segunda-feira, 31 de agosto de 2015

São Raimundo Nonato, modelo de santidade

O santo se tornou modelo para todo vocacionado à santidade e ao resgate das almas
Por ter encontrado dificuldades para vir à luz, é invocado como patrono e protetor das parturientes e das parteiras (seu nome significa “não nascido” porque foi extraído vivo das entranhas da mãe já morta).
São Raimundo Nonato nasceu na Espanha, em Portel, na diocese de Solsona (próximo a Barcelona) no ano de 1200. Ainda menino, teve de guardar o gado e, durante seus anos de pastor, visitava constantemente uma ermida de São Nicolau, onde se venerava uma imagem de Nossa Senhora de quem era devotíssimo.
Conta-se que, durante as horas que passava aos pés de Maria, um anjo lhe guardava o rebanho. Desde jovem, Raimundo Nonato percebeu sua inclinação à vida religiosa. Seu pai buscou, sem êxito, impedi-lo de corresponder ao chamado vocacional. Ao entrar para a Ordem de Nossa Senhora das Mercês, pôde receber do fundador: São Pedro Nolasco, o hábito. Assim, tornou-se exemplo de ardor na missão de resgatar das mãos dos mouros, os cristãos feito escravos.
Certa vez, São Raimundo conseguiu liderar uma missão que libertou 150 cristãos, porém, quando na Argélia acabaram-se os recursos para o salvamento daqueles que corriam o risco de perderem a vida e a fé, o Missionário e Sacerdote Raimundo, entregou-se no lugar de um dos cristãos. Na prisão, Raimundo pregava para os muçulmanos e cristãos, com tanta Unção que começou a convertê-los e desse modo sofreu muito, pois chegaram ao extremo de perfurarem os seus lábios com um ferro quente, fechando-os com um cadeado. Foi mais tarde libertado da prisão e retornou à Espanha.
São Raimundo Nonato, morreu em Cardona no ano de 1240 gravemente doente. Não aguentou atingir Roma onde o Papa Gregório IX queria São Raimundo como Cardeal e conselheiro. O seu corpo foi descansar na mesma ermida de São Nicolau em que orava nos seus anos de pastor.
São Raimundo Nonato, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova

domingo, 30 de agosto de 2015

São Cesário de Arles, se abriu ao querer de Deus

Ocupou-se até o fim com a salvação das almas e isto fazia, concretamente, pela força da Palavra anunciada e escrita
Os santos, como ninguém, entenderam que a Graça do Cristo que quer santificar a todos, é sempre a mesma, na eficiência, abundância e liberalidade. Cesário de Arles foi um destes homens que se abriu ao querer de Deus, e por isso como Bispo tornou-se uma personalidade marcante do seu tempo.
Cesário nasceu na França em 470, e ao deixar sua casa entrou para o mosteiro de Lérins, onde se destacou pela inteligência, bom humor, docilidade e rígida penitência, que mais tarde acabou exigindo imperfeitamente dos monges sob sua administração. Diante dos excessos de penitências, Cesário precisou ir se tratar na cidade de Arles – Sul da França- local do aprofundamento dos seus estudos e mais tarde da eleição episcopal.
São Cesário de Arles, até entrar no Céu com 73 anos de idade, ocupou-se até o fim com a salvação das almas e isto fazia, concretamente, pela força da Palavra anunciada e escrita, tornando-se assim o grande orador popular do Ocidente latino e glória para a vida monástica. Já que escreveu duas Regras monásticas. Em tudo buscava comunicar a ortodoxia da Fé e aquilo que lutava para viver com o Espírito Santo e irmãos, por isto no campo da moral cristã, Cesário de Arles salientava o cultivo da justiça, prática da misericórdia e o cuidado da castidade.
São Cesário de Arles, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova

A unção dos enfermos perdoa pecados?

O sacramento da unção dos enfermos é uma graça que o Senhor nos concede por meio da Igreja

“Alguém dentre vós está sofrendo? Recorra à oração. Alguém está alegre? Entoe hinos. Alguém dentre vós está doente? Mande chamar os presbíteros da igreja, para que orem sobre ele, ungindo-o com óleo no nome do Senhor. A oração feita da fé salvará” (Tg 5,13-15)

O sacramento da unção dos enfermos é uma graça que o Senhor nos concede por meio da Igreja. Para nós católicos, a oração de cura e a unção têm muito valor. Como lemos na carta de São Tiago, quando alguém está doente deve recorrer à oração, ao céu e, claro, aos médicos e tratamentos, como nos recomenda a Igreja, pois também estes são dons do Senhor para a cura.

O sacramento da reconciliação é o primeiro sacramento de cura; depois dele, há a unção dos enfermos, que, antigamente, era chamada de “extrema unção”. O nome mudou. Ainda bem! Ficou mais suave. O nome antigo ainda espanta, porque parece um sacramento que “sela” a pessoa para a morte.

Na verdade, esse é um sacramento de vida, pois, como todos os outros sacramentos, tem a finalidade de sarar, de animar e perdoar os pecados. Sim, a unção dos enfermos perdoa os pecados, e isso foi mencionado na Escritura e confirmado pela Igreja. Segundo as normas de cada diocese, essa graça pode ser propagada nas celebrações individuais ou coletivas.

A unção pode ser ministrada para todos os doentes em perigo de morte e também para aqueles que farão uma cirurgia delicada. O óleo deve ser de oliveira ou extraído de plantas onde há dificuldades para encontrar essa matéria. 

Normalmente, o sacerdote leva consigo um recipiente com o óleo, para que, caso haja necessidade, faça uso dele. A unção é feita na fronte, nas mãos ou numa outra parte do corpo se não for possível nesses locais.

A fórmula desse sacramento diz: “Por essa santa unção e pela Sua infinita misericórdia, o Senhor venha em seu auxílio com a graça do Espírito Santo, para que, liberto dos seus pecados, Ele o salve e, na Sua bondade, alivie os seus sofrimentos”.Que maravilha de sacramento, porque alivia os sofrimentos! E que grande sofrimento é o pecado! Que grande sofrimento passam tantos irmãos nossos no corpo e na alma! Recorramos ao Senhor para que Ele sare e salve os nossos irmãos doentes no corpo e na alma.

Nesse pouco tempo de sacerdócio, já vi Deus curar e restaurar a saúde de muitos, e também já O vi fortalecer pessoas na hora de morte, dando-lhes uma morte tranquila e em paz, porque foram perdoadas e ungidas.

Conhece alguém doente no corpo e na alma? Indique-lhe um sacerdote, verifique se na comunidade há celebração para os enfermos e avise esse doente ou um parente próximo dele. Não deixe essa graça passar.

Fonte: Armadura do Cristão

Papa: "Se o coração não muda, não somos verdadeiros cristãos"

No Angelus, Francisco afirmou que manter a observação exterior da lei não é o suficiente para sermos bons cristãos
Da redação, com Rádio Vaticano
“As atitudes exteriores são a consequência daquilo que decidimos no coração, mas não o contrário. Com as atitudes exteriores, se o coração não muda, não somos verdadeiros cristãos”. Foi o que afirmou o Papa Francisco na oração do Angelus deste domingo, 30, diante de milhares de fiéis presentes na Praça São Pedro, no Vaticano.
Na ocasião, o Pontífice explicava o Evangelho de hoje onde Jesus discute com os fariseus e escribas a prática “escrupulosa” da lei de Moisés e da “tradição dos antigos”, como “expressões de autêntica religiosidade”.
Neste sentido, Francisco afirmou que manter a observação exterior da lei não é o suficiente para sermos bons cristãos. “Como naquela época para os fariseus, existe também para nós o perigo de nos considerarmos tranquilos ou melhores que os outros pelo simples fato de observarmos as regras, as tradições, mesmo se não amamos o próximo, somos duros de coração e orgulhosos”.
Para o Papa, a observação literal dos preceitos é estéril se não muda o coração e não se traduz em comportamentos concretos: “abrir-se ao encontro com Deus e à sua Palavra, procurar a justiça e a paz, socorrer os pobres, os fracos, os oprimidos”.
“Todos sabemos, nas nossas comunidades, nas nossas paróquias, nos nossos bairros, quanto mal fazem à Igreja e a escandalizam aquelas pessoas que se dizem ‘muito católicas’ e vão frequentemente à igreja mas, depois, na sua vida quotidiana, descuidam da família, falam mal dos outros e assim por diante. Isso é aquilo que Jesus condena, porque é um testemunho contra a vida cristã”, disse o Papa.
Francisco destacou ainda um aspecto “mais profundo” que Jesus aborda no Evangelho: “Não existe nada fora do homem que, entrando nele, possa torná-lo impuro. Mas são as coisas que saem do homem que o tornam impuro”. Segundo o Papa, Jesus enaltece assim o primado da interioridade, isto é, do ‘coração’: “não são as coisas exteriores que nos fazem santos ou não santos, mas é o coração que expressa as nossas intenções, as nossas escolhas e o desejo de fazer tudo pelo amor de Deus”.
“Jesus dizia: ‘O teu tesouro é onde está o coração’. Qual é o meu tesouro? É Jesus, a sua doutrina? É o coração bom ou o tesouro é uma outra coisa. Portanto, é o coração que deve ser purificado e se converter. Sem um coração purificado, não se pode ter mãos realmente limpas e lábios que pronunciem palavras sinceras de amor: tudo é duplo, não? Palavras que pronunciam misericórdia, perdão: somente isso pode fazer o coração sincero e purificado”, afirmou.
E concluiu: “Peçamos ao Senhor, por intercessão da Virgem Maria, para nos dar um coração puro, livre de toda hipocrisia. Esse é o adjetivo que Jesus disse aos fariseus: ‘hipócritas’, porque dizem uma coisa e fazem outra. Livre de toda hipocrisia, assim, que sejamos capazes de viver segundo o espírito da lei e alcançar o seu fim, que é o amor.”
Fonte: Canção Nova

sábado, 29 de agosto de 2015

A vocação do leigo na Igreja

No mês das vocações se fala muito de padres, freiras, mas... e os leigos?

No mês das vocações, destacamos a vocação dos cristãos leigos e leigas. São todos os membros da Igreja que vivem sua fé e sua consagração batismal nas condições ordinárias da vida: na família, nas profissões, no mundo da cultura ou exercendo responsabilidades sociais. É esse imenso povo de Deus presente em todo o tecido social, permeando-o com o sal e fermento do Evangelho e irradiando sobre as realidades deste mundo a luz de Cristo, que ilumina sua própria vida.

Com frequência, somos levados a considerar como “cristãos leigos” apenas aqueles que realizam atividades pastorais no ambiente eclesial propriamente dito. Certamente, a sua participação na vida da Igreja, naquilo que lhe compete, é de suma importância e a Igreja agradece a sua colaboração generosa nas diversas responsabilidades das comunidades eclesiais, como a catequese, a animação litúrgica ou as muitas formas de ação pastoral e administrativa. No entanto, nem todos os fiéis leigos poderiam estar empenhados em alguma pastoral.

De fato, porém, a vocação primordial dos fiéis leigos é testemunhar a novidade do Reino de Deus no “mundo secular” (cf LG 31), lá onde a Igreja não está presente de forma institucional. Trata-se de um vastíssimo e desafiador campo para a ação missionária da Igreja, a ser atingido sobretudo através dos leigos. A vida na comunidade eclesial, as celebrações litúrgicas e as organizações eclesiais são momentos e espaços necessários para o cultivo e a alimentação da fé, para o suporte e o preparo para a ação no mundo; toda a vida do cristão leva à Eucaristia e, dela, tira sua força toda a fecundidade para a vivência apostólica diária.

O mesmo poderia ser dito da Palavra de Deus: dela parte todo impulso para a missão e, ao mesmo tempo, toda ação cristã no mundo requer constante retorno à Palavra de Deus para iluminar, discernir, encorajar e sustentar a vivência da fé. Mas a vida cristã não se restringe a esses momentos e espaços.

Na solenidade da Assunção de Nossa Senhora ao céu, apareceu mais de uma vez a menção do simbolismo bonito da “arca de Deus”, introduzida na cidade santa (1Cr 15; Sl 131/132). A arca continha as tábuas da Lei de Deus e lembrava sempre a Aliança de Deus com seu povo no sopé do Sinai: “se guardardes as minhas palavras, minhas leis e mandamentos (…), eu serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo”.

Depois de edificar a cidadela de Sião (Jerusalém), Davi introduziu nela a arca para simbolizar a permanente presença salvadora de Deus com seu povo (cf 1Cr 15). E a observância da suprema Lei era sinal de fidelidade do povo ao seu compromisso para com Deus: “Faremos tudo o que o Senhor nos ordenar”. Ao mesmo tempo, esta fidelidade a Deus ordenava o convívio social e assegurava a paz.

 A imagem da arca é aplicada a Maria, que nos trouxe o Salvador e supremo revelador da vontade de Deus. Bonito é o Evangelho da visita de Maria à sua prima Isabel (cf Lc 1,39-56); ela é a arca da Aliança introduzida na casa de Zacarias e Isabel; a casa fica cheia de Deus! Elevada ao céu, Maria é a arca de Deus introduzida solenemente na “cidade santa”, a Jerusalém celeste e definitiva, anúncio e sinal da plenitude da redenção,quando também a morte será vencida (cf Ap 11,19; 12,10).

A imagem da arca também se aplica à Igreja que, à imagem de Maria, e tem a missão de ser o sinal da perene presença e ação salvadora de Deus no meio dos homens. A comunidade cristã, Igreja viva, e cada um de seus membros, deve irradiar o reino de Deus no mundo; pela ação missionária da Igreja, a cidade dos homens, edifica-se em cidade de Deus, até que chegue o grande “dia do Senhor”. Esta missão cabe, de maneira especial, aos cristãos leigos e leigas, que estão em contato direto com as “realidades terrestres” e atuam no “mundo secular”.

O Concílio indica que é lá que os leigos são chamados por Deus “para que, exercendo seu próprio ofício guiados pelo espírito evangélico, como o fermento na massa, de dentro contribuam para santificar o mundo. E assim manifestem Cristo aos outros, especialmente pelo testemunho de sua vida resplandecente de fé, esperança e caridade” (LG 31). Vocação bonita e missão grandiosa, para cuja realização podem contar com a fidelidade de Cristo Salvador, que os envia: “eu estarei sempre convosco, até o fim dos tempos” (Mt28,20).

Fonte: Ateleia

Maria quer ajudar você a acreditar na Eucaristia


Certo sacerdote vivia muito atormentado por graves tentações contra a fé. Sofria dúvidas, principalmente sobre a presença real de Jesus no Santíssimo Sacramento.

Tornaram-se tão graves e tão insistentes, que quase perdeu a coragem de celebrar a Santa Missa. Dirigiu-se então, aflitíssimo à Maria Santíssima suplicando que a ele fosse devolvida, a paz da alma, e afastasse tais tentações. A Virgem Mãe atendeu às orações deste pobre sacerdote.

Certo dia, celebrando ele a Santa missa, aconteceu que, depois do “Pai-Nosso”, desapareceu a Santa Hóstia!

Procurou-a muito aflito, mas, sem resultado, vendo neste incidente inexplicável, um castigo às suas dúvidas. Mas, eis que teve uma visão de Nossa Senhora, bela e sorridente, trazendo nos braços o Menino Jesus todo amável e carinhoso e diz:
 

“Vê aqui em meus braços o Menino Jesus, a quem eu dei a luz em Belém, vê o Menino que eu alimentei e carreguei nos meus braços. É este mesmo! O meu Filho a quem consagras na Santa Missa, a quem tomas em tuas mãos e mostras ao povo para adorá-lo. É o mesmo a quem recebes na Santa Comunhão e cujo sangue, bebes. Deito-O, novamente em tuas mãos para que O recebas com fé e amor.”


Ditas estas palavras, Maria Santíssima entregou a ele, o Menino Jesus, que se transformou, imediatamente na figura do pão.

O sacerdote continuou a Santa Missa com indescritível alegria e piedade. Tomou a Santa Comunhão com tanta fé e gratidão, como jamais o fizera em toda a sua vida.

Nossa Senhora devolveu a paz ao pobre sacerdote!

Fonte: Ateleia

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Catedral de Campina Grande promove formação para explicar detalhes de nova Encíclica do Papa Francisco

Catedral Diocesana de Nossa Senhora da Conceição, no centro de Campina Grande, realizou na noite desta quinta-feira (27) uma formação para agentes de pastorais, aberta aos fiéis católicos em geral, sobre a nova Encíclica do Papa Francisco, ‘Laudato Si’, apresentada pelo pontífice em maio. Na Encíclica, o papa fala, sobretudo, em relação ao meio ambiente, enfocando as complicações causadas pela ação do homem moderno.


A apresentação da Encíclica, com o detalhamento dos capítulos e a explicação de cada um deles foi feita pelo seminarista Van Victor, com participação do pároco da Catedral, Luciano Guedes. Durante cerca de 1 hora e meia, Van Victor explicou a preocupação do papa e as cobranças que ele fez, na Encíclica, sobre os que mais estão degradando o meio ambiente, citando, por exemplo, as nações mais poderosas do planeta.

Ele também falou sobre a preocupação do papa em relação às pessoas, sem distinção, considerando que todos nós vivemos no planeta Terra e que temos, indistintamente, responsabilidades sobre os destinos da Criação. “Não é ‘a natureza’ e ‘nós’, ‘o meio ambiente’ e ‘nós’. Todos sofremos quando agredimos o meio ambiente”, disse.

Ele explicou sobre capítulo da Encíclica que fala das mudanças climáticas, mostrando que, gradativamente, há um aumento na temperatura das cidades. “Campina Grande, por exemplo, era fria no passado. Hoje enfrentamos um calorão e isso afeta tudo”. Victor lembra que os impactos dessa mudança serão sempre maiores entre os mais pobres.

Crítica aos Poderosos - Ele citou trecho da Encíclica no qual o Papa Francisco critica o modo como os poderosos encaram este problema. “Muitos daqueles que detém mais recursos e poder econômico ou político parecem concentrar-se sobretudo em mascarar os problemas ou ocultar os seus sintomas, procurando apenas reduzir alguns impactos negativos de mudanças climáticas”, diz o documento.

Encíclica ‘Laudato Si’ também aborda a questão da água e a preservação da biodiversidade – esta, uma consequência direta de uma intervenção humana. “O homem também vai contra a beleza e perfeição da Criação de Deus”, diz Van Victor.

Em momento duro da Encíclica, o Papa aborda o que ele chama de ‘dívida ecológica’, criticando “países desenvolvidos, ávidos consumidores que já cometeram grandes crimes contra seus próprios ecossistemas e pressionam os países em desenvolvimento por recursos, enquanto discursam sobre preservação”. “É como se os países ricos dissessem: estamos pagando para que vocês continuem subdesenvolvidos”, disse Victor.

Papa Francisco apresenta, na Encíclica, as bases bíblicas da visão ecológica daIgreja, lembrando que o fato de sermos feitos à imagem e semelhança de Deus “não quer dizer que sejamos donos do mundo e que possamos desmandar em toda a Criação”. Ele também destaca os avanços da tecnologia, de forma muito positiva, mas alerta para a concentração dessa tecnologia nas mãos de alguns, em detrimento de todos.

Proposta da Igreja – A proposta do papa para minimizar os problemas elencados na Encíclica vem no Capítulo IV, que ele denomina de ‘Uma Ecologia Integral’, definida, por Francisco, como uma ecologia “que integre o lugar específico que o ser humano ocupa neste mundo e as suas relações com a realidade que o circunda”.

papa aponta as bases de como a sociedade deve se organizar para garantir condições dignas de viver e convida a uma conversão ecológica, mesmo reconhecendo que não é fácil reformular conceitos e procedimentos. “O caminho a ser seguido é: educação através da escola, família, meios de comunicação e catequese”, lembra Van Victor.

“Que cada um faça a sua parte. Pequenos gestos fazem parte de uma grande ação. E que saibamos da importância do cuidar das nossas relações com Deus, com o próximo e com a terra”, conclui o seminarista.

Ao final, o padre Luciano parabenizou o seminarista Van Victor pela explicação da Encíclica e fez uma avaliação da mensagem do papa. Segundo o pároco, é importante que cada um faça a sua parte e, mais que isso, possa transmitir essa mensagem, em forma de alerta, para as pessoas com as quais temos contato diariamente - Pascom/Catedral.


Papa acompanha com preocupação drama dos imigrantes: Deus nos ajude a sermos generosos

O Papa Francisco acompanha com viva preocupação a evolução do drama que está atingindo milhares de pessoas em fuga de suas terra. Trata-se de um verdadeiro “êxodo bíblico” que envolve famílias inteiras, reduzidas à miséria, arriscando a vida em busca de um futuro longe das guerras, fome e violência de todo tipo. Em um tweet, o Papa convida à abrir os corações a quem sofre: “Senhor, ajudai-nos a ser mais generosos e sempre mais solidários com as famílias pobres”. Na costa da Líbia duas embarcações afundaram matando ao menos 200 pessoas, enquanto na Áustria dezenas de migrantes foram encontrados na quarta-feira  asfixiados, em um caminhão frigorífico.
São cerca de 200 os cadáveres de migrantes encontrados pela Guarda Costeira líbia diante da costa de Zuawra, vítimas de um duplo naufrágio ocorrido quinta-feira (27). Segundo o testemunho de um ativista da ONG Médicos Sem Fronteiras, cerca de 40 pessoas estavam presas no porão de um barco encalhado e outros estavam à deriva. Duzentos sobreviventes foram acompanhados até um centro de detenção líbio. Em Palermo, capital da Sicília, continuam as investigações sobre a morte de 52 imigrantes mortos por asfixia em uma embarcação, que levava 400 pessoas. São dez os contrabandistas presos que deverão responder por favorecimento de imigração clandestina e de homicídio.
E enquanto no canal da Sicília naves italianas e europeias continuam a salvar vidas humanas, nos Balcãs continua a contagem das vítimas de outra rota de imigração. E tudo indica que os 71 imigrantes encontrados em um caminhão frigorífico abandonado em uma auto-estrada na Áustria morreram por asfixia. Provavelmente eram sírios, entre eles, 8 mulheres e 4 crianças.
Vindos principalmente da Síria e Iraque, mas também do Afeganistão e Paquistão, entre outros países, os imigrantes da Rota dos Balcãs desembarcam na Grécia com o objetivo de chegar no Reino Unido, Alemanha e países escandinavos. Para isto, devem atravessar a Sérvia ou Macedônia, a Hungria e a Áustria.
A presença dos refugiados atraiu a atenção dos traficantes de seres humanos, sempre presentes nestas regiões. A Máfia kosovar, em acordo com sérvios-macedônios, está organizando rotas alternativas para esquivar-se do muro que está sendo construído na Hungria, desviando pela Romênia ou mesmo pelos Bálcãs, atravessando a Eslovênia e a Croácia. Até a semana passava, a travessia por terra custava entre 300 a 400 euros. Agora o preço por pessoa chegou a mil euros. (JE)
Fonte: Rádio Vaticano

Tomar a cruz significa ter gosto pelo sofrimento?

“Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo e tome, a cada dia, a sua cruz e siga-me.”  (Lucas 9, 23)
“Feliz quem teme o Senhor e segue seus caminhos. Viverás do trabalho de tuas mãos, viverás feliz e satisfeito” (Sl 127,1). Deus nos criou como participantes da vida, da natureza, do mundo, e responsáveis por eles. Olhar em torno de nós é nos encontrarmos em casa e nos dispormos a edificar com serenidade o lar comum, com as peças da fraternidade e da solidariedade.
Segundo o plano do Senhor, temos condições para realizar tal tarefa, ainda que, com inquietante frequência, nossas ações pareçam justamente destruir a obra de Deus e de tantas gerações. É que convivemos com o doloroso mistério do pecado, cuja presença já as primeiras páginas da Bíblia constataram. Desde o princípio, parece que apraz à humanidade fazer o jogo da violência, como crianças e adolescentes em brincadeiras eletrônicas, tantas delas montadas em plataformas de destruição recíproca. Incrível é ver quantos marmanjos de idade ou estatura avançada se dedicam a tais “retratos da vida”!
Ao formar Seus discípulos, Jesus lhes propõe um jogo diferente (Cf. Mt 16, 21-27), cujas peças têm nomes que se tornam caminhos de realização e salvação (Cf. Mt 16, 24-25). A primeira delas é “Se alguém quer”. Para dar o segundo passo, é preciso “seguir”. A terceira peça é “renuncie a si mesmo”, e a quarta: “tome a sua cruz”. Regra do jogo: “quem perder a sua vida por causa de mim vai encontrá-la”.
Deus nos ofereceu o precioso dom da liberdade, dando-nos a possibilidade de nos comprometermos com o Seu plano. Os objetivos escolhidos na vida estabelecem os rumos a serem percorridos. Quem começa mal, escolhendo metas limitadas, já compromete a corrida da existência. Não fomos feitos apenas para ter casa própria, bom emprego, carro novo, muito dinheiro no banco. Deixemos que o Senhor nos pergunte sobre o que queremos efetivamente! Ideal digno dos homens e mulheres que Deus criou e que somos nós, é justamente aquele que foi descrito nas primeiras páginas da Sagrada Escritura (cf. Gn 1-2):
Deus, reconhecido como Criador e Pai de todos, homens e mulheres feitos à Sua imagem, com inteligência e liberdade, a fraternidade e o senhorio em relação à criação. Poucas palavras que refletem o plano de Deus. Para entrar no jogo da vida, saber decidir!
Renunciar a si mesmo! Trata-se de mudar o eixo da existência quando os impulsos da natureza pedem acúmulo de bens e afetos. A maturidade humana efetiva só pode acontecer quando um homem ou uma mulher alcançam essa altitude. Muitas pessoas só conseguirão dar esse passo nos instantes derradeiros da existência nesta terra, quando tiverem que se desapegar de tudo, pois deverão apresentar-se diante do Criador. É melhor antecipá-lo! É mais saudável viver não para si, mas para Deus e o próximo, e não são poucos os exemplos de gente que soube fazer essa mudança.
A decisão do cristão comporta o seguimento. A palavra “discípulo” indica a escolha feita, quando se escolhe ir atrás de alguém, com coração e ouvido aberto, pronto a pisar no mesmo rastro daquele que foi reconhecido como Mestre. E como não faltam mestres entre as muitas companhias que nos são oferecidas pelo caminho, a proposta é escolher Jesus: “Deu-me o Senhor Deus uma língua habilidosa para que aos desanimados eu saiba ajudar com uma palavra. Toda manhã ele desperta meus ouvidos para que, como bom discípulo, eu preste atenção. O Senhor Deus abriu-me os ouvidos, e eu não fiquei revoltado, para trás não andei” (Is 50, 4-5).
Os discípulos chamados pelo Senhor Jesus tiveram surpresas. Uma delas, que assustou de forma especial aquele que tinha sido declarado “Pedra” (Cf. Mt 16, 21-23), foi a cruz. Carregá-la com disposição é regra de jogo na vida cristã. Não se engane quem quer empreender essa estrada, mas decida-se a abraçá-la. Tomar a cruz não significa cultivar um gosto doentio pelo sofrimento ou os muitos incômodos da vida, pois a dor sozinha não gera frutos. Cruz significa transformar, como escolha livre, todos os atos da existência em amor a Deus e ao próximo, saindo de si mesmo para fazer o bem.Quer dizer encontrar o caminho diário da salvação, olhando para o alto, no amor a Deus, e abrir os braços no amor ao próximo. Na confluência dos dois amores se eleva a cruz e esta vem a ser abraçada e não arrastada.
A regra de vida a ser acolhida pelo cristão e proposta a todas as pessoas que desejam a felicidade autêntica é assim descrita por Jesus, num encontro que desencadeou nova etapa na vida de Seus discípulos. É que a novidade era tão grande que o Senhor precisou acompanhá-los bem de perto, aproveitando as lições do caminho a ser percorrido, para aprenderem o jeito novo de viver (cf. Mc 8, 1-10,52).
“Tu me seduziste, Senhor, e eu me deixei seduzir! Foste mais forte do que eu e me subjugaste! Tornei-me a zombaria de todo dia, todos se riem de mim. Sempre que abro a boca é para protestar! Vivo reclamando da violência e da opressão! A palavra de Deus tornou-se para mim vergonha e gozação todo dia. Pensei: ‘Nunca mais hei de lembrá-lo, não falo mais em seu nome!’ Mas parecia haver um fogo a queimar-me por dentro, fechado nos meus ossos. Tentei aguentar, não fui capaz” (Jr 20,7-9).
Quando tantos podem pensar que as regras propostas por Deus não atraiam, eis que muita gente se dispõe a seguir o Senhor, aceitando passos do jogo da vida que parecem absurdas. No entanto, são elas o caminho da felicidade verdadeira. O contato com Deus, visto inclusive pelos profetas como verdadeira sedução, atrai as pessoas. Que mais pessoas aceitem esse jogo, no qual a vitória é certa, pois as partes envolvidas são o Céu e a Terra. Deus ama a humanidade e a faz parceira na construção de um mundo diferente! “Quem quiser salvar sua vida a perderá; e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará. De fato, que adianta a alguém ganhar o mundo inteiro, se perde a própria vida?” (Mt 16, 25-26).
Texto: Dom Alberto Taveira Corrêa
Fonte: Canção Nova

terça-feira, 25 de agosto de 2015

A importância do ofertório na Santa Missa


O Ofertório é um momento de grande importância da participação dos fiéis na Santa Missa
O ofertório, na sua totalidade, é uma oração feita por palavras ou por ações sacrificais. Pelo “Oremos” a Igreja convida os fiéis a se unirem – em oração e ao acompanhar as ações litúrgicas – ao presidente da Celebração Eucarística. Este reza e atua em nome do povo de Deus e convida a assembléia a rezar por si mesma a fim de crer na fé professada no símbolo apostólico (Credo), de modo a ser constante nela e a se oferecer em holocausto.
O canto do ofertório tem a função de acompanhar e solenizar a procissão na qual os fiéis apresentam as oferendas, pois Deus ama quem dá com alegria.
O canto deve se prolongar pelo menos até que os dons tenham sido colocados sobre o altar. Pode utilizar-se a antífona com o respectivo salmo, que vem no Gradual Romano ou no Gradual simples, ou outro cântico apropriado à ação sagrada e ao caráter do dia ou do tempo litúrgico, cujo texto tenha a aprovação da Conferência Episcopal. O rito do ofertório pode ser sempre acompanhado de canto.
Fonte: Canção Nova
Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

São Luís, homem de oração e caridade


Era penitente, humilde, homem de oração e caridade; participava com tanta perseverança da Santa Missa diária
Nós celebramos neste dia a vida do santo, que foi rei da França, Luís IX. Ele nasceu em Poissy a 25 de abril de 1214 e teve a graça de ter uma mãe muito religiosa, tanto assim que o aconselhava depois do Batismo: “Filhinho, agora és um templo do Espírito Santo, conserva sempre teu coração puro e jamais o manches com o pecado “.
A rainha-mãe, Branca de Castela, providenciou ótimos professores e instrutores para uma formação digna do filho, dessa forma quando o pai de Luís morreu, quando este tinha apenas 12 anos, o jovem pôde ser coroado e na idade de 21 anos começar a reger toda a nação, sem esquecer sua realidade de pai e esposo. São Luís era penitente, humilde, homem de oração e caridade; participava com tanta perseverança da Santa Missa diária que, ao ser provocado por nobres, respondia: “Se eu dedicasse tempo dobrado para os jogos ou para a caça, ninguém repreenderia!”
São Luís buscava intensamente viver a justiça do Reino de Deus enquanto rei e cristão, por isso praticava o que aconselhava: “Não tiremos o bem dos outros nem sequer para o dar a Deus”. Cheio de amor a Cristo, à Igreja e ao Papa, São Luís organizou até mesmo cruzadas a fim de resgatar os lugares santos; certa vez ficou preso durante 5 anos e depois de solto empenhou-se numa outra cruzada que o vitimou com uma peste mortífera (tifo). Ao receber os santos sacramentos esse grande santo entrou no Céu a 25 de agosto de 1270.
Foi canonizado em 1297, pelo Papa Bonifácio VIII.
São Luís, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova

Qual é o pecado favorito do demônio? Responde um exorcista...


Um exorcista tem medo? Qual é o pecado predileto do demônio? Estes foram alguns dos temas de uma recente entrevista do sacerdote dominicano Juan José Gallego, exorcista da arquidiocese de Barcelona a um diário espanhol.

Há nove anos o Pe. Gallego foi designado exorcista, e afirmou que, na sua opinião, o demônio é um 
ser “totalmente amargurado”.

Através de uma entrevista, realizada pelo jornal espanhol ‘El Mundo’, o sacerdote assegurou que “a soberba” é o pecado que o demônio mais gosta.

“Sentiu medo alguma vez? ”, perguntou o entrevistador ao sacerdote. “Este é um ofício bastante desagradável”, respondeu o Pe. Gallego. “No começo tinha muito medo. Olhava muito para atrás e via demônios em todo lugar... Veja só, no outro dia estava fazendo um exorcismo. ‘Te mando! ’, ‘Te ordeno! ’... E o Maligno, com uma voz tremenda, gritou: ‘Galleeeego, estás exageraaaaando!’. Então tremi”.

Entretanto, o padre sabe que o demônio não é mais poderoso que Deus. O exorcista recordou que “quando me nomearam, um parente me disse: ‘Ai, Juan José, estou toda assustada, porque no filme ‘O exorcista’ um morreu e o outro pulou pela janela’. Eu ri e lhe respondi: ‘Mulher, não se esqueça que o demônio é criatura de Deus’”.

Quando as pessoas estão possuídas, relatou, “perdem o conhecimento, falam línguas estranhas, têm uma força exagerada, mal-estar profundo, vemos senhoras educadíssimas vomitando, blasfemando”.

“Um jovem durante a noite era tentado pelo demônio, queimava sua camisa, entre outras coisas, e me disse que os demônios lhe propuseram: ‘Se fizer um pacto conosco, isso nunca mais acontecerá com você’”.

O Pe. Gallego também advertiu que práticas da “nova era” como por exemplo, o reiki e a ioga, podem ser portas de entrada para o demônio. “Ele pode meter-se um pouco por aí”, assinalou.

O sacerdote espanhol lamentou que a crise econômica que açoita a Espanha há alguns anos “nos traz os demônios. Os vícios: a droga, o álcool... No fundo eles são uma possessão”.

“Com a crise as pessoas sofrem mais. Estão desesperadas. Há pessoas convencidas de que o demônio está dentro delas”, concluiu o Pe. Gallego.

Fonte: Acidigital
Foto: Flickr Todd Page

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Catedral de Campina Grande realiza Assembleia Pastoral 2015


Sábado, dia 22 de julho, cerca de 80 agentes de pastoral, grupo e movimento, da Catedral Diocesana de Nossa Senhora da Conceição, estiveram reunidos, no Salão Paroquial para reflexão sobre as atividades da paróquia.

A programação planejada teve início, por volta das 14h, com a oração inicial conduzida pelo seminarista Arimatéa Júnior, acompanhado por integrantes do Grupo de Oração e do Ministério de Música e Louvor – Restauração. 

Em seguida, Aurea Ramos ( Coordenadora da Pastoral da Comunicação) fez um breve recorte da Assembleia anterior realizada no ano de 2011. Pe. Luciano Guedes, nosso pároco, acolheu a todos e passou a palavra ao assessor Van Victor que refletiu sobre o documento diocesano – Guia de Orientações em preparação para a Assembleia Diocesana de Pastoral.

Em continuação, houve um intervalo para o lanche e em seguida Pe. Luciano encaminhou os participantes em cinco grupos de trabalho.

No retorno, os relatores apresentaram as discussões e sugestões dos grupos. Nosso pároco, dirigiu agradecimentos ao assessor, à coordenação, às equipes da alimentação e ambiente ao Ministério de Música Restauração e Grupo de Oração pela animação e, a todos os participantes. Em seguida, por volta das 18h15, aconteceu um lindo e emocionante momento do ÂNGELUS na Praça da Catedral. Por volta das 18h30 foi servido o jantar.

A assembleia foi concluída com a Santa Missa, das 19h30, que acolheu a imagem de Nossa Senhora dos Milagres – Padroeira de São João do Cariri trazida pelo pároco Pe. Valdir Campelo e fiéis dessa paróquia. A Catedral esteve repleta de fiéis da nossa e da Paróquia dos Milagres que vieram e daqueles filhos de São João do Cariri que aqui residem. Linda Celebração Eucarística presidida por Pe. Valdir e concelebrada por Pe. Luciano.

Na Homilia, Pe. Valdir fez um breve histórico sobre Nossa Senhora dos Milagres e convidou a assembleia a dar testemunho de milagres alcançados por intermédio de pedidos à Nossa Mãe dirigidos. Três pessoas fizeram lindos relatos de graças alcançadas. 

A missa foi transmitida pela Rádio Caturité e pela internet através do blog da Pascom http://pascomcatedralcg.blogspot.com

Professora Aurea Ramos Araujo

Coord. da Pascom Catedral

domingo, 23 de agosto de 2015

Os demônios creem e estremecem diante da presença real de Jesus na Eucaristia

"Entendi no mesmo instante que alguma pobre alma atormentada pelo demônio tinha se visto diante de Cristo na Eucaristia", conta um padre


Alguns anos atrás, eu escrevi sobre uma experiência incomum que tive ao celebrar a santa missa: uma pessoa, atormentada pela possessão demoníaca, saiu correndo para fora da igreja no momento da consagração. Voltarei a falar deste caso um pouco mais adiante.

Tenho pensado neste fato desde que um grupo satânico da cidade de Oklahoma (EUA) roubou uma hóstia consagrada de uma paróquia e anunciou que a profanaria durante uma "missa negra". O arcebispo de Oklahoma, dom Paul Coakley, entrou com uma ação judicial para impedir o sacrilégio e exigir que o grupo devolvesse a propriedade roubada da Igreja. Dom Coakley ressaltou, no processo, que a hóstia seria profanada dos modos mais vis imagináveis, como oferenda feita em sacrifício a Satanás.

O porta-voz do grupo satânico, Adam Daniels, declarou: “Toda a base da ‘missa’ [satânica] é que nós pegamos a hóstia consagrada e fazemos uma ‘bênção’ ou oferta a Satanás. Nós fazemos todos os ritos que normalmente abençoam um sacrifício, que é, obviamente, a hóstia corpo de Cristo. Então nós, ou o diabo, a reconsagramos...”.

À luz do processo judicial, o grupo devolveu à Igreja a hóstia consagrada que tinha roubado. Graças a Deus.

Mas você notou o que o porta-voz satânico atestou sobre a Eucaristia? Ao falar do que seria oferecido em sacrifício, ele disse: “...que é, obviamente, a hóstia corpo de Cristo”.

Por mais grave e triste que seja este caso (e não é o primeiro), esses satanistas explicitamente consideram que a Eucaristia católica É o Corpo de Cristo. Pelo que eu sei, nunca houve tentativas de satanistas de roubar e profanar uma hóstia metodista, ou episcopaliana, ou batista, ou luterana, etc. É a hóstia católica o que eles procuram. E nós temos uma afirmação da própria escritura que garante: “Até os demônios creem e estremecem” (Tiago 2,19).

Em outra passagem, a escritura nos fala de um homem que vagava em meio aos túmulos e era atormentado por um demônio. Quando viu Jesus, ainda de longe, correu até Ele e o adorou (Marcos 5,6). O evangelho de Lucas cita outros demônios que saíam de muitos corpos possuídos e gritavam: "Tu és o Filho de Deus!". Mas Jesus os repreendia e não os deixava falar, porque sabiam que Ele era o Cristo (Lc 4,41-42).

De fato, como pode ser atestado por muitos que já testemunharamexorcismos, há um poder maravilhoso na água benta, nas relíquias, na cruz do exorcista, na estola do sacerdote e em outros objetos sagrados que afugentam os demônios. Mesmo assim, muitos católicos e não católicos minusvaloram esses sacramentais (assim como os próprios sacramentos) e os utilizam de qualquer jeito, com pouca frequência ou sem frequência alguma. Há muita gente, inclusive católicos, que os consideram pouco importantes. Mas os demônios não! Vergonhosamente, os demônios, às vezes, manifestam mais fé (ainda que cheia de medo) que os crentes que deveriam reverenciar os sacramentos e os sacramentais com fé amorosa. Mesmo o satanista de Oklahoma reconhece que Jesus está realmente presente na Eucaristia. É por isso que ele procura uma hóstia consagrada, ainda que para fins tão nefastos e perversos.

Tudo isso me leva de volta ao caso real que eu descrevi já faz um bom tempo. Apresento a seguir alguns trechos do que escrevi há quase quinze anos, quando eu estava na paróquia de Santa Maria Antiga [Old St. Mary, na capital norte-americana] celebrando a missa em latim na forma extraordinária. Era uma missa solene. Não seria diferente da maioria dos domingos, mas algo muito impressionante estava prestes a acontecer.

Como vocês devem saber, a antiga missa em latim era celebrada "ad orientem", ou seja, voltada em direção ao oriente litúrgico. Sacerdote e fiéis ficavam todos de frente para a mesma direção, o que significa que o celebrante permanecia, na prática, de costas para as pessoas. Ao chegar a hora da consagração, o sacerdote se inclinava com os antebraços sobre o altar, segurando a hóstia entre os dedos.



Naquele dia, eu pronunciei as veneráveis palavras da consagração em voz baixa, mas de modo claro e distinto: “Hoc est enim Corpus meum” [Este é o meu Corpo]. O sino tocou enquanto eu me ajoelhava.

Atrás de mim, no entanto, houve algum tipo de perturbação; uma agitação ou sons incongruentes vieram dos bancos da parte da frente da igreja, logo às minhas costas, um pouco mais para a minha direita. Em seguida, um gemido ou resmungo. "O que foi isso?", perguntei a mim mesmo. Não pareciam sons humanos, mas grasnidos de algum animal de grande porte, como um javali ou um urso, junto com um gemido plangente que também não parecia humano. Eu elevei a hóstia e novamente me perguntei: "O que foi isso?". Então, silêncio. Celebrando no antigo rito da missa em latim, eu não podia me virar facilmente para olhar. Mas ainda pensei: "O que foi isso?".

Chegou a hora da consagração do cálice. Mais uma vez eu me curvei, pronunciando clara e distintamente, mas em voz baixa, as palavras da consagração: “Hic est enim calix sanguinis mei, novi et aeterni testamenti; mysterium fidei; qui pro vobis et pro multis effundetur em remissionem pecatorum. Haec quotiescumque feceritis in mei memoriam facietis” [Este é o cálice do meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança, o mistério da fé, que será derramado por vós e por muitos para a remissão dos pecados. Todas as vezes que fizerdes isso, fazei-o em memória de mim].

Então, ouvi mais um ruído, desta vez um inegável gemido e, logo em seguida, um grito de alguém que clamava: "Jesus, me deixe em paz! Por que me tortura?". Houve de repente um barulho que lembrava uma briga e alguém correu para fora a um som de gemidos, como de quem tivesse sido ferido. As portas da igreja se abriram e em seguida fecharam. Depois, o silêncio.

Consciência - Eu não podia me virar para olhar porque estava levantando o cálice da consagração. Mas entendi no mesmo instante que alguma pobre alma atormentada pelo demônio tinha se visto diante de Cristo na Eucaristia e não tinha conseguido suportar a sua presença real, exibida perante todos. Ocorreram-me as palavras da escritura: “Até os demônios creem e estremecem” (Tiago 2,19).

Arrependimento - Assim como Tiago usou aquelas palavras para repreender a fé fraca do seu rebanho, eu também tinha motivos para a contrição. Por que, afinal, um pobre homem atormentado pelo demônio era mais consciente da presença real de Cristo na Eucaristia e ficava mais impactado com ela do que eu? Ele ficou impactado em sentido negativo e correu para longe. Mas por que eu não me impactava de forma positiva com a mesma intensidade? E quanto aos outros crentes, que estavam nos bancos? Eu não tenho dúvidas de que todos nós acreditávamos intelectualmente na presença eucarística. Mas há algo muito diferente e muito mais maravilhoso em nos deixarmos mover por ela na profundidade da nossa alma! Como é fácil bocejarmos na presença do Divino e nos esquecermos da presença milagrosa e inefável, disponível ali para todos nós!

Quero deixar registrado que, naquele dia, há quase quinze anos, ficou muito claro para mim que eu tinha nas minhas mãos o Senhor da Glória, o Rei dos Céus e da Terra, o Justo Juiz e o Rei dos reis da terra.
Será que Jesus está realmente presente na Eucaristia?

Até os demônios acreditam!

Relato do Pe Charles Pope
Fonte: ATELEIA