“Vinde a mim, todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso” (Mateus 8, 28).
Neste domingo em que nós nos voltamos para ouvir a Palavra do Senhor, nós queremos olhar para o Coração de Jesus, nós queremos olhar para o jeito, para a maneira, para a mansidão d’Ele. A paz, que vem do Coração de Deus, é o repouso de que a nossa alma e o nosso coração tanto precisam.
Sabem, meus irmãos, cada um de nós tem fardos muito pesados para carregar na vida, temos as nossas responsabilidades, os nossos compromissos, aquilo que a vida exige de nós; o fardo de uma mãe, de um pai, de um trabalhador, o fardo de cuidarmos e de sermos responsáveis pelos outros. E, muitas vezes, não somos compreendidos e somos até mal interpretados e até o melhor dos nossos esforços não sai da melhor maneira. As coisas nem sempre dão muito certo para nós; quantas vezes lutamos, tentamos e experimentamos a derrota ou o fracasso.
Deixe-me dizer a você: o nosso fardo fica mais pesado quando nós damos mais peso a ele, isto é, quanto mais atenção damos àquilo que nos sobrecarrega. Permitamos que Deus torne leve e suave aquilo que parece insuportável ou pesado demais para nós. Deixemos que o olhar misericordioso de Jesus amanse o nosso coração, traga paz à nossa alma e àquilo que, para nós, parecia a coisa mais insuportável do mundo. Assim nós ganhamos força, nós ganhamos ousadia, nós ganhamos a coragem e a disposição de Deus para carregar os nossos fardos.
Não se trata de força física, mas sim da disposição do coração, da força interior da alma, se trata de nós revigorarmos o nosso interior, deixar que o nosso coração seja tomado por essa força maravilhosa e amorosa do nosso Deus, que nos torna pessoas novas e renovadas e, aí sim, nós podemos carregar o nosso fardo de cada dia.
Ao olharmos para a mansidão e a humildade do Coração do Senhor, nós queremos aprender essas duas receitas fundamentais para carregarmos a nossa vida no dia a dia. A mansidão de simplesmente não se revoltar por se revoltar não é aquela mansidão de tudo aceitar, mas é a mansidão de encarar as coisas não no espírito negativo, nem no veneno da murmuração, é a mansidão dos humildes que sabem o tempo certo, o momento certo e a hora certa de fa lar e de se manifestarem. (Padre Roger Araujo Sacerdote da Comunidade Canção Nova)
Deus abençoe você!
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