O cardeal avaliou como positivo o quadriênio em que esteve à frente da CNBB e citou alguns dos principais pontos deste período.
O Arcebispo de Aparecida e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Raymundo Damasceno Assis, atendeu a imprensa na manhã desta terça-feira, 14, no Santuário Nacional.
Dom Damasceno falou aos jornalistas sobre a 53ª Assembleia Geral da CNBB, que será realizada de 15 a 24 de abril em Aparecida (SP) e fez um balanço dos seus quatro anos à frente da conferência.
O cardeal avaliou como positivo o quadriênio em que esteve à frente da CNBB e citou alguns dos pontos alto deste período: “Destaco como positivo a visita do Papa Francisco a Aparecida e ao Rio de Janeiro em virtude da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e também nossa representatividade durante o Sínodo Ordinário para a Nova Evangelização para transmissão da Fé e o Sínodo Extraordinário para a Família”.
Aos jornalistas Dom Damasceno destacou os temas das últimas Campanhas da Fraternidade como ‘Saúde Pública’ em 2012, no qual resultou no Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLP) Saúde+10, entregue ao Congresso Nacional, após recolher mais de dois milhões de assinaturas, a preocupação com a juventude (2013), com o tráfico humano (2014) e o envolvimento Igreja e Sociedade (2015).
Sobre a presença da Igreja na sociedade, Dom Damasceno citou o apoio ao Projeto de lei de iniciativa popular para a Reforma Política Democrática e Eleições Limpas e o avanço na coleta de assinaturas.
Citando as palavras do Papa emérito Bento XVI, na ocasião da inauguração do CELAM em 2007, Dom Damasceno destacou que “A Igreja é advogada da justiça e dos pobres”. “Nós queremos provocar um debate, o diálogo na sociedade. A Igreja, como instituição, não pode ficar alheia aos problemas que afetam o nosso povo”, completou.
O arcebispo elencou alguns dos desafios pastorais da Igreja no Brasil para o próximo quadriênio. “Os desafios são muitos e destaco a formação dos nossos leigos para que atuem com mais responsabilidade na sociedade, o diálogo com a juventude, problemas da injustiça social, a questão indígena e quilombola, entre outros”, afirmou.
Assembleia Geral dos Bispos do Brasil
Durante a Assembleia Geral (AG) será apresentado aos bispos do Brasil um informe da presidência com um balanço do último quadriênio. O Cardeal reiterou ainda que este ano, a AG será eletiva, ou seja, serão escolhidos a nova presidência para o mandato de 2015 a 2019 e os 12 presidentes das Comissões Episcopais Pastorais. Dom Damasceno deixará o cargo de presidente, que ocupou nos últimos quatro anos.
Ainda durante a Assembleia serão eleitos quatro delegados para o próximo Sínodo da Família e seus dois suplentes, além de um delegado da conferência junto ao Conselho Episcopal Latino-americano (Celam) e seu suplente.
Pela primeira vez em Aparecida, a votação para escolha da presidência da CNBB será realizada através de urna eletrônica, o que segundo o cardeal traz mais dinâmica e praticidade à eleição.
Tema central
Sobre o tema central da AG, Dom Damasceno afirmou que serão discutidas as atualizações das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) para o quadriênio de 2015 a 2019. Como tema prioritário, os bispos darão continuidade ao estudo do Estudo nº 107 da CNBB, ‘Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade’.
“As Diretrizes serão atualizadas à luz dos documentos pontifícios, sobretudo à luz da Exortação Apostólica Evangelli Gaudium (A alegria do Evangelho) e com base nos discursos do papa Francisco aos bispos do Brasil durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e do discurso do Pontífice no Celam”, completou. (Fonte Canção Nova)
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