O evangelista Marcos narra-nos o chamamento dos apóstolos. Jesus chama
para junto de si “os que Ele quer”. Nenhuma profissão é obstáculo para
exercer o apostolado; Deus não olha para a vida passada, não exige mais
que a correspondência a seu chamado.
O apostolado é obra
exclusivamente sua e Ele dá sua graça a quem quer; daí não termos razão
alguma para envaidecer-nos, pois o mérito de nossa escolha ou chamado não se fundamenta em nós, mas na sua infinita liberalidade.
Jesus chamou os doze, separou-os, a fim de que o seguissem, a fim de
que caminhassem sempre com Ele, a fim de que estivessem e vivessem com
Ele e para enviá-los a pregar; e, ao torná-los participes de sua missão,
confere-lhes também seus poderes messiânicos e redentores. Talvez
atualmente não sejam tão visíveis as obras maravilhosas e prodígios
operados pelos discípulos do Senhor Jesus, no entanto são muitas as
maravilhas da graça e as do amor que operam nas próprias almas e nas dos
outros; e o poder do demônio vai diminuindo à medida que avança o poder
do Espírito, impulsionando os verdadeiros discípulos de Jesus em seu
apostolado.
O Senhor também chama a cada um de nós pessoalmente para
embarcarmos com alegria e generosidade incondicional na grande aventura
de seguir os seus passos. Ele tem a iniciativa e cabe a nós querermos
colaborar.
A descoberta da vocação pessoal é o momento mais
importante da vida de todo cristão. Da resposta fiel a esse chamado
divino dependem a felicidade própria e a de muitos outros. Deus
cria-nos, prepara-nos e chama-nos em função de um desígnio eterno.
A
decisão inicial de seguir o Senhor é, porém, a base de muitos outros
chamados ao longo da vida. A fidelidade realiza-se dia a dia,
normalmente em coisas que parecem de pouca importância, nos pequenos
deveres cotidianos, no cuidado em afastar tudo aquilo que possa ferir o
que é a essência da própria vida. Não basta preservar a vocação; é
preciso renová-la, reafirmá-la constantemente: quando parece fácil e nos
momentos em que tudo custa. Com uma certeza teremos sempre a ajuda
necessária para sermos fieis. Quanto mais dificuldades, mais graças.
Obrigado, Senhor, por nos chamares a seguir-te, a partilhar a tua vida,
os teus sonhos, a tua palavra, a tua missão evangelizadora no meio do
nosso ambiente familiar, de trabalho, na escola em todo lugar. (Pe José Assis Pereira Soares)
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