sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

“Jesus subiu ao monte e chamou os que desejava escolher.” (cf. Mc 3,13-19) - Pe José Assis Pereira Soares


O evangelista Marcos narra-nos o chamamento dos apóstolos. Jesus chama para junto de si “os que Ele quer”. Nenhuma profissão é obstáculo para exercer o apostolado; Deus não olha para a vida passada, não exige mais que a correspondência a seu chamado.

O apostolado é obra exclusivamente sua e Ele dá sua graça a quem quer; daí não termos razão alguma para envaidecer-nos, pois o mérito de nossa escolha ou chamado não se fundamenta em nós, mas na sua infinita liberalidade.

Jesus chamou os doze, separou-os, a fim de que o seguissem, a fim de que caminhassem sempre com Ele, a fim de que estivessem e vivessem com Ele e para enviá-los a pregar; e, ao torná-los participes de sua missão, confere-lhes também seus poderes messiânicos e redentores. Talvez atualmente não sejam tão visíveis as obras maravilhosas e prodígios operados pelos discípulos do Senhor Jesus, no entanto são muitas as maravilhas da graça e as do amor que operam nas próprias almas e nas dos outros; e o poder do demônio vai diminuindo à medida que avança o poder do Espírito, impulsionando os verdadeiros discípulos de Jesus em seu apostolado.

O Senhor também chama a cada um de nós pessoalmente para embarcarmos com alegria e generosidade incondicional na grande aventura de seguir os seus passos. Ele tem a iniciativa e cabe a nós querermos colaborar.

A descoberta da vocação pessoal é o momento mais importante da vida de todo cristão. Da resposta fiel a esse chamado divino dependem a felicidade própria e a de muitos outros. Deus cria-nos, prepara-nos e chama-nos em função de um desígnio eterno.
 
A decisão inicial de seguir o Senhor é, porém, a base de muitos outros chamados ao longo da vida. A fidelidade realiza-se dia a dia, normalmente em coisas que parecem de pouca importância, nos pequenos deveres cotidianos, no cuidado em afastar tudo aquilo que possa ferir o que é a essência da própria vida. Não basta preservar a vocação; é preciso renová-la, reafirmá-la constantemente: quando parece fácil e nos momentos em que tudo custa. Com uma certeza teremos sempre a ajuda necessária para sermos fieis. Quanto mais dificuldades, mais graças.

Obrigado, Senhor, por nos chamares a seguir-te, a partilhar a tua vida, os teus sonhos, a tua palavra, a tua missão evangelizadora no meio do nosso ambiente familiar, de trabalho, na escola em todo lugar. (Pe José Assis Pereira Soares)

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