”Ó Deus, que na vossa misteriosa providência mandai os vossos anjos
para guardar-nos, concedei que nos defendam de todos os perigos e
gozemos eternamente do seu convívio”, rezamos na oração deste dia em que
a Igreja celebra o Anjo da Guarda. Esta celebração teve seu início na
Espanha no ano 400 e acontecia juntamente com a festa dos Arcanjos, mas a
partir do ano 1670, foi fixado pelo Papa Clemente X no dia 02 de
outubro para diferenciar e exaltar a figura do Anjo da Guarda. A mesma
celebração foi universalizada pelo Papa Paulo V.
Cremos que a existência e presença dos anjos é uma verdade de fé. A
Tradição nos mostra que os anjos são seres perfeitos, dotados de
inteligência e livre arbítrio, participantes da graça de Deus. A
doutrina acerca dos Santos Anjos nos é apresentada desde a Palavra de
Deus perpassando pela sabedoria dos Santos e Padres da Igreja: São
Basílio, o Grande, afirma: “Que cada qual tem um anjo para dirigi-lo,
como pedagogo e pastor, é o ensinamento de Moisés”. Santo Agostinho nos
diz: “Como podem os anjos estar longe, quando nos foram dados por Deus
para ajudar-nos?” São Tomas de Aquino também nos ensina que o homem é
governado e amparado pelos anjos, que representam o instrumento da
providência especial de Deus para cada um. São Francisco de Sales ensina
que a tarefa dos anjos é levar as nossas orações à bondade
misericordiosa do Altíssimo e de informar-nos se elas foram atendidas.
A Palavra de Deus nos ensina na liturgia de hoje: “Assim diz o
Senhor: Vou enviar um anjo que vá à tua frente, que te guarde pelo
caminho e te conduza ao lugar que te preparei. Respeita-o e ouve a sua
voz.” Esta e outras passagens afirmam e confirmam esta doutrina que ao
longo dos séculos veio sendo conhecida, aperfeiçoada e consolidada pela
Doutrina e Sagrada Tradição.
Somos felizes de sermos amparados pela misericórdia e auxílio de Deus
através dos Santos Anjos. Ao coro celeste nos unimos em oração e
rezamos: “Ó Santo Anjo de minha guarda, cuja proteção com admirável
providência me encomendou o Altíssimo desde o primeiro instante de minha
vida, dou-vos graças pelos cuidados que tivestes por mim, por me
haverdes livrado dos perigos espirituais e corporais. A vós me recomendo
de novo, ó meu glorioso protetor, defendei-me dos perigos e ajudai-me
com as vossas santas inspirações, para quem sendo fiel a elas, consiga
viver santamente neste mundo e gozar depois da vossa companhia na pátria
celestial. Amém”.(Fonte;www.zenit.org)
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