domingo, 20 de fevereiro de 2011

Formação e o treinamento na Pascom


Promova a formação e o treinamento de equipes para atuar na Pascom em sua comunidade
POR HELENA CORAZZA, FSP
Para atingir seus objetivos, toda equipe precisa de treinamento que consiste em conhecer com profundidade e de forma progressiva o objeto de seu trabalho. Mas não basta conhecer. É preciso amar de paixão o que se faz. E em se tratando de um assunto que diz respeito à ação da Igreja, o conhecimento e o amor se sustentam pela espiritualidade que é o seguimento de Jesus Cristo, comunicador do Pai.
 Entende-se por “pastoral” uma ação organizada e planejada, inserida na comunidade eclesial. E isso, na área da comunicação envolve o diálogo entre fé e cultura no interno da comunidade e, sobretudo, com a sociedade. A comunicação é aqui entendida como processo relacional, envolve o ser humano nas relações consigo mesmo, com o outro e com a sociedade.
PASCOM
O fundamental na PASCOM é acreditar. Acreditar e estar convencidos de que é possível comunicar-nos entre nós, articular pessoas e obter resultados no campo da evangelização. Por isso, antes de qualquer consideração sobre a formação e o treinamento de pessoas, importa trazer algumas ideias chaves ou paradigmas que estão no horizonte desta missão.
O Documento Comunhão e Progresso (CP), n. 11, coloca o modelo primordial de comunicação na pessoa de Jesus Cristo, comunicador do Pai, que “pela Encarnação faz-se semelhante àqueles que haviam de receber a sua mensagem; mensagem que comunicava com as palavras e com a vida. Não falava como que ‘de fora’, mas ‘de dentro’ a partir do seu povo”. Outro modelo para os comunicadores (as) de hoje é o Apóstolo Paulo, o primeiro evangelizador da cultura nos inícios do cristianismo. E não se pode esquecer de Maria, a Mãe do Verbo, que encarnou em si a Palavra de Deus e comunicou o Verbo da Vida. Ela a quem o bem-aventurado Tiago Alberione chama de “Editora de Deus” e o Documento de Aparecida, n. 266, caracteriza como “interlocutora do Pai em seu projeto de enviar seu Verbo ao mundo”.
Fortes razões solidificam o “ser e atuar” das equipes da PASCOM. Daí a importância de ter um conhecimento amplo no campo da comunicação e em outras áreas, para ter condições de dialogar com as pessoas na sua diversidade, tanto as que participam da comunidade quanto e, sobretudo, as que estão afastadas.
 7 pontos fundamentais para a formação e o treinamento das equipes
1. Formação. Conhecer o que é a PASCOM; o que a Igreja diz em seus documentos específicos na área da comunicação em nível nacional, de América Latina e universal (dados pela Suprema Autoridade da Igreja ou pelo Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais). Conhecer a história da Igreja na Comunicação. Muitas são as publicações, estudos acadêmicos realizados sob diversos olhares. Conhecer o que diz o Documento Aparecida nos nn. 484-490, onde pela primeira vez a Igreja chama de Pastoral da Comunicação.
2. Amar a Pastoral da Comunicação e dedicar-se a ela. Apaixonar-se pela dimensão comunicacional do ser humano e da Instituição. O conhecimento e o amor fazem romper as barreiras e resistências de quem não acredita, não acha necessária ou não conhece e ainda se pergunta se é preciso a PASCOM na Igreja e dificulta a sua articulação. Muitas são as dificuldades que os coordenadores (as) enfrentam e só um grande amor e a consciência de que estamos em um “areópago” não deixa desanimar.
3. Formar uma equipe de algumas pessoas, ainda que sejam três ou quatro para começar. Os Estudos das CNBB, n. 75, levantam algumas características para as lideranças, na tentativa de traçar um perfil: capacidade de escuta e diálogo, ser aprendiz permanente, visibilidade/testemunho, amor e paixão pela comunicação, vibrar pela missão, ser capaz de interagir com a diversidade, ter criatividade na busca de soluções.
4. Articular a PASCOM com as demais pastorais e com o contexto social. Trabalhar a interação com as pastorais fazendo circular as informações pelos diversos meios existentes: jornal, rádio, TV, internet com suas possibilidades, Assessoria de Imprensa.
5. Cultivar a espiritualidade e um novo olhar aberto às mudanças de linguagem e atento às mudanças culturais. Pode haver a tendência de um olhar comunicativo “para dentro”, sem preocupar-se com a dimensão missionária que a PASCOM tem.
6. Cultivar o discernimento. Na relação com a sociedade, o mundo e o mercado perguntar-se sempre: o que muda e o que permanece. Por isso, antes de planejar é preciso refletir, discernir para ter estratégias adequadas e coerentes com o Evangelho e o pensamento da Igreja.
67 estrategicamente a PASCOM – ação no interno da comunidade e em relação com a sociedade – fora. Muitos são os métodos de planejar que podem ser utilizados. A visão estratégica no planejamento é saudável e ajuda muito. É bom inspirar-se no documento Aetatis Novae que dá os elementos para bem planejar.
Helena Corazza, FSP é Religiosa da Congregação das Irmãs Paulinas, Jornalista, Mestra em Ciências da Comunicação pela USP, Escritora, Diretora do SEPAC (Serviço à Pastoral da Comunicação), co-autora do livro “Pastoral da Comunicação, diálogo entre fé e cultura”, Paulinas-SEPAC, entre outros.
Fonte: SEPAC

Um comentário:

  1. oi gente, sou Hélio Diniz de Fátima aqui estou querendo postar este notícia e fazer um treinamento na Paróquia de Fátima.
    www.paroquiadefatimacg.blogspot.com

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