Desde o início de seu pontificado, o papa Francisco não tem se esquivado de abordar temas polêmicos, como os casos de pedofilia na Igreja Católica e a corrupção no Vaticano. Agora, em uma visita a um templo evangélico na Itália, na semana passada, o pontífice pediu perdãoaos pentecostais por perseguições cometidas pelos católicos, especialmente durante o regime fascista italiano (1922-1943), quando essa denominação religiosa era proibida por lei.
“Entre as pessoas que perseguiram os pentecostais houve também católicos: eu sou o pastor dos católicos e peço perdão por aqueles irmãos e irmãs que não compreenderam e que foram tentados pelo diabo”, afirmou Francisco. A declaração foi feita em um encontro com mais de 350 fiéis protestantes na cidade italiana de Caserta, ao norte de Nápoles, onde Francisco também se reuniu com o pastor protestante Giovanni Traettino, seu amigo de longa data.
Durante o ato público, que durou cerca de uma hora e meia, o pontífice também rogou a união de todos os cristãos. “O Espírito Santo cria diversidade na Igreja. A diversidade é bela, mas o próprio Espírito Santo também cria unidade, para que a Igreja esteja unida na diversidade: para usar uma palavra bonita, uma diversidade reconciliadora”, disse.
A atitude ecumênica do papa Francisco foi bem recebida tanto pela comunidade evangélica, quanto pela católica, e pode sinalizar uma mudança na postura dos fiéis dessas duas religiões, na opinião de Fernando Altemeyer Júnior, doutor em ciência da religião pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo.
“A declaração de Francisco é um primeiro passo em busca da conciliação desses fiéis. É um pedido para que eles deixem preconceitos de lado e se unam como irmãos, algo muito positivo”, disse o teólogo. O corajoso pontífice argentino, mais uma vez, está tentando corrigir os rumos de sua Igreja Católica. (Fonte;http://www.carlosmagno.com.br/)
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