domingo, 2 de novembro de 2014

Pe Luciano destaca as qualidades da santidade e diz na Catedral que ser santo é ser pobre no espírito e humilde de coração


O Padre Luciano Guedes, pároco da Catedral de Nossa Senhora da Conceição, em Campina Grande, aproveitou a celebração do Dia de Todos os Santos, na noite deste sábado (01), para falar sobre a busca da santidade, que deve permear a vida de todos os cristãos. Segundo ele, ser santo é, acima de tudo, ser “pobre no espírito e humilde de coração”.

Pe Luciano disse que a festa de todos os santos é a festa de todos os que foram banhados no Cristo Jesus, pelo Batismo. “Ou seja, nós. É a nossa festa, é a nossa esperança, porque nós também estamos inseridos, pelo Batismo, nesta vida de Cristo. A igreja que supera o pecado, os homens e as mulheres que travam uma batalha para cada dia se tornarem melhores, tendo consciência de suas limitações. Aí está a santidade”.

Segundo ele, os santos também tem defeitos, pois não deixaram de ser humanos. “É na humanidade que a santidade vai resplandecer. Os santos também pecam. Por isso dizemos ‘Igreja Santa e Pecadora’, porque quanto mais nos aproximamos de Deus, que é a luz, mais nos aproximamos da nossa escuridão. Quanto mais me aproximo de Deus, mais descubro que sou um pecador”.

Ainda de acordo com o pároco, normalmente os mais santos são os mais simples, os mais humildes. “A história, a literatura, a biografia mostram que nunca um santo disse ‘sou santo’. São os outros que dizem. Os santos nunca se envaidecem de seu próprio testemunho. As pessoas que tem as virtudes de Deus não saem alardeando, propagando, exibindo as suas próprias qualidades. Os santos são sempre pessoas discretas, são seres humanos que tem consciência de sua própria miséria”.

Ele disse que fazer propaganda das suas próprias qualidades é ser contrário à santidade. “Em primeiro lugar a qualidade dos santos é a pobreza. Está na Bíblia: ‘Bem aventurados os pobres de espírito, porque é deles o reino de Deus’. Não estamos falando do pobre na categoria sociológica, mas a pessoa que não é autossuficiente. O pobre sempre se volta para esperar algo mais, é um sujeito de esperança, que se volta para o que é absoluto. Ele sempre quer superar-se. O autossuficiente não, ele diz ‘eu já sou’, ‘eu já tenho’”.

Para Padre Luciano Guedes, normalmente os santos não se colocam no altar, são os outros que o colocam. “Se alguém quer subir no altar, pois atribui a si mesmo a santidade, não tem nada de santo. A igreja bendiz os santos nesta data e todos nós temos que buscar nos incluir entre os santos. Apesar da minha miséria e do meu pecado, eu quero a santidade, quero me inserir nas fileiras dos que estão com Cristo pelo Batismo. Nossa meta é a santidade. Portanto, a festa de hoje é a nossa festa”, finalizou o pároco. 

Texto: Carlos Magno 
Foto: Pascom Catedral

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