terça-feira, 9 de junho de 2015

Francisco, entre gestos e discursos





Há quem diga que hoje o casamento está “fora de moda”; Está fora de moda? Na cultura do provisório, do relativo, muitos pregam que o importante é “curtir” o momento, que não vale a pena comprometer-se por toda a vida, fazer escolhas definitivas, “para sempre”, uma vez que não se sabe o que reserva o amanhã. Em vista disso eu peço que vocês sejam revolucionários, eu peço que vocês vão contra a corrente; sim, nisto peço que se rebelem: que se rebelem contra esta cultura do provisório que, no fundo, crê que vocês não são capazes de assumir responsabilidades, que não são capazes de amar de verdade. Eu tenho confiança em vocês, jovens, e rezo por vocês. Tenham a coragem de “ir contra a corrente”. E também tenham a coragem de ser felizes!” (Papa Francisco, JMJ 2013).
Em meio ao espetáculo da fé suscitadas pelas ações inspiradoras do Papa Francisco, como as sucessivas quebras de protocolo e o contato com as massas, o jesuíta com alma franciscana, que se espelhou nos mais importantes ícones da cristandade como lema petrino, tem impressionado aos mais atentos com o seu discurso recheados de simbologia e por uma catequese hermenêutica, sem qualquer tipo de eufemismo ou adaptações seculares.
Papa Francisco é inspirador! Ao longo de dois milênios, nós católicos temos sido guiados firmemente na barca de Pedro, apesar dos solavancos ocasionados pelas armadilhas da história.  Jorge Bergoglio quer uma igreja mais atenta aos problemas sociais, sem sucumbir-se às práticas ideológicas equivocadas das décadas de 70 e 80, que convergiram para uma adoção marxista e totalmente desalinhada com a Santa Sé. É possível ir às periferias sem que isso seja uma bandeira de libertação, apesar de que as pessoas precisem SIM livrar-se de suas angústias existenciais, como lembra Francisco.
É preciso que enfrentemos verdadeiramente a cultura de morte, fomentadas pelas campanhas em defesa do aborto, da legalização da maconha e da eutanásia. Nesse sentido, ser um autêntico seguidor do evangelho da salvação é nadar contra a corrente, como bem recorda o Santo Padre em seu inesquecível pronunciamento aos jovens voluntários da JMJ 2013, ocorrido no Rio de Janeiro.
            É necessário SER PROFETA em meio ao relativismo que tanto seduz, mas que em sua efemeridade, encontra a mais evidente de todos os problemas. É preciso ANUNCIAR Jesus Cristo como forma de ruptura a tudo aquilo que provoca esvaziamento da fé. Daí surge o segundo objetivo do discípulo, DENUNCIAR. Na sociedade da informação é preciso ir “além missa” e necessariamente ir de encontro com os discursos pós-modernos que tentam dessacralizar o sagrado e atingir a família em sua constituição. RENUNCIAR significa, como terceira meta profética, não ter medo de ser mensageiro da verdade em meio a um mundo muitas vezes confuso e sedento de referências.
           







Nenhum comentário:

Postar um comentário