Bispos tratam da importância da festa de Corpus Christi
No
dia 7 de junho a Igreja celebra a festa do Corpo de Deus, mais
conhecida como “Corpus Christi”. É uma celebração onde é realizada uma
procissão pelas vias públicas, missa, e adoração ao Santíssimo
Sacramento, com o objetivo de estimular, entre os diocesanos, o espírito
de unidade e fraternidade, por meio do mistério da Eucaristia - o
Sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo. Em artigos publicados
no site da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), bispos
opinam sobre o real significado da celebração na vida do povo cristão.
O cardeal Odilo Pedro Scherer e
arcebispo de São Paulo (SP), em artigo publicado, afirma que Corpus
Christi “destaca o dom da Eucaristia e coloca em evidência os mistérios
centrais de nossa fé e da vida cristã”.
“Saímos de nossas igrejas e vamos, com
Jesus na Eucaristia, para as ruas e praças de nossas cidades, anunciando
que ‘Ele está no meio de nós’ e habita conosco e orienta nossa
história; nossas atividades cotidianas, nossas ocupações profissionais e
responsabilidades sociais, nosso convívio social, nada disso é
indiferente à nossa fé: em tudo somos ‘testemunhas de Deus’, discípulos
missionários de Jesus Cristo”.
Em artigo intitulado por ‘Festa do Corpo
de Deus’, o bispo de Santa Cruz do Sul (RS), dom Canísio Klaus diz que
Corpus Christi é uma “manifestação pública de fé, Corpus Christi é a
festa da comunhão e da ação de graças. Por meio dela, enquanto se elevam
hinos de ação de graças, se expressa também o desejo de viver uma
íntima relação com Deus e uma fraterna comunhão com os irmãos”.
Para o arcebispo do Rio de Janeiro (RJ),
dom Orani João Tempesta, a solenidade de corpus Christi traz à tona a
reflexão das responsabilidades cristãs, perante à vida e ao evangelho.
“É a grande solenidade que nos pergunta sobre o Mistério da presença de
Deus na história e em nossa vida. É também uma oportunidade de, nestes
tempos de perda de valores, principalmente do esquecimento de Deus, cada
um de nós nos recolocarmo a caminho d’Aquele com quem já nos
encontramos, mas que necessitamos de continuar buscando-O ainda mais.
Esta solenidade coloca-nos no centro e sentido de todas as demais
celebrações.”
Tradição
Em 1983, o novo Código de Direito
Canônico - canôn 944 – estipulou que fosse mantida a obrigação de
manifestar 'o testemunho público de veneração para com a Santíssima
Eucaristia' e 'onde for possível haja procissão pelas vias públicas'.
Cada diocese se mobiliza para realizar a celebração, por isso cabe aos
bispos escolherem de que forma a festa será promovida, para garantir a
participação dos diocesanos.
Na data existe a tradição de enfeitar as
ruas com tapetes que cobrem o trajeto por onde passará a procissão de
Corpus Christi. Feitos com serragem colorida, flores, vidro moído, pó de
café e outros materiais, a confecção desses tapetes, de colorido vivo e
desenhos de inspiração religiosa, mobiliza grande número de fiéis. Essa
procissão do povo de Deus, recorda a busca à Terra Prometida. No Antigo
Testamento, esse povo foi alimentado com maná, no deserto, e hoje, é
alimentado com o próprio Corpo de Cristo.
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