quarta-feira, 29 de março de 2017

Diocese de Campina Grande promove neste domingo a 19ª Caminhada Penitencial, até Lagoa Seca


A Diocese de Campina Grande promoverá neste domingo (2), a 19ª Caminhada Penitencial, que será realizada pela Catedral Diocesana de Nossa Senhora da Conceição, localizada na Avenida Floriano Peixoto, no centro de Campina Grande, com a participação das demais paróquias da Diocese.

De acordo com os organizadores, o ato, cujo início está previsto para as 5h30 da manhã com uma missa na Catedral Diocesana de Nossa Senhora da Conceição, faz parte das celebrações do período da Quaresma. A missa será presidida pelo pároco da Catedral, Pe. Luciano Guedes, com cobertura da Pastoral da Comunicação (Pascom) da paróquia.

Após a santa missa, por volta de 6h15, terá início a caminhada, com os fiéis saindo da Catedral até o Convento Ipuarana, em Lagoa Seca. Durante a caminhada, , haverá a reza da via sacra, que terá como tema não só a Quaresma, mas a Campanha da Fraternidade: “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”, tendo como lema “Cultivar e guardar a Criação”. Os organizadores esperam uma participação maciça de fiéis, já que as paróquias da diocese e todo o povo de Deus são convidados.

A caminhada constitui-se num ato público de fé, testemunho vivo da vitalidade da Igreja de Cristo que brota do seu lado aberto pela lança na cruz, da água e do sangue que purificam e dão vida nova a todos os que creem. Ato de fé que reúne e congrega toda a comunidade católica em torno do sentido mais profundo e espiritual da quaresma: conversão, oração e penitência em preparação para a Páscoa do Senhor Jesus.
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“A Caminhada Penitencial a cada ano, tornou-se para o povo católico de Campina Grande uma expressão bonita de preparação para a Páscoa. Nos passos de Jesus Cristo, celebremos os desafios e as esperanças próprias de quem compreende a vida como um caminho até chegar o céu”, disse Pe. Luciano. 

Na organização e segurança da caminhada, a Diocese contará com o apoio dos Soldados do Exército Brasileiro para organizar os caminheiros, com a ajuda de uma corda que limitará o povo em apenas uma das faixas da rodovia; além de Agentes da CPTRAN, da ROTAM, da STTP e também o apoio da Polícia Rodoviária Federal – PRF, com suas viaturas, motos e cones sinalizadores, no intuito de garantir que o acesso dos automóveis que circulam de Campina Grande ao Brejo e do Brejo à Campina Grande não seja interrompido.

De acordo com a comissão organizadora, este ano não teremos a distribuição de água. Assim pedimos a cada um que leve sua garrafinha. 

O Bispo de Campina Grande, Dom Manoel Delson, acompanhará toda a caminhada, encerrando o evento com a concessão da bênção aos participantes.

Aurea Ramos Araujo 
Pascom – Catedral

terça-feira, 14 de março de 2017

Como Maria pode ouvir nossas orações?

Algumas pessoas se perguntam como a Virgem Maria e também os santos podem ouvir as nossas orações e a de tantas pessoas, ao mesmo tempo e no mundo todo, e atender a todos simultaneamente. Será que eles são como Deus, onipotentes ou oniscientes?
Não! Nada disso! Nossa Senhora não tem esses atributos divinos, mas ela e os santos estão em comunhão com Deus; então, participam desses dons divinos, mesmo sem os ter naturalmente. Participam deles pela graça. Como assim? É por meio de Jesus, com quem estão em comunhão plena, que eles ficam sabendo de nossos pedidos, pois para o Senhor nada é impossível.
Outra coisa importante é saber que, na eternidade, não há mais o tempo como na vida terrena. Na eternidade, ele não existe. É por isso que o teólogo Karl Ranner disse: “Deus é um instante que não passa”. Para Ele não há passado, presente nem futuro como para nós; para Ele tudo é só presente. O tempo faz existir o passado e o futuro, mas quando ele não existe, há só presente.
Isso significa que, em Deus, Nossa Senhora e os santos não precisam de tempo para atender muitas pessoas que lhes pedem ajuda. Na Terra, se você quiser atender, por exemplo, dez pessoas, com dez minutos para cada uma, vai precisar de cem minutos, mas, na eternidade, isso não é necessário, porque não existe o tempo. Todos são atendidos no mesmo instante, algo que equivale a gastar, na Terra, os cem minutos.
Como Maria pode ouvir as nossas oraçõesMesmo na Terra o tempo é relativo. Albert Einstein, Prêmio Nobel de Física, mostrou, com a “Teoria da Relatividade”, que o tempo de duração de um fenômeno e também o espaço que ele ocupa dependem da velocidade do objeto observado. Por exemplo: uma régua de 20 cm, parada, se for medida com uma velocidade próxima à da luz (0,99 da velocidade da luz) terá seu tamanho apenas de 18,9 cm, ou seja, ocupará menos espaço. Einstein mostrou também, no “paradoxo dos gêmeos”, que se dois irmãos gêmeos partirem para uma viagem ao redor da Terra, um com velocidade normal, e outro com velocidade próxima a da luz (0.99 c), quando ambos voltarem, o gêmeo que viajou com velocidade próxima à da luz, chegará com menos idade que seu irmão; isto é, mais novo.
Ora, se o tempo é algo relativo, já nesta vida, na outra será completamente diferente da nossa realidade. Isso explica um pouco como os santos e a Virgem Maria podem atender os pedidos de todos, sem a dificuldade do tempo e do espaço, e sem precisar ter os atributos de Deus. Quem lá chegar verá.
Fonte: Canção Nova

quinta-feira, 2 de março de 2017

Papa Francisco propõe a “bússola do cristão” para a Quaresma

Na homilia da Missa celebrada nesta quinta-feira na Casa Santa Marta no Vaticano, o Papa Francisco destacou três realidades que devem fazer com que os fiéis vivam a Quaresma de maneira cristã: a realidade do homem, a realidade de Deus e a realidade do caminho.
Estas três realidades, disse, constituem “a bússola do cristão” durante este tempo de conversão.
O Papa explicou que a realidade do homem é a capacidade de escolher entre o bem e o mal. “Deus nos criou livres. A escolha é nossa”. Apesar disso, “Deus não nos deixa sozinhos”, pois indica o caminho correto por meio dos Mandamentos.
A segunda realidade, a de Deus, é que Ele se fez homem para salvar todos: “A realidade de Deus é Deus que se fez Cristo, por nós. Para nos salvar. Quando nos distanciamos dessa realidade e nos distanciamos da Cruz de Cristo, da verdade das chagas do Senhor, nos distanciamos também do amor, da caridade de Deus, da salvação e caminhamos numa estrada ideológica de Deus, distante do Deus que veio até nós para nos salvar, do Deus que morreu por nós. Esta é a realidade de Deus”.
O Papa contou uma história ocorrida entre um agnóstico e um crente. “O agnóstico de boa vontade perguntava ao fiel: ‘Mas, como é possível! Para mim, o problema é como Cristo é Deus: Não posso entender isso. Como Cristo é Deus?’. E o fiel respondeu: ‘Para mim, isso não é um problema. O problema seria se Deus não tivesse se tornado Cristo’. Está é a realidade de Deus”.
Nesse sentido, assinalou que as obras de misericórdia se sustentam nessa realidade de Deus. “Deus que se fez Cristo, Deus que se fez carne e este é o fundamento das obras de misericórdia. As chagas de nossos irmãos são as chagas de Cristo, são as chagas de Deus, porque Deus se fez Cristo. Esta é a segunda realidade. Não podemos viver a Quaresma sem esta realidade. Devemos nos converter não a um Deus abstrato, mas a um Deus concreto que se fez Cristo”.
Em terceiro lugar está a realidade do caminho. Francisco indicou que “a realidade do caminho é a de Cristo: seguir Cristo, fazer a vontade do Pai e como Ele pegar as cruzes de cada dia e renegar a si mesmo para seguir Cristo. Não fazer o que eu quero, mas o que Jesus quer. Seguir Jesus”.
“Ele fala que nessa estrada nós perdemos a vida para ganhá-la depois. É perder a vida continuamente, deixar de fazer o que eu quero, perder as comodidades, estar sempre na estrada de Jesus que estava a serviço dos outros, e adorar Deus. Esta é a estrada certa”.
“O único caminho seguro é seguir Cristo crucificado, escândalo da Cruz”, concluiu.
Fonte: ACIDIGITAL