O presidente do Instituto que leva o nome do Papa, fala sobre os frutos do ministério de Paulo VI
Recorda-se nesta quinta-feira, 6, o 37° aniversário da morte do Beato Paulo VI. O Presidente do Instituto Paulo VI, Padre Angelo Maffeis, falou em entrevista à Rádio Vaticano, sobre a atualidade deste Papa que exerceu seu ministério como Sumo Pontífice da Igreja de 1963 a 1978.
“Nós constatamos também na casa natal de Paulo VI em Concesio que aumentaram os peregrinos que visitam este lugar, fazendo da ocasião uma oportunidade para redescobrir a importância desta figura. Me parece que após a beatificação de Paulo VI, também o dia de sua morte, que coincide com a Festa litúrgica da Transfiguração do Senhor, passou a adquirir um significado especial.”
O Instituto Paulo VI publicou recentemente um livro inédito de Montini, provavelmente escrito nos anos em que estava na Secretaria de Estado, em Roma, e que trata justamente de sua santidade. Padre Angelo Maffeis explica que o texto foi provavelmente preparado em vista de uma homilia ou de uma meditação que o então Montini pronunciou.
“E é um pensamento que parte desta constatação: ‘Temo que nunca me tornarei santo, pois a santidade é um ideal muito elevado, porque a preguiça impede de seguir esta santidade’. “
Para o padre a publicação é um sinal desta reflexão que acompanhou a vida de Montini e que foi selada com a beatificação. “Mostra, em qualquer modo, o tema que a Constituição sobre a Igreja Lumen Gentium do Vaticano II, no Capítulo V, indica quando fala da vocação universal à santidade: que este é o caminho e é a vocação e o destino de cada fiel”.
Ao falar da relação do Papa Francisco com o Papa Paulo VI, o Presidente do Instituto, afirma que Francisco indicou na Evangelii Nuntiandi, Exortação Apostólica escrita por Paulo VI, o documento mais importante, do ponto de vista pastoral, do pós-Concílio.
“Acredito que isto o ligue em profundidade ao Papa que guiou o Concílio à sua conclusão e deu as indicações para renovar a pastoral da Igreja nos anos sucessivos. Me parece que à luz da última Encíclica do Papa Francisco, Laudato Si, se possa reconhecer também uma outra ligação entre estes dois Papas. Me toca o fato de que Paulo VI na Populorum Progressio falasse de um desenvolvimento integral, e este adjetivo “integral”, voltou também na última Encíclica do Papa Francisco, quando fala da necessidade de uma ecologia “integral”.
Paulo VI foi o primeiro Papa a discursar na sede das Nações Unidas, em outubro de 1965, e dentro de pouco mais de um mês será a vez do Papa Francisco falar a ONU.
“Não obstante as dificuldades, que frequentemente a convivência entre os povos encontra, me parece que seja um sinal desta vontade da Igreja, que continua a dar a sua contribuição à convivência pacífica entre os povos, a percorrer caminhos novos”, concluiu Padre Angelo Maffeis.
Fonte: Canção Nova
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