francisco
Queridos irmãos e irmãs, Hoje vivemos num mundo que está a tornar-se cada vez menor, parecendo, por isso mesmo, que deveria ser mais fácil fazer-se próximo uns dos outros. Os progressos dos transportes e das tecnologias de comunicação deixam-nos mais próximo, interligando-nos sempre mais, e a globalização faz-nos mais interdependentes. Todavia, dentro da humanidade, permanecem divisões, e às vezes muito acentuadas. A nível global, vemos a distância escandalosa que existe entre o luxo dos mais ricos e a miséria dos mais pobres. Frequentemente, basta passar pelas estradas duma cidade para ver o contraste entre os que vivem nos passeios e as luzes brilhantes das lojas. Estamos já tão habituados a tudo isso que nem nos impressiona. O mundo sofre de múltiplas formas de exclusão, marginalização e pobreza, como também de conflitos para os quais convergem causas econômicas, políticas, ideológicas e até mesmo, infelizmente, religiosas.
Neste mundo, os mass-media podem ajudar a sentir-nos mais próximo uns dos outros; a fazer-nos perceber um renovado sentido de unidade da família humana, que impele à solidariedade e a um compromisso sério para uma vida mais digna. Uma boa comunicação ajuda-nos a estar mais perto e a conhecer-nos melhor entre nós, a ser mais unidos. Os muros que nos dividem só podem ser superados, se estivermos prontos a ouvir e a aprender uns dos outros. Precisamos de harmonizar as diferenças por meio de formas de diálogo, que nos permitam crescer na compreensão e no respeito. A cultura do encontro requer que estejamos dispostos não só a dar, mas também a receber de outros.
Os mass-media podem ajudar-nos nisso, especialmente nos nossos dias em que as redes da comunicação humana atingiram progressos sem precedentes. Particularmente a internet pode oferecer maiores possibilidades de encontro e de solidariedade entre todos; e isto é uma coisa boa, é um dom de Deus. No entanto, existem aspectos problemáticos: a velocidade da informação supera a nossa capacidade de reflexão e discernimento, e não permite uma expressão equilibrada e correta de si mesmo. A variedade das opiniões expressas pode ser sentida como riqueza, mas é possível também fechar-se numa esfera de informações que correspondem apenas às nossas expectativas e às nossas ideias, ou mesmo a determinados interesses políticos e económicos. O ambiente de comunicação pode ajudar-nos a crescer ou, pelo contrário, desorientar-nos.
O desejo de conexão digital pode acabar por nos isolar do nosso próximo, de quem está mais perto de nós. Sem esquecer que a pessoa que, pelas mais diversas razões, não tem acesso aos meios de comunicação social corre o risco de ser excluído. Estes limites são reais, mas não justificam uma rejeição dos mass-media; antes, recordam-nos que, em última análise, a comunicação é uma conquista mais humana que tecnológica. Portanto haverá alguma coisa, no ambiente digital, que nos ajuda a crescer em humanidade e na compreensão recíproca? Devemos, por exemplo, recuperar um certo sentido de pausa e calma. Isto requer tempo e capacidade de fazer silêncio para escutar.
Temos necessidade também de ser pacientes, se quisermos compreender aqueles que são diferentes de nós: uma pessoa expressa-se plenamente a si mesma, não quando é simplesmente tolerada, mas quando sabe que é verdadeiramente acolhida. Se estamos verdadeiramente desejosos de escutar os outros, então aprenderemos a ver o mundo com olhos diferentes e a apreciar a experiência humana tal como se manifesta nas várias culturas e tradições. Entretanto saberemos apreciar melhor também os grandes valores inspirados pelo Cristianismo, como, por exemplo, a visão do ser humano como pessoa, o matrimônio e a família, a distinção entre esfera religiosa e esfera política, os princípios de solidariedade e subsidiariedade, entre outros.
Então, como pode a comunicação estar ao serviço de uma autêntica cultura do encontro? E – para nós, discípulos do Senhor – que significa, segundo o Evangelho, encontrar uma pessoa? Como é possível, apesar de todas as nossas limitações e pecados, ser verdadeiramente próximo aos outros? Estas perguntas resumem-se naquela que, um dia, um escriba – isto é, um comunicador – pôs a Jesus: «E quem é o meu próximo?» (Lc 10, 29 ).
Esta pergunta ajuda-nos a compreender a comunicação em termos de proximidade. Poderíamos traduzi-la assim: Como se manifesta a «proximidade» no uso dos meios de comunicação e no novo ambiente criado pelas tecnologias digitais? Encontro resposta na parábola do bom samaritano, que é também uma parábola do comunicador. Na realidade, quem comunica faz-se próximo. E o bom samaritano não só se faz próximo, mas cuida do homem que encontra quase morto ao lado da estrada. Jesus inverte a perspectiva: não se trata de reconhecer o outro como um meu semelhante, mas da minha capacidade para me fazer semelhante ao outro.
Por isso, comunicar significa tomar consciência de que somos humanos, filhos de Deus. Apraz-me definir este poder da comunicação como «proximidade». Quando a comunicação tem como fim predominante induzir ao consumo ou à manipulação das pessoas, encontramo-nos perante uma agressão violenta como a que sofreu o homem espancado pelos assaltantes e abandonado na estrada, como lemos na parábola. Naquele homem, o levita e o sacerdote não vêem um seu próximo, mas um estranho de quem era melhor manter a distância. Naquele tempo, eram condicionados pelas regras da pureza ritual.
Hoje, corremos o risco de que alguns mass-media nos condicionem até ao ponto de fazer-nos ignorar o nosso próximo real. Não basta circular pelas «estradas» digitais, isto é, simplesmente estar conectados: é necessário que a conexão seja acompanhada pelo encontro verdadeiro. Não podemos viver sozinhos, fechados em nós mesmos. Precisamos de amar e ser amados. Precisamos de ternura. Não são as estratégias comunicativas que garantem a beleza, a bondade e a verdade da comunicação. O próprio mundo dos mass-media não pode alhear-se da solicitude pela humanidade, chamado como é a exprimir ternura. A rede digital pode ser um lugar rico de humanidade: não uma rede de fios, mas de pessoas humanas.
A neutralidade dos mass-media é só aparente: só pode constituir um ponto de referimento quem comunica colocando-se a si mesmo em jogo. O envolvimento pessoal é a própria raiz da fiabilidade dum comunicador. É por isso mesmo que o testemunho cristão pode, graças à rede, alcançar as periferias existenciais. Tenho-o repetido já diversas vezes: entre uma Igreja acidentada que sai pela estrada e uma Igreja doente de auto-referencialidade, não hesito em preferir a primeira.
E quando falo de estrada penso nas estradas do mundo onde as pessoas vivem: é lá que as podemos, efetiva e afetivamente, alcançar. Entre estas estradas estão também as digitais, congestionadas de humanidade, muitas vezes ferida: homens e mulheres que procuram uma salvação ou uma esperança. Também graças à rede, pode a mensagem cristã viajar «até aos confins do mundo» (Act 1, 8). Abrir as portas das igrejas significa também abri-las no ambiente digital, seja para que as pessoas entrem, independentemente da condição de vida em que se encontrem, seja para que o Evangelho possa cruzar o limiar do templo e sair ao encontro de todos. Somos chamados a testemunhar uma Igreja que seja casa de todos.
Seremos nós capazes de comunicar o rosto duma Igreja assim? A comunicação concorre para dar forma à vocação missionária de toda a Igreja, e as redes sociais são, hoje, um dos lugares onde viver esta vocação de redescobrir a beleza da fé, a beleza do encontro com Cristo. Inclusive no contexto da comunicação, é precisa uma Igreja que consiga levar calor, inflamar o coração. O testemunho cristão não se faz com o bombardeio de mensagens religiosas, mas com a vontade de se doar aos outros «através da disponibilidade para se deixar envolver, pacientemente e com respeito, nas suas questões e nas suas dúvidas, no caminho de busca da verdade e do sentido da existência humana (Bento XVI, Mensagem para o XLVII Dia Mundial das Comunicações Sociais, 2013). Pensemos no episódio dos discípulos de Emaús. É preciso saber-se inserir no diálogo com os homens e mulheres de hoje, para compreender os seus anseios, dúvidas, esperanças, e oferecer-lhes o Evangelho, isto é, Jesus Cristo, Deus feito homem, que morreu e ressuscitou para nos libertar do pecado e da morte.
O desafio requer profundidade, atenção à vida, sensibilidade espiritual. Dialogar significa estar convencido de que o outro tem algo de bom para dizer, dar espaço ao seu ponto de vista, às suas propostas. Dialogar não significa renunciar às próprias ideias e tradições, mas à pretensão de que sejam únicas e absolutas. Possa servir-nos de guia o ícone do bom samaritano, que liga as feridas do homem espancado, deitando nelas azeite e vinho. A nossa comunicação seja azeite perfumado pela dor e vinho bom pela alegria.
A nossa luminosidade não derive de truques ou efeitos especiais, mas de nos fazermos próximo, com amor, com ternura, de quem encontramos ferido pelo caminho. Não tenhais medo de vos fazerdes cidadãos do ambiente digital. É importante a atenção e a presença da Igreja no mundo da comunicação, para dialogar com o homem de hoje e levá-lo ao encontro com Cristo: uma Igreja companheira de estrada sabe pôr-se a caminho com todos. Neste contexto, a revolução nos meios de comunicação e de informação são um grande e apaixonante desafio que requer energias frescas e uma imaginação nova para transmitir aos outros a beleza de Deus.
Vaticano, 24 de Janeiro – Memória de São Francisco de Sales – do ano 2014.
FRANCISCUS
Fonte: CNBB

Formação Missionária propõe reflexão sobre a paróquia

Os desafios e avanços da vivência paroquial estão entre os assuntos em debate no Curso de Formação Missionária, que teve início no dia 17 de janeiro e prosseguirá até o dia 31, em Bacabal (MA). O evento é promovido pelo Conselho Missionário Regional (Comire) do Maranhão e recebe 63 participantes dos estados do Maranhão, Piauí e Minas Gerais, no Centro de Franciscano de Animação Missionária (Cefram).
A 22ª edição do curso traz como tema “Paróquia Missionária: rede de comunidade”. Conta com a assessoria do doutor em sociologia e mestre em Ciências da Religião, padre José Carlos Pereira, também autor do livro “Paróquia Missionária”. A proposta da formação é refletir sobre o momento atual das paróquias, na busca de novas diretrizes para a vivência em comunidade. Serão dias de partilha de experiências e estudos.
O bispo de Bacabal e referencial da Dimensão Missionária para o Regional Nordeste 5, dom Armando Martin Gutierrez, presidiu a missa de abertura do curso na comunidade Nossa Senhora do Rosário. Para ele, este é um momento para adquirir conhecimentos e de crescimento com a experiências entre os participantes.
“Muito se sonha e espera da proposta de uma paróquia missionária: rede de comunidade, mas antes de qualquer coisa, é preciso ouvir, nos preparar, a fim de se dar as devidas respostas para estes novos anseios que nos são apresentados”, disse dom Armando.

Fonte: CNBB

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Crise vocacional e escassez de padres serão temas debatidos em seminário




Tem início hoje, 20, o 2º Seminário sobre a Formação Presbiteral, em Aparecida (SP). O evento é uma iniciativa da Organização dos Seminários e Institutos do Brasil (Osib) e da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB. Esses grupos têm a missão de animar a formação dos futuros sacerdotes e dos formadores na Igreja do Brasil. O arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da Conferência dos Bispos, cardeal Raymundo Damasceno Assis, participará da solenidade de abertura, no subsolo do Santuário Nacional.
A proposta do evento é refletir, à luz da Palavra de Deus e dos Documentos do Concílio Vaticano II, sobre a formação dos seminaristas na perspectiva humana e cristã, a partir do  tema  “Presbíteros segundo o Coração de Jesus para o mundo de hoje” e lema “Corramos com perseverança com os olhos fixos em Jesus” (Hb 12, 1-2). O objetivo principal é contribuir com ações efetivas na formação presbiteral.
De acordo com assessor da Pastoral Vocacional da CNBB, padre Valdecir Ferreira, o encontro será momento oportuno para avaliar a formação presbiteral no Brasil no contexto atual. “Percebemos o quanto essa juventude que ingressa em nossos seminários passa por mudanças significativas. Portanto, olhamos com muita esperança para a formação e ao mesmo tempo com preocupação”, explica.
O presidente da Osib, padre Domingos Barbosa Filho, explica que após 13 anos da realização do último seminário é necessário buscar novos métodos formativos. “Diante das novas diretrizes da formação presbiteral, conforme o Documento 93 da CNBB e considerando os novos tempos, se julgou oportuno que fosse repensada a formação: os tempos mudaram, surgiram novos desafios, os jovens que recebemos nas casas de formação trazem problemáticas novas”, comenta.
Texto base
Para o Seminário, foi desenvolvido um texto base para auxiliar nas reflexões do encontro que prossegue até o dia 25. O biblista e bispo de Palmas-Francisco Beltrão (PR), dom José Antônio Peruzzo, destaca que a dinâmica eclesial formativa deve se pautar na liberdade e na obediência, a exemplo do sacerdócio de Jesus, por meio da misericórdia.
“Partindo do escrito bíblico dirigido aos Hebreus, e observando como o autor interpretou as disposições pessoais de Jesus no seu porte de ‘Sumo Sacerdote’, o texto inspirado sugere importantes critérios e valores a cultivar para o ideário do jovem que se encaminha para o ministério”, relatou. Ainda segundo Peruzzo, “jamais se deve esquecer que o ministro ordenado é ‘configurado’, ou seja, leva em si a figura de Cristo compadecido. Sem esses traços, há o grave risco de ‘desfigurar’ a bondade e obediência do Senhor”, disse.
Estarão presentes os bispos da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, dom Pedro Brito Guimarães, dom Jaime Spengler, dom Waldemar Passini e dom Esmeraldo Barreto. Participarão também do Seminário formadores, professores, psicólogos, diretores espirituais, formandos, bem como seminaristas, bispos dos regionais responsáveis pelas vocações, representantes da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e conferencistas convidados.

Acompanhe o evento também pela internet: www.facebook.com/seminario.cmovc.7 

Fonte: CNBB

Sejamos abertos à novidade do Evangelho




Na Missa desta segunda-feira na Capela da Casa de Santa Marta o Papa Francisco afirmou que a Palavra de Deus é viva e eficaz e ajuda a discernir os sentimentos e os pensamentos do coração. “Deus faz as coisas novas” continuou o Santo Padre que considerou que Jesus no Evangelho deste dia é muito claro. Tomando como estímulo de reflexão o Capítulo II do Evangelho de São Marcos, que a liturgia do dia nos propõe, o Papa Francisco esclareceu:

O Evangelho é novidade: A Revelação é novidade. O nosso Deus é um Deus que sempre faz as coisas novas e pede-nos esta docilidade à sua novidade. No Evangelho, Jesus é claro nisto, é muito claro: vinho novo em odres novos. O vinho trá-lo Deus, mas tem que ser recebido com esta abertura à novidade. E isto chama-se docilidade. Nós podemos perguntar-nos: eu sou dócil à Palavra de Deus ou faço sempre aquilo que eu creio que seja a Palavra de Deus? Ou faço passar a Palavra de Deus para um alambique e afinal é uma outra coisa em relação àquilo que Deus quer fazer?”

Quando eu quero tirar eletricidade de uma fonte elétrica, se o aparelho que eu tenho não funciona, procuro um adaptador. Nós devemos sempre procurar adaptarmo-nos a esta novidade da Palavra de sermos abertos à novidade. Saul, precisamente o eleito de Deus, o ungido de Deus, tinha esquecido que Deus é surpresa e novidade. Tinha-se esquecido, tinha-se fechado nos seus pensamentos, nos seus esquemas e assim, raciocinou humanamente.

O Papa Francisco refletiu, assim, sobre a Primeira Leitura retirada do Livro de Samuel em que Saul – segundo o comentário do Santo Padre - raciocina com “o seu próprio pensamento, com o seu coração, fechado nos seus hábitos, não obedecendo à Palavra de Deus, não sendo dócil à Palavra de Deus”. É uma passagem importante do Antigo Testamento em que oelemento mais considerável da narrativa está na declaração de Samuel: a obediência vale mais do que o sacrifício. E esta afirmação de Samuel fez o Papa pensar sobre o que são a liberdade e a obediência cristãs:
A liberdade cristã e a obediência cristã são a docilidade à Palavra de Deus, é ter aquela coragem de tornar-se em odres novos, para este vinho novo que vem continuamente. Esta coragem de discernir sempre: discernir, digo eu, não relativizar: Discernir sempre que coisa faz o Espírito no meu coração, o que quer o Espírito do meu coração, o que quer o Espírito no meu coração, onde me leva o Espírito no meu coração. E obedecer. Discernir e obedecer. Peçamos hoje a graça da docilidade à Palavra de Deus, a esta Palavra que é viva e eficaz, que discerne os sentimentos e os pensamentos do coração.”

Papa visita paróquia romana do Sagrado Coração: "Tende fé em Jesus, nunca decepciona. É a chave do sucesso"



Um convite a confiar em Jesus, aquele que nunca decepciona e que veio para tirar todos os pecados do mundo. É esta é a chave do sucesso indicada pelo Papa Francisco ontem à tarde durante a sua visita à paróquia romana do Sagrado Coração situada no Bairro Castro Pretorio administrada pelos salesianos, perto da Estação Termini. Foram quase quatro horas marcadas por um clima familiar e cadenciadas por muitos momentos significativos: o encontro com os refugiados, os sem-abrigo, as crianças, os recém-casados e a comunidade religiosa.

Alegria, calor e acolhimento num clima familiar. Os tantíssimos paroquianos do Sagrado Coração abraçaram assim o Papa Francisco que desenvolveu a homilia à volta da imagem do evangelho dominical: João Baptista dá testemunho de Jesus, "o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo". Como um cordeiro na sua fraqueza pode tirar todos os pecados e males do mundo? "Com a mansidão e com o amor", foi a resposta do Papa:

"Tão frágil Jesus, como um cordeiro. Mas teve a força de carregar sobre Si todos os nossos pecados: todos. "Mas, Padre, o senhor não sabe da minha vida: tenho um pecado que não posso carregá-lo nem mesmo com um caminhão..." Quantas vezes, quando olhamos para a nossa consciência, encontramos alguns pecados que são grandes, hein? Mas Jesus os carrega!"
Jesus perdoa tudo, erradica o pecado, João Baptista convida todo homem a crescer na confiança em Jesus. "A confiança no Senhor – explicou o Papa – é a chave do bom êxito na vida":

"E essa é uma aposta que devemos fazer: confiar n'Ele e Ele jamais decepciona. Jamais, hein? Ouçam bem, vocês rapazes e meninas, que estão a começar a vida agora: Jesus jamais decepciona. Jamais!"
Em seguida, o Santo Padre ajudou os fiéis que superlotavam a igreja a "encontrar" Jesus às margens do rio Jordão, onde dois mil anos atrás João O encontrou:

"E agora vos convido a fazer uma coisa: fechemos os olhos; imaginemos aquela cena ali, às margens do rio, João a baptizar e Jesus que passa. E ouçamos a voz de João: "Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo". Olhemos Jesus em silêncio, cada um de nós, do seu coração, diga algo a Jesus, em silêncio. O Senhor Jesus, que é manso, é bom – é um cordeiro –, que veio para tirar os pecados, nos acompanhe na estrada da nossa vida. Assim seja."
A visita à Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, no Bairro Castro Pretório, foi a quarta do Papa Francisco, a primeira no centro de Roma, confiada aos Salesianos que administram também uma Obra querida por Don Bosco numa realidade de "periferia existencial". O Santo Padre, ao chegar sob a chuva, por ele definida "uma bênção", encontrou primeiro cerca de 60 sem-abrigo; em seguida, uma centena de jovens refugiados, alguns dos quais chegaram à Itália pela ilha de Lampedusa; depois foi a vez das crianças recentemente baptizadas e dos recém-casados.

O Papa fez um apelo à partilha das necessidades materiais e espirituais, à partilha também entre pessoas de religiões diferentes, porque "Deus – disse – é um só e sempre o mesmo".

Outro momento vivido com intensidade espiritual foi o da Confissão. De facto, o Papa Francisco ouviu a confissão de cinco pessoas. Um canto em espanhol durante a missa, o chimarrão oferecido pela comunidade religiosa e a imagem, no presbitério, da Virgem de Luján, padroeira da Argentina: sinais de calor e afecto da paróquia ao Santo Padre, que disse sentir-se em casa, "em família":

"Obrigado pelo acolhimento hein! Muito obrigado. Sinto-me em casa, entre vós. Porque se pode fazer uma visita e encontrar muita educação, todo o protocolo, mas não haver calor. Entre vós encontrei o calor do acolhimento, como numa família. E hoje fui eu que entrei, e me sinto em casa, como em família. Muito obrigado!" 


Fonte: Rádio Vaticana

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Processos de canonização terão custos mais acessíveis

Entrou em vigor no início deste ano a "lista de preços de referência” que postuladores e autores das causas de canonização devem utilizar. A lista diz respeito aos gastos financeiros de processos de canonização em que homens e mulheres, a pedido do povo de Deus, recebem as honras dos altares.
Segundo o site de notícias do Vaticano, trata-se de uma novidade embasada num “sentido de sobriedade e igualdade”, a fim de que não haja “desproporção entre as várias causas”.
O anúncio da lista foi feito na última segunda-feira, 13, pelo cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, durante o pronunciamento de abertura do 30º curso do Studium do dicastério, na Pontifícia Universidade Urbaniana.
A medida entra em vigor no final de um trabalho de colaboração entre a Congregação e os vários postuladores, que nestes meses responderam positivamente à solicitação da Santa Sé de apresentar a conta das suas despesas.
"É conveniente que os postuladores conheçam as despesas que devem enfrentar, relativas, quer às taxas da Santa Sé, quer aos seus honorários", disse o cardeal Amato.
O cardeal informou ainda que alguns postuladores começaram a enviar ofertas para as causas pobres. "Eis o encorajamento que honra o convite feito pelo nosso regulamento, a fim de que a Congregação possa oferecer uma ajuda a eventuais pedidos por parte de causas merecedoras de tal subsídio", disse.

Fonte: Canção Nova

Bispos do regional Leste 1 parabenizam dom Orani pela nomeação como cardeal

O bispo de Nova Iguaçu (RJ) e presidente do regional Leste 1 da CNBB, dom Luciano Bergamin, enviou nota de saudação ao arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, nomeado cardeal pelo papa Francisco, no último dia 12. No texto, os bispos do regional parabenizam dom Orani e desejam que Cristo “lhe conceda sabedoria e entusiasmo no serviço ao Reino de Deus”.
Confira abaixo a íntegra da nota:
Eminentíssimo e Reverendíssimo Dom Orani João Tempesta,

Em nome dos Bispos e das Dioceses do Regional Leste 1 da CNBB, queremos manifestar a nossa alegria pela sua recente nomeação como Cardeal de nossa Igreja.
Cristo, que o chamou para essa nobre e árdua missão de trabalhar em estreita comunhão com o Papa Francisco, Ele mesmo lhe conceda sabedoria e entusiasmo no serviço ao Reino de Deus, na condução do nosso Regional e da Arquidiocese do Rio de Janeiro.
Parabéns Dom Orani. Saúde e bênçãos!
Conte com a oração, o apoio e a amizade dos Bispos do Regional Leste 1.

Dom Luciano Bergamin
Vice-Presidente do Regional Leste 1

Dom José Francisco Rezende Dias
Secretário do Regional Leste 1

Fonte: CNBB