domingo, 30 de dezembro de 2012


JMJ2013: uma obra de várias mãos!

POR: CNBB/JMJ2013

jmjvariasmaosPara que a Jornada Mundial da Juventude Rio2013 seja realizada, muitas vocações e corações trabalham voltados ao anúncio da Boa Nova. O Comitê Organizador Local (COL) conta com a participação de movimentos, novas comunidades, congregações, além de padres diocesanos, diáconos permanentes e Bispos que ajudam na construção da JMJ Rio2013.

Eles servem na JMJ como colaboradores, voluntários ou missionários alocados, em sua maioria, nas áreas relacionadas ao carisma de seu grupo. Assim, eles são encontrados desde o setor administrativo até preparação pastoral, cultura e comunicação. Como é o caso da missionária Paula Dizaró, que é membro da Comunidade Canção Nova há 10 anos.“Está sendo novo trabalhar com membros e leigos de outras ordens religiosas. É uma experiência rica e construtiva”, diz Paula, que veio da missão em Roma para servir na JMJ Rio 2013 no setor de comunicação, como gerente e operacional de audiovisual.

Membro do Instituto Secular das Irmãs de Maria de Schoenstatt, Irmã Maria Shaiane conta que foi convocada por sua superiora, devido à disponibilidade do Instituto para servir da JMJ. Consagrada há nove anos à vida religiosa e vinda de São Paulo, a irmã revela com alegria o que esta missão vem causando em sua vida.“É uma experiência fascinante! Poder participar da preparação da Jornada é algo extraordinário! Ao mesmo tempo é um trabalho apostólico, onde o jovem terá contato com o religioso, com Cristo. É uma vivência muito bonita de Igreja”, afirmou.

Outra nova comunidade que integra o grupo de organização da JMJ é a Pequeno Rebanho, oriunda da Zona Norte do Rio. É de lá que vem o jovem Allan Farias, que atua no setor administrativo. Ele chegou ao COL como voluntário há um ano, mas devido à necessidade de pessoal fixo e com formação, logo Allan foi inserido no quadro de colaboradores contratados. Ele afirma que é muito positivo: “Temos uma rotina de oração e missa na hora do almoço. Em outra empresa eu não tinha isso, precisava procurar uma igreja perto. O convívio com as pessoas que professam a mesma fé acrescenta muito.”

Há também as congregações religiosas como a Paulinas, inspirada no anúncio do evangelho pelo apóstolo Paulo. Convidada pelo COL, a Irmã Catia Cappellari, atua no setor específico do carisma de sua congregação, a área de Comunicações. Ela descreve de forma objetiva e clara o significado deste trabalho em união que constrói a JMJ Rio2013: “ É um trabalho de diversos carismas, isto que a gente chama de universalidade da Igreja. Ou seja, todos nós nos unimos com o mesmo objetivo!”

Reflexão sobre a liturgia deste domingo da Sagrada Família



Cidade do Vaticano (RV) - O perdão dos pecados acontece por causa de uma atitude de amor para com os pais, pois o lar, Igreja doméstica, voltou a ser o local do encontro com Deus.

A misericórdia em todos os relacionamentos, mas especialmente para com os pais, está em referência ao próprio Deus que é o Pai por excelência. Portanto, honrar os pais, respeitá-los, é prestar culto a Deus.

Tanto a primeira leitura quanto a segunda, da liturgia de hoje, não escondem as falhas no relacionamento familiar e humano, mas nos dizem que o importante aos olhos de Deus não está em ser sem defeitos, em ter uma família perfeita, mas sim na capacidade de amar sem medidas, apesar dos limites e das falhas pessoais. Claro que Deus deseja que sejamos perfeitos, mas mais importante para Ele é que nos amemos e nos perdoemos como Ele nos amou e nos perdoou, sem limites, sem restrições.

Dentro desse pensamento sobre o relacionamento familiar, será importante refletir sobre a realidade da família deste início de século, onde e como vive. Certamente a maioria mora em grandes centros urbanos e é constituída pelo casal e por um ou dois filhos. Um terceiro já faz considerá-la família numerosa.

Também a mãe trabalha fora e pais e filhos se encontram à noite, cansados, muitas vezes diante da televisão, ou durante o jantar. Se isso acontece já poderão se classificar felizes, pois em outros lares, muitas vezes quando pais saem para o trabalho, os filhos ainda dormem e quando voltam eles já estão deitados. O encontro, nesse caso, só se dá no final de semana.

Rezar juntos, passar para os filhos a vivência de uma oração em família, mesmo que seja apenas à mesa, só excepcionalmente, pois em muitos casos, para que possam descansar, não cozinham em casa e vão comer fora, em um restaurante ou na casa de parentes ou de amigos.

É difícil passar valores, enfim, formar os filhos. A sociedade pós moderna penetra em suas entranhas e é muito custoso prepará-los para o futuro, para que sejam filhos e irmãos como Deus quer. Só com a graça divina e com a disposição dos pais para uma autêntica renúncia e sacrifico.

Renúncia aos apelos de dar aos filhos tudo o que a sociedade consumista coloca como valores e que os pais enxergam como coisa boa e vantajosa. É preciso renunciar fazer do filho ou da filha pessoas como nos pede o elitismo, relativizar seus códigos. É preciso questionar os valores propostos por ela e crer nos do Evangelho.

Cabe a pergunta: formo minha família para ser cidadã deste mundo ou para ser cidadã do Reino de Deus, mas neste mundo? Jesus rezou ao Pai dizendo que não queria que nos tirasse do mundo, mas nos preservasse do mal.

Sacrifício: sacrificar significa tornar sagrado. Meu filho, minha filha, são do mundo ou de Deus? O batismo os retirou do paganismo e os fez filhos de Deus, sagrados. Respeito a senhoria de Deus sobre eles ou sou conivente com as solicitações consumistas e mundanas?

A imagem da Família de Nazaré como família migrante e pobre nos obriga a refazer a imagem da família atual, retornando às origens e aos valores, ou seja, a abundância de bens materiais não é necessária para ser feliz e amar a Deus e ao próximo.

É importantíssimo não só a simplicidade de vida, mas sobretudo é fundamental a convivência afetiva e efetiva, além do respeito aos idosos como gratidão e como referência à sua experiência de vida que porta sabedoria e os referenciais da autêntica tradição.

A Família de Nazaré nos ensina a cristianizar a família pós moderna, recolocando Deus no centro e nEle reencontrando a verdadeira felicidade.

Pe. Cesar Augusto dos Santos, S.J.

Rádio Vaticano

Relembre as principais ações do Papa Bento XVI em 2012


Canção Nova Notícias


Arquivo
"Ao longo do ano, o sétimo de seu Pontificado, Bento XVI não poupou energias para anunciar o Evangelho ao maior número possível de pessoas."
Um ano vivido intensa e corajosamente. Em 2012, Bento XVI realizou duas viagens internacionais: a primeira, ao México e Cuba, e a segunda, ao Líbano. Fez quatro visitas à Itália, entre as quais às vítimas do terremoto da região da Emilia Romagna.

Participou do Encontro Mundial da Família, realizado em Milão, abriu o Ano da Fé e presidiu o Sínodo dos Bispos dedicado à nova evangelização. Ademais, o Papa aderiu ao Twitter e publicou o terceiro e último volume sobre a figura de Jesus de Nazaré.

Fé, família e paz foram alguns dos temas comumente mais presentes em seu Magistério neste ano que viu também um forte compromisso seu em favor da transparência no Vaticano.

Pastor manso, firme e corajoso. Em 2012, um ano particularmente intenso também em nível pessoal, Bento XVI enfrentou com decisão os desafios apresentados para a vida da Igreja, ad intra e ad extra.

A começar por suas viagens internacionais, que dão novamente esperança às populações encontradas. Em março, o Pontífice voltou ao subcontinente latino-americano, visitando o México e Cuba.

Em terra mexicana – com tons que recordam o apelo de João Paulo II contra a máfia, em Agrigento, sul da Itália – denunciou a violência, a corrupção e o narcotráfico. Em terra cubana, ao invés, pediu coragem às autoridades de Havana e da comunidade internacional:

"Cuba e o mundo precisam de mudanças, mas elas existirão" somente se cada um se interrogar sobre a verdade e "se decidir a tomar o caminho do amor, semeando reconciliação e fraternidade."

E justamente no signo da reconciliação deu-se a histórica viagem apostólica ao Líbano, em setembro. Numa região dilacerada pela violência, com a Síria martirizada com a guerra civil, o Santo Padre fez-se peregrino de paz. Foi marcante o encontro de Bento XVI com os jovens sírios, cristãos e muçulmanos, aos quais dedicou palavras de coragem e esperança:

"É preciso que todo o Oriente Médio, olhando para vocês, compreenda que os muçulmanos e os cristãos, o Islã e o Cristianismo, podem viver juntos sem ódio, no respeito pelo credo de cada um, para construir juntos uma sociedade livre e humana."

A visita ao Líbano abraçou idealmente toda a região. De fato, o motivo da visita foi a entrega da Exortação apostólica pós-sinodal "Ecclesia in Medio Oriente", fruto do Sínodo dos Bispos médio-orientais realizado no Vaticano em outubro de 2010.

Este ano, ao invés, foi a vez da XIII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, cuja edição foi dedicada à nova evangelização. Trata-se de um tema particularmente importante para Bento XVI que, para enfrentar esse desafio pastoral imperioso para a Igreja, criou um dicastério ad hoc.

O Papa reiterou com veemência que a Igreja "existe para evangelizar" e que todos os batizados são chamados ao compromisso da evangelização:

"Todos os homens têm o direito de conhecer Jesus Cristo e o seu Evangelho; e a isso corresponde o dever dos cristãos, de todos os cristãos – sacerdotes, religiosos e leigos –, de anunciar a Boa Notícia." (Missa de encerramento do Sínodo, 28 de outubro de 2012)

O Ano da Fé – convocado por Bento XVI no quinquagésimo aniversário de abertura do Concílio Vaticano II e no vigésimo aniversário de promulgação do Catecismo da Igreja Católica – está ligado ao tema da nova evangelização.

E na visita ao Santuário de Loreto, nas pegadas de João XXIII, o Papa confiou este Ano da Fé a Maria. "Se hoje a Igreja propõe um Ano da Fé e a nova evangelização, não é para honrar uma data, mas porque é necessário fazê-lo, mais ainda do que 50 anos atrás!", afirmou o Pontífice.

E ressaltou que a Igreja é chamada a fazer regredir o processo de "desertificação espiritual":

"Eis então como podemos representar este Ano da Fé: uma peregrinação nos desertos do mundo contemporâneo, no qual carregar consigo somente aquilo que é essencial: nem bastão, nem alforje, nem pão, nem dinheiro; tampouco tenhais duas túnicas – como diz o Senhor aos Apóstolos enviando-os em missão (cfr Lc 9,3) –, mas o Evangelho e a fé da Igreja, dos quais os documentos do Concílio Ecumênico Vaticano II são expressão luminosa." (Missa de abertura do Ano da Fé, 11 de outubro de 2012)

O 2012 de Bento XVI foi também fortemente marcado pelo empenho em favor da valorização da família, sempre mais ameaçada como recordou, inclusive, no discurso natalino dirigido à Cúria Romana.

Em maio, em Milão, celebrou-se o VII Encontro Mundial das Famílias. A eles, pais e filhos, o Papa confiou uma tarefa extraordinária: vocês, afirmou, são "a única força que verdadeiramente pode transformar o mundo".

O grande encontro permanece memorável também nas palavras que o Pontífice dirigiu, com amor paterno, aos casais separados:

"Parece-me uma grande tarefa de uma paróquia, de uma comunidade católica, fazer realmente o possível a fim de que tais casais sintam-se amados, aceitos, sintam que não estão 'fora', embora não possam receber a absolvição e a Eucaristia; devem ver que mesmo assim vivem plenamente na Igreja." (Festa dos testemunhos, 2 de junho de 2012).

Em Milão a dimensão da visita foi mais internacional que italiana, por outro lado, o Santo Padre fez outras três visitas na Itália: a Loreto, como recordado no contexto do Ano da Fé e do 50º aniversário do Concílio; a Arezzo e San Sepolcro e, sobretudo, às vítimas do terremoto na Emilia Romagna e da Lombardia. Em Rovereto di Novi, um dos centros mais atingidos pelo abalo sísmico, o Papa comovido assegurou a proximidade espiritual e concreta da Igreja:

"A Igreja faz-se próxima a vocês e o será com a oração e com a ajuda concreta das suas organizações, em particular da Caritas, que se empenhará também na reconstrução do tecido comunitário das paróquias." (Visita a Rovereto di Novi, 26 de junho de 2012)

Neste ano, o Papa publicou também um Motu proprio sobre o serviço da caridade e outro que instituiu a Pontifícia Academia de Latinidade. Elevou à honra dos altares sete novos Santos e proclamou "Doutores da Igreja" São João d'Ávila e Santa Ildegarda de Bingen.

Ademais, criou 28 cardeais, em dois consistórios: um em fevereiro, e o outro em novembro. Entre as nomeações importantes destaca-se a de Dom Gerhard Ludwig Müller a prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

Foi um ano também de sofrimento para o Papa, que se viu traído em sua própria casa. Em maio foi detido seu mordomo por apropriar-se de documentos pessoais depois difundidos na mídia. Foi o cume do chamado "Vatileaks" que registrou um processo e uma condenação a Paulo Gabriele, ao qual Bento XVI concedeu a graça poucos dias antes do Natal. No auge do doloroso episódio, o Santo Padre confiou aos fiéis os seus sentimentos. É grande a amargura, mas não prevalece:

"Os eventos ocorridos nestes dias acerca da Cúria e meus colaboradores trouxeram tristeza ao meu coração, mas jamais foi ofuscada a firme certeza de que apesar da fraqueza do homem, as dificuldades e as provações, a Igreja é conduzida pelo Espírito Santo e o Senhor jamais deixará faltar-lhe o seu auxílio para sustentá-la em seu caminho." (Audiência geral, 30 de maio de 2012)

Bento XVI pediu transparência também na administração do Ior (Instituto para Obras de Religião). Tratou-se de um processo que levou a resultados significativos. De fato, em julho, a autoridade europeia "Moneywal" julgou positivamente as medidas tomadas no Vaticano para a prevenção à lavagem de dinheiro.

Ao longo do ano, o sétimo de seu Pontificado, Bento XVI não poupou energias para anunciar o Evangelho ao maior número possível de pessoas. E o fez nas celebrações, nas audiências e nos encontros, visitando paróquias, cárceres e institutos caritativos.

Por fim, teve bom êxito também a publicação do livro "A infância de Jesus", com o qual o Papa concluiu a sua trilogia sobre Jesus de Nazaré. Um presente para todos aqueles, fiéis e não somente, que se encontram em busca da verdade.

Texto: Rádio Vaticano

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012


Entrando pela porta da fé

No dia 17 de Outubro de 2011 o Santo Padre divulgou a Carta Apostólica “Porta Fidei” (Porta da Fé) na qual proclamou o Ano da Fé. Este terá início neste ano, no próximo dia 11, data de comemoração dos cinquenta anos da abertura do Concílio Vaticano II e de vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, e encerará na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, em 24 de Novembro de 2013.

Mas qual a importância e o porque em celebrar-se o Ano da Fé?
Não é a primeira vez que a Igreja o celebra. O último foi em 1967, no pontificado de Paulo VI, motivado, já naquela época, em dar uma resposta de fé diante das inúmeras ideologias que buscavam desconsiderar Deus do pensamento coerente e racional.
Assim também, hoje, o Papa Bento XVI, afirma haver entre nós um “diversa mentalidade que, particularmente, reduz o âmbito das certezas racionais ao das conquistas científicas e tecnológicas. Mas a Igreja nunca teve medo de mostrar que não é possível haver qualquer conflito entre a fé e ciência autêntica”.
Este novo Ano da Fé, tem igualmente o objetivo de impulsionar os cristãos a aprofundarem o conhecimento sobre a Igreja, dissipando assim, a nuvem negra dos erros de doutrina.O Sumo Pontífice refere-se ao Ano da Fé como, um “tempo de graça espiritual que o Senhor nos oferece” e “tempo de particular reflexão e redescoberta da fé”.
O documento – “Porta Fidei”, afirma ainda, que, para alcançarmos uma maior amplitude do dom da Fé, na sociedade e na pessoa em particular, cada um deve confessar e anunciar publicamente a própria fé. Devemos ter a responsabilidade social daquilo que acreditamos. Ou seja, é preciso declarar com a vida o Evangelho do Cristo, não ficarmos tímidos ou tomar partido da maioria, diante das questões contrárias a essência do ser humano e expressar com alegria nossa adesão a fé, pois somos detentores das palavras portadoras da verdade e da vida que Jesus nos deixou.
Várias vezes Bento XVI insistiu neste exemplo “através do testemunho prestado pela vida dos crentes, os cristãos são chamados a fazer brilhar, com sua própria vida no mundo, a Palavra da verdade que o Senhor Jesus nos deixou”, “em nossas catedrais e nas igrejas do mundo inteiro, nas nossas casas e no meio das nossas famílias. Desejamos que este Ano suscite, em cada crente, o anseio de confessar a fé plenamente e com renovada convicção e esperança”.
Entretanto, para que o nosso testemunho esteja de acordo com a fé que professamos é preciso um empenho de nossa parte, particularmente nesse período, em conhecer e propagar aquilo que a Igreja colheu nestes dois mil anos de história, afinal, o mundo pede respostas cada vez mais racionais e acertadas. E além de podermos responder satisfatoriamente ao mundo, em recompensa a esse esforço e estudo estaremos aderindo a fé católica cada vez mais com inteligência e vontade.
Entre os principais meios, para se chegar a esse conhecimento da fé, o Papa cita os textos deixados em herança pelo Concílio Vaticano II, afirmando que: “é necessário fazê-los ler de forma que possam ser conhecidos e assimilados como textos qualificativos e normativos do Magistério.” Bento XVI fala fortemente sobre a importância do Concílio Vaticano II: “Sinto hoje ainda mais intensamente o dever de indicar o Concílio como a grande graça que beneficiou a Igreja no século XX”.
Também o Pontífice destacou a importância do Catecismo da Igreja Católica, Bento XVI considera-o como “subsídio precioso e indispensável. na sua própria estrutura, o Catecismo da Igreja Católica apresenta o desenvolvimento da fé até chegar aos grandes temas da vida diária. Ali se apresenta não uma teoria, mas o encontro com uma Pessoa que vive na Igreja”, afirmou o papa.
Enfim, devemos recorrer constantemente a esse documento, em nossas catequeses, em grupos de estudo e pastorais, como também na formação pessoal. Ainda, salienta o Papa que, sobretudo, o Ano da Fé é um “repassar a história da nossa fé” para “tornar cada vez mais firme a relação com Cristo Senhor”. Este, com certeza será uma período de celebrarmos a nossas certezas e princípios, firmar valores para descobrirmos cada vez mais a felicidade e a honra de estar na única e verdadeira Igreja de Cristo.
Entremos portanto, pela Porta da Fé.
Deus abençoe!
Canção Nova Notícias

A íntegra da homilia de Bento XVI na Missa do Galo



Cidade do Vaticano (RV) - Publicamos a seguir a íntegra da homilia proferida por Bento XVI na Missa do Galo, na noite desta segunda, 24, na Basílica de São Pedro. A tradução em português é de autoria da Secretaria de Estado do Vaticano.

"Amados irmãos e irmãs!

A beleza deste Evangelho não cessa de tocar o nosso coração: uma beleza que é esplendor da verdade. Não cessa de nos comover o facto de Deus Se ter feito menino, para que nós pudéssemos amá-Lo, para que ousássemos amá-Lo, e, como menino, Se coloca confiadamente nas nossas mãos. Como se dissesse: Sei que o meu esplendor te assusta, que à vista da minha grandeza procuras impor-te a ti mesmo. Por isso venho a ti como menino, para que Me possas acolher e amar.

Sempre de novo me toca também a palavra do evangelista, dita quase de fugida, segundo a qual não havia lugar para eles na hospedaria. Inevitavelmente se põe a questão de saber como reagiria eu, se Maria e José batessem à minha porta. Haveria lugar para eles? E recordamos então que esta notícia, aparentemente casual, da falta de lugar na hospedaria que obriga a Sagrada Família a ir para o estábulo, foi aprofundada e referida na sua essência pelo evangelista João nestes termos: «Veio para o que era Seu, e os Seus não O acolheram» (Jo 1, 11). 

Deste modo, a grande questão moral sobre o modo como nos comportamos com os prófugos, os refugiados, os imigrantes ganha um sentido ainda mais fundamental: Temos verdadeiramente lugar para Deus, quando Ele tenta entrar em nós? Temos tempo e espaço para Ele? Porventura não é ao próprio Deus que rejeitamos? Isto começa pelo facto de não termos tempo para Ele. Quanto mais rapidamente nos podemos mover, quanto mais eficazes se tornam os meios que nos fazem poupar tempo, tanto menos tempo temos disponível. 

E Deus? O que diz respeito a Ele nunca parece uma questão urgente. O nosso tempo já está completamente preenchido. Mas vejamos o caso ainda mais em profundidade. Deus tem verdadeiramente um lugar no nosso pensamento? A metodologia do nosso pensamento está configurada de modo que, no fundo, Ele não deva existir. Mesmo quando parece bater à porta do nosso pensamento, temos de arranjar qualquer raciocínio para O afastar; o pensamento, para ser considerado «sério», deve ser configurado de modo que a «hipótese Deus» se torne supérflua. E também nos nossos sentimentos e vontade não há espaço para Ele. Queremo-nos a nós mesmos, queremos as coisas que se conseguem tocar, a felicidade que se pode experimentar, o sucesso dos nossos projectos pessoais e das nossas intenções. Estamos completamente «cheios» de nós mesmos, de tal modo que não resta qualquer espaço para Deus. E por isso não há espaço sequer para os outros, para as crianças, para os pobres, para os estrangeiros. 

A partir duma frase simples como esta sobre o lugar inexistente na hospedaria, podemos dar-nos conta da grande necessidade que há desta exortação de São Paulo: «Transformai-vos pela renovação da vossa mente» (Rm 12, 2). Paulo fala da renovação, da abertura do nosso intelecto (nous); fala, em geral, do modo como vemos o mundo e a nós mesmos. A conversão, de que temos necessidade, deve chegar verdadeiramente até às profundezas da nossa relação com a realidade. Peçamos ao Senhor para que nos tornemos vigilantes quanto à sua presença, para que ouçamos como Ele bate, de modo suave mas insistente, à porta do nosso ser e da nossa vontade. Peçamos para que se crie, no nosso íntimo, um espaço para Ele e possamos, deste modo, reconhecê-Lo também naqueles sob cujas vestes vem ter connosco: nas crianças, nos doentes e abandonados, nos marginalizados e pobres deste mundo.

Na narração do Natal, há ainda outro ponto que gostava de reflectir juntamente convosco: o hino de louvor que os anjos juntam à sua mensagem acerca do entoam depois de anunciar o Salvador recém-nascido: «Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens do seu agrado». Deus é glorioso. Deus é pura luz, esplendor da verdade e do amor. Ele é bom. É o verdadeiro bem, o bem por excelência. Os anjos que O rodeiam transmitem, primeiro, a pura e simples alegria pela percepção da glória de Deus. O seu canto é uma irradiação da alegria que os inunda. Nas suas palavras, sentimos, por assim dizer, algo dos sons melodiosos do céu. No canto, não está subjacente qualquer pergunta sobre a finalidade; há simplesmente o facto de transbordarem da felicidade que deriva da percepção do puro esplendor da verdade e do amor de Deus. Queremos deixar-nos tocar por esta alegria: existe a verdade; existe a pura bondade; existe a luz pura. 

Deus é bom; Ele é o poder supremo que está acima de todos os poderes. Nesta noite, deveremos simplesmente alegrar-nos por este facto, juntamente com os anjos e os pastores.
E, com a glória de Deus nas alturas, está relacionada a paz na terra entre os homens. Onde não se dá glória a Deus, onde Ele é esquecido ou até mesmo negado, também não há paz. Hoje, porém, há correntes generalizadas de pensamento que afirmam o contrário: as religiões, mormente o monoteísmo, seriam a causa da violência e das guerras no mundo; primeiro seria preciso libertar a humanidade das religiões, para se criar então a paz; o monoteísmo, a fé no único Deus, seria prepotência, causa de intolerância, porque pretenderia, fundamentado na sua própria natureza, impor-se a todos com a pretensão da verdade única. 

É verdade que, na história, o monoteísmo serviu de pretexto para a intolerância e a violência. É verdade que uma religião pode adoecer e chegar a contrapor-se à sua natureza mais profunda, quando o homem pensa que deve ele mesmo deitar mão à causa de Deus, fazendo assim de Deus uma sua propriedade privada. Contra estas deturpações do sagrado, devemos estar vigilantes. Se é incontestável algum mau uso da religião na história, não é verdade que o «não» a Deus restabeleceria a paz. Se a luz de Deus se apaga, apaga-se também a dignidade divina do homem. Então, este deixa de ser a imagem de Deus, que devemos honrar em todos e cada um, no fraco, no estrangeiro, no pobre. Então deixamos de ser, todos, irmãos e irmãs, filhos do único Pai que, a partir do Pai, se encontram interligados uns aos outros. 

Os tipos de violência arrogante que aparecem então com o homem a desprezar e a esmagar o homem, vimo-los, em toda a sua crueldade, no século passado. Só quando a luz de Deus brilha sobre o homem e no homem, só quando cada homem é querido, conhecido e amado por Deus, só então, por mais miserável que seja a sua situação, a sua dignidade é inviolável. Na Noite Santa, o próprio Deus Se fez homem, como anunciara o profeta Isaías: o menino nascido aqui é «Emmanuel – Deus-connosco» (cf. Is 7, 14). E verdadeiramente, no decurso de todos estes séculos, não houve apenas casos de mau uso da religião; mas, da fé no Deus que Se fez homem, nunca cessou de brotar forças de reconciliação e magnanimidade. Na escuridão do pecado e da violência, esta fé fez entrar um raio luminoso de paz e bondade que continua a brilhar.

Assim, Cristo é a nossa paz e anunciou a paz àqueles que estavam longe e àqueles que estavam perto (cf. Ef 2, 14.17). Quanto não deveremos nós suplicar-Lhe nesta hora! Sim, Senhor, anunciai a paz também hoje a nós, tanto aos que estão longe como aos que estão perto. Fazei que também hoje das espadas se forjem foices (cf. Is 2, 4), que, em vez dos armamentos para a guerra, apareçam ajudas para os enfermos. Iluminai a quantos acreditam que devem praticar violência em vosso nome, para que aprendam a compreender o absurdo da violência e a reconhecer o vosso verdadeiro rosto. Ajudai a tornarmo-nos homens «do vosso agrado»: homens segundo a vossa imagem e, por conseguinte, homens de paz.

Logo que os anjos se afastaram, os pastores disseram uns para os outros: Coragem! Vamos até lá, a Belém, e vejamos esta palavra que nos foi mandada (cf. Lc 2, 15). Os pastores puseram-se apressadamente a caminho para Belém – diz-nos o evangelista (cf. 2, 16). Uma curiosidade santa os impelia, desejosos de verem numa manjedoura este menino, de quem o anjo tinha dito que era o Salvador, o Messias, o Senhor. A grande alegria, de que o próprio anjo falara, apoderara-se dos seus corações e dava-lhes asas.

Vamos até lá, a Belém: diz-nos hoje a liturgia da Igreja. Trans-eamus – lê-se na Bíblia latina – «atravessar», ir até lá, ousar o passo que vai mais além, que faz a «travessia», saindo dos nossos hábitos de pensamento e de vida e ultrapassando o mundo meramente material para chegarmos ao essencial, ao além, rumo àquele Deus que, por sua vez, viera ao lado de cá, para nós. Queremos pedir ao Senhor que nos dê a capacidade de ultrapassar os nossos limites, o nosso mundo; que nos ajude a encontrá-Lo, sobretudo no momento em que Ele mesmo, na Santa Eucaristia, Se coloca nas nossas mãos e no nosso coração.

Vamos até lá, a Belém! Ao dizermos estas palavras uns aos outros, como fizeram os pastores, não devemos pensar apenas na grande travessia até junto do Deus vivo, mas também na cidade concreta de Belém, em todos os lugares onde o Senhor viveu, trabalhou e sofreu. Rezemos nesta hora pelas pessoas que actualmente vivem e sofrem lá. Rezemos para que lá haja paz. Rezemos para que Israelitas e Palestinianos possam conduzir a sua vida na paz do único Deus e na liberdade. Peçamos também pelos países vizinhos – o Líbano, a Síria, o Iraque, etc. – para que lá se consolide a paz. Que os cristãos possam conservar a sua casa naqueles países onde teve origem a nossa fé; que cristãos e muçulmanos construam, juntos, os seus países na paz de Deus.

Os pastores apressaram-se… Uma curiosidade santa e uma santa alegria os impelia. No nosso caso, talvez aconteça muito raramente que nos apressemos pelas coisas de Deus. Hoje, Deus não faz parte das realidades urgentes. As coisas de Deus – assim o pensamos e dizemos – podem esperar. E todavia Ele é a realidade mais importante, o Único que, em última análise, é verdadeiramente importante. Por que motivo não deveríamos também nós ser tomados pela curiosidade de ver mais de perto e conhecer o que Deus nos disse? Supliquemos-Lhe para que a curiosidade santa e a santa alegria dos pastores nos toquem nesta hora também a nós e assim vamos com alegria até lá, a Belém, para o Senhor que hoje vem de novo para nós. Amen.

Rádio Vaticano

Bento XVI: "Onde Deus é esquecido, não existe paz"



Cidade do Vaticano (RV) – “A rejeição a Deus pelo mundo contemporâneo leva à rejeição do outro, principalmente dos mais vulneráveis”. Foi uma das avertências feitas pelo Papa durante a tradicional Missa do Galo, segunda-feira, 24, na Basílica de São Pedro. 

“Estamos completamente ‘cheios’ de nós mesmos, de modo que não resta qualquer espaço para Deus; deste modo, a grande questão moral sobre o modo como nos comportamos com os estrangeiros, os refugiados, os imigrantes ganha um sentido ainda mais fundamental: Temos verdadeiramente lugar para Deus, quando Ele tenta entrar em nós?” – questionou o Papa na missa, concelebrada no Altar da Confissão por cerca de 30 cardeais. 

No início da cerimônia, de mais de duas horas, acompanhada por um coral em latim, música de órgão e som de trombetas, Bento XVI percorreu a Basílica de São Pedro sobre uma plataforma móvel, saudando e abençoando os fiéis que o aplaudiam.

“Correntes de pensamento muito difundidas afirmam que a religião, em particular o monoteísmo, seria a causa da violência e das guerras no mundo; que seria preciso libertar a humanidade da religião para se estabelecer a paz; que o monoteísmo, a fé em um único Deus, seria prepotência, motivo de intolerância, já que por sua natureza tentaria se impor a todos com a pretensão da única verdade”.

“É certo que o monoteísmo serviu durante a história como pretexto para a intolerância e para a violência” – esclareceu o Pontífice, continuando: “É verdade que uma religião pode se desviar e chegar a se opor à natureza mais profunda quando o homem pensa que deve tomar em suas mãos a causa de Deus, fazendo de Deus sua propriedade privada. Devemos estar atentos contra a distorção do sagrado”.

A este respeito, Bento XVI definiu a violência em nome de Deus como uma “doença da religião”:

“Mas mesmo que seja incontestável um certo uso indevido da religião na história, não é verdade que o "não" a Deus restabeleceria a paz. Se a luz de Deus se apaga, se extingue também a dignidade divina do homem”, concluiu Bento XVI

Em seguida, o Papa convidou os fiéis a “irem ‘virtualmente’ a Belém, aos lugares onde o Senhor viveu, trabalhou e sofreu:

“Rezemos nesta hora pelas pessoas que atualmente vivem e sofrem em Belém. Rezemos para que lá haja paz. Rezemos para que israelenses e palestinos possam conduzir sua vida na paz do único Deus e na liberdade. Peçamos também pelos países vizinhos – o Líbano, a Síria, o Iraque, etc. – para que lá se consolide a paz. Que os cristãos possam conservar suas casas naqueles países onde teve origem a nossa fé; que cristãos e muçulmanos construam, juntos, seus países, na paz de Deus”.

Rádio Vaticano

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Papa perdoa ex-mordomo e concede indulto: gesto paternal



Cidade do Vaticano (RV) – “Hoje tenho uma boa notícia” – assim Pe. Federico Lombardi, jesuíta Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, anunciou neste sábado aos jornalistas que o Papa Bento concedeu o indulto a seu ex-mordomo Paolo Gabriele. 

Gabriele, 46 anos, estava preso em uma cela na sede da ‘gendarmaria’ do Vaticano, cumprindo uma sentença de 18 meses por furto qualificado. 

Pe. Lombardi contou que Bento XVI fez uma surpresa e visitou a prisão em que se encontrava seu ex-mordomo, perdoando-o por ter roubado e vazado documentos confidenciais. Ele definiu a iniciativa como “um gesto paternal para uma pessoa com a qual o Papa dividiu sua vida durante vários anos... Esse é um final feliz nessa temporada de Natal para esse episódio triste e doloroso”.

“Bento XVI passou cerca de 15 minutos com Paolo Gabriele antes de o preso ser libertado e poder retornar à sua casa, ao lado de sua esposa e filhos” – prosseguiu Padre Federico Lombardi.

De acordo com o sacerdote e a advogada de Gabriele, Cristiana Arru, o encontro foi “intenso”, porque foi a primeira vez que ambos se viram desde maio, quando Gabriele foi preso depois de a polícia do Vaticano encontrar em sua casa documentos que tinham sido roubados do escritório papal.

O Pontífice também perdoou o especialista em computação Claudio Sciarpelletti, que recebeu uma pena em outro julgamento.(CM)

Rádio Vaticano





"Deus é acolhimento e alegria": Papa pede que visitemos presos, doentes e idosos no Natal



Cidade do Vaticano (RV) - “Imitemos Maria no tempo de Natal, visitando as pessoas com problemas”. Com estas palavras, o Papa comentou no Angelus o Evangelho deste IV domingo de Advento, que precede de poucos dias o Natal do Senhor, em que é narrada a visita de Maria à sua prima, Isabel. 
Diante de milhares de fiéis que participaram do encontro e receberam sua bênção na Praça São Pedro, o Papa disse que “nas duas mulheres se encontram e se reconhecem, antes de tudo, os frutos de seus ventres: João Batista e Cristo”. 
“Imitemos Maria neste tempo de Natal, visitando aqueles que vivem com dificuldades, como por exemplo, os doentes, os encarcerados, os idosos e as crianças”.
“A cena da Visitação expressa também a beleza da acolhida: aonde existe acolhida recíproca, a escuta, o ‘ceder espaço ao próximo’, está Deus e a alegria que vem Dele”. 
“A mais idosa, Isabel, simboliza Israel que aguarda o Messias, enquanto a jovem Maria traz consigo a concretização daquela espera, para o bem de toda a humanidade”.
As duas mulheres, ambas grávidas, encarnam a espera e o Esperado – disse o Papa, convidando a olharmos também para Isabel:
“Imitemos também Isabel, que acolhe o hóspede como o próprio Deus. Sem desejá-lo, não conheceremos jamais o Senhor; se não O esperarmos, não O encontraremos; se não O procurarmos não O descobriremos”.
Este episódio não foi um gesto de mera cortesia, mas retratou com simplicidade o encontro do Antigo com o Novo Testamento.
“A exultação de João no ventre de Isabel é o sinal da realização da espera: Deus está para visitar seu povo”.
“Na Anunciação – prosseguiu o Pontífice – o arcanjo Gabriel havia falado com Maria sobre a gravidez de Isabel como prova da força de Deus: a esterilidade, apesar da idade avançada, se transformara em fertilidade. Acolhendo Maria, Isabel reconhece que se está realizando a promessa de Deus à humanidade e exclama: “Bendita tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre”. 
Partindo daí, o Papa fez o seguinte convite: 
“Rezemos para que todos os homens procurem Deus e descubram que é o próprio Deus que antes nos vem visitar. Com a mesma alegria de Maria que corre para visitar Isabel, vamos também nós ao encontro do Senhor que vem” – concluiu Bento XVI. 
Depois da oração mariana, foi a vez das saudações em várias línguas: em polonês, o Papa se dirigiu particularmente “às pessoas que se sentem sozinhas, aos doentes, àqueles que enfrentam dificuldades”, desejando “paz, calor humano e amor; a todos a esperança, o perdão e a reconciliação”.
Em francês, o Papa reiterou que a Encarnação de Jesus está “no coração de nossa fé”. Em inglês, pediu que “se faça espaço nos corações para acolher o Deus que vem”. Em espanhol, fez um encorajamento a compartilhar a alegria de Natal. Enfim, em italiano, os votos de um bom domingo e muita serenidade nas próximas festividades de Natal. 

Rádio Vaticano

Papa envia mais três 'twits' sobre a dignidade do homem



Cidade do Vaticano (RV) - “Quando negas Deus, negas a dignidade do homem. Quem defende Deus, defende o homem”: Pela primeira vez fora do âmbito das audiências semanais, Bento XVI publicou nesta sexta-feira, 21, novas mensagens na rede social Twitter, para os seus dois milhões de seguidores.

O texto foi divulgado após o encontro com os membros da Cúria Romana para a tradicional troca de cumprimentos de Natal. Discursando para seus colaboradores, Bento XVI manifestou preocupação com o que definiu “um verdadeiro atentado” à definição legal de casamento e criticou a ideologia de gênero, que a seu ver promove uma revolução antropológica que se fundamenta numa falsidade.

Poucos minutos depois do primeiro envio sobre o discurso, o Papa voltou a publicar: “Nós não possuímos a verdade, é a Verdade que nos possui a nós. Cristo, que é a Verdade, toma-nos pela mão”.

“No final do ano, peçamos que a Igreja, apesar dos seus limites, cresça sempre mais como casa de Deus” - assinala um terceiro 'tweet' enviado, como sempre em oito línguas: inglês, espanhol, italiano, alemão, polonês, árabe, francês e português. 

E nas próximas semanas, a conta @pontifex terá também mensagens em latim e chinês, segundo antecipou o jornal do Vaticano ‘Osservatore Romano’. (CM)

Rádio Vaticano

Nossa Senhora 'brasileira' na Basílica de São Pedro



Cidade do Vaticano (RV) – O Altar da Confissão, na Basílica de São Pedro, abriga a imagem ‘brasileira’ de Nossa Senhora com o Menino Jesus, ressaltando a união entre a Virgem e o mistério de Cristo.

A estátua, que pertence aos Museus do Vaticano, é um presente feito pelo Presidente João Goulart a Paulo VI quando este foi eleito como Papa, em 1963. 

A obra é um exemplar de escola brasileira do século XVIII, representa Nossa Senhora de Montserrat e é banhada em ouro, com a policromia original da época. 

Segundo nota do escritório de celebrações litúrgicas, assinada pelo Mestre Mons. Guido Marini, a partir de 1º de janeiro, será também colocada junto ao Altar outra imagem, representando o Menino, realizada por artesãos de Belém, na Terra Santa. Esta é uma cópia da efígie exposta todo ano no lugar do nascimento de Jesus, na Basílica da Natividade. (CM)

Rádio Vaticano

Família e verdade



Cidade do Vaticano (RV) - O editorial do Diretor-Geral da Rádio Vaticano desta semana é referido ao discurso de fim de ano feito pelo Papa nesta sexta-feira aos seus colaboradores da Cúria Romana.

Padre Federico Lombardi inicia dizendo que o encontro para os votos de Natal da Cúria Romana é sempre muito pessoal e cuidadosamente estudado pelo Santo Padre. É uma reflexão sobre o ano que passou, mas também um aprofundamento de temas que Bento XVI considera mais urgentes e atuais.

São coisas sobre as quais ele sente o dever de manifestar o seu pensamento, indo aos fundamentos com a clareza e a coragem que o caracterizam: é o seu dever em relação à Igreja e à humanidade, mesmo que isso possa suscitar resistências ou reações negativas. Dois temas foram escolhidos este ano: família e dualidade do homem e da mulher; e diálogo e anúncio da fé.

Pe. Lombardi afirma que “em relação à família, o Papa não entra nas discussões sobre a legislação e os matrimônios homossexuais, e também não retoma as inesquecíveis palavras de proximidade aos casais em dificuldade, pronunciadas Semana da Família de Milão, mas reafirma que hoje em dia, está em jogo a questão "quem é o homem". 

A dualidade do homem e da mulher é essencial para o ser humano. Dela nascem as relações fundamentais entre pai, mãe e filhos. A dualidade está inscrita na natureza da pessoa, nos desígnios de Deus criador. Negá-la é contrário à verdade, e afirmar que é a própria pessoa humana a determinar a sua identidade é um passo destrutivo, que abre caminho à manipulação arbitrária da natureza, com consequências gravíssimas para a dignidade do homem; a começar pela dignidade dos filhos, considerados como objeto de um direito e já não como sujeitos de direitos. 

Na "luta pela família", enfim, está em jogo a própria pessoa humana. O Papa faz ampla referência a quanto foi escrito pelo Grão Rabino de França, demonstrando que a posição da Igreja não é estritamente confessional, mas sim da razão, partilhada na grande tradição judaico-cristã.

Também o segundo tema aprofundado pelo Papa provocará discussão. É atualíssimo e não é separado do primeiro: o cristão entra na relação de diálogo como portador da grande experiência da humanidade lida à luz da fé, sentindo-se responsável pelos valores mais preciosos e duradouros para além das soluções puramente pragmáticas. E entra em diálogo com a confiança de que a busca da verdade nunca porá em causa a sua identidade cristã. Porque a verdade não é orgulhosamente possuída por nós, mas nos chama e nos guia, como Cristo que nos acompanha pela mão.

Também este é um voto de Natal. Profundo, exigente, atual.
(CM-JMP)

Rádio Vaticano

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012


Na última catequese do ano, Papa reflete sobre a fé de Maria


Canção Nova Notícias


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"A glória de Deus não se manifesta no triunfo e no poder de um rei, mas revela-se na pobreza de um menino", disse o Santo Padre.
Na última catequese de 2012, nesta quarta-feira, 19, o Papa Bento XVI centrou suas reflexões sobre a fé de Maria a partir do mistério da Anunciação. Ele destacou a humildade e a obediência de fé da Virgem Maria.

O Pontífice lembrou que o evangelista Lucas conta a história de Maria fazendo um paralelo com a história de Abraão. Da mesma forma que este respondeu ao chamado de Deus para sair da terra onde morava rumo a uma terra desconhecida, também Maria foi confiante no plano do Senhor.

“... assim Maria confia com plena confiança na palavra que lhe anuncia o mensageiro de Deus e torna-se modelo e mãe de todos os crentes”.

Bento XVI destacou que a saudação do anjo a Maria é também um convite à alegria; anuncia o fim da tristeza presente no mundo, o fim do sofrimento, da maldade, da escuridão do mal “que parece obscurecer a luz da bondade divina”.

O Santo Padre mencionou ainda que a abertura da alma a Deus e à sua ação implica também o elemento que é a treva. Ele lembrou que o caminho de Abraão é marcado pela alegria, quando recebe o filho Isaac, mas também por um momento de treva, quando precisa se dirigir ao monte Moria para cumprir um gesto paradoxal: Deus lhe pede para sacrificar o filho que havia acabado de lhe dar.

Da mesma forma, Maria viveu a alegria na Anunciação e a treva na crucificação do Filho, para poder chegar à luz da Ressurreição. Então Bento XVI destacou que não é diferente quando se trata do caminho de fé de cada um dos fiéis, já que há momentos de luz e outros em que Deus parece ausente.

“Mas quanto mais nos abrimos a Deus, acolhemos o dom da fé, colocamos totalmente Nele a nossa confiança – como Abraão e como Maria – tanto mais Ele nos torna capazes, com a sua presença, de viver cada situação da vida na paz e na certeza da sua fidelidade e do seu amor. Isso, porém, significa sair de si mesmo e dos próprios projetos, para que a Palavra de Deus seja a luz que guia os nossos pensamentos e as nossas ações”.

Concluindo suas reflexões, Bento XVI enfatizou que os fiéis são convidados, na celebração do Natal do Senhor, a viver esta  mesma humildade e obediência de fé. A próxima audiência do Papa com os fiéis será em 2 de janeiro de 2013. 

A história de Jesus em mangá



Brasília (RV) – A Rede Salesiana de Escolas (RSE) começou neste ano a publicar uma série de revistas em quadrinhos, “Evangelis”, iniciativa que se propõe contar a história de Jesus aos alunos das escolas e das obras sociais salesianas. Seu formato é o mangá, tradicional e divertido gênero de quadrinhos proveniente da cultura japonesa, e o cartunista, Herbert Barbosa.

O primeiro número da série, de um total de quatro, recebeu o título de “Nasce a Esperança”. Nele, os quadrinhos são utilizados para relatar o anúncio e nascimento de João Batista, o encontro de Gabriel com a Virgem Maria, a busca dos Reis Magos pelo Messias, as maldades de Herodes e outros acontecimentos relacionados com o Nascimento de Jesus Cristo. “A razão da aprovação do Projeto Evangelis é que ele apresenta a riqueza do mundo bíblico de uma forma atraente e cativante que, sem dúvida, atingirá os alunos da Rede Salesiana de Escolas”, explica Antonio Boeing, Assessor de Pastoral da RSE.

Apaixonado por mangás desde a infância, o autor Herbert Barbosa viu na criação da série ‘Evangelis’ uma oportunidade para crianças e jovens entrarem em contato com a Palavra de Deus de uma forma interessante e prazerosa. Em 2006, após desenhar um ícone de Jesus, o cartunista teve a ideia de criar uma revista completa que contasse a história de Jesus Cristo. “Sempre gostei de mangás, assim como muitas crianças, jovens e adultos. O mangá é divertido, atraente, de fácil leitura e compreensão. Utiliza muitas expressões para transmitir a mensagem de uma forma muito legal e diferente”, comenta.

Com uma tiragem de 100 000 exemplares, a edição foi distribuída, gratuitamente, nos meses de julho-agosto de 2012, para todas as presenças salesianas do Brasil: escolas, obras sociais, paróquias.

O próximo número da série, “A Boa Notícia”, está em fase final de produção e será distribuído às Casas salesianas no início de 2013. Nesta nova aventura serão narrados os primeiros milagres de Jesus e a sua luta com Satanás no deserto.

(BF-Infoans)

Fonte: Rádio Vaticano

Papa: "Viver o Natal com a humildade de Nossa Senhora" 

QUI, 20 DE DEZEMBRO DE 2012

POR: CNBB/RADIO VATICANO

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A audiência geral desta quarta-feira, 19 de dezembro, realizou-se na Sala Paulo VI. Nesta III semana do tempo de Advento, o Papa apresentou aos fiéis uma reflexão sobre a fé de Maria a partir do grande mistério da Anunciação.
Bento XVI começou lembrando que o anjo convidou a Virgem a se alegrar, chamando-a “cheia de graça”. Tal saudação anuncia o fim da tristeza que existe no mundo diante dos limites da vida, do sofrimento, da morte, da maldade, das trevas do mal que parece obscurecer a luz da bondade divina. “É uma saudação que marca o início do Evangelho, da Boa Nova” – prosseguiu o Pontífice.
“A fonte da alegria de Maria é a graça, a comunhão com Deus. Ela é a criatura que, mediante sua atitude de escuta da palavra e da obediência, abriu de modo único as portas a seu Criador, colocando-se em suas mãos, sem limites”.
“Assim como Abraão, Nossa Senhora também confiou plenamente na divina Palavra, convertendo-se em modelo e mãe de todos os cristãos. E do mesmo modo, sua fé também incluiu um momento de incerteza - as trevas da crucificação de seu Filho – antes de chegar à luz da Ressurreição”.
O Papa explicou que o mesmo ocorre no caminho de fé de cada um de nós: existem momentos de luz e passagens onde parece que Deus está ausente; seu silêncio pesa em nossos corações e sua vontade não corresponde à nossa. “Mas – ressalvou Bento XVI – quanto mais nos abrirmos a Deus, acolhermos o dom da fé e depositarmos Nele a nossa confiança – como fizeram Abraão e Maria – mais Ele nos ajudará a viver as situações da vida em paz e com a certeza de sua fidelidade e de seu amor. Isto acarreta que saiamos de nós mesmos e de nossos projetos e deixemos que a Palavra de Deus seja a lâmpada que guie nossos pensamentos e ações”.
“A fé sólida de Maria foi possível graças à sua atitude constante de diálogo íntimo com a Palavra de Deus, à sua humildade profunda e obediente, que aceitou tudo, até o que não compreendia da ação de Deus” – recordou o Papa.
Finalizando, Bento XVI disse que a solenidade do Natal nos convida a viver esta mesma humildade e obediência de fé. “A glória de Deus não se manifesta no triunfo e no poder do Rei, não resplandece numa cidade famosa, num suntuoso palácio, mas habita no ventre de uma virgem, se revela na pobreza de um menino”.
Como faz todas as quartas-feiras, Bento XVI leu aos fiéis breves resumos de sua catequese em várias línguas, inclusive português. Estas foram as suas palavras:
“No caminho do Advento, ocupa um lugar especial a Virgem Mãe, que acolheu na fé e na carne Jesus, o Filho de Deus. N’Ela vemos a criatura que, de modo incomparável, abriu de par em par as portas ao seu Criador, submetendo-Se livremente à vontade divina na obediência da fé: adere com plena confiança à palavra que Lhe anuncia o Mensageiro de Deus. E este «sim» de Maria à vontade divina repete-se ao longo de toda a sua vida até ao momento mais difícil: o da Cruz. Ela não se contenta com uma percepção imediata e superficial do que sucede na sua vida, mas entra em diálogo íntimo com a Palavra de Deus e deixa-se interpelar pelos acontecimentos, procurando a compreensão que só a fé pode garantir. Maria acolhe mesmo aquilo que não compreende do agir divino, deixando que seja Deus a abrir-Lhe o coração e a mente. Assim se tornou modelo e mãe de todos os crentes. Pela sua fé, todas as gerações A chamarão bem-aventurada”.
“Amados peregrinos de língua portuguesa, a minha saudação amiga para todos, com votos de um santo Natal de Jesus no coração e na família de cada um, pedindo a mesma humildade e obediência da fé de Maria e José, que vos faça ver, na força indefesa daquele Menino, a vitória final sobre todos os arrogantes e rumorosos poderes do mundo. Bom Natal!”.
Antes de se despedir dos fiéis, o Papa concedeu a todos a sua bênção. A próxima audiência geral de Bento XVI com os fiéis será em 2 de janeiro de 2013.

domingo, 16 de dezembro de 2012


Pesar de Bento XVI pela "tragédia insensata" em escola nos USA



Cidade do Vaticano (RV) - O Santo Padre, através do Secretário de Estado Tarcisio Bertone, enviou um telegrama de pesar pelas vítimas do tiroteio ocorrido ontem na Escola primária Sandy Hook, na cidade de Newtown, em Connecticut, nos Estados Unidos, quando morreram 28 pessoas, sendo 20 crianças entre 5 e 10 anos.
Lê-se no telegrama: “O Santo Padre foi imediatamente informado sobre o tiroteio ocorrido na Escola primária Sandy Hook, em Newton e pediu-me para transmitir seu profundo pesar e sua proximidade na oração para com as vítimas e familiares e para todos os atingidos pelo terrível acontecimento. Ele pede à Deus, nosso Pai, que console a todos que choram e que sustente toda a comunidade com a força espiritual que triunfa sobre a violência por meio do poder do perdão, da esperança e do amor reconciliador”.
Este é considerado o segundo maior massacre da história do país. Na Casa Branca, a bandeira dos Estados Unidos está hasteada a meio-pau. Adam Lanza, de 20 anos, é apontado pela polícia como principal suspeito, e teria se suicidado após o ataque realizado com três armas, sendo uma delas um rifle calibre 223. (JE)

Fonte: Rádio Vaticano

Bento XVI no Angelus: "Justiça e caridade não se opõem, mas se completam"


Cidade do Vaticano (RV) - Milhares de fiéis e peregrinos foram à Praça São Pedro neste III Domingo do Advento para participar da Oração Mariana do Angelus, conduzida pelo papa Bento XVI.

Em sua alocução, o pontífice deu continuidade à sua reflexão sobre João Batista, que neste domingo vem apresentado “quando fala às pessoas que se dirigem a ele no rio Jordão para serem batizadas. Enquanto João, com palavras enérgicas, exorta a todos a prepararem-se à vinda do Messias – diz o Pontíficie -, alguns perguntam a ele: “Que coisa devemos fazer?” (Lc 3, 10.12.14). Este diálogo é muito interessantes e se revela de grande atualidade”.

O Santo Padre explica que “a primeira resposta é dirigida à multidão em geral. Batista diz: “Quem tem duas túnicas, dê uma delas a quem não tem, e quem tem o que comer, faça o mesmo”. Aqui podemos ver um critério de justiça, animado pela caridade. A justiça pede para superar o desequilíbrio entre quem tem o supérfluo e quem falta o necessário; a caridade incentiva a ser atento ao outro e a ir ao encontro dos necessitados, ao invés de encontrar justificativas para defender os próprios interesses. Justiça e caridade não se opõe, mas são ambas necessárias e se completam mutuamente. “O amor será sempre necessário, mesmo na sociedade mais justa”, porque “sempre existirão situações de necessidade material nas quais é indispensável um auxílio na linha de um amor concreto ao próximo” ".

E continua Bento XVI: “a segunda resposta de João é dada a alguns “publicanos”, isto é, cobradores de impostos para os romanos. Somente por este fato, os publicanos já eram desprezados, mas também porque, frequentemente, se aproveitavam de sua situação para roubar. A esses o Batista não diz para mudar de profissão, mas de não exigir nada além do quanto é fixado. O profeta, em nome de Deus, não pede gestos excepcionais, mas antes de tudo, o comprimento honesto do próprio dever. O primeiro passo em direção à vida eterna é sempre a observância dos mandamentos; neste caso, o sétimo: “Não roubar” ".

Continuando sua meditação, diz o Santo Padre: “a terceira resposta diz respeito aos soldados, uma outra categoria dotada de um certo poder e por isto, pré-disposta a abusos. Aos soldados João diz: “Não maltratem e não façam extorsão à ninguém; contentai-vos com vosso pagamento”. Também aqui, a conversão começa na honestidade e no respeito pelos outros: uma indicação que vale para todos, especialmente para quem tem maior responsabilidade”.

Finalizando sua reflexão do Angelus, disse Bento XVI: “Considerando estes diálogos no seu conjunto, chama a atenção a grande realidade das palavras de João: a partir do momento que Deus nos julgar segundo nossas obras, é ali, nas atitudes, que é necessário demonstrar o seguimento de sua vontade. E justamente por isto as indicações de João Batista são sempre atuais: também no nosso mundo tão complexo, as coisas andariam muito melhor se cada um observasse estas regras de conduta. Oremos ao Senhor, por intercessão da Virgem Maria, para que nos ajude a nos preparar ao Natal, levando bons frutos de conversão (cfr Lc 3,8)”.

Após conceder sua bênção apostólica, o Santo Padre saudou os peregrinos presentes em diversas línguas. Na saudação em inglês, Bento XVI manifestou mais uma vez mais seu pesar pelas vítimas do tiroteio ocorrido nos Estados Unidos “assegurando às famílias das vítimas, especialmente àquelas que perderam um filho, a sua proximidade e orações” e pediu “que o Deus da consolação toque seus corações e alivie a sua dor”. Por fim, Bento exortou a todos a dedicarem-se neste tempo de Advento a gestos de paz. 

Bento XVI recordou em italiano que de 28 de dezembro a 2 de janeiro se realizará em Roma o encontro europeu dos jovens promovido pela Comunidade de Taizé. Ele agradeceu às famílias que, "mantendo a tradição de acolhida, disponibilizaram leitos e hospitalidade aos jovens".

O Santo Padre também dirigiu uma saudação especial às crianças de Roma, que como já é tradição, se dirigem à Praça São Pedro no III Domingo do Advento levando pequenas imagens do Menino Jesus para serem abençoadas e depois colocadas nos Presépios.(JE)

Fonte: Rádio Vaticano

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012


Reunião da Pastoral do Povo de Rua debate a Política Nacional dos Resíduos Sólidos

POR: CNBB

Povo_de_Rua_2012No dia 13 de dezembro, aconteceu na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), uma reunião da Pastoral do Povo de Rua em parceira com a Comissão Brasileira Justiça e Paz, organismo vinculado à CNBB, para discutir a situação da gestão da Política Nacional dos Resíduos Sólidos em relação a “Parceria Público-Privada (PPP) que começam a enxergar no lixo uma fonte de lucro e desconhecendo as populações que trabalham nesta área”, afirmou Gilberto Sousa, da CBJP.
“Esta é uma primeira reunião e temos por objetivo ampliar a discussão e torná-la pública aprofundando o debate em relação aos impactos nas áreas ambiental, social e econômica”, argumenta irmã Cristina Bove, da Pastoral do Povo de Rua. Segundo Ir. Cristina a Parceria Público-Privada permite possíveis processos tecnológicos de incineração dos resíduos no país e isso entra em confronto com a organização dos catadores de material reciclável, que consequentemente, perderão sua fonte de renda.
De acordo com Luiz Henrique da Silva, da coordenação do Movimento Nacional dos Catadores, os trabalhadores desta área estão passando por um momento difícil, pois o projeto em discussão é contrário à lei vigente para o recolhimento dos resíduos sólidos. “Nós defendemos que haja cumprimento da lei na íntegra, que seja feita a educação ambiental, o reaproveitamento das embalagens e a reciclagem para depois pensar em outras tecnologias”, destaca.
Representando o Ministério Público, a procuradora Margaret Matos de Carvalho, destaca a preocupação deste momento com a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos que “vem numa lógica totalmente diferente do que nós imaginávamos quando ela foi concebida, percebe-se nos grandes centros urbanos uma tecnologia que queima os resíduos sólidos e essa prática é uma prática que causa sérios danos sob o ponto de vista ambiental, econômico, social e da saúde pública”.
Segundo o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, da CNBB, padre Ari Antônio dos Reis, o grupo concluiu os trabalhos reafirmando o compromisso de levar a discussão da problemática dos catadores para a sociedade, a partir do diálogo com diferentes entidades em defesa dos direitos humanos e do apoio social, além de inseri-la no debate interno da CNBB com a perspectiva de confirmar o apoio na luta dos catadores. Firmaram ainda o compromisso de elaborar um dossiê tratando da problemática da coleta de lixo e sua ligação com o debate ambiental. Além disso, vislumbrou-se a possibilidade de uma audiência pública em 2013 junto à Comissão de Direitos Humanos do Senado. O próximo encontro ficou marcado para o dia 21 de fevereiro, na CNBB, onde darão continuidade ao debate e farão a avaliação dos encaminhamentos.