Teologia do corpo e Castidade, fontes espirituais do namoro
Na comemoração do dia dos
namorados, percebe-se que esta palavra e denominação inclui várias
experiências as vezes não compatíveis com o namoro cristão. Para começo
de conversa, namorar significa criar e gerar vínculos amorosos na
perspectiva da comunhão e vocação matrimonial. Namorar é ser capaz de
construir um projeto conjugal de união oblativa, que una duas vidas para
sempre.
O bem-aventurado João Paulo II, ensinou que o nosso corpo
reflete o esplendor da Santíssima Trindade, os namorados são chamados a
crescer na comunhão interpessoal e a se prepararem para um ato e estado
de consagração total do amor, que chamamos de casamento. A sexualidade
deve expressar a total entrega como dom na reciprocidade e fidelidade da
aliança esponsal do matrimônio cristão.
A castidade é a virtude
que purifica o olhar, as intenções, a mística de respeitar, amar e
querer bem ao outro, valorizando-o em todo o seu ser como um presente
precioso dado por Deus a nós. Um amor verdadeiro e autêntico é capaz de
esperar, de renunciar a tudo aquilo que está reservado para o momento
pleno da conjugalidade marital, para desenvolver a ternura, delicadeza, e
a arte de encantar ao futuro esposo/a. Pensar que atropelar ou
descaracterizar a etapa do namoro, vai trazer algum aprendizado é o
mesmo que querer ser amigo convivendo com a traição.
Diante do
erotismo exacerbado e os apelos à pornografia e o sexo descompromissado,
a castidade nos reconduz ao plano de Deus unindo o que o pecado separa,
despertando para a beleza de um amor puro, incontaminado, integro e
fiel que conta com a benção e a amizade de Jesus Nosso Senhor. Que Santo
Antônio que une corações olhe para os namorados com amabilidade e
desperte neles o verdadeiro amor nupcial, o amor que não passa.
Deus seja louvado!
Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)
Fonte: Canção Nova
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