quinta-feira, 30 de agosto de 2012


Dom Guilherme fará lançamento do Grito dos Excluídos

POR: CNBB / REGIONAL SUL 1

Grito2012editadoLideranças dos movimentos sociais realizam em São Paulo na tarde desta quinta-feira, 30 de agosto, entrevista coletiva para o lançamento da 18ª edição do Grito dos Excluídos. Também participa da coletiva o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz da CNBB, dom Guilherme Werlang.

A coletiva, marcada para as 14h30, será na sede do Regional Sul 1 da CNBB Sul I, na capital paulista. O tema desta edição do Grito dos Excluídos será “Queremos um Estado a serviço da nação, que garanta direitos a toda população”. Trata-se de um evento nacional, que de 1° a 7 de setembro promover diversas ações, seminários e manifestações em todo o país, a fim de apontar as características principais do Estado que almejamos para o Brasil.

Entre as lideranças presentes na entrevista está Iury Paulino, do Movimento dos Atingidos por Barragens, que vai abordar a questão da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.  Uma das mais polêmicas obras do PAC, a construção está parada por determinação da Justiça. As entidades que promovem o Grito dos Excluídos não aceitam o projeto, visto que elas acarretam desalojamentos forçados e mais injustiças no campo e na cidade.

SERVIÇO:
Data: 30 de agosto de 2012
Horário: 14h30 min.
Local: CNBB REGIONAL SUL I
Endereço: Rua Conselheiro Ramalho, 726 - Bairro Bela Vista, São Paulo.

Pousada do Bom Jesus, em Aparecida, ajuda na formação de novos presbíteros

POR: CNBB
seminariobomjesusap2012No dia 19 de março, solenidade de São José, a arquidiocese de Aparecida (SP) inaugurou a Pousada do Bom Jesus, que funciona em algumas alas do Seminário Missionário Bom Jesus. A Pousada do Bom Jesus é a terceira e última etapa das obras de revitalização do prédio. A primeira etapa deste grande projeto foi realizada para acolher o Santo Padre, o papa Bento XVI e sua comitiva por ocasião da sua visita à Aparecida para inaugurar a 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino-americano, em maio de 2007.
Em 04 de julho de 1980, o papa João Paulo II, em sua primeira visita apostólica ao Brasil, esteve em Aparecida para sagrar a Basílica Nacional com o título de Basílica Menor. Na ocasião, o Seminário Bom Jesus teve a honra de receber Sua Santidade para um almoço com os seminaristas e padres da arquidiocese, e hospedá-lo, por uma tarde, no mesmo quarto em que se hospedou o papa Bento XVI, em visita a Aparecida em 2007.
Um ano após a visita do papa Bento XVI, foi reiniciada a reforma da parte destinada a residência e formação dos seminaristas maiores, entregue no dia 06 de agosto de 2010. E dando continuidade ao projeto, teve início a revitalização da última parte do edifício que compreende a pousada. O espaço conta com 77 apartamentos, sendo oito suítes e dois quartos para receber hóspedes com necessidades especiais.
Estiveram presentes no evento autoridades civis e eclesiais, entre elas o cardeal arcebispo emérito do Rio de Janeiro, dom Eusébio Oscar Scheid, padre Darci José Niciolli, reitor do Santuário Nacional; monsenhor Nelson Lopes, vigário geral da arquidiocese de Aparecida, entre outros. Vários benfeitores da obra de revitalização do prédio também marcaram presença, além de religiosos e religiosas, clero arquidiocesano e leigos.
A inauguração contou com a Celebração da Palavra, preparada pelos seminaristas arquidiocesanos, e discursos de autoridades e benfeitores. Em seu pronunciamento, o cardeal arcebispo de Aparecida, dom Raymundo Damasceno Assis, fez um resumo da história do prédio e agradeceu a todos aqueles que direta ou indiretamente ajudaram na sua revitalização.
O Seminário Missionário Bom Jesus está aberto à visitação de todos que queiram conhecer suas instalações. O quarto que recebeu os Papas João Paulo II e Bento XVI, a capela e o refeitório usados pelo atual Pontífice também podem ser visitados, além do nosso museu.
“Gostaria de ressaltar que toda a renda arrecadada com os serviços prestados pela Pousada do Bom Jesus é revertida em sua totalidade para a manutenção do Seminário Missionário Bom Jesus”, disse o arcebispo de aparecida, dom Raymundo Damasceno.
As visitas podem ser feitas durante a semana, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h, com exceção da terça-feira quando é feita a manutenção. Nos finais de semana e feriados, o horário para o público é das 8h às 12h e das 14h às 17h.Mais informações sobre a pousada e como se hospedar podem ser obtidas através do site www.pousadadobomjesus.com.

Coletiva de imprensa com a Presidência da CNBB

POR: CNBB
cnbbA Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) convida a imprensa a participar nesta quinta-feira, dia 30 de agosto, às 14h, em sua sede, em Brasília (DF), da entrevista coletiva que marca o encerramento da reunião do Conselho Episcopal Pastoral (Consep). A Presidência da Conferência apresentará os principais temas debatidos nesta reunião.
Esta semana, os bispos trataram de temas relevantes da vida nacional: reforma doCódigo Penal, andamento das discussões sobre o Código Florestal, ambiente atual das campanhas eleitorais, da Política Indigenista (revogação da portaria nº 303 da AGU), encontro dos povos do campo que reclamou pela Reforma Agrária.
Os membros do Consep também aprofundaram temas de grande importância para a ação evangelizadora no Brasil: Campanhas da Fraternidade deste ano e dos dois próximos anos (2012 - Saúde Pública, 2013 - juventude, 2014 – Mobilidade Humana), 5ª Semana Social Brasileira que vai discutir o papel do Estado (incluindo o próximo “Grito dos Excluídos”). Os bispos também voltaram ao tema do mapa das religiões segundo os dados do Censo 2010 que evidenciaram queda no número de católicos na população brasileira.
Serviço:
Coletiva de Imprensa com a Presidência da CNBB
Assunto: temas gerais da reunião do Conselho Episcopal Pastoral (Consep)
Presenças:
1.    Cardeal Raymundo Damasceno Assis, presidente da CNBB e arcebispo de Aparecida (SP);
2.    Dom José Belisário da Silva, vice-presidente da CNBB e arcebispo de São Luis do Maranhão (MA)
3.    Dom Leonardo Ulrich Steiner, secretário geral da CNBB e bispo auxiliar de Brasília (DF).
Data: Quinta-feira, 30 de agosto de 2012  - Hora: 14h

terça-feira, 28 de agosto de 2012


Igreja lembra os 13 anos de morte de dom Helder Câmara

POR: CNBB
13anosemdomhelderHá 13 anos, a Igreja Católica perdia um de seus maiores líderes, o arcebispo emérito de Olinda e Recife, dom Helder Câmara. Mais que uma liderança religiosa, dom Helder era referência na luta pela paz e pela justiça social; seus exemplos e palavras foram perpetuados até hoje. Em homenagem à sua memória, hoje, 27 de agosto, dom Helder terá seus restos mortais trasladados para uma capela especialmente projetada para recebê-los na Igreja da Sé, em Olinda. Até então, os restos mortais de dom Helder estavam guardados em um túmulo provisório em frente ao altar da Igreja da Sé.
Junto deles, serão colocados também os despojos do padre Antônio Henrique Pereira Neto e de dom José Lamartine, ambos amigos do arcebispo. Padre Antônio Henrique foi assessor da Pastoral da Juventude durante o pastoreio de dom Helder e dom José Lamartine, bispo auxiliar. A cerimônia será presidida às 9h pelo arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido.
O site ‘Pernambuco’ informa que dom José Lamartine está enterrado em uma espécie de cemitério, localizado atrás da Igreja da Sé. Já o padre Antônio Henrique está sepultado no cemitério da Várzea, na Zona Oeste do Recife.
O trabalho de dom Hélder é conhecido em todo o mundo. Ele foi arcebispo de Olinda e Recife e também desempenhou funções em organizações não-governamentais, movimentos estudantis e operários, ligas comunitárias contra a fome e a miséria. Sofreu retaliações e perseguições por parte das autoridades do regime militar brasileiro.
A Igreja das Fronteiras, bairro da Boa Vista, ficou cheia de fiéis e emoção na manhã deste domingo, 26. Às 11h, o padre Sebastião Sá, celebrou missa em homenagem a dom Helder Câmara, dando prosseguimento à programação que decorre desde a última sexta-feira, para lembrar o aniversário da morte do arcebispo. O local foi escolhido porque lá dom Helder viveu os seus últimos dias, até falecer, em 27 de agosto de 1999.
Padre Antônio Henrique foi torturado e assassinado em 1969, durante o regime militar. O crime está impune até hoje, mas ganhou prioridade nas investigações da Comissão Estadual da Memória e Verdade. O sacerdote é tido como "Mártir da Juventude da Arquidiocese de Olinda e Recife".

Começam amanhã as inscrições da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013

POR: CNBB
logojmj2012Faltando menos de um ano para o início da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Rio de Janeiro, não são poucas as dúvidas que surgem de como participar do evento e como será o processo de inscrição. Com o objetivo de dar respostas precisas às perguntas que possam ter os jovens brasileiros e não brasileiros que pretendem vir ao Brasil, a Organização do evento mundial pôs a disposição um manual virtual com o qual eles poderão resolver todas as dúvidas quanto às inscrições para participar da jornada. Para isso basta acessar o site oficial do evento: www.rio2013.com. Este Manual de Inscrição de Peregrinos oferece, passo a passo, como levar a cabo uma inscrição.
Recordamos que as inscrições serão abertas nesta terça-feira, 28 de agosto. “A inscrição no portal oficial da JMJ Rio2013 representa uma pré-reserva. A confirmação da inscrição é o pagamento. O peregrino já pode optar pelo seu pacote e a JMJ está se organizando para acolhê-lo", disse a responsável do Setor de Inscrições da JMJ Rio 2013, irmã Maria Shaiane Machado.
Desde o último dia 31 de julho, está disponível online o Manual de Inscrições de Peregrinos. Nele estão todas as orientações necessárias para preparar da melhor forma o grupo. As inscrições serão feitas em grupo por meio de um responsável (chamado de “responsável pelo grupo”). Além desse, haverá um “segundo responsável”. Para grupos mistos, preferencialmente um responsável masculino e um feminino. Os valores têm variações, tanto da modalidade dos pacotes (que poderão ou não incluir alojamento e alimentação), quanto por classificação dos países. Para ajudar que peregrinos de países economicamente mais pobres possam participar das JMJs, eles são classificados nas classes A, B e C.
A classificação dos países e os tipos de pacotes definem os valores. Serão 21 tipos de pacotes com valores que variam de R$ 100,70 a R$ 577,60. Esses valores são válidos até 31 de janeiro de 2013, incluindo um desconto de 5%. Após esse período, as variações são de R$ 106,00 a R$ 608,00.
Os grupos deverão ter até 50 peregrinos, incluindo os responsáveis. Grupos maiores deverão ser divididos em subgrupos de até 50 pessoas, que poderão estar vinculados entre si por um grupo principal. A vinculação entre os grupos não garante que todos ficarão juntos. O alojamento oferecido pelo COL será por região linguística. Também outros fatores podem ser decisórios, como por exemplo, a distância dos pagamentos entre os grupos.
As inscrições serão realizadas exclusivamente online, através do portal oficial da Jornada -www.rio2013.com. "Incentivamos a todos que façam sua inscrição em grupo, que podem ser formados nas paróquias, comunidades, movimentos católicos, escolas, universidades", diz irmã Shaiane.
Os candidatos ao voluntariado que não forem selecionados deverão fazer a inscrição como peregrinos.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012


Signis Brasil e Tvs Católicas cobrirão juntas a JMJRio 2013 



São Paulo (RV) – A Signis Brasil realizou seu terceiro encontro, nesta quarta-feira, 22 de agosto, na sede do SEPAC (Serviço à Pastoral da Comunicação), com representantes das TVs Católicas em SP.

A missão da Signis Brasil é animar, unir e congregar todos os meios de comunicação católicos e de inspiração cristã do país e a formação de comunicadores, para que vivenciem seu carisma em colaboração, em vista dos objetivos comuns.

A presidente da Signis Brasil, Ir. Helena Corazza, e o vice-presidente Padre César Moreira, acolheram e deram as boas-vindas aos representantes das Tvs Católicas.

Durante a reunião foi articulado um plano de trabalho entre as emissoras para a cobertura da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013. Padre Josafá Moraes, diretor de programação da TV Aparecida, apresentou aos representantes das Tvs Católicas o cronograma da cobertura do ‘pool’ das Tvs para a visita do Papa Bento XVI durante a Jornada Mundial da Juventude Rio 2013.

A presidente da Signis Brasil, Ir. Helena Corazza, disse que “estiveram presentes representantes de todas as Tvs Católicas, inclusive a Tv Nazaré de Belém, e isso é muito esperançoso. Estou contente do caminho feito até aqui. Estamos caminhando na articulação, unidos nos projetos conjuntos de transmissões, tendo em vista a Jornada Mundial da Juventude Rio 2013. As TVs não estão somente organizando para as transmissões, mas para a partilha. Estamos criando justamente esse senso de participação e de comunhão.”

O diretor de Comunicação da JMJ Rio 2013, Padre Márcio Queiroz, presente na reunião, disse “a Jornada Mundial da Juventude está a todo vapor. Sabemos que este é um grande evento católico do mundo e que será realizado no Brasil. Todo o trabalho de comunicação esta sendo ampliando, desde quando começamos com 6 pessoas e hoje estão sendo ampliados. Somos cerca de 120 pessoas trabalhando em todo o mundo que colaboram conosco, correspondentes, aqueles que alimentam as mídias sociais que já ultrapassamos os 800 mil seguidores e pretendemos chegar a um milhão até ao final de ano”.
(CM)

Fonte: Rádio Vaticano

Missa com participação de parlamentares na CNBB

QUI, 23 DE AGOSTO DE 2012 
POR: CNBB
23.08.mpxxxNa manhã desta quinta-feira, 23, foi realizada na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília, a Missa com os Parlamentares. A celebração é tradicionalmente realizada na terceira quinta-feira de cada mês às 8h.
A celebração da missa é uma iniciativa da Assessoria Política da CNBB e da Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP) que, especialmente este mês, convida deputados, senadores, seus assessores e familiares para “refletir e rezar pelas vocações, conforme nos propõe a Igreja no Brasil neste mês de agosto, especialmente a vocação dos cristãos leigos e leigas”.
Após a missa, deputados, senadores, assessores parlamentares e familiares, são convidados para uma pequena confraternização.

Quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Leigos também são responsáveis no trabalho da Igreja, diz Papa


Rádio Vaticano em inglês
Canção Nova Notícias


Arquivo
'Essa responsabilidade requer uma mudança de mentalidade, em particular, sobre o papel do leigo na Igreja', escreveu Bento XVI
O Papa Bento XVI enviou uma mensagem por ocasião da 6º Assembleia Ordinária do Fórum Internacional da Ação Católica, que começou na quarta-feira, 22. Neste ano, o tema central do encontro é “Membros leigos da Ação Católica: corresponsabilidade eclesial e social”. Na mensagem enviada pelo Pontífice, ele destacou que os leigos também são responsáveis pelo trabalho da Igreja.

“Essa responsabilidade requer uma mudança de mentalidade, em particular, sobre o papel do leigo na Igreja”, escreveu o Papa. “Eles não devem ser considerados como meros ‘colaboradores’ do clero, mas como pessoas verdadeiramente ‘corresponsáveis’ no trabalho da Igreja”, disse.

O Santo Padre disse que é importante que os leigos sejam bem formados e capazes de fazer “sua própria contribuição específica para a missão da Igreja, de acordo com os ministérios e tarefas em que cada um toma parte na vida da Igreja, e sempre em comunhão amigável com os bispos”.

Bento XVI encorajou os membros da Ação Católica a anunciar a mensagem de Cristo na linguagem do nosso tempo, que tem sido marcado por rápidas transformações sociais e culturais, chamando isso de “o grande desafio da Nova Evangelização”. 

terça-feira, 21 de agosto de 2012

“Queriam calar Igreja e estudantes”, afirma assessor em evento no Recife

  
padre_ernanne    O assessor da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) padre José Ernanne Pinheiro declarou  no dia 17 de agosto, em sessão pública da Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara, no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE), que o assassinato do padre Henrique, em maio de 1969, foi uma tentativa da repressão de calar os dois segmentos mais atuantes da sociedade pernambucana naquele momento: a Igreja Católica e o movimento estudantil. Na época, o padre Ernanne era o vigário-geral da Arquidiocese de Olinda e Recife e acompanhou todos os ataques e a pressão sofrida por dom Helder e seus principais assessores e amigos.
     A morte do padre Henrique era um ataque indireto a dom Helder. Além disso, Henrique cuidava da Pastoral da Juventude e tinha muita influência entre os estudantes, o que também incomodava. Não tenho nomes para acusar por esse fato, mas está claro que se tratou de um crime político”, avaliou padre Ernanne. Para o religioso, a Comissão da Verdade cumpre uma tarefa primordial dentro do processo de registro histórico brasileiro. “As próximas gerações precisam conhecer seus heróis. Esperamos que essa comissão, a nacional e as demais que estão surgindo nos outros Estados contribuam para isso”, frisou.
    Em seu depoimento, padre Ernanne esclareceu que dentro da própria Igreja Católica existiam correntes adversas e que bispos e padres colaboraram com a repressão. “Em Pernambuco, sob o comando de dom Helder nos posicionamos ao lado da democracia e dos excluídos”, completou.
Para o advogado Pedro Eurico, relator do caso Padre Henrique na comissão, o depoimento reforçou o entendimento de que vários setores da sociedade pernambucana sujaram as mãos de sangue durante a ditadura. “Não era apenas a Polícia e as Forças Armadas que estavam na vanguarda desse movimento. Muitos civis se engajaram na repressão e se beneficiaram disso posteriormente”, concluiu.
    O presidente da comissão, Fernando Coelho, afirmou que o depoimento trouxe elementos importantes para a investigação. “Ficamos honrados com a presença do padre Ernanne, pela clareza de suas ideias e pela contextualização do momento histórico que eles nos trouxe”.
padre_atonio_cadaver    A comissão resolveu adiar, do dia 23 para dia 30 deste mês, o depoimento do ex-major da PM de Pernambuco José Ferreira dos Anjos. Os integrantes da comissão querem mais tempo para se preparar para ouvir o ex-militar, considerado uma das fontes mais ricas sobre o período da ditadura no Estado. Ferreira foi recrutado dentro da PM pelo 4º Exército e atuou diretamente na repressão aos opositores do golpe militar de 1964. Sobre a importância das informações guardadas pelo ex-major, o advogado Humberto Vieira de Melo, membro da comissão, foi enfático. “Basta que ele repita o que nos disse na sessão reservada”, ressaltou.
   Leia na íntegra o depoimento do padre José Ernanne, sobre o trucidamento do padre Antonio Henrique Pereira Neto, na Comissão da Verdade e da Memória Dom Helder Camara, em Pernambuco.
Exmo. Sr Dr. Fernando Coelho, presidente da Comissão,
Exmo. Sr. Dr. Pedro Eurico, relator do caso Padre Henrique na Comissão,
Demais membros da Comissão da Verdade e da Memória,
Meus Senhores e minhas Senhoras,
Meu depoimento perante esta significativa Comissão é eclesial. No período, eu exercia o cargo de Vigário Episcopal dos Leigos na Arquidiocese de Olinda Recife e como tal fui nomeado pelo arcebispo Dom Helder Camara, na missa de corpo presente, o sucessor do padre Henrique para dar continuidade aos trabalhos da Pastoral de juventude. Vou tentar organizar minha reflexão em cinco partes:
1.    Quem era o Padre Henrique e como realizava o trabalho pastoral;
2.    O contexto da Igreja em Olinda e Recife no período;
3.    O bárbaro trucidamento do padre Antônio Henrique;
4.    A morte do padre Antonio Henrique e a Igreja de Olinda e Recife;
5.    As repercussões do trucidamento do padre e perguntas consequentes.

1. Quem era Padre Antônio Henrique Pereira Neto e seu trabalho pastoral
   Nasceu no Recife aos 28 de outubro de 1940. Fez sua formação sacerdotal em Olinda, João Pessoa, com estudos de psicologia nos Estados Unidos. Foi ordenado sacerdote aos 25/12/1965, poucos dias após o término do Concílio Vaticano II.
   Desde os tempos de Seminário, manifestava uma vocação para trabalhar com a juventude. Vários grupos de secundaristas e universitários recebiam sua orientação. Henrique defendia uma proposta metodológica baseada no seguinte princípio: o final do curso médio e o início do curso universitário é um momento propício para ajudar os jovens a se encaminhar para a vida.
Padre Henrique já tinha a experiência da Juventude Estudantil Católica (JEC); mas para melhor se preparar para sua missão, participava de encontros de pastoral de juventude a nível regional, nacional e latino-americano. Para fundamentar cada vez mais seus pressupostos apostólicos, dedicava bastante tempo aos estudos, sobretudo das Sagradas Escrituras e da Liturgia. Como responsável da Pastoral da Juventude da Arquidiocese reservava suas tardes para atender os jovens que o procuravam para conversar e discutir temas de interesse juvenil no próprio prédio do secretário arquidiocesano – o Juvenato Dom Vital. Também atendia no Colégio Marista do Centro, em parceria com os irmãos maristas no trabalho de formação dos jovens.
Solicitei ajuda para o meu depoimento a membros dos grupos acompanhados pelo padre Henrique, perguntando: como funcionava a metodologia do grupo e qual o papel do Padre Henrique no relacionamento com os jovens. Recebi um depoimento esclarecedor, através de Lavínia Lins, após trocar ideias com outros/as colegas:
   “...Éramos naquela época, amigos e conhecidos, (alguns filhos de pais que eram amigos), que se encontravam para conversar, “paquerar”,  formar banda de música (“conjunto”, na época), organizar quadrilhas no São João. Henrique (assim gostava de ser chamado) havia aparecido por ali porque “um dos jovens estava tendo problemas com os pais”  e ele intermediava diálogos entre eles. Os meninos então começaram a se encontrar com ele (Henrique) com regularidade. As meninas souberam e se interessaram.
Passamos a nos reunir às 3ª feiras à noite, para conversas (a “reunião”) e domingos à tarde para a missa e debates.  Às vezes os pais iam à reunião e um diálogo entre gerações era mediado por ele. Com cada um de nós Henrique estabelecia uma relação pessoal, de intimidade e conhecimento. Chegou a aplicar alguns testes psicológicos (como o desenho de árvore e da família) buscando aproximar-se, saber mais sobre cada um de nós.
   Sua postura era de aceitação (tão importante nesta idade) e sua linguagem era a nossa. Era jovem também. Favorecia as relações e a exposição sadia de cada um no grupo. Nossas vozes eram ouvidas e repercutiam. Sentíamos pertencendo a algo que nós mesmos criávamos. Era com este sentimento que estávamos sendo direcionados, de forma muito inteligente, a não nos envolver com álcool e drogas e a repensar temas que nos cercavam, como: as relações interpessoais, com outras gerações, temas sociais como  a prostituição, etc.
   Ao mesmo tempo nos oferecia a Igreja Católica, não apenas na vivência dos encontros, mas através de uma missa descontraída, onde se tocava violão e cantava. Cada etapa era explicada. A missa  agora  era “prazerosa”. Um clima de informalidade e participação, incluindo as nossas realidades na própria celebração. Tudo era muito real e próximo, assim como as relações que se estabeleciam com amizades  que duram até hoje, apesar da distância, namoros que evoluíram para casamentos que se mantêm.  Henrique nos mostrava uma forma nova de nos relacionar conosco mesmos, com o outro, com o mundo”.

2. O contexto da Igreja em Olinda e Recife  no período
   Padre Henrique assimilou com carinho as perspectivas da Igreja do Concílio Vaticano II, em clima de diálogo com o mundo, em clima de ecumenismo. Era um jovem que vivia a primavera da Igreja em renovação. E a nomeação inesperada de Dom Hélder Camara para o Recife, exatamente nesse período, lhe era providencial e tornou-se para o nosso jovem padre um modelo a imitar e uma corresponsabilidade a exercer.
Dois fatores significativos acentuavam a importância primordial da presença de Dom Helder no Nordeste do Brasil no momento:
-    O recente golpe militar de 31 de março de 1964;
-   O Concílio Vaticano II em pujante evolução na perspectiva de renovar a Igreja e melhor servir no mundo atual (duas sessões tinham acontecido).
Diante do regime militar, eram já conhecidas suas posições, tanto pela atuação na cidade do Rio de Janeiro como em nível nacional - em defesa dos direitos dos pobres, da democracia e da liberdade de expressão.
   Durante o Concílio Vaticano II, exercendo, no período, a missão de Secretário Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lhe foi oferecida a possibilidade de ser, em breve, missionário do mundo, como peregrino da justiça e da paz, o que,  de fato, aconteceu e o exerceu com maestria.
   Construiu imediatamente um relacionamento especial de amizade durante o Concílio com os Bispos que tinham maior sensibilidade para a problemática do então chamado “Terceiro Mundo”. Neste contexto, surge o famoso grupo de Bispos, provenientes de todos os Continentes, que se encontrava para refletir sobre a missão da Igreja junto aos pobres e a necessidade da Igreja ser sinal do Cristo pobre.
   Estes fatores históricos tornavam Dom Hélder um homem de características excepcionais para assumir o pastoreio numa região sofrida como o Nordeste, numa cidade cheia de contrastes sociais como o Recife, num momento político específico.
   Dom Helder  assumia o seu pastoreio a 12 dias do golpe militar de 1964. A cidade do Recife era palco de numerosas prisões, exílios, por motivos políticos. O  medo invadia a população. Havia um clima de sobressalto. A cada momento poderia haver novas prisões, novos pichamentos...
   Dom Hélder, logo na mensagem de chegada, abre o coração aos seus diocesanos, procurando desarmar os espíritos.  Fez uma saudação ao povo, ao seu povo, logo ao chegar ao Recife, permeada de liberdade evangélica, embebida de sabor profético – anúncio e denúncia, de teor missionário.   Apresenta-se como o bispo de todos ao explicitar sua postura pessoal e suas prioridades: ”Ninguém se escandalize quando me vir frequentando criaturas tidas como indignas e pecadoras. Quem não é pecador? Quem pode jogar a primeira pedra? Nosso Senhor, acusado de andar com publicanos e almoçar com pecadores, respondeu que justamente os doentes é que precisam de médico. Ninguém se espante me vendo com criaturas tidas como envolventes e perigosas, da esquerda ou da direita, da situação ou da oposição, antirreformistas ou reformistas, antirrevolucionárias ou revolucionárias, tidas como de boa ou de má fé. Ninguém pretenda prender-me a um grupo, ligar-me a um partido, tendo como amigos os seus amigos e querendo que eu adote as suas inimizades. Minha porta e meu coração estarão abertos a todos, absolutamente a todos. Cristo morreu por todos os homens: a ninguém devo excluir do diálogo fraterno”.

3. O bárbaro trucidamento do Padre Antonio Henrique
   Padre Antônio Henrique foi formado na escola do seu Pastor Dom Helder. Também era fruto tanto da renovação da Igreja em pleno Concílio Vaticano II como fruto do compromisso com o mundo estudantil, ainda em ebulição, contra a ditadura militar. Henrique tinha consciência de que corria risco. Estava comprometido com as causas dos estudantes universitários, ainda muito politizados, e fazia seu trabalho pastoral em sintonia com a dimensão profética da Arquidiocese com contínuas denúncias contra as arbitrariedades da ditadura milita; isto o levava a viver em  vigilância.
   Seu bárbaro trucidamento aconteceu no dia 27 de maio de 1969.  Na tarde do dia 26 de maio ainda recebeu vários jovens no Juvenato. Por volta das 19 horas saiu para uma reunião no bairro de Parnamirim, onde permaneceu com os jovens acompanhados dos seus pais, até às 22,30 horas. Conforme depoimento do grupo de Lavínia Lins já citado, após a última reunião quando o Padre Henrique entrou num carro desconhecido:
   “Nosso último encontro se deu para que os pais e os filhos pudessem discutir tendo Henrique  como intermediador. O clima era agradável e seguro. Saí com meus pais e no Largo do Parnamirim, avistei Henrique pela última vez. Passamos de carro e tentei acenar para ele. Sem nos ver, entrava numa “rural”  verde e branca, me parece. Dois homens estavam fora do carro, de porta aberta, junto com ele. Outro dirigia. Depois  foi apenas a notícia”.
   Na manhã seguinte, as autoridades eclesiásticas foram advertidas de que havia um corpo num capinzal ao lado da Universidade, reconhecido como o corpo do padre Henrique. Fora transportado para o necrotério público onde Dom Helder logo acorreu. Outros padres, inclusive Dom Basílio Penido, o abade do mosteiro de São Bento, médico, também se aproximaram e aí permaneceram até a conclusão da necropsia. O sacerdote tinha sido amarrado, arrastado, recebeu três tiros na cabeça e algumas torturas; todos os golpes atingiram exclusivamente a cabeça e o pescoço, conforme atesta o próprio Dom Basílio Penido.
   O corpo foi velado na matriz do Espinheiro, onde aconteceram duas celebrações – uma às 21 horas do mesmo dia e outra na manhã seguinte antes de partir para o cemitério. Nesse contexto, foi divulgada uma nota do Governo Colegiado da Arquidiocese, expressando a dor da arquidiocese, o sofrimento dos jovens em plena comoção, dos familiares perplexos.
   Como a Igreja local não dispunha de meios de comunicação viáveis para divulgar o acontecimento e a imprensa local estava sob censura, o texto da Nota, após pronunciada, foi mimeografado e  distribuída pelas paróquias, pelos colégios e universidades, fato que fez acorrer uma  grande quantidade de pessoas  para a celebração e, logo depois,  para o enterro. A Nota foi redigida e discutida com a participação de 40 padres, vários deles membros do Conselho Presbiteral.
A Nota do Governo Colegiado da Arquidiocese de Olinda e Recife :
1.    Cumprimos o pesaroso dever de comunicar o bárbaro trucidamento do padre Antônio Henrique Pereira Neto, cometido na noite anterior, 26 de maio, nesta cidade do Recife;
2.    Aos 29 anos de idade e 3 anos de sacerdote, o padre Henrique dedicou a vida ao apostolado da juventude, trabalhando sobretudo com os universitários. Até às 22,30 horas de ontem, segundo o testemunho de um grupo de casais, esteve reunido, em Parnamirim, com pais e filhos, na tentativa que lhe era tão cara, de aproximar gerações;
3.    O que há de particularmente grave no presente crime, além dos requintes de perversidade de que se reveste (a vítima foi amarrada, golpeada no pescoço e recebeu três tiros na cabeça) é a certeza prática de que o atentado brutal se prende a uma série pré-estabelecida e objeto de ameaças e avisos;
4.    Houve, primeiro, ameaças escritas em Edifícios, acompanhadas por vezes, de disparos de armas de fogo. O Palácio de Manguinho recebeu numerosas inscrições. A Sede do Secretariado Arquidiocesano e Regional nordeste II foi alvejado. A residência do Arcebispo, na igreja das Fronteiras, alvejada e pichada.
5.    Vieram, depois, ameaças telefônicas, com o anúncio de que já estavam escolhidas as próximas vítimas. A primeira foi o estudante Cândido Pinto de Melo, quartanista de engenharia, presidente da União dos Estudantes de Pernambuco. Acha-se inutilizado, com a medula seccionada. A segunda foi um jovem sacerdote, cujo crime exclusivo consistiu em exercer apostolado entre os estudantes.
6.    Como cristãos, e a exemplo de Cristo e do proto-mártir Santo Estevam, pedimos a Deus perdão para os assassinos, repetindo a palavra do mestre: “Eles não sabem o que fazem”.
Mas julgamo-nos no direito e no dever de erguer um clamor para que ao menos, não prossiga o trabalho sinistro deste novo esquadrão da morte.
7.    Que o holocausto do padre Antônio Henrique obtenha de Deus a graça da continuação do trabalho pelo qual doou a vida e a conversão dos seus algozes.
Recife, 27 de maio de 1969.
+Dom Helder, arcebispo de Olinda e Recife,
+Dom José Lamartine, Bispo Auxiliar e Vigário Geral,
Monsenhor Isnaldo Fonseca, Vigário Episcopal,
Monsenhor Arnaldo Cabral, Vigário Episcopal,
Mons Ernanne Pinheiro, Vigário Episcopal
O percurso da Igreja do Espinheiro em direção ao cemitério, sobretudo na    Avenida Caxangá, parecia um campo de guerra. O cortejo fúnebre foi crescendo em população durante a caminhada; contou com a presença de mais ou menos 8 mil pessoas. Também aconteceram alguns incidentes desagradáveis. Invasão do cortejo por policiais para prender personalidades como o deputado federal cassado Oswaldo Lima Filho presente ao enterro e a invasão do cortejo para mandar tirar as faixas conduzidas pelas lideranças estudantis: ”Os militares mataram Padre Henrique”.
   O enterro aconteceu no cemitério da Várzea, a pedido da família.  Lá chegando, o recinto estava totalmente cercado por forças militares, o que impedia qualquer manifestação. Era plano dos estudantes expressarem sua indignação juvenil diante do que eles estavam presenciando, o que Dom Helder tinha evitado que acontecesse no interior da Igreja do Espinheiro.
Dom Helder acompanhou com muita unção todo o cortejo e foi perspicaz em perceber o quadro à chegada do cemitério. Procurando evitar possíveis confrontos, subiu numa cadeira, acenou para a população com um lenço branco em sinal de paz, rezou um Pai Nosso com a população, deu uma benção e solicitou que todos se retirassem em silêncio. Um silêncio piedoso, mas extremamente gritante.

4. A morte do padre Antonio Henrique  e a Igreja de Olinda e Recife
A missa de 7º. dia foi o momento forte para a assimilação do trágico ocorrido.
A Arquidiocese, tentando evitar fatos indesejáveis, preferiu descentralizar a celebração; preparou um texto litúrgico unificado para orientação de todas as paróquias e centros religiosos. Foi a ocasião para oferecer os critérios cristãos para avaliar o trágico acontecimento. Sua introdução dizia o seguinte: “Meus irmãos, há sete dias precisamente Antônio Henrique, presbítero da Igreja de Deus no Recife, foi trucidado por causa do Evangelho de Jesus Cristo. Reunidos, hoje aqui, não são pensamentos de ódio ou de vingança, não é a sede de mais sangue que nos movem e nos irmanam. São pensamentos de paz. Paz que brota da fé. Fé que fala mais alto do que a perversidade dos maus. Fé, que nos diz que padre Antonio Henrique está com Jesus, no Reino dos vivos. Fé que nos faz apreciar a importância do seu holocausto e ouvir os apelos de Deus a continuarmos o trabalho que  padre Henrique começou. Imploremos a misericórdia de Deus sobre todos nós, que vivemos esta hora triste e angustiante; sobre a família do padre Henrique; sobre o mundo que mata aqueles que lhe anunciam a verdadeira paz; sobre os assassinos do padre Antonio Henrique”.
Na missa de 30º. dia, a homilia de Dom Helder amplia a reflexão numa leitura religiosa do trágico acontecimento em sua relação com o momento político. Começou a Homilia com uma  pergunta: “O que diria o nosso Padre Henrique se Deus lhe permitisse que ele mesmo pregasse a homilia desta Missa? Que ponderações teria a fazer, que sugestões a apresentar, falando-nos de junto de Deus, onde nossa fé espera que ele se ache? Salvo engano, começaria repetindo a palavra de Nosso Senhor, em sua paixão:”Não choreis sobre mim, mas sobre vós e vossos filhos” (Lc 23,28)”.
E apresenta “Apelo que chega da eternidade”:
- da eternidade, de junto de Deus, ele apela para todos os que acusam a Igreja no Nordeste, de subversão e comunismo. Comparem o que estamos pregando em nossa região com o Ensino Social da Igreja, ainda recentemente expresso por Paulo VI em Genebra: estamos rigorosamente dentro da “Populorum Progressio” e das conclusos de Medellin;
- da eternidade, de junto de Deus, ele pede aos Governantes que, sem perda de tempo, partam para a reforma de base e, de modo particular, para a reforma agrária. Mas adverte que será impossível qualquer mudança autêntica de estrutura através de reforma conduzida de cima para baixo. Ou o Povo participa como agente de mudança, ou não haverá promoção humana e social;
- da eternidade, de junto de Deus, ele pede aos Responsáveis pela ordem pública que, quanto antes, terminem as medidas de exceção que estão tornando impossível o uso de processos democráticos da parte dos cidadãos em geral, e especialmente dos estudantes, e dos trabalhadores. A situação presente cria clima propício a arbitrariedades, e abusos, a crimes (e não seria difícil apontar casos, de que são tristes exemplos os esquadrões da morte). A situação presente impele os mais impacientes para a clandestinidade, a radicalização e a violência.
Estas afirmações do nosso Arcebispo Dom Helder Camara levam-nos a considerar que a morte do padre Henrique, por motivações sócio-políticas, mas com convicções cristãs sólidas, não era uma exceção na América Latina. Estávamos rodeados de densa nuvem de testemunhos de fé (cf. carta aos Hebreus 12,1).
Nos anos das ditaduras na América Latina foram publicadas muitas reflexões sobre o conceito de martírio, valorizando os que tombaram numa luta pela democracia, em busca da justiça, motivados pela fé, sabendo que poderiam pagar com a vida sua doação.
O padre jesuita Karl Rahner, considerado o grande teólogo do século XX, fala sobre a necessidade de ampliação do conceito clássico de martírio. Propõe que o termo martírio seja aplicado tanto para a morte suportada pela fé como pela morte que tem sua origem num compromisso e numa luta ativa, assumidos pela mesma fé.

5. As repercussões do trucidamento do padre  e perguntas consequentes
    A Igreja local de Olinda e Recife não ficou isolada nesse sofrido  momento. Recebeu solidariedades diversas e significativas do Brasil e do exterior. Confortadora para todos, mas sobretudo para Dom Helder, foi a visita imediata  do Secretário Geral da CNBB, Dom Aloísio Lorscheider.
Chegaram Mensagens do Santo Padre Paulo VI, do Secretário de Estado do Vaticano, da Presidência do CELAM (Conselho Episcopal Latino-americano), da Nunciatura Apostólica e tantas outras.
   O Governador do Estado da época, Sr. Nilo Coelho, nomeou uma Comissão de Inquérito e entregou sua presidência ao Magistrado, juiz da 11ª. Vara, o Dr. Aloísio Xavier e para desempenhar as funções de Procurador nomeou o Dr. Rorinildo da Rocha Leão.
   Logo no dia 11 de junho de 1969, o Dr. Aloísio Xavier, segundo publicou o jornal Diário de Pernambuco, deu um excelente testemunho em favor da conduta do sacerdote, afirmando com palavras claras e incisivas que valeu como uma resposta a todas as insinuações veiculadas por órgãos da imprensa.
   Convidado a depor sobre o assassinato do Padre Antônio Henrique, na Comissão Judiciária, em abril de 1975, Dom Helder solicitou a anexação aos autos do processo sua declaração.
   Ele relembra em detalhes os acontecimentos de maio de 1969, a nota do Governo Colegiado da Arquidiocese, o caminhar da Comissão Judiciária, as fases do processo e repete perguntas publicadas em Nota, no dia 29 de Agosto de 1969, fazendo sérias considerações (importante de serem explicitadas mesmo se algumas já atendidas).
   Fala Dom Helder na sua declaração: “Como esquecer a coincidência de, poucas horas antes do que ocorreu a Cândido Melo, ter sido alvejado o Juvenato Dom Vital (local em que trabalhava o padre Antonio Henrique), havendo os assaltantes – segundo depoimento de duas testemunhas citadas no Relatório da Comissão Judiciária - (parte final do item V), disparado suas armas, aos gritos de CCC? Como esquecer que, segundo o mesmo Relatório, no mesmo item, foi o CCC quem ameaçou o Padre Henrique pelo telefone?”
   A nota continuava perguntando: “Porque não se faz uma devassa em regra sobre este famigerado CCC? Como e quando foi organizado? Quem o financia e quem o dirige? Quem são os seus sócios? Onde tem sua sede? Quais os objetivos e quais os feitos desta versão do Ku-Klux-Kan? Houve interesse efetivo em apurar a passagem do CCC pela Universidade Rural? E pela Universidade Católica? E pelos Diretórios Acadêmicos da Escola de Engenharia e da antiga Faculdade de Filosofia, ambas da Universidade Federal de Pernambuco? E pela residência do Arcebispo, duas vezes alvejada e objeto de inscrições com ameaças? E pelo Palácio de Manguinho? Quais os resultados do Inquérito sobre o alvejamento do Juvenato Dom Vital onde funcionam a Cúria Arquidiocesana e os Secretariados Arquidiocesanos e do Regional da CNBB?”
   Por que voltar ao caso neste momento?
A indignação ética dos brasileiros/as e, em especial, dos pernambucanos/as, exige que fato como esse agora relatado seja conhecido, refletido e avaliado para que nunca mais volte a acontecer no nosso país – Nunca Mais.
Ao mesmo tempo, é sumamente importante as novas gerações conhecerem seus verdadeiros heróis – os que deram a vida na busca de mais vida.

E numa leitura cristã, repetimos o que diziam os primeiros cristãos: “O sangue dos mártires é semente de novos Cristãos”.

Está de parabéns a Comissão da Verdade e da Memória de Pernambuco!
Dom Altieri fala do papel dos jovens


A Igreja no Brasil encerrou neste domingo, 19, a Semana Nacional da Família, que neste ano teve como tema “A Família: o trabalho e a festa”. O tema foi refletido em todas as paróquias do país entre os dias 12 a 18 de agosto com a tradicional “Hora da Família”. A temática também foi refletida durante o VII Encontro Mundial das Famílias em Milão neste ano.

“Não existe futuro para a humanidade sem a família; em particular os jovens, para aprender os valores que dão sentido à existência, precisam nascer e crescer naquela comunidade de vida e amor que Deus mesmo desejou para o homem e para a mulher”, ressaltou o Pontífice em uma de suas catequeses.

Também fazendo referência à família e a juventude, Dom Antônio Carlos Altieri, recém nomeado Bispo de Passo Fundo (RS) conversou com a equipe do ‘Jovens de Maria’, canal especial para a juventude. Dom Antônio Carlos Altieri falou sobre o jovem no contexto familiar e ressaltou que a juventude é fruto da sociedade que os acolhe e que são os jovens quem garantem o futuro.

“O jovem é fruto do amor dos pais e da sociedade que os acolhe. Desta forma, é a porção mais cara, mais delicada e importante da sociedade, pois são eles que garantem o futuro”, completou. Dom Altieri ainda destacou que não se pode descuidar desse aspecto fundamental dentro do contexto familiar.

“Não podemos nos descuidar desse aspecto fundamental, pois estaremos renunciando o grande dom que Deus nos deu, que é estar junto com Ele na obra da criação”, afirmou. Para o bispo, a família, o casal, é chamado a colaborar na criação de um novo ser, na medida do seu amor, da sua generosidade. O casal assume a responsabilidade de formar na fé, de dar os primeiros passos.

“Por isso, a Igreja dá tanta importância à instituição família, que é projeto de Deus. Não vai existir juventude sadia enquanto a família não estiver organizada e dessa juventude nós confiamos e queremos salvar e é dela que esperamos toda transformação e futuro”, finalizou
 
Fonte: CatólicaNet 
Principais atividades do Ano da Fé

A Igreja vai celebrar o “Ano da Fé” entre 11 de outubro de 2012 – 50º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II – e 24 de novembro de 2013, conforme anunciou o Papa em 16 de outubro de 2011, durante a Missa conclusiva do primeiro encontro internacional de novos evangelizadores. Diversas atividades marcam o calendário do Ano,entre as quais estão aquelas que o Papa vai presidir.20126 de outubro - Pátio do gentiosA primeira atividade associada ao Ano da Fé será uma edição da iniciativa “Pátio dos Gentios” em Assis, Itália, com o tema “Deus, esse desconhecido”, o encontro entre crentes e não crentes antecipará a abertura oficial do Ano.7 a 28 de outubro - SínodoNa sequência, haverá a Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos sobre “Nova evangelização para a transmissão da fé cristã”.11 de outubro - Abertura soleneBento XVI presidirá a solene abertura do Ano da Fé na Praça São Pedro, ao lado dos participantes do Sínodo e dos presidentes das Conferências Episcopais de todo o mundo.12 de outubro - "A fé de Dante"A igreja de Jesus, no centro de Roma, vai hospedar uma sessão cultural e artística sobre “A fé de Dante”. Será apresentado o canto XXIV do Paraíso da Divina Comédia, que descreve a profissão de fé do poeta italiano.21 de outubro - CanonizaçõesBento XVI canonizará seis mártires e testemunhas da fé: um missionário jesuíta mártir em Madagascar; um catequista leigo, martirizado nas Filipinas; um padre testemunha da fé na educação dos jovens; uma religiosa que testemunhou a fé no leprosário da ilha de Molokai; uma outra religiosa, espanhola; uma leiga indiana convertida à fé católica; e uma leiga da Baviera, testemunha do amor de Cristo no leito de sofrimento.20 de dezembro até maio de 2013 - Exposição no Castelo de Santo ÂngeloHaverá no Castelo Santo Ângelo uma exposição sobre o Ano da Fé.201325 e 26 de fevereiro - CongressoEm Roma, um congresso internacional debaterá o tema “São Cirilo e São Metódio entre os povos eslavos”.18 de maio - Vigília com movimentos eclesiaisA vigília de Pentecostes será presidida pelo Papa com a participação dos Movimentos eclesiais.2 de junho- Adoração eucarísticaNa Festa do Corpo de Deus, o Papa presidirá a solene adoração eucarística e em todo o mundo, nesse mesmo dia, dioceses, paróquias e outras comunidades são convidadas a promover adorações.22 de junho - ConcertoEm 22 de junho, um grande concerto na Praça de São Pedro vai celebrar o Ano da Fé.23 a 28 de julho - JMJLogo depois, a Jornada Mundial da Juventude, de 23 a28 de julho, no Rio de Janeiro, prevê a participação do Papa.29 de setembro - Jornada dos catequistasJornada dos Catequistas, Bento XVI recordará 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica.13 de outubro - Nossa SenhoraO Papa presidirá uma celebração em honra de Nossa Senhora, com a participação das associações marianas.24 de novembro- EncerramentoCelebração conclusiva do Ano da Fé.
A Igreja vai celebrar o “Ano da Fé” entre 11 de outubro de 2012 – 50º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II – e 24 denovembro de 2013, conforme anunciou o Papa em 16 de outubro de 2011, durante a Missa conclusiva do primeiro encontro internacional de novos evangelizadores. Diversas atividades marcam o calendário do Ano,entre as quais estão aquelas que o Papa vai presidir.

2012

6 de outubro - Pátio do gentios
A primeira atividade associada ao Ano da Fé será uma edição da iniciativa “Pátio dos Gentios” em Assis, Itália, com o tema “Deus, esse desconhecido”, o encontro entre crentes e não crentes antecipará a abertura oficial do Ano.

7 a 28 de outubro - Sínodo
Na sequência, haverá a Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos sobre “Nova evangelização para a transmissão da fé cristã”.

11 de outubro - Abertura solene
Bento XVI presidirá a solene abertura do Ano da Fé na Praça São Pedro, ao lado dos participantes do Sínodo e dos presidentes das Conferências Episcopais de todo o mundo.

12 de outubro - "A fé de Dante"
A igreja de Jesus, no centro de Roma, vai hospedar uma sessão cultural e artística sobre “A fé de Dante”. Será apresentado o canto XXIV do Paraíso da Divina Comédia, que descreve a profissão de fé do poeta italiano.

21 de outubro - Canonizações
Bento XVI canonizará seis mártires e testemunhas da fé: um missionário jesuíta mártir em Madagascar; um catequista leigo, martirizado nas Filipinas; um padre testemunha da fé na educação dos jovens; uma religiosa que testemunhou a fé no leprosário da ilha de Molokai; uma outra religiosa, espanhola; uma leiga indiana convertida à fé católica; e uma leiga da Baviera, testemunha do amor de Cristo no leito de sofrimento.

20 de dezembro até maio de 2013 - Exposição no Castelo de Santo Ângelo
Haverá no Castelo Santo Ângelo uma exposição sobre o Ano da Fé.

2013

25 e 26 de fevereiro - Congresso
Em Roma, um congresso internacional debaterá o tema “São Cirilo e São Metódio entre os povos eslavos”.

18 de maio - Vigília com movimentos eclesiais
A vigília de Pentecostes será presidida pelo Papa com a participação dos Movimentos eclesiais.

2 de junho- Adoração eucarística
Na Festa do Corpo de Deus, o Papa presidirá a solene adoração eucarística e em todo o mundo, nesse mesmo dia, dioceses, paróquias e outras comunidades são convidadas a promover adorações.

22 de junho - Concerto
Em 22 de junho, um grande concerto na Praça de São Pedro vai celebrar o Ano da Fé.

23 a 28 de julho - JMJ
Logo depois, a Jornada Mundial da Juventude, de 23 a28 de julho, no Rio de Janeiro, prevê a participação do Papa.

29 de setembro - Jornada dos catequistas
Jornada dos Catequistas, Bento XVI recordará 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica.

13 de outubro - Nossa Senhora
O Papa presidirá uma celebração em honra de Nossa Senhora, com a participação das associações marianas.

24 de novembro- Encerramento
Celebração conclusiva do Ano da Fé.
 
Fonte: CatólicaNet 

sábado, 18 de agosto de 2012

Festa de São Bento começa em 19 de agosto




 
         Paroquia de Nossa Senhora do Desterro, celebra mais um ano a Festa do seu Co-Padroeiro São Bento, de 19 a 26 de Agosto em Boqueirão. Durante toda a Festa teremos Celebração Eucarística que contará com a presença de Padres das Paróquias vizinhas, Show de Louvor, Exposição sobre São Bento, Quermesse e muito mais! Uma programação recheada de momentos de oração e festividade. Contamos com sua Presença!
 
Pascom Paroquial

quinta-feira, 16 de agosto de 2012


Quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Dom Petrini explica porque é importante a oração em família

Luciane Marins
Da Redação


Arquivo pessoal
Família de Maria da Conceição e Manoel Henriques Ribeiro
Os pais podem auxiliar a formação de fé de seus filhos, pelo exemplo e testemunho. A afirmação é de Dom João Carlos Petrini, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB. Na Semana Nacional da Família, o bispo destaca a importância da coerência dos pais na vida cristã. 

"É muito bonito quando um pai pode dizer: 'Eu e tua mãe encontramos o Senhor Jesus e, com Ele, muitos amigos. Veja como em casa temos a possibilidade de conviver em paz, de dialogar, de enfrentar momentos de conflito ou de sofrimento com serenidade e confiança. Eu sugiro que você, meu filho, siga este mesmo caminho que eu e tua mãe seguimos", destacou o Dom Petrini. 

Exemplos assim, certamente, têm reflexos positivos na sociedade. O clima de confiança e paz vivido em casa se estende para os ambientes em que os membros da família vivem. “Uma criança que em casa é maltratada, agredida e xingada, provavelmente na escola será agressiva e rebelde. Pelo contrário, a criança que encontra em casa um ambiente acolhedor e amoroso, será acolhedora e amorosa com os colegas de escola. Com os adultos acontece algo semelhante em seus ambientes de trabalho”, defende o bispo.
Na maior parte das paróquias e dioceses brasileiras, a Semana Nacional da Família, celebrada de 12 a 18 deste mês, é organizada de maneira a sensibilizar cada vez mais pessoas a respeito do grande bem que uma família cristã é para seus membros e para a sociedade.
Maria da Conceição Ribeiro e Manoel Henriques Ribeiro, casados há 43 anos, pais de três filhos e avós de um neto, participam das atividades desta semana na paróquia que frequentam em Arapongas (PR). Dona Conceição defende que a família é a base de tudo. "É a base dos missionários, dos sacerdotes, dos médicos, dos dentistas, dos nutricionistas, é da família que saem os doutores, não é verdade?”
O casal tem o hábito de rezar junto. Seu Manoel conta que eles se sentem fortalecidos pela oração. "Não podemos, humanamente, querer enfrentar o mal, mas Deus nos fortalece, sozinhos não temos futuro, só com Deus né!"
Dom Petrini explica que se não é possível reunir todos os membros da família para um momento de oração em conjunto, vale a pena estabelecer outros horários. "Nós não podemos avaliar o enorme benefício que vem deste cuidado em cultivar a oração em conjunto".
Para as famílias que ainda não tem o costume de dedicar um tempo para oração, Dona Conceição tem um conselho: "Que comecem a rezar já! Porque rezando temos confiança, mesmo se acontece algo ruim, você está fortalecido pela oração. É uma alegria que brota em nós."

Fonte: Canção Nova Notícias

Semana Nacional da Família trata da família no âmbito do trabalho

QUI, 16 DE AGOSTO DE 2012 
POR: CNBB
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Durante esta semana (12 a 18 de agosto) está acontecendo a Semanal Nacional da Família em todo Brasil. Desde pequenas comunidades paroquiais, até arquidioceses inteiras, estão refletindo sobre a temática da família, a partir do tema: ‘A Família: o trabalho e a festa’. Neste quinto dia de partilha e celebração, a Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), organizou um texto a partir das Catequeses preparatórias ao 7º Encontro Mundial das Famílias, que trata da família no âmbito do trabalho, como uma contribuição na reflexão.

Família e o trabalho
Hoje, o mercado do trabalho obriga não poucas pessoas, principalmente se são jovens e mulheres, às situações de incerteza constante, impedindo-os de trabalhar com a estabilidade e segurança econômica e social. Impondo “regras” individualistas e egoístas às gerações mais jovens na formação de uma família, e às famílias, a geração e a educação dos seus filhos.
O trabalho é o gesto de justiça com que as pessoas participam no bem da sociedade e contribuem para o bem comum.
A oportuna “flexibilidade” do trabalho, exigida pela chamada “globalização”, não justifica a permanente precariedade de quem tem na sua única “força trabalho” o recurso para assegurar para si mesmo e para a sua família o necessário para viver. Previdências sociais e mecanismos de proteção adequados devem fazer parte da economia do trabalho, a fim de que sobretudo as famílias que vivem os momentos mais delicados, como a maternidade, ou mais difíceis, como a enfermidade e o desemprego, possam contar com uma razoável segurança econômica.
Os ritmos de trabalho contemporâneos, estabelecidos pela economia consumista, limitam até quase anular os espaços da vida comum,  sobretudo em família. O perigo de que o trabalho se torne um ídolo é válido também para a família que esquece de Deus, deixando-se absorver completamente pelas ocupações mundanas, na convicção de que nelas se encontra a satisfação de todos os seus desejos. Isto acontece quando a atividade de trabalho detêm o primado absoluto das relações familiares e quando ambos os cônjuges buscam apenas o lucro econômico e depositam a sua felicidade unicamente no bem-estar material.
O justo equilíbrio de trabalho exige que todos os membros da família tenham discernimento acerca das opções domésticas e profissionais: no trabalho doméstico, todos os membros da família são convidados a colaborar, e não somente as mulheres e a atividade profissional não diminua o relacionamento familiar. Infelizmente, atualmente, a ideologia do lucro e do consumo impedem muitos membros da família a buscarem, com sabedoria e harmonia, o equilíbrio entre trabalho e família. A condição da vida humana prevê para a família cansaço e  dor, sobretudo no que diz respeito ao trabalho para o próprio sustento.
No entanto, o cansaço derivado do trabalho encontra sentido e alívio quando é assumido não para o enriquecimento egoísta pessoal, mas sim para compartilhar os recursos de vida na lógica cristã, dentro e fora da família, especialmente com os mais pobres.
No que se refere aos filhos, às vezes os pais “pecam“ ao evitar que os filhos enfrentem qualquer dificuldade. Pois, essa prática pode tornar os filhos incapazes de assumirem num futuro próximo suas responsabilidades.
Aos pais e filhos deve-se sempre recordar que a família é a primeira escola de trabalho e gratuidade, onde se aprende a ser responsável por si mesmo e pelos outros. A vida familiar, com as suas tarefas domésticas, ensina a apreciar o cansaço e a fortalecer a vontade em vista do bem-estar comum e do bem recíproco.
Precisamos promover políticas públicas e sociais que coloquem no centro o ser humano e salvaguardem a criação para garantir a dignidade humana/familiar e o justo equilíbrio do trabalho na vida familiar.
Além é claro de uma atenção aos pobres, uma dimensão da família saudável, que é uma das mais bonitas formas de amor ao próximo, que uma família possa viver. Saber que mediante o próprio trabalho se ajuda aqueles que não dispõem do que lhes é necessário para viver, fortalece o compromisso e sustêm no cansaço. E mais ainda quando a família se empenha com a promoção da justiça social colaborando para que as políticas públicas tenham como centro a pessoa humana desde do início ao fim natural da sua vida.
Dessa forma a família se torna um sinal de contradição da propriedade egoísta da riqueza e da indiferença pelo bem comum.
Os membros da família ainda são convidados a oferecer aquilo que possuem a quantos nada têm, compartilhar com os pobres as próprias riquezas, procurando reconhecer que tudo o que recebemos é graça, e que na origem da nossa prosperidade existe um dom de Deus, que não pode ser conservado para nós mesmos, mas há de ser dividido com os outro.
Semana Nacional da Família 2012
Faça algo pela sua família nesta semana!

- Crie um momento para o "dever de sentar juntos e conversar": uma conversa durante as refeições que se prolongue para além do comer; iniciar e terminar as refeições com orações; reservar meia hora para uma conversa entre os membros da casa, relembrando momentos bons vividos em família (nascimentos, festas, fatos engraçados, conquistas, celebrações, alegrias). Reserve um momento especial para uma conversa do casal e faça  um passeio em família para algum lugar agradável.
- Com os membros da família procure fazer um trabalho voluntário: hospitais, casa de idosos, creche, Paroquia , arrecadação  e distribuição de alimentos, visitas...

Está no ar site da Pastoral Vocacional

QUI, 16 DE AGOSTO DE 2012 
POR: CNBB

SiteVocacional
A Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB lança o site da Pastoral Vocacional no Brasil. Trata-se de um instrumento de divulgação das atividades e notícias desta Pastoral nos Regionais e dioceses, útil para a confluência de materiais e subsídios um ponto de encontro de todos os animadores do país.

“Ele passará ainda por muitas inovações. Mas temos, sem dúvida, a consciência da importância da dimensão e do trabalho vocacional para toda a Igreja”, explica o assessor da Pastoral Vocacional da Comissão, padre Valdecir Ferreira. 

O lançamento do site ocorre exatamente no mês em que as comunidades realizam o período de intensa reflexão e oração pelas vocações. “O mês vocacional é um período em que devemos buscar um aprofundamento da consciência e da responsabilidade de todos quanto ao chamamento de Deus”, lembra Valdecir. Para ele, as comunidades poderiam “ampliar suas atividades buscando uma maior divulgação e reflexão sobre o referido assunto”.