sexta-feira, 26 de julho de 2019

Entenda o que é e como funciona a Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos

De 6 a 27 de outubro deste ano, o Vaticano realiza a Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos. O tema em discussão será “Amazônia: novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral”.

Mas o que é o Sínodo?

É uma instituição permanente da Igreja Católica que foi criada pelo papa Paulo VI, em resposta aos desejos dos padres do Concílio Vaticano II. A intenção é manter vivo o espírito de colegialidade nascido na experiência conciliar.

Resgatando o sentido etimológico da palavra “sínodo”, chega-se aos termos gregos syn (que significa “juntos”) e hodos (que significa “caminho”), numa junção que expressa a ideia de “caminhar juntos”. A reunião desta instituição permanente da Igreja consiste em um encontro religioso ou assembleia na qual alguns bispos, reunidos com o papa, têm a oportunidade de trocarem informações e compartilhar experiências.
O objetivo comum destas reuniões é buscar soluções pastorais que tenham aplicação universal. A Santa Sé define o Sínodo, em termos gerais, como uma assembleia de bispos que representa o episcopado católico e tem como tarefa ajudar o Papa no governo da Igreja universal dando-lhe seu conselho.
Desde quando existe?
 
O Sínodo dos Bispos foi instituído pelo Papa Paulo VI  com o Motu proprio “Apostolica sollicitudo”, de 15 de setembro de 1965. Desde então, foram realizadas 25 Assembleias Sinodais. Segundo definição do próprio Pontíf“É uma instituição eclesiástica, que nós, interrogando os sinais dos tempos, e ainda mais procurando interpretar em profundidade os desígnios divinos e a constituição da Igreja Católica, estabelecemos, após o Concílio Vaticano II, para favorecer a união e a colaboração dos bispos de todo o mundo com essa Sé Apostólica, através de um estudo comum das condições da Igreja e a solução concorde das questões relativas à sua missão. Não é um Concílio, não é um Parlamento, mas um Sínodo de particular natureza” convocado sempre que houver alguma necessidade específica em determinada realidade e contexto histórico.
 
 
Como trabalha um Sínodo?
A metodologia que pauta os trabalhos do Sínodo é baseada na colegialidade, um conceito que caracteriza cada fase do processo sinodal, desde a preparação até as conclusões das Assembleias. Os trabalhos alternam análises e sínteses, com uma dinâmica que permite a verificação dos resultados e o exame de novas propostas.

A escolha do tema
 
Quem escolhe o tema do Sínodo é o Papa, após um estudo elaborado pelo Conselho da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos, que avalia as sugestões recebidas. Com o tema definido, prepara-se a “Lineamenta”, um documento que apresenta as linhas principais do tema do Sínodo e, após a aprovação do Papa, é enviado ao episcopado. Após um estudo, os bispos enviam uma relação sobre essa “Lineamenta” para a Secretaria Geral. Só então é redigido, documento de trabalho que é ponto de referência durante a Assembleia sinodal. Por fim, o Papa emite um documento chamado Exortação Apostólica, no qual resume e aprova as principais co
Também chamadas Assembleias Territoriais são os momentos de leitura do Documento Preparatório e ESCUTA do Povo de Deus que apresentam suas angústias, desafios e perspectivas mediante a temática sinodal para compor o Documento de Trabalho –  “Lineamenta”
Documento de Trabalho
Ou “Lineamenta”, é um documento que apresenta as linhas principais do tema do Sínodo e, após a aprovação do Papa, é enviado aos bispos e demais componentes do Conselho Sinodal. Ele é escrito com a contribuição de todo o Povo de Deus reunido nas Assembleias Sinodais enviado ao Conselho Sinodal. É o documento de referência para a Assembleia Sinodal que subsidia o Papa para a elaboração do documento chamado Exortação Apostólica.
Conselho Sinodal
É um grupo de estudos formado pelos bispos, lideranças pastorais e especialistas envolvidos diretamente co
Exortação Apostólica
Documento Final assinado pelo Papa que resume as principais conclusões da Assembleia Sinodal e passa a ser um ponto de referência para a caminhada da Igreja.
Com informações do Vatican News e portal Canção Nova

 







Fonte:CNBB

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