sexta-feira, 12 de julho de 2019

Reflita sobre a Igreja Universal e a Igreja Particular


A Igreja Particular

Caro internauta, no artigo anterior, tratamos da Igreja Universal e vimos a importância do termo grego “koinonía”, que quer dizer “comunhão”. Vimos, também, que a Igreja Universal é aquela fundada por Cristo e tem como Sumo Pontífice o sucessor de Pedro. Além disso, descobrimos que a Igreja universal não deve ser concebida como a soma das Igrejas particulares. Nesse artigo, teremos a oportunidade de saber o que os documentos da Igreja, especialmente o Catecismo da Igreja Católica e o Documento de Aparecida, escrito por ocasião da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe nos apresenta acerca da Igreja Particular.

De imediato, quero apresentar uma síntese do parágrafo 833 do Catecismo da Igreja Católica, a qual diz que a Igreja particular é entendida como uma comunidade de fiéis cristãos em comunhão com o seu bispo ordenado na sucessão apostólica. Essa comunhão se dá por meio da vivência da fé e da participação na instituição dos sacramentos. As Igrejas particulares são formadas à imagem da Igreja universal. É, em primeiro lugar, a diocese.

Convém enfatizar que as Igrejas particulares são plenamente católicas, haja vista a comunhão com Igreja de Roma. Em outras palavras, a Igreja particular é totalmente Igreja, contudo, não é toda a Igreja. O parágrafo 886 do Catecismo afirma que “cada bispo, individualmente, é o princípio e o fundamento da unidade na sua respectiva Igreja particular” e, sobre ela, “exerce a sua autoridade pastoral sobre a porção do povo de Deus que lhe foi confiada”. Esse bispo, por sua vez, é assistido pelos presbíteros e diáconos.

A importância da Igreja particular na vivência das vocações
O Documento de Aparecida lança mais luzes a esse respeito. A partir do número 164 do referido documento, pode-se perceber a importância da vida em comunidade para o amadurecimento da vocação cristã. A vocação cristã, aliás, sempre supõe a pertença a uma comunidade. “Deus não quis nos salvar isoladamente, mas formando um povo”.
A Diocese, presidida pelo bispo, é o primeiro espaço da comunhão da missão. É o bispo que estimula e conduz a ação pastoral desse território. As paróquias são “células vivas da Igreja”, quer dizer, é o lugar privilegiado para que o fiel tenha uma experiência concreta com Cristo. A atitude do fiel para com o seu bispo deve estar baseada no respeito e na obediência.
O mesmo Documento, no número 170, traz uma linda expressão acera das paróquias. Elas são chamadas a ser “casas e escolas de comunhão”. Além disso, elas são o espaço de iniciação cristã, de formação, educação e celebração da fé, e devem estar abertas aos diversos carismas, serviços e ministérios. É justamente em função dessa variedade de apostolado que os Documentos eclesiásticos consideram as Igrejas particulares como “células” da Igreja. Uma célula, por menor que seja, possui todo o código de DNA daquele corpo, embora não seja todo o corpo.
Fonte: Canção Nova

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