domingo, 30 de outubro de 2016

Papa Francisco incentiva a olhar além dos erros dos outros

Durante o comentário sobre o Evangelho do dia, antes da oração do Ângelus dominical na Praça de São Pedro, o Papa Francisco convidou os fiéis fazer como Jesus com o publicano Zaqueu: olhar o bem que todas as pessoas têm em seu interior para lançá-lo para fora, não ficando apenas nos pecados.
“Às vezes nós buscamos corrigir ou converter um pecador repreendendo-o, reforçando seus erros e o seu comportamento injusto. A atitude de Jesus com Zaqueu nos indica outro caminho: de mostrar a quem erra o seu valor, aquele valor que Deus continua vendo não obstante tudo”, explicou.
O Pontífice assegurou que este comportamento “pode ??provocar uma surpresa positiva”, já que “comove o coração e leva a pessoa a tirar o bem que tem em seu interior”.
Dessa maneira, outorga-se às pessoas “a confiança que as faz crescer e mudar. Assim se comporta Deus conosco: não fica preso no nosso pecado, mas o supera com o amor e nos faz sentir a saudade do bem”.
“Todos sentimos esta saudade do bem depois de um erro”, afirmou o Santo Padre. “Assim faz nosso Pai Deus, assim faz Jesus. Não existe uma pessoa que não tenha algo de bom. E isso é o que Deus olha para tirá-lo do mal”.
Em seu ensinamento, Francisco recordou como Zaqueu, marginalizado por sua comunidade por ser colaborador dos invasores romanos e por ter enriquecido com os impostos do povo, subiu em uma árvore para ver Jesus passar.
“Quando chega perto da árvore, Jesus olha para cima e lhe diz: ‘ Zaqueu, desce depressa, hoje devo ficar na tua casa’. Podemos imaginar o estupor de Zaqueu!”. O Papa se perguntou: “Mas por que Jesus diz devo ficar na tua casa?’. De que dever se trata?”.
“Sabemos que o seu dever supremo é aplicar o plano do Pai para a humanidade, que se realiza em Jerusalém, na sua condenação e morte, com a crucificação e, no terceiro dia, a ressurreição. É o desenho de salvação da misericórdia do Pai. E neste desenho há também a salvação de Zaqueu, um homem desonesto e desprezado por todos e, por isso, necessitado de conversão”.
O Papa recordou como, depois deste gesto de Jesus, o Evangelho diz que todos murmuraram: “Ele foi se hospedar na casa de um pecador!’. Se Jesus tivesse dito: ‘Desce tu, explorador, explorador do povo! Venha falar comigo, vamos acertar as contas!’. Certamente, o povo teria aplaudido. Mas aqui, começaram a murmurar: ‘Jesus vai na casa dele, do pecador, do explorador’”.
“Jesus, guiados pela misericórdia, buscava justamente ele. Quando entra na casa de Zaqueu diz: ‘Hoje, a salvação entrou nesta casa, porque também este homem é um filho de Abraão. O Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido’. O olhar de Jesus vai além dos pecados e dos preconceitos. Isto é importante! Devemos aprender isso”, ressaltou.
“O olhar de Jesus vai além dos pecados e dos preconceitos, vê a pessoa com os olhos de Deus, que não se detém no mal passado, mas entrevê o bem o futuro. Jesus não se resigna aos fechamentos, mas sempre abre novos espaços de vida. Não se detém nas aparências, mas olha para o coração. E, aqui olhou para um coração ferido, deste homem ferido pelo pecado, pela cobiça, de tantas coisas feias que Zaqueu tinha feito. E olha aquele coração ferido e vai além”.
Fonte: ACIDIGITAL

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

6 curiosidades sobre São Frei Galvão, o primeiro santo brasileiro

São Frei Galvão, celebrado em 25 de outubro, é o primeiro santo canonizado pela Igreja que nasceu em solo brasileiro. Ele é especialmente conhecido pelas “pílulas de Frei Galvão“, produzidas pelas Irmãs Concepcionistas. Elas surgiram quando o frade escreveu num papel o seguinte texto: “Depois do parto, ó Virgem, permaneceste intacta: Mãe de Deus, intercedei por nós”. Ele então enrolou o papel como se fosse uma pílula e a deu a uma mulher que passava por graves complicações no parto. A mamãe a engoliu e, logo depois, deu à luz o seu bebê normalmente.
Mas esta não é a única história peculiar da vida deste santo:

1 – Bilocação
Por volta do ano de 1810, o capataz Manuel Portes, de temperamento instável, vinha de uma expedição em Cuiabá e castigou o caboclo Apolinário por indisciplina, às margens do rio Tietê, no distrito de Potunduva. Quando viu que o capataz estava distraído, o caboclo o atacou pelas costas com um facão e fugiu. Sentindo que estava para morrer, Manuel Portes gritou: “Meu Deus, eu morro sem confissão! Senhor Santo Antônio, pedi por mim! Dai-me confessor! Vinde, Frei Galvão, assistir-me!”. Foi quando um frade se aproximou à distância e todos identificaram o Frei Galvão, que, colocando a cabeça do moribundo em seu colo e lhe falando em voz baixa, ouviu sua confissão, o abençoou, levantou-se e foi-se embora. Acontece que, no mesmo instante, outros relatos afirmam que o Frei Galvão estava pregando em São Paulo, onde teria interrompido o sermão e pedido uma ave-maria por um moribundo. Feita a oração, prosseguiu com sua pregação.
Caso semelhante conta que uma gestante gravemente enferma, numa distante fazenda do interior de São Paulo, clamava por Frei Galvão. Seu marido foi ao Mosteiro da Luz, mas o frade havia viajado ao Rio de Janeiro. Ao retornar para casa, encontrou a esposa fora de perigo e profundamente grata a Frei Galvão por ter ouvido sua confissão durante a noite e abençoado um copo d’água, que ela bebeu e logo após ficou bem. O homem foi então ao Rio de Janeiro para agradecer ao frade, mas o guardião do convento lhe garantiu: “Frei Galvão não arredou pé daqui”. Interrogado a respeito, Frei Galvão respondeu: “Como aconteceu, não sei; mas a verdade é que naquela noite lá estive”.

2 – Telepatia
Certa vez, Frei Galvão era conduzido numa cadeira coberta por uma cidade. Uma senhora viu a cadeirinha de sua janela de rótulas e, sucumbida pelas amarguras da vida, pensou: “Ah, se Frei Galvão se lembrasse de mim, se ao menos me desse sua bênção!”. No mesmo instante, o frade levantou as cortinas da cadeirinha, debruçou-se em direção àquela janela e abençoou a senhora. Os que presenciaram o fato afirmaram que não havia como o franciscano ter visto aquela mulher, pois estava sendo conduzido pelo lado oposto da rua.

3 – Premonição
Era comum que o Frei Galvão reunisse grandes multidões em suas pregações ao ar livre, já que os templos não comportavam a todos. Foi assim, certa vez, em Guaratinguetá. Quando ele começou o sermão, porém, começou a se formar uma grande tempestade. A chuva desabou e, quando os fiéis viram que chegaria ao largo onde estavam, quiseram sair. O frade, porém, pediu que ficassem, pois nada sofreriam. E a chuva não caiu sobre aquele local.

4 – Clarividência
Testemunhos dão conta de que, certa vez, levaram uma menina à presença de Frei Galvão. Ao conversarem, ele perguntou à pequena o que desejava ser e ela respondeu que religiosa. O franciscano a abençoou e, profeticamente, confirmou-lhe a vocação. Mais tarde, aos19 anos, a jovem ingressou no convento.

5 – Levitação
Um dos relatos que apontam o dom da levitação é o de uma senhora que, ao caminhar pela rua, observou que o frade se aproximava todo recolhido. Ao se cruzarem, ela exclamou: “Senhor Padre, vossemecê anda sem pisar no chão?”. Frei Galvão sorriu, saudou-a e seguiu adiante.

6 – Telepercepção
Era tradição, antigamente, que, quando os sinos badalavam fora dos horários de reza, queria dizer que algo sério tinha acontecido. A comunidade então se reunia. E foi o que ocorreu certo dia em que os sinos do mosteiro começaram a tocar. Já idoso, Frei Galvão anunciou à multidão reunida: “Rebentou em Portugal uma revolução” (talvez a de 1820). Em seguida, relatou detalhes, como se estivesse vendo tudo ao vivo. Semanas mais tarde, chegaram notícias confirmando as minuciosas visões do franciscano.

Fonte: ATELEIA

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Hoje é celebrado Santo Antônio Maria Claret, fundador dos Missionários Claretianos

“Ó Virgem e Mãe de Deus, bem sabeis que somos filhos e ministros vossos, formados por Vós mesma na frágua da vossa misericórdia e amor”, costumava dizer Santo Antônio Maria Claret, cuja festa é celebrada neste dia 24 de outubro.
Santo Antônio Maria Claret nasceu em Sallent, Barcelona (Espanha), em 1807. Em sua juventude, foi trabalhador têxtil e é considerado o padroeiro dos tecelões. Desde a infância, destacou-se por seu amor à Eucaristia e à Virgem.
Um dia, estando na praia com alguns amigos, começou a refrescar os pés. Então, veio uma onda gigantesca e o arrastou para o mar. Por não saber nada, quando começou a se afogar, gritou: “Virgem Santa, salva-me”. Imediatamente, estava na margem e com a roupa totalmente seca.
Mais tarde, ingressou no seminário e foi ordenado sacerdote. Seu desejo de ser missionário o levou às Ilhas Canárias e depois à Cuba, onde foi Arcebispo de Santiago. Ali, trabalhou buscando semear o amor e a justiça contra a discriminação racial e a injustiça social. Isto lhe rendeu alguns inimigos.
Foi ferido por um malfeitor contratado que queria cortar sua garganta com uma faca, mas só atingiu parte do rosto e o braço direito. Posteriormente, voltou para a Espanha, após ter ganhado o carinho dos cubanos.
Era muito devoto da Virgem e rezava constantemente o Santo Rosário: “Reza o Santo Rosário todos os dias com devoção e fervor e vereis como Maria Santíssimo será vossa Mãe, vossa advogada, vossa medianeira, vossa mestra, vosso tudo depois de Jesus”, dizia.
Em sua vida, fundou a Comunidade de Missionários do Coração de Maria, hoje chamados Missionários Claretianos, e as Missionárias Claretianas.
Fonte: ACIDIGITAL

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Hoje é celebrado São Lucas Evangelista, o padroeiro dos médicos

Neste dia 18 de outubro, a Igreja celebra a memória litúrgica de São Lucas Evangelista. Ele é o autor do terceiro Evangelho e dos Atos dos Apóstolos e é o que mais fala sobre a Virgem Maria. Médico, tornou-se também padroeiro desses profissionais.
São Lucas, cujo nome significa “portador de luz”, foi introduzido na fé por volta do ano 40. Ele nunca conheceu Jesus, mas conheceu São Paulo, de quem foi discípulo. Ele foi educado na literatura e na medicina. É o único escritor do Novo Testamento que não é israelense e dirigiu sua mensagem aos cristãos gentios.
No prólogo de seu Evangelho, diz que o escreveu para que os cristãos conhecessem melhor as verdades nas quais tinham sido instruídos. Era, acima de tudo, um historiador e escrevia principalmente para os gregos.
São Lucas traça a biografia da Virgem e fala da infância de Jesus. Ele traz os segredos da Anunciação, da Visitação e do Natal, fazendo entender que tenha conhecido pessoalmente Maria.
Em seu Evangelho, destaca o cuidado especial para com os pobres, os pecadores arrependidos e a oração.
A tradição diz que ele morreu como um mártir pendurado em uma árvore na Acaia. Ele é representado com um livro ou como um touro alado, pois inicia o Evangelho falando do templo, onde eram imolados os bois, e começa com o sacrifício do sacerdote Zacarias.
Além dos médicos, São Lucas é padroeiro dos cirurgiões, solteiros, açougueiros, encadernadores, escultores, artistas notários e diz-se que ele também era um pintor da Virgem.
Fonte: ACIDIGITAL

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Hoje é a festa de Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil

 “Viva a Mãe de Deus e nossa, sem pecado concebida! Viva a Virgem Imaculada, a Senhora Aparecida!”. Esses versos são cantados em todo o Brasil em honra à padroeira do país, Nossa Senhora da Conceição Aparecida, cuja solenidade a Igreja celebra neste 12 de outubro.
A devoção dos brasileiros à Nossa Senhora Aparecida terá uma data especial no próximo ano, quando serão comemorados os 300 anos do encontro da imagem no Rio Paraíba do Sul.
A imagem de Aparecida foi encontrada em 1717. Na época, com a notícia da passagem do Conde de Assumar pela Vila de Guaratinguetá, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves saíram para pescar no Rio Paraíba. Após muitas tentativas sem êxito, foram até o porto de Itaguaçu. João Alves lançou a rede nas águas e apanhou o corpo de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição sem a cabeça. Lançando novamente as redes, pegou a cabeça que faltava da imagem. E o que se segui foi uma pesca abundante para os três humildes pescadores.
A imagem ficou com a família de Felipe Pedroso, que a levou para sua casa. Em um oratório construído no local, as pessoas da vizinhança vinham rezar à Virgem. A devoção foi crescendo no meio do povo e muitas graças foram alcançadas por aqueles que rezavam diante a imagem. Assim, a devoção se espalhou por todo o Brasil.
Com o tempo, a casa já se fazia pequena para o grande volume de fiéis que vinham rezar e, por volta de 1734, o Vigário de Guaratinguetá construiu uma Capela no alto do Morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745. Mas, o número de fiéis aumentava, e, em 1834 foi iniciada a construção de uma Igreja maior, a atual Basílica Velha.
Em 8 de setembro de 1904, a Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi coroada solenemente pelo então Bispo de São Paulo, Dom José Camargo Barros. No dia 29 de abril de 1908, a Igreja recebeu o título de Basílica Menor. E, em 1929, o Papa Pio XI proclamou nossa Senhora Rainha do Brasil e sua Padroeira Oficial.
Com o aumento da devoção a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, a primeira Basílica já não dava conta do fluxo de romeiro. Foi necessário, então, construir uma maior, que começou a ser erguida em 11 de novembro de 1955. Em 1980, ainda em construção, a Basílica Nova foi consagrada pelo Papa João Paulo ll e recebeu o título de Basílica Menor. Em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou oficialmente a Basílica de Aparecida como Santuário Nacional, o “maior Santuário Mariano do mundo”.
A festa da Padroeira do Brasil já foi celebrada em diversas datas: dia da Imaculada Conceição (08 de dezembro), 5º domingo após a Páscoa, 1º domingo de maio (mês de Maria) e 7 de setembro (Dia da Pátria). Até que, em sua Assembleia Geral de 1953, a CNBB determinou que a festa fosse celebrada definitivamente no dia 12 de outubro, por associação com a data de descobrimento da América, pela comemoração do Dia da Criança e por ser outubro o mês do encontro da Imagem, no rio Paraíba do Sul, em 1717.
Fonte: ACIDIGITAL

sábado, 8 de outubro de 2016

Outubro, mês de Nossa Senhora e do Rosário

Neste mês de outubro, meditemos sobre a dignidade de Nossa Senhora e as excelências do Santo Rosário.
Nossa Senhora do Rosário, cuja festa celebramos no mês de Outubro, nos recorda que a devoção mariana é muito querida em toda a Igreja, não somente pelos leigos, mas por todo o novo povo de Deus. Muitos santos e santas foram grandes devotos de Maria e do Rosário, como São Domingos de Gusmão, Santa Teresa d’Ávila, São Luís Maria Grignion de Montfort, Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, São Pio de Pietrelcina e tantos outros homens e mulheres de Deus. Muitos Papas também ficaram conhecidos por sua especial devoção a Virgem Maria e ao Santo Rosário. Entre os vários Sumo Pontífices rosarienses, destacamos alguns dos mais importantes: “Sixto V, de feliz memória, aprovou o antigo costume de recitar o Rosário; Gregório XIII instituiu a festa do Rosário; Clemente VIII introduziu-a no Martirológio; Clemente XI estendeu-a a toda a Igreja; e Benedito XIII inseriu-a depois no Breviário Romano”.
Entre os Papas rosarienses mais recentes, três foram excepcionalmente grandes: Leão XIII escreveu 44 documentos sobre o Rosário, decretou que a sua festa e o seu Oficio fossem celebrados em toda a Igreja. Além disso, o Papa do Rosário, como ficou conhecido, quis que o mês de Outubro inteiro fosse consagrado à devoção do Rosário e prescreveu que nas Ladainhas Lauretanas se acrescentasse a invocação: “Rainha do sacratíssimo Rosário”; Paulo VI escreveu nada menos que 26 documentos sobre o Rosário, além da magnífica Exortação Apostólica Marialis Cultus, na qual dedica um longo capítulo sobre o Rosário e o incentiva vivamente; São João Paulo II escreveu a Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae, na qual revelou: “O Rosário é a minha oração predileta”. Através desse documento, o Santo Padre proclamou o “Ano do Rosário”, de Outubro de 2002 até Outubro de 2003, e inseriu no Rosário os mistérios da Luz ou Luminosos.
A devoção a Virgem Maria e o Santo Rosário
Consideremos o grau sublime de dignidade e de glória a que Deus elevou a augustíssima Virgem Maria e facilmente compreenderemos que grande vantagem traz às nossas vidas e a toda a sociedade o contínuo desenvolvimento e a sempre mais ardente propagação do culto mariano. Deus escolhe Nossa Senhora desde a eternidade para ser Mãe do Verbo, que se fez carne. Por isso, entre todas as criaturas mais belas na ordem da natureza, da graça e da glória, o Senhor distinguiu a Santíssima Virgem com privilégios tais, que a Igreja com razão aplica a ela as palavras do livro do Eclesiástico: “Saí da boca do Altíssimo; nasci antes de toda criatura” (Eclo 24, 5).
Quando Adão e Eva pecaram e todo gênero humano foi contaminado pela mancha do pecado original, a Virgem Maria nos foi dada como penhor da futura reconciliação e salvação. Na plenitude dos tempos, o Filho de Deus honrou sua Mãe durante a sua vida oculta e também a escolheu como cooperadora nos seus dois primeiros milagres. O primeiro foi um milagre da ordem da graça, que se deu quando a Virgem de Nazaré saudou Isabel e a criança que trazia em seu seio estremeceu de alegria (cf. Lc 1, 39-45). O segundo foi um milagre na ordem da natureza, que aconteceu nas bodas de Caná, quando Jesus transformou a água em vinho por intercessão de Maria (cf. Jo 2, 1-12). Por fim, no momento em que reconciliava a humanidade com o Pai, Cristo confiou Maria ao Discípulo Amado, com aquelas suavíssimas palavras: “Eis aí tua mãe!” (Jo. 19, 27), como que num testamento espiritual.
Neste mês de Outubro, tomemos posse desse testamento para nós mesmos e para Igreja, tão sofrida, coloquemo-nos sob a proteção de Nossa Senhora, através da recitação do Santo Rosário. O Papa Leão XIII dedicou a Virgem Maria o mês de Maio, que é o mês flores no hemisfério norte, e consagrou também a ela, com afeto de singular piedade, o mês de Outubro, que é mês dos frutos. Pois, pareceu justo ao Pontífice dedicar estes dois meses do ano a Mãe de Deus, que disse de si: “As minhas flores tornaram-se frutos de glória e de riqueza” (Eclo 24, 23).
A união e a perseverança na recitação do Rosário
A união e a perseverança estão perfeitamente unidas na oração do Rosário. Nele, pela nossa repetição insistente das mesmas orações nós demonstramos que queremos obter do Pai Celeste o seu Reino de graça e de glória (cf. Lc 11, 13). Pelo Rosário, com as nossas reiteradas súplicas a Santíssima Virgem, imploramos para nós pecadores o seu auxílio e a sua intercessão durante toda a nossa vida, especialmente na hora morte, que é a porta da eternidade. Ademais, o Rosário da Virgem Maria é excelente para a oração em comum.
Hoje somos chamados a resgatar esta devoção que floresceu entre os nossos antepassados. As famílias cristãs, nas cidades e nos campos, consideravam como um sagrado dever reunir-se, à noite, depois dos trabalhos do dia, diante de uma imagem de Nossa Senhora, para recitar o Rosário. “Ela [Nossa Senhora] se comprazia tanto nesta fiel e concorde homenagem, que, como uma mãe entre a coroa de seus filhos, assistia propícia aqueles seus devotos, e concedia-lhes o dom da paz doméstica, penhor da paz do Céu”. Ao refletir sobre a eficácia do Rosário rezado em comum, o Papa Leão XIII declarou explicitamente ser seu “vivo desejo que ele fosse recitado todo os dias nas catedrais das simples Dioceses, e todos os dias de festa nas igrejas paroquiais”.
Assim, neste mês de Outubro, somos chamados a ouvir a voz de Deus que, particularmente através dos pontífices, nos recomendou insistentemente devoção a Virgem Maria e a oração do Santo Rosário. Em nossa oração pessoal, nas famílias, nos locais de trabalho, nas igrejas e capelas, somos chamados a rezar o Rosário. Além disso, incentivemos vivamente a devoção a Virgem Maria, que nos conduz com segurança pelos caminhos do seu Filho Jesus Cristo.
Oração do Beato Bartolo Longo a Nossa Senhora do Rosário
Ó Rosário bendito de Maria, doce cadeia que nos prende a Deus, vínculo de amor que nos une aos Anjos, torre de salvação contra os assaltos do inferno, porto seguro no naufrágio geral, não te deixaremos nunca mais. Serás o nosso conforto na hora da agonia. Seja para ti o último beijo da vida que se apaga. E a última palavra dos nossos lábios há-de ser o vosso nome suave, ó Rainha do Rosário de Pompeia, ó nossa Mãe querida, ó Refúgio dos pecadores, ó Soberana consoladora dos tristes. Sede bendita em todo o lado, hoje e sempre, na terra e no céu.
Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Nunca é tarde: aos 101, brasileira recebe a Primeira Comunhão

Dona Penha, uma senhora de 101 anos, viveu um momento único em sua vida no último dia 27 de setembro, em Santo Antônio de Pádua (RJ). Ela recebeu a Primeira Comunhão em uma missa celebrada na capela do asilo Nossa Senhora do Carmo. Para os que presenciaram o fato, tratou-se de um grande testemunho do amor de Deus.
“Foi um momento muito bonito e nos mostrou que nunca é tarde para receber a Eucaristia, que para quem busca Deus não há tempo ou vergonha que possa impedir”, declarou a auxiliar administrativa da instituição, Josiane Ribeiro, e afirmou que ocasiões como esta ajudam a “reafirmar a fé”.
Josiane contou à ACI Digital que Dona Penha chegou há cerca de um ano ao asilo administrado pelas Irmãs da Associação Nossa Senhora do Rosário de Fátima. No local, há uma capela na qual são celebradas Missas durante a semana.
“A Dona Penha começou a acompanhar as outras senhoras e um dia pediu para se confessar. O Padre Domingos Sávio Silva Ferreira, então, percebeu que ela ainda não tinha recebido a Comunhão e pediu para as irmãs a prepararem para receber o sacramento”, lembrou Josiane.
Segundo a funcionária da instituição, após essa preparação, Dona Penha comungou pela primeira vez e quem a acompanhou pôde ver que “isso era realmente o que ela queria”. “Mesmo aos 101 anos, ela é muito lúcida, preparou-se e recebeu a Primeira Eucaristia de coração”.
Para Josiane, esse episódio foi um testemunho não só para as pessoas que convivem com Dona Penha no asilo, mas também para tantas outras que puderam compartilhar esse momento por meio das redes sociais. “Colocamos as fotos no Facebook do asilo e muitas pessoas viram, comentaram, parabenizaram”, disse.
No Facebook da entidade, o post alcançou centenas de curtidas e compartilhamentos, entre os comentários, um internauta destacou: “Sempre há tempo, o dela foi agora! Deus a abençoe!”.
Texto: Natalia Zimbrão
Foto: Facebook Asilo Pádua
Fonte: ACIDIGITAL

São Francisco de Assis, o santo que desposou a pobreza

Neste dia, fazemos memória a São Francisco de Assis, o mais santo dos italianos, que renunciou toda a riqueza para desposar a “Senhora Pobreza”
Francisco nasceu em Assis, na Úmbria (Itália) em 1182. Jovem orgulhoso, vaidoso e rico, que se tornou o mais italiano dos santos e o mais santo dos italianos. Com 24 anos, renunciou a toda riqueza para desposar a “Senhora Pobreza”.
Aconteceu que Francisco foi para a guerra como cavaleiro, mas doente ouviu e obedeceu a voz do Patrão que lhe dizia: “Francisco, a quem é melhor servir, ao amo ou ao criado?”. Ele respondeu que ao amo. “Porque, então, transformas o amo em criado?”, replicou a voz. No início de sua conversão, foi como peregrino a Roma, vivendo como eremita e na solidão, quando recebeu a ordem do Santo Cristo na igrejinha de São Damião: “Vai restaurar minha igreja, que está em ruínas”.
Partindo em missão de paz e bem, seguiu com perfeita alegria o Cristo pobre, casto e obediente. No campo de Assis havia uma ermida de Nossa Senhora chamada Porciúncula. Este foi o lugar predileto de Francisco e dos seus companheiros, pois na Primavera do ano de 1200 já não estava só; tinham-se unido a ele alguns valentes que pediam também esmola, trabalhavam no campo, pregavam, visitavam e consolavam os doentes. A partir daí, Francisco dedica-se a viagens missionárias: Roma, Chipre, Egito, Síria… Peregrinando até aos Lugares Santos. Quando voltou à Itália, em 1220, encontrou a Fraternidade dividida. Parte dos Frades não compreendia a simplicidade do Evangelho.
Em 1223, foi a Roma e obteve a aprovação mais solene da Regra, como ato culminante da sua vida. Na última etapa de sua vida, recebeu no Monte Alverne os estigmas de Cristo, em 1224.
Já enfraquecido por tanta penitência e cego por chorar pelo amor que não é amado, São Francisco de Assis, na igreja de São Damião, encontra-se rodeado pelos seus filhos espirituais e assim, recita ao mundo o cântico das criaturas. O seráfico pai, São Francisco de Assis, retira-se então para a Porciúncula, onde morre deitado nas humildes cinzas a 3 de outubro de 1226. Passados dois anos incompletos, a 16 de julho de 1228, o Pobrezinho de Assis era canonizado por Gregório IX.
São Francisco de Assis, rogai por nós!
Texto: Canção Nova
Foto: Google Imagens

sábado, 1 de outubro de 2016

Hoje é celebrada Santa Teresinha do Menino Jesus, doutora da Igreja

“Quero passar meu céu fazendo o bem na terra”, dizia Santa Teresa de Lisieux, conhecida como Santa Teresinha do Menino Jesus, cuja festa é celebrada neste dia 1º de outubro. A santa carmelita, mesmo com sua vida contemplativa, tornou-se a padroeira das missões e doutora da Igreja.
Santa Teresa viveu somente 24 anos. Mas, deixou um grande legado de amor para a Igreja, o qual se tornou muito conhecido com o passar do tempo.
Marie Françoise Thérèse Martin nasceu em Alençon (França), em 2 de janeiro de 1873, filha do casal Louis Martin e Zélia Guérin, que foram canonizados no ano passado pelo Papa Francisco.
Uma família modesta e temente a Deus, que teve como frutos oito filhos antes da caçula Teresa. Quatro deles, porém, morreram ainda novos, restando em vida Maria, Paulina, Leônia e Celina.
Teresinha entrou para o Mosteiro das Carmelitas em Lisieux aos 15 anos de idade, com a autorização do Papa Leão XIII. Sua vida se passou na humildade, simplicidade e confiança plena em Deus.
Entregou-se com inteira decisão e consciência à tarefa de ser santa. Sem perder o ânimo, diante da aparente impossibilidade de alcançar os pontos mais elevados da renúncia de si mesma, costumava repetir: “Deus não inspira desejos impossíveis. Não tenho que me fazer mais do que sou, mas sim me aceitar tal como sou, com todas minhas imperfeições”.
Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face esteve como criança para o Pai, livre como um brinquedo aos cuidados do Menino Jesus e tomada pelo Espírito de amor, que a ensinou a pequena via da infância espiritual.
Teresinha tinha um profundo desejo em seu coração de ter sido missionária “desde a criação do mundo até a consumação dos séculos”. Queria ser tudo, até que descobriu sua vocação: “No coração da Igreja, minha mãe, eu serei o amor”.
Santa Teresa morreu de tuberculose, em 30 de setembro de 1897, dizendo suas últimas palavras: “Oh!… amo-O. Deus meu,… amo-Vos!”.
Um ano depois de sua morte, a partir de seus escritos, foi publicado o livro “História de uma alma”, que conquistou o mundo porque deu a conhecer o muito que esta religiosa tinha amado Jesus.
Foi beatificada em 1923 e canonizada em 1925, pelo Papa Pio XI, que a declarou “Patrona Universal das Missões Católicas”, em 1927.
Em 19 de outubro de 1997, São João Paulo II a proclamou doutora da Igreja. Na ocasião, disse: “Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face é a mais jovem dos ‘Doutores da Igreja’, mas seu ardente itinerário espiritual manifesta tal maturidade, e as intuições de fé expressas em seus escritos são tão vastas e profundas, que lhe merecem um lugar entre os grandes professores do espírito”.
“O desejo que Teresa expressou de ‘passar seu céu fazendo o bem na terra’ segue cumprindo-se de modo admirável. Obrigado, Pai, porque hoje nos faz próxima de uma maneira nova, para louvor e glória de seu nome pelos séculos!”, concluiu São João Paulo II.
Fonte: ACIDIGITAL