segunda-feira, 24 de março de 2014

Na Quaresma, olhar para as necessidades espirituais, diz Papa

Santo Padre falou da Quaresma como tempo propício para identificar as necessidades espirituais e pedir a ajuda de Deus, a exemplo da samaritana que encontrou Jesus


No Angelus deste domingo, 23, Papa Francisco refletiu sobre a passagem do Evangelho que relata o encontro de Jesus com a mulher samaritana. Ele destacou que assim como a mulher encontrou a “água viva” no encontro com Jesus, cada um hoje é chamado a deixar de lado o seu cântaro (vaso antigo) e beber dessa “água” oferecida por Cristo.
Como relata o Evangelho, Jesus estava cansado da viagem e sentou-se à beira do poço, onde pediu água para a samaritana. Francisco explicou que a sede de Jesus não era tanto de água, mas Ele precisava encontrar a samaritana para abrir-lhe o coração.  Ele pediu água a ela para evidenciar a sede que havia nela mesma.
A mulher, então, disse o Papa, ficou tocada por este encontro com Cristo e dirigiu a ele as perguntas profundas que todos têm dentro de si, mas que muitas vezes ignoram, não têm coragem de dirigi-las a Jesus.
“A Quaresma é o tempo oportuno para olharmos para dentro de nós, fazer emergir as nossas necessidades espirituais mais verdadeiras e pedir a ajuda do Senhor na oração. O exemplo da Samaritana convida-nos a nos exprimirmos assim: ‘Jesus, dê-me a água que me saciará para sempre’”.
O resultado daquele encontro foi a transformação daquela mulher, que foi pegar água no poço e encontrou outra água, a água viva da misericórdia, e testemunhou esse encontro.
“Neste Evangelho, encontramos também nós o estímulo para ‘deixar o nosso cântaro’, símbolo de tudo aquilo que aparentemente é importante, mas que perde valor diante do ‘amor de Deus’. Somos chamados a redescobrir a importância e o sentido da nossa vida cristã, iniciada no Batismo e, como a samaritana, testemunhar aos nossos irmãos a alegria do encontro com Jesus”, concluiu o Pontífice.
Fonte: Canção Nova

Padre Anchieta será proclamado santo em 2 de abril

A Rádio Vaticano informou dia 21 desse mês, que o papa Francisco celebrará, em 24 de abril, uma missa na igreja de Santo Inácio de Loyola, em Roma, em ação de graças pela canonização do Beato José de Anchieta. Durante sua vida, o religioso teve intensa atuação na evangelização no Brasil, passando por diversas cidades. O decreto que tornará santo padre Anchieta será assinado pelo papa Francisco no dia 2 de abril.A beatificação de Anchieta foi feita pelo papa João Paulo II em 1980.
Também no dia 2 de abril, o papa Francisco vai assinar decretos de canonização de dois beatos franceses que promoveram a evangelização no Canadá: François de Montmorency-Laval e Maria da Encarnação Guyart.
Em São Paulo, haverá repicar dos sinos pela canonização do padre Anchieta, às 14h, em todas as igrejas da arquidiocese. No dia 6 de abril, às 11 horas, haverá uma missa em ação de graças, na Catedral da Sé. A missa será transmitida ao vivo pela TV Cultura e TVs de inspiração católica. 
 História
Nascido em Tenerife, nas Ilhas Canárias (Espanha), o jovem jesuíta desembarcou em solo brasileiro em julho de 1553, onde fundou, junto com o padre Manoel da Nóbrega, um colégio em Piratininga, que deu origem à cidade de São Paulo.
No decorrer de sua vida, o padre passou por cidades como São Paulo, Espírito Santo e Bahia propagando os ensinamentos do Evangelho. Faleceu na cidade de Reritiba (atual Anchieta no Estado do Espírito Santo) em 9 de junho de 1597.
Fonte: CNBB

O Papa Francisco é o líder mais influente do mundo de acordo com a revista Fortune


A revista de negócios Fortune considerou que o Papa Francisco é o líder mais influente do mundo e justificou a decisão baseando-se em seu "eletrizante" estilo de gestão pastoral e nas reformas que encarou na Igreja Católica.

A publicação colocou o primeiro Papa latino-americano e jesuíta da história no topo de uma lista de 50 personalidades mundiais destacadas, tendo como segundo lugar a chanceler alemã Angela Merkel.

"Há exatamente um ano atrás, a ‘fumata bianca’ anunciou o novo líder espiritual de 1.2 bilhões de católicos romanos no mundo. Neste período, Francisco eletrizou a Igreja e atraiu legiões de admiradores não católicos ao estabelecer energicamente um novo rumo", precisou.

"Recentemente, Francisco pediu ao mundo que deixe de tratá-lo como uma estrela de rock. Sabe que embora sejam revolucionárias, suas ações até agora só refletiram um novo tom e novas intenções", acrescentou a revista.

A imagem positiva do Papa argentino foi durante 2013 capa de numerosos jornais e revistas do mundo inteiro.

A revista Times, The Yorker, Wall Strett Journal, e até a revista emblema do rock, a Rolling Stone, dedicaram artigos elogiosos ou o escolheram como personalidade do ano.

Fonte: Acidigital

terça-feira, 18 de março de 2014

Papa destaca a misericórdia como via de paz no mundo

Após semana de exercícios espirituais, Francisco voltou a celebrar, na Casa Santa Marta. Ele se concentrou na necessidade de seguirmos um caminho de misericórdia



Perdoar para encontrar misericórdia. Este é o caminho que leva a paz aos corações e ao mundo. Este foi o ponto chave da homilia do Papa Francisco, na Missa desta segunda-feira, 17, na Casa Santa Marta. O Papa voltou a celebrar, nesta manhã, após a semana de retiro em Ariccia.
Francisco comentou as palavras de Jesus, noEvangelho do dia – “Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso” –, dizendo que não é fácil entender esta atitude, porque o ser humano está habituado a julgar. Para ser misericordioso são necessárias, segundo ele, duas atitudes: conhecer a si mesmo e alargar o coração.
Sobre o conhecimento de si mesmo, o Papa falou da necessidade de reconhecer-se pecador e envergonhar-se dos pecados, pois, diante do arrependimento, a justiça de Deus se transforma em misericórdia e perdão.
Muitas vezes, continuou o Santo Padre, justifica-se o pecado jogando a culpa nos outros. Todavia, por mais que alguém tenha facilitado o caminho do pecado, é necessário admitir o próprio erro. “Se nós fazemos isso, quantas coisas boas virão, porque seremos humildes! E com esta atitude de arrependimento, somos mais capazes de ser misericordiosos, porque sentimos sobre nós a misericórdia de Deus”.
A outra atitude para ser misericordioso, segundo Francisco, é alargar o coração, porque um coração pequeno e egoísta é incapaz de misericórdia. Ele também atentou para o fato de que ninguém pode julgar o erro do outro.
“Esta frase: ‘Quem sou eu para julgá-lo? Quem sou eu para fofocar sobre isso? Quem sou eu, que fiz as mesmas coisas ou pior?’. O coração alargado! E o Senhor diz: ‘Não julgueis e não sereis julgados! Não condeneis e não sereis condenados! Perdoai e sereis perdoados! Dai e vos será dado!’ Esta generosidade de coração!”.
O Santo Padre enfatizou que o coração grande não condena, mas perdoa e esquece, porque Deus esqueceu e perdoou os seus pecados. Ele concluiu exortando os fiéis a seguirem esse caminho de misericórdia.
“Se todos nós, se todos os povos, as pessoas, as famílias, os bairros, tivéssemos esta atitude, quanta paz haveria no mundo, quanta paz em nosso coração! Porque a misericórdia nos leva à paz. Lembrem-se sempre: ‘Quem sou eu para julgar?’. Envergonhar-se e alargar o coração. Que o Senhor nos dê esta graça”.

Fonte: Canção Nova

Primeiro dever do Cristão é alimentar a própria fé, diz Papa

Na tarde deste domingo, Francisco visitou paróquia, na periferia de Roma, e falou aos fiéis sobre a necessidade de escutar Jesus para alimentar a fé



O primeiro dever de cada cristão é nutrir a própria fé. Esta foi a recomendação do Papa Francisco, na Missa celebrada na tarde deste domingo, 16, na igreja de Santa Maria da Oração de Setteville di Guidonia, paróquia a cerca de 20 quilômetros a nordeste de Roma.
Deve-se escutar Jesus para tornar mais forte a fé, e olhar para Jesus para preparar os olhos para a bela contemplação da sua face. O Papa, no dia do Evangelho da Transfiguração, recordou aos fiéis o primeiro dever dos cristãos.
“Quais são os deveres do cristão? Eventualmente me direis: ir à Missa aos domingos, fazer o jejum e a abstinência na Semana Santa. Mas, o primeiro dever do cristão é escutar a Palavra de Deus, escutar Jesus, porque Ele nos fala e nos salva com a Sua Palavra. E Ele faz também mais robusta e mais forte a nossa fé com a Palavra”.
Francisco lembrou que, diariamente, escuta-se tantas coisas que são ditas no rádio, na televisão ou pelas outras pessoas. Ele questionou, então, se os fiéis dedicam um pouco de tempo, cada dia, para escutar Jesus.
Como já havia dito no Angelus, o Papa sugeriu um modo de alimentar a fé, todos os dias: levando sempre consigo um Evangelho, lendo todos os dias uma passagem para fazer entrar a Palavra de Jesus no coração e, assim, revigorar na fé.
O Santo Padre passou, em seguida, à segunda das graças que se pedem na oração: a graça da purificação dos olhos no espírito. Ele explicou que olhar para Jesus purifica os olhos e os prepara para a vida eterna.
“Talvez os nossos olhos estejam um tanto quanto doentes, porque vemos tantas coisas que não são de Jesus, e que, eventualmente, são contra Ele: coisas mundanas, coisas que não fazem bem à luz da alma. E, assim, essa luz apaga-se lentamente e, sem saber, acabamos por cair na escuridão interior, na escuridão espiritual, na escuridão da fé: uma escuridão, porque não estamos habituados a olhar, a imaginar as coisas de Jesus”.
Esta foi a quinta visita do Papa Francisco a uma paróquia neste primeiro ano de pontificado. Na ocasião, ele se encontrou com pessoas idosas, portadores de deficiência e com as comunidades neocatecumenais.
Fonte: Canção Nova

Papa chama a Igreja para revolução da ternura

Ao receber bispos do Timor Leste, Papa diz que sem misericórdia há poucas possibilidades para Igreja se inserir num mundo de “feridos”


Na manhã desta segunda-feira, 17, o Papa Francisco recebeu, no Vaticano, os três bispos que compõem a Conferência Episcopal de Timor-Leste, em visita ad Limina Apostolorum.
Trata-se de um país de maioria católica – uma raridade para uma nação asiática –, fruto da colonização portuguesa.
Em seu discurso, o Pontífice destacou três elementos da vida da Igreja timorense: a contribuição dos católicos como consciência crítica da nação; a necessidade de misericórdia, para que se realize a revolução da ternura; e, enfim, a inculturação do Evangelho.
Sem a misericórdia, afirmou Francisco, “poucas possibilidades temos hoje de nos inserir num mundo de ‘feridos’ que tem necessidade de compreensão, de perdão, de amor. Por isso, não me canso de chamar a Igreja inteira à ‘revolução da ternura’.
Neste contexto, o Papa recordou, mais uma vez, o “triplo” lugar do bispo: “À frente, para indicar o caminho ao seu povo; no meio, para o manter unido e neutralizar debandadas; e atrás, para evitar que alguém se atrase ou desgarre, mas, fundamentalmente, porque o próprio rebanho é dotado de olfato para encontrar novos caminhos: o sentido da fé”.
“Ao mesmo tempo que vos agradeço todos os esforços realizados ao serviço do Evangelho, peço ao povo timorense que reze por mim; eu confio-o à proteção da Imaculada Conceição, invocada carinhosamente sob o título de ‘Virgem de Aitara’.”

DISCURSO
Papa Francisco à Conferência Episcopal de Timor Leste 
Segunda-feira, 17  de março de 2014
Amados irmãos no episcopado!
No amor de Cristo, saúdo cordialmente toda a Igreja de Deus em Timor Leste, aqui representada por vós, seus pastores, que viestes «conhecer Pedro» na pessoa do seu Sucessor e «pôr à sua apreciação» o vosso serviço à causa do Evangelho (cf. Gal 1, 18; 2, 2). Agradeço a D. Basílio, bispo de Baucau e presidente da Conferência Episcopal, as amáveis palavras que me dirigiu em nome de todos e que manifestam o crescimento admirável das vossas comunidades e o seu anseio de serem fiéis ao Evangelho. Alegro-me convosco, porque a sementeira da Boa Nova de Jesus, iniciada na vossa terra há quase quinhentos anos, cresceu e frutificou num povo que, desde a grande provação do último quartel do século XX, decidida e corajosamente se confessa católico. A criação da nova diocese de Maliana, nos princípios de 2010, e a instituição da Conferência Episcopal Timorense, nos fins de 2011, são sinais positivos da obra que o Senhor iniciou entre vós e quer levar a bom termo (cf. Flp 1, 6).
Estes sinais, ao mesmo tempo que exprimem a radicação da Igreja em Timor, convidam os seus filhos e filhas a um testemunho alto de vida cristã e a um redobrado esforço de evangelização para levarem a Boa Nova a todos os estratos da sociedade, transformando-a a partir de dentro (cf. Exort. ap. Evangelii nuntiandi, 18). Pelos vossos relatórios quinquenais e demais notícias, pude dar-me conta do espírito fraterno que anima o povo timorense e os seus líderes na construção duma nação livre, solidária e justa para todos. Ao longo destes anos que vos separam da última visita ad limina – realizada em Outubro de 2002, ou seja, poucos meses depois do suspirado e venturoso nascimento da vossa Pátria –, não faltaram dolorosas surpresas de ajustamento nacional, com a Igreja a recordar as bases necessárias duma sociedade que pretenda ser digna do homem e do seu destino transcendente. Estou certo de que vós, com os sacerdotes, continuareis a desempenhar a função de consciência crítica da nação, mantendo para isso a devida independência do poder político numa colaboração equidistante que lhe deixe a responsabilidade de cuidar e promover o bem comum da sociedade.
De facto, a Igreja pede apenas uma coisa no âmbito da sociedade: a liberdade de anunciar o Evangelho de modo integral, mesmo quando vai contra corrente defendendo valores que ela recebeu e a que deve permanecer fiel. E vós, queridos irmãos, não tenhais medo de oferecer esta contribuição da Igreja para bem da sociedade inteira. Faz-nos bem lembrar estas palavras do Concílio Vaticano II: «As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração» (Const. past. Gaudium et spes, 1). Na verdade o Pai do Céu, ao enviar seu Filho na nossa carne, pôs em nós as suas entranhas de misericórdia. E, sem a misericórdia, poucas possibilidades temos hoje de nos inserir num mundo de “feridos” que tem necessidade de compreensão, de perdão, de amor. Por isso, não me canso de chamar a Igreja inteira à «revolução da ternura» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 88). Os agentes de evangelização devem ser capazes de aquecer o coração das pessoas, de caminhar na noite com elas, de dialogar com as suas ilusões e desilusões, de recompor as suas desintegrações.
Sem diminuir o valor do ideal evangélico, é preciso acompanhar, com misericórdia e paciência, as etapas possíveis de crescimento das pessoas, que se vão construindo dia após dia. Por isso, na partilha fraterna e solidária da Conferência Episcopal, voltai repetidamente sobre este desafio duma sólida formação de sacerdotes, religiosos e fiéis leigos. Grandes esperanças depositais nos vossos Seminários, Noviciados e, ultimamente, no Instituto Superior de Filosofia e Teologia «Dom Jaime Garcia Goulart»; mas não deixeis de provocar e fazer crescer a corrente de solidariedade também entre outras Igrejas locais, nomeadamente com o envio de seminaristas maiores para fazerem seus estudos em universidades eclesiásticas ou – talvez com maior proveito – sacerdotes para as especializações mais necessárias aos diversos serviços da comunidade eclesial de Timor Leste. Fazem falta formadores e professores qualificados de teologia nomeadamente para consolidarem os resultados alcançados no campo da evangelização enriquecendo a Igreja com o seu “rosto timorense”.
Naturalmente não se pretende uma evangelização realizada apenas por agentes qualificados, enquanto o resto do povo fiel seria apenas receptor das suas acções. Pelo contrário, temos de fazer de cada cristão um protagonista. «Se uma pessoa experimentou verdadeiramente o amor de Deus que a salva, não precisa de muito tempo de preparação para sair a anunciá-lo, não pode esperar que lhe dêem muitas lições ou longas instruções. Cada cristão é missionário na medida em que se encontrou com o amor de Deus em Cristo Jesus» (Ibid., 120). E, se alguém acolheu este amor que lhe devolve o sentido da vida, não poderá conter o desejo de o comunicar aos outros. Aqui está a fonte da acção evangelizadora. O coração crente sabe que, sem Jesus, a vida não é a mesma coisa. Pois bem! Aquilo que descobriu, o que o ajuda a viver e lhe dá esperança, isso deve comunicar aos outros.
Como sabemos, amados irmãos, em todos os baptizados – desde o primeiro ao último – actua o Espírito que impele a evangelizar. Esta «presença do Espírito confere aos cristãos uma certa conaturalidade com as realidades divinas e uma sabedoria que lhes permite captá-las intuitivamente, embora não possuam os meios adequados para expressá-las com precisão» (Ibid., 119). Nestas limitações da linguagem, vemos aflorar a necessidade de evangelizar as culturas para inculturar o Evangelho, porque «uma fé que não se torna cultura – como escrevia João Paulo II – é uma fé não plenamente acolhida, não inteiramente pensada e não fielmente vivida» (Carta de fundação do Conselho Pontifício da Cultura, 20/5/1982, 2). Se, nos vários contextos culturais de Timor Leste, a fé e a evangelização não forem capazes de dizer Deus, anunciar a vitória de Cristo sobre o drama da condição humana, abrir espaços para o Espírito renovador, é porque não estão suficientemente vivas nos fiéis cristãos, que necessitam de um caminho de formação e amadurecimento. Isto «implica tomar muito a sério em cada pessoa o projecto que Deus tem para ela. Cada ser humano precisa sempre mais de Cristo, e a evangelização não deveria deixar que alguém se contente com pouco, mas possa dizer com plena verdade: “Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim” (Gal 2, 20)» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 160).
E, se vive no crente, Cristo abrirá as páginas com o desígnio de Deus ainda seladas para as culturas locais, fazendo despontar outras formas de expressão, sinais mais eloquentes, palavras cheias de renovado significado. No livro do Apocalipse (cf. 5, 1-10), há uma página elucidativa: fala-se de um livro fechado com sete selos, que só Cristo é capaz de abrir; Ele é o Cordeiro imolado, que, com o seu sangue, resgatou para Deus, homens de todas as tribos, línguas, povos e nações. Timor Leste, o Céu resgatou-te, para que te abras ao Céu. Tudo isto representa uma série de desafios para permitir uma compreensão mais fácil da Palavra de Deus e melhor recepção dos Sacramentos. Mas um desafio não é uma ameaça. A consciência missionária supõe hoje possuir o valor humilde do diálogo e a convicção firme de apresentar uma proposta de plenitude humana no vosso contexto cultural.
Amados irmãos no episcopado, quis limitar-me a três pontos, objecto das vossas preocupações: o primeiro, a vossa contribuição como consciência crítica da nação; o segundo, movida por entranhas de misericórdia, a Igreja inteira sai em missão; e, enfim, exprimir a Boa Nova da salvação nas línguas locais. Parece-me poder reconduzir tudo a esta imagem que vos é familiar e amada: o povo fiel em peregrinação aos santuários marianos, sob a guia do Bispo (digo «guiar», que não é sinónimo de comandar, dominar). E o lugar do Bispo pode ser triplo: à frente, para indicar o caminho ao seu povo; no meio, para o manter unido e neutralizar debandadas; ou atrás, para evitar que alguém se atrase ou desgarre, mas, fundamentalmente, porque o próprio rebanho é dotado de olfacto para encontrar novos caminhos: o sentido da fé. Em todo o caso, sede homens capazes de sustentar, com amor e paciência, os passos de Deus em seu povo e valorizai tudo aquilo que o mantém unido, acautelando de eventuais perigos, mas sobretudo fazendo crescer a esperança: haja sol e luz nos corações! Ao mesmo tempo que vos agradeço todos os esforços realizados ao serviço do Evangelho, peço ao povo timorense que reze por mim; eu confio-o à protecção da Imaculada Conceição – invocada carinhosamente sob o título de «Virgem de Aitara» – por cuja intercessão imploro para vós, para os sacerdotes, os religiosos e religiosas, para os seminaristas, noviços e noviças, para os catequistas, os animadores dos movimentos eclesiais e a briosa juventude, para as famílias com as suas crianças e os seus idosos e todos os restantes membros do povo de Deus, a abundância das graças do Céu, em penhor das quais lhes concedo a Bênção Apostólica.
Vaticano, 17 de Março de 2014.
[Franciscus]

Papa se encontra com Kirchner e recebe saudações de argentinos

Cristina Kirchner visitou Francisco, no fim dessa manhã, e apresentou a ele saudações dos argentinos pelo seu primeiro ano de pontificado


Papa e a presidente em audiência em março do ano passado
Foto: Arquivo – Rádio Vaticano/L’Osservatore Romano

Ao fim da manhã desta segunda-feira, 17, Papa Francisco recebeu, na Casa Santa Marta, a visita da Presidente da Argentina, Cristina Kirchner, que estava acompanhada de uma delegação.
Um comunicado emitido pela Santa Sé informa que o foco da visita foi apresentar ao Papa as saudações e os sentimentos de afeto do povo argentino em ocasião do aniversário de primeiro ano de pontificado de Francisco. A data foi celebrada, na última quinta-feira, 13, um ano após a eleição do Cardeal Jorge Mario Bergoglio à Cátedra de Pedro.
O encontro aconteceu, primeiro, com toda a delegação, depois somente com a presidente. Por volta de 13h30 (horário local), o Papa e a Presidente tiveram um almoço privado.
Fonte: Canção Nova

Comissão promove encontro sobre um ano de Francisco

Pontifícia Comissão para a América Latina discute o empenho nesse primeiro aniversário de pontificado do Papa Francisco



A Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL) promove na tarde desta terça-feira, 18, em Roma, um encontro sobre o tema “Homenagem e empenho no primeiro aniversário do Pontificado do Papa Francisco”.
O encontro será aberto pelo Presidente da CAL, Cardeal Marc Ouellet, que falará sobre “O testemunho e o magistério do Papa Francisco, com uma referência especial à Exortação Apostólica Evangelii Gaudium”.
A seguir, haverá a projeção de um vídeo com os pronunciamentos do Pontífice sobre a América Latina.
O encontro será encerrado pelo Secretário da CAL, Prof. Guzmán Carriquiry Lecour, que falará sobre o tema “Novas exigências, responsabilidade e desafios para a missão da Igreja na América Latina durante o pontificado do Papa Francisco”.

Fonte: Canção Nova

Papa assegura solidariedade ao povo Ucraniano

A Santa Sé expressou solidariedade ao povo ucraniano e prometeu apoio na busca pela paz



“O Papa Francisco acompanha, com muita atenção, o que está acontecendo à Igreja Greco-católica ucraniana”, declarou por meio de um comunicado, o Departamento de Informação da referida Igreja.
O comunicado divulgado, nesta terça-feira, 18,  relata a audiência realizada, na manhã de ontem, no Vaticano,  entre o Papa Francisco e Sua Beatitude Sviatoslav Shevchuk.
Segundo o departamento,  a Santa Sé assegurou que fará tudo o que for possível em favor da paz na Europa Oriental, sobretudo para evitar outros conflitos.
“Ontem, durante a audiência com o Santo Padre – destaca o comunicado –, Sua Beatitude relatou o que aconteceu na Ucrânia nos últimos três meses. Ele sublinhou que a missão da Igreja Greco-católica ucraniana sempre foi estar com as pessoas e entre elas, explicando por que os sacerdotes se encontravam na Praça Maidan junto com o povo”.
O departamento destaca também que informou  ao Papa sobre o papel desempenhado pelo Conselho de Igrejas e pelas organizações religiosas de toda a Ucrânia na “construção da paz” no país.
No encontro, Sua Beatitude Shevchuk recordou a Francisco que, durante o comunismo, a Igreja Greco-católica pôde sobreviver graças à unidade com o sucessor de Pedro.
“O Papa, no passado da nossa Igreja,  sempre foi protetor da Igreja Greco-católica ucraniana e também agora a nossa Igreja tem necessidade da ajuda do Santo Padre, sobretudo de sua direção espiritual”, destacou Sua Beatitide.
“O Papa Francisco assegurou a Shevchuk que nunca faltará à Igreja ucraniana a proteção da Santa Sé. No fim da audiência, concedeu sua bênção apostólica a todo o povo ucraniano”, concluiu o comunicado.

Fonte: Canção Nova

Francisco atenderá confissão de fiéis no Vaticano

Papa confessará alguns fiéis, no dia 28 de março, após presidir uma celebração penitencial, na Basílica de São Pedro, às 17 horas


O anúncio foi feito, nesta segunda-feira, 17, pelo L’Osservatore Romano, ao recordar a iniciativa do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, “24 horas para o Senhor”.
O dia dedicado ao Sacramento da Reconciliação prevê, além das confissões a serem atendidas pelo Santo Padre, no Vaticano, a presença de confessores em três igrejas do Centro Histórico de Roma – Sant’Agnese in Agone, Santa Maria in Trastevere e Igreja dos Santos Estigmas, a partir das 20 horas.
“Nestas três igrejas de Roma estarão presentes jovens pertencentes a várias realidades eclesiais, que terão por missão evangelizar alguns conterrâneos, convidando-os a entrar na igreja. Lá eles encontrarão confessores e sacerdotes disponíveis para a escuta”, disse o Arcebispo Rino Fisichella. Nas três igrejas também será realizada Adoração Eucarística durante a noite.
O dia será concluído, às 17 horas, com a celebração das Vésperas do IV Domingo da Quaresma, presidida por Dom Fisichella, na Igreja de Santo Spirito in Sassia.
Em 6 de março passado, ao encontrar o clero de Roma, o Papa Francisco recordou a intuição de João Paulo II sobre a divina misericórdia: “É um presente que ele nos deu, mas que vem do alto. Cabe a nós, como ministros da Igreja, ter viva esta mensagem, sobretudo na pregação e nos gestos, nos sinais, nas escolhas pastorais, como, por exemplo, em restituir a prioridade ao Sacramento da Reconciliação e, ao mesmo tempo, às obras de misericórdia. Reconciliar, fazer as pazes com o sacramento e também com as palavras e as obras de misericórdia”.
Fonte: Canção Nova

Papa fala de conversão e alerta sobre o perigo da hipocrisia

Em homilia, Francisco lembrou que Quaresma é tempo de conversão. Ele alertou os fiéis sobre o perigo de “maquiar-se” de santo, vivendo na hipocrisia



Na Missa desta terça-feira, 18, Papa Francisco refletiu sobre o tempo da Quaresma, que a Igreja vive à espera da Páscoa. Ele comentou que este é um período para conversão, para ajustar a vida e aproximar-se de Deus. Francisco também alertou os fiéis sobre o perigo da hipocrisia, de querer “mascarar-se” de santo.
Citando a Primeira Leitura do dia, em que Deus chama à conversão duas “cidades pecadoras” (Sodoma e Gomorra), Francisco explicou que isso evidencia que todos precisam mudar de vida. Ele lembrou que a Quaresma é justamente esse “ajuste” de vida, mas Deus quer uma aproximação sincera e alerta sobre a hipocrisia.
“O que fazem os hipócritas? Mascaram-se, disfarçam-se de bons: rezam olhando para o céu, fazendo-se ver, sentem-se mais justos que os outros, desprezam os outros. ‘Mas – dizem – eu sou muito católico, porque meu tio foi um grande benfeitor, a minha família é essa e eu sou…eu aprendi…conheci o bispo tal, o cardeal tal, o padre tal…eu sou’. Sentem-se melhores que os outros. Esta é a hipocrisia”.
Mas o Senhor diz ‘não’ a essa atitude hipócrita, destacou o Papa.  É preciso aproximar-se de Deus para não ser cristão maquiado, que, quando passa essa aparência, vê-se que na verdade não são cristãos.
O Santo Padre retomou a Primeira Leitura e indicou o que é preciso fazer para que isso não aconteça. A resposta vem do próprio Deus: “Lavai-vos, purificai-vos. Tirai a maldade de vossas ações de minha frente. Deixai de fazer o mal! Aprendei a fazer o bem!” (Is 1, 16-17).
O sinal de que se está no caminho correto é, segundo Francisco, ajudar o oprimido, defender a viúva, cuidar do próximo, do doente, daquele que tem necessidade, como relata a Palavra. O Papa explicou que os hipócritas não sabem fazer isso, porque estão muito cheios de si mesmos para olhar para os outros.
Estas ações não constituem toda a conversão, observou o Papa, porque se converter, de fato, é encontrar-se com Jesus, mas são sinais de que se está com Cristo.
“O sinal de que estamos afastados do Senhor é a hipocrisia (…) O Senhor dê a todos luz e coragem: luz para conhecer o que acontece dentro de nós e coragem para nos convertermos, para nos aproximarmos do Senhor. É belo estar próximo d’Ele”.
Fonte: Canção Nova

Cantalamessa propõe "jejum" de internet

O Pregador do Papa destaca que a cultura moderna, vivida em exagero, pode afastar o coração de Deus


Frei Raniero Catalamessa


O pregador do Papa, Frei Raniero Cantalamessa, deu início nesta sexta-feira, 14, às tradicionais pregações de Quaresma no Vaticano. Na Capela Redemptoris Mater, no Palácio Apostólico,  o frei destacou o caminho de ascese deste tempo litúrgico.
Segundo o pregador, durante a quaresma o cristão deve encontrar tempo para o silêncio, praticar o jejum não somente do pão, mas do bem estar e, assim, vencer o que o afasta de Deus. Para isso, Raniero afirma ser necessário olhar para si mesmo e “entrar no próprio coração”.
“Segundo Agostinho, entrar no próprio coração significa voltar-se para aquilo que há de mais íntimo e pessoal dentro de nós. E infelizmente, a interioridade é um valor em crise”, afirma. O frei destaca que esta busca é essencial para os consagrados
Cantalamessa aponta que as diversas formas da cultura moderna, como os instrumentos de tecnologia, revistas, livros, TV, internet e dispositivos digitais, “invadem” a intimidade do coração, gastando as energias do homem. “Este é o jejum que devemos praticar hoje. Jesus privou-se de alimento, mas nossa época requer um jejum diferente”, afirma o franciscano ao sugerir a abstinência desses meios, quando usados em excesso.
Segundo Raniero, o jejum mais significativo em nossos dias é a sobriedade, privar-se voluntariamente de pequenas ou grandes comodidades, daquilo que é inútil e muitas vezes danoso à saúde.
“Este jejum é em solidariedade com os pobres… é um modo de contestar a mentalidade consumista, em um mundo que faz da comodidade, do usar,  comprar, o seu objetivo. Este mecanismo  mantém o pé em todo o sistema. Privar-se de algo que não seja estritamente necessário, um objeto de luxo, é mais eficaz, talvez, que infligir a si algumas  penitências”, declara.
O pregador apontou também a necessidade de romper com as palavras más, e não somente com os “palavrões”, bem como com as palavras que apontam sempre a fraqueza dos irmãos e aquelas que semeiam a discórdia.
Por fim, Raniero explicou que andar no deserto, a exemplo de Jesus que o fez por 40 dias, significa iniciar um diálogo profundo com Deus.
“Deus quis em Cristo tomar um rosto humano, um coração humano, para ajudar-nos a amá-lo como amamos a nós mesmos. O Espírito Santo que conduziu Jesus ao deserto, agora também nos impulsiona para o deserto para isso, para nos encontrarmos com Deus”.

Fonte: Canção Nova

domingo, 16 de março de 2014

Em celebração na Quaresma, Pe Márcio diz que, assim como Jesus, temos que “enfrentar a cruz antes da glória”



O Padre Márcio Henrique Mendes Fernandes, Vigário Geral da Diocese e pároco da Catedral de Nossa Senhora da Conceição afirmou, na noite deste sábado (15) que os cristãos devem, assim como Jesus, “enfrentar a cruz antes da glória”. Ele se referia ao Evangelho deste domingo (16), que fala da Transfiguração do Senhor, quando Jesus subiu ao Monte Tabor para rezar e se preparar para a sua crucificação e glória.

Pe Márcio iniciou sua homilia lembrando que a Quaresma é um momento especial para os católicos, de introspecção, jejum, oração e caridade. “Domingo passado refletimos obre as tentações de Jesus. Jesus foi tentado no deserto, mas não cedeu, lutou contra o diabo. Esse é um tempo que nos convida a um combate espiritual”.

Segundo Pe Márcio, a Quaresma é um convite “para que mergulhemos com Jesus no deserto, numa luta contra as tentações, contra o diabo. É um tempo de retiro. Não no deserto ‘lugar geográfico’, mas no deserto do coração. Eu diria que esse convite quaresmal é um convite para combater dentro do nosso coração aquilo que não corresponde com a Palavra de Deus, com a nossa vida Cristã”.

Ele afirmou que a batalha travada pelo cristão na Quaresma é contra “os demônios interiores que preenchem nosso coração” e lembrou que a Quaresma “é um convite para que, através da oração, penitencia, caridade, escuta da Palavra de Deus e confissão, nos ajude a combater as tentações, a destruir dentro de nós o pecado”.

Porém, Pe Márcio disse que alguns só percebem que vamos passando pela Quaresma quando estão na igreja. “A Quaresma deve ser vivida no nosso dia a dia. É na família que você vai fazer o seu jejum quaresmal e doar o seu jejum a quem precisa, a quem faz jejum o ano inteiro. Mas eu repito o que disse na semana passada: se o jejum não lhe fizer mudar o interior, o exercício é vazio”.

Na homilia sobre a Transfiguração do Senhor, Padre Márcio disse que Jesus se transfigura diante dos seus discípulos e mostra como vai ser seu final. “Ele está mostrando para nós que nós também vamos passar por aquela mesma gloria. É uma antecipação da ressurreição”.

Na verdade Jesus estava mostrando aos discípulos que, antes da ressurreição, existia a cruz, mas eles não entenderam. “Foi uma forma de motivá-los a não fugir da cruz. Os discípulos quiseram construir três tendas e ficar por ali mesmo, contemplando aquela imagem maravilhosa. Quantas vezes nós também queremos fugir da cruz?”, questionou.

Comparando com os dias atuais, Pe Márcio disse que nós poderíamos dizer a Jesus ‘está bom, Senhor, vamos ficar aqui mesmo’. “Mas não, tem que descer da montanha. Para Jesus, não pode fugir da cruz. A glória encanta, mas a cruz assusta, mas é a nossa missão. Jesus manda descer do monte Tabor e manda que cada um de nós cumpra a sua missão de batizado no dia a dia, para que possamos transfigurar esse mundo tão cheio de violência. Ser transfigurado para transfigurar o ambiente. Ou, em outras palavras, transforme-se para transformar o exterior”.

Ele finalizou a homilia afirmando que todos precisamos “sair de nós mesmos para um nós renovado, transfigurado na imagem do Cristo. É para isso que somos chamados, para sair do homem velho, da carcaça do pecado, para que apareça em nós o Cristo”.

Ele pediu para que os fiéis aproveitem o tempo da Quaresma, que chega ao segundo de cinco finais semana, quando atingiremos a Semana Santa. “É um tempo para que possamos refletir profundamente: porque você não está coerente com a palavra de Deus e o que precisa mudar”, disse.

Segundo Pe Márcio, embora este seja um momento propício para abandonar aquilo que nos faz mal, como os vícios, por exemplo, tem gente que chega na Quaresma e diz: ‘eu não consigo parar de fumar’. “Não consegue? Claro que consegue. É só ter fé. Vai parar só quando não tiver mais jeito? A Quaresma é um chamado para valorizar a vida. Assim é a nossa intenção e é assim que nós desejamos para cada um”.

Pascom – Catedral

Maiores informações: Áurea Ramos Araújo, Coordenadora da Pastoral da Comunicação – Pascom da Catedral (8857-5600)

quarta-feira, 12 de março de 2014

O Papa Francisco não apoia as uniões homossexuais, esclarece o Vaticano



VATICANO, 11 Mar. 14 / 11:27 am (ACI).- O Padre Thomas Rosica da Sala de Imprensa da Santa Sé explicou que o Papa Francisco não apoia as uniões homossexuais como informaram certos meios que distorceram suas declarações em alusão às uniões civis na entrevista que concedeu aos jornais La Nación (Argentina) e Corriere della Sera (Itália).
O sacerdote assinalou que “alguns jornalistas interpretaram as palavras do Papa para refletir uma abertura de parte da Igreja às uniões civis. Outros interpretaram suas palavras como se estivesse falando do assunto das uniões do mesmo sexo”.
No diálogo reproduzido por estes jornais, o entrevistador fez ao Papa esta pergunta: “Muitos países regularam a união civil. É um caminho que a Igreja pode compreender, mas até que ponto?”.
A resposta do Papa foi: “O matrimônio é entre um homem e uma mulher. Os Estados laicos querem justificar as uniões civis para regular diversas situações de convivência, impulsionados pela exigência de regular aspectos econômicos entre as pessoas, como por exemplo assegurar a assistência de saúde. É preciso ver os diversos casos e avaliá-los na sua variedade”.
Conforme explicou o Pe. Rosica, “em sua resposta ao entrevistador, (o Papa Francisco) enfatizou a característica natural do matrimônio entre um homem e uma mulher, e por outro lado, também falou sobre a obrigação do Estado para cumprir suas responsabilidades para com os cidadãos”.
A pergunta original não menciona o caso das uniões homossexuais. O Pe. Rosica precisou que a “’união civil’ na Itália se refere às pessoas que estão casadas pela lei, fora de um contexto religioso”. Na Itália e em vários países do mundo, o matrimônio religioso constitui um casamento diferente ao que se tramita no registro civil.
Quanto às perguntas sobre se estas palavras se referiam às uniões homossexuais, o sacerdote disse que “o Papa optou por não entrar em debates sobre o delicado assunto das uniões gay civis”.
Com esta resposta, adicionou, o Santo Padre “falou em termos muito gerais e não se referiu especificamente ao ‘matrimônio’ de pessoas do mesmo sexo como uma união civil”.
“O Papa Francisco simplesmente se referiu ao tema e não opinou contra as posições das conferências episcopais em vários países onde se deve enfrentar o assunto das uniões civis e do matrimônio de pessoas do mesmo sexo”.
Para concluir, disse o Pe. Rosica, “não devemos tratar de ler mais nas palavras do Papa que o que disse em termos muito gerais”.


Divulgada a data oficial da JMJ2016, em Cracóvia



De 26 a 31 de julho de 2016: é esta a data oficial da Jornada Mundial da Juventude que se realizará em Cracóvia. De 20 a 25 de julho, por sua vez, acontecem “As jornadas nas Dioceses”. É o que foi publicado no site oficial da JMJ polonesa (www.krakow2016.com) que traz também um programa em suas linhas gerais.
Na terça-feira, 26 de julho, será realizada a cerimônia de abertura, o Festival da juventude. De quarta-feira, 27, a sexta-feira, 29 de julho, as catequeses. Na quinta-feira, dia 28, está prevista a acolhida do Papa, e na sexta-feira à noite (29), haverá a Via Sacra.  Sábado, dia 30, é o dia da vigília, e domingo, 31 de julho, a missa de encerramento com o envio e o anúncio da próxima edição internacional da JMJ.
O site informa ainda que, nos últimos dois dias, a comissão está trabalhando com a presença de 2 milhões de jovens. 300 mil estão sendo esperados nos “Dias das Dioceses”, ou seja os momentos de estreitar os laços dos jovens do mundo com as 43 Dioceses polonesas.


segunda-feira, 10 de março de 2014

"Não dialoguemos com Satanás, mas defendamo-nos com a Palavra de Deus": papa Francisco durante o Angelus




Hoje, primeiro domingo da Quaresma, o Papa recordou no Angelus, que o Evangelho deste dia apresenta a tentação de Jesus, quando, depois do baptismo no Rio Jordão, o Espírito Santo desceu sobre Ele, levando-O a enfrentar Satanás no deserto ao longo de quarenta dias, antes de iniciar a sua missão pública… 


O tentador procura distrair Jesus do projecto do Pai, ou seja a via do sacrifício, do amor que se oferece em expiação , para o levar a empreender um caminho fácil, de sucesso, de potencia.” 

O Papa frisou depois que no duelo entre Jesus e Satanás nota-se o estilo espectacular e miraculístico com que Satanás tenta afastar Jesus da via da Cruz, falando-lhe de falsas promessas messiânicas, indicando-lhe vias breves de poder e domínio, em troca de uma adoração a ele. São os três grupos de tentações que nós também conhecemos disse o Papa acrescentando que Jesus não cede a essas tentações… 

Jesus recusa decididamente todas essas tentações e volta a sublinhar a sua firme vontade de seguir a via estabelecida pelo Pai, sem nenhum compromisso com o pecado e com a lógica do mundo.” 

O Papa fez ainda notar que contrariamente a Eva, Jesus não entra em diálogo com Satanás...

“Ele não dialoga com Satanás como fizera Eva no paraíso terrestre. Jesus sabe bem que com Satanás não se pode dialogar, porque é muito astuto. Por isso Jesus, em vez de dialogar como tinha feito Eva, prefere refugiar-se na Palavra de Deus e responder com a força dessa Palavra. Recordemo-nos disto no momento das nossas tentações: nada de argumentações com Satanás, mas sempre defendidos pela Palavra de Deus e isto nos salvará”

Nas suas respostas – prosseguiu o Papa Francisco perante os milhares de fiéis que o escutavam na Praça de São Pedro – o Senhor recorda-nos antes de mais que não só de pão vive o homem, mas sim da Palavra de Deus que nos dá força e nos apoia na luta contra a mentalidade mundana que abaixa o homem a nível das suas necessidades primárias, desviando-o do que é belo, da fome de Deus, do amor. 

E o Papa concluiu recomendando que façamos da Quaresma um tempo de conversão…. 

Caros irmãos, o tempo de Quaresma é uma ocasião propícia para todos nós percorrermos o caminho da conversão, confrontando-nos sinceramente com esta página do Evangelho. Renovamos as promessas do nosso Baptismo: renunciamos a Satanás e a todas as suas obras de sedução, para caminharmos nas sendas de Deus e “chegarmos à Páscoa na Alegria do Espírito”. 

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Depois da oração mariana do Angelus, o Papa saudou diversos grupos da Itália e Espanha e chamou atenção para a campanha da Caritas sobre a fome no mundo.

Durante esta Quaresma queremos recordar o convite da Caritas Iternationalis na sua campanha contra a fome no mundo”.

O Papa concluiu pedindo orações para ele e os colaboradores da Cúria Romana que neste domingo à noite iniciam a semana de Exercícios espirituais…

Desejo a todos que o caminho quaresmal há pouco iniciado seja rico de frutos; e peço orações para mim e para os colaboradores da Cúria Romana pois que esta noite iniciaremos a semana dos Exercícios espirituais. Obrigada. Bom domingo e bom prazo. Até à próxima”


Com efeito, neste domingo 9 de Março, às 18 horas, tem inicio na Casa do Divino Mestre em Arricia, arredores de Roma, os Exercícios espirituais da Cúria Romana, nas quais participam o próprio Papa. As meditações serão propostas por D. Ângelo de Donatis, Pároco na Igreja de São Marcos Evangelista junto ao Capitólio de Roma. Os Exercícios prolongam-se até 14 deste mês. 
O Papa partirá de camioneta às 16 horas juntamente com 83 pessoas – referiu o porta-voz da Santa Sé, P. Federico Lombardi.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Missa de Cinzas - Catedral de Campina Grande 05/03/14



Confira esta e mais fotos da Missa de Cinzas na Catedral de Campina Grande clicando aqui Missa de Cinzas


Homilia de Dom Delson durante a Missa de Cinzas na Catedral de Campina Grande - PB, 05/03/14