Jaquelina vive na cidade de San Lorenzo, a 300 km de Buenos
Aires – curiosamente, mesmo nome do time da capital do qual Francisco é torcedor. No ano passado, para
surpresa dela, o padre local a proibiu de comungar na missa de crisma de suas
filhas porque seu marido, Julio Sabetta, já havia sido casado.
“O padre disse que, por mais que ela se confessasse e
comungasse, quando voltasse para casa estaria outra vez em pecado”, disse
Sabetta.
Em setembro, Jaquelina decidiu escrever a Francisco para saber o que ela deveria fazer, já
que não sentia que estava participando da missa se não podia comungar. Ela só não
esperava que fosse receber uma resposta.
Na segunda-feira, segundo
Jaquelina, o papa telefonou para a casa dela se
apresentando como o “padre Bergoglio”, nome de batismo de Francisco, e os dois
conversaram durante dez minutos.
Depois de se desculpar pela demora em responder, Francisco disse que Jaquelina “estava livre de
todo o pecado” e que fosse comungar “tranquilamente”, mas em outra igreja,
para não causar atrito com o sacerdote que lhe negou o sacramento.
“Alguns são mais papistas que o papa. Vá a outra paróquia e se
confesse, que não há nenhum problema”, teria dito Francisco, segundo disse
Jaquelina a uma rádio.
O papa também contou à argentina que a
condenação do divórcio e do segundo casamento pelo catolicismo está sendo
tratada pelo Vaticano. “É um tema que está sendo abordado na Igreja (Católica),
porque o divorciado que comunga não está fazendo nada de mau”, afirmouFrancisco,
de acordo com ela.
Em outubro, questões tabu, como divórcio, aborto e união
entre pessoas do mesmo sexo serão abordadas numa reunião de bispos.
No fim de 2013, o Vaticano enviou às paróquias um
questionário sobre a evolução das famílias modernas. Além de pedir o número de
divorciados, a Santa Sé queria saber se essas pessoas se sentiam marginalizadas
ou sofriam por não poderem receber os sacramentos. (fonte;
http://www.carlosmagno.com.br/)
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