“Herodes disse: Eu mandei degolar João. Quem é esse homem, sobre quem ouço falar essas coisas? E procurava ver Jesus.” (cf. Lc 9,7-9)
Quem é Jesus Cristo para mim? Vemo-lo frequentemente como um modelo a imitar. Mas reparamos que é um modelo altíssimo, inacessível, inatingível para as nossas frágeis forças humana. Quem poderá amar como Ele amou? Então pensamos talvez que o cristianismo é na realidade uma religião para pessoas particularmente dotadas, mas não para quem todos os dias deve combater as suas fraquezas em casa, no trabalho, nos estudos.
Será que descobrimos que, como Herodes, não conhecemos quem é Jesus verdadeiramente. Então o único caminho para conhecê-lo é o da fé. É um caminho que nos leva não tanto ao Templo da religiosidade, mas a uma comunidade concreta, a sua Igreja, onde Ele se deixa encontrar.
Acerca das perguntas que dizem respeito à identidade de Jesus, como acerca das perguntas fundamentais da vida, corre-se um risco enorme: fecharmo-nos e procurarmos sozinhos sem diálogo com os outros, as nossas respostas. A vida numa comunidade cristã, pelo contrário, ajuda no encontro com os irmãos e as irmãs que nos podem dar uma mão. Naturalmente ninguém pode substituir-nos, mas é importante que não façamos perguntas a nós mesmos e encontremos respostas, sempre voltados para nós próprios como, afinal, faz Herodes; assim arriscamo-nos a decapitar a verdade ou quem nos fala dela.
Senhor, ensinai-nos a descobrir nas nossas comunidades o Rosto do vosso Filho Jesus Cristo, caminho, verdade e vida. (Pe. José Assis Pereira Soares)
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