Evitar a tentação de regredir e do "progresso adolescente", adverte Francisco - 12/06/2013
Não devemos ter medo da liberdade que o Espírito Santo nos dá: foi o que
destacou o Papa Francisco na Missa desta manhã na Casa Santa Marta,
concelebrada pelo Cardeal brasileiro João Braz de Aviz.
“Não vim
para abolir a lei”: o Pontífice desenvolveu a sua homilia partindo
dessas palavras de Jesus aos discípulos e observou que este trecho
evangélico segue o das bem-aventuranças, “expressão da nova lei” mais
exigente do que a de Moisés.
Esta lei, acrescentou, é “fruto da
Aliança” e não pode ser compreendida sem ela. Jesus, afirmou o Papa, “é a
expressão da maturidade da lei”, e quando chegar à plenitude, é por
obra do Espírito Santo:
“O caminhar por esta estrada comporta
riscos, mas é a única estrada da maturidade, para sair dos tempos nos
quais não estamos maduros. Neste caminho rumo à maturidade da lei, que
vem com a pregação de Jesus, há sempre medo, medo da liberdade que o
Espírito nos dá. A lei do Espírito nos faz livres!”
A lei do
Espírito, disse ainda, nos leva num caminho de discernimento contínuo
para fazer a vontade de Deus. Neste percurso, devemos estar atentos a
duas tentações: a de regredir, porque nos sentirmos mais seguros, e a do
“progresso adolescente”, que nos faz sair do caminho ao tentar englobar
outros valores e outras leis.
“Como os adolescentes que querem
ter tudo com o entusiasmo e acabam por escorregar... É quando a estrada
está coberta de gelo e o carro derrapa e sai do caminho... Nós, neste
momento da história da Igreja, não podemos nem regredir nem sair da
estrada!”
A estrada é a da liberdade no Espírito Santo, que nos
faz livres, no discernimento contínuo sobre a vontade de Deus. Peçamos
ao Senhor, concluiu, “de prosseguir com a graça do Espírito Santo”.
Fonte: Catolica Net
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