domingo, 31 de agosto de 2014

Mensagem Semanal de Pe. Luciano Guedes


Irmãos e irmãs,
Neste domingo, a Palavra de Deus confronta a lógica dos homens, representada por Pedro e a lógica de Deus, assumida por Jesus, nosso Senhor. Caríssimos, vejam: Pedro anteriormente havia declarado o messianismo de Cristo, mas é evidente neste episódio narrado por Mateus a sua imaturidade espiritual no seguimento ao Mestre, porque o imagina isento do sofrimento, da dor e da incompreensão humana.

Jesus continua a dar aos discípulos no caminho “as instruções sobre o Reino de Deus”. E neste ensinamento, apresenta a Cruz, como realidade necessária à salvação. Renunciar a si mesmo, tomar sua cruz cada dia e segui-Lo, eis a proposta para o verdadeiro discípulo. O neo-paganismo vivido em nossa sociedade atual, ensina-nos a fugir da cruz ou em muitas ocasiões tenta pintar um Cristo “agradável” sem cruz, sem exigências, sem comprometimentos, sem doação!

Amar a cruz é dar-se a Deus e aos outros em “sacrifício vivo”, é renovar a mentalidade para discernir segundo a vontade de Deus o que é bom e perfeito, como exorta-nos hoje o apóstolo Paulo. É próprio de todo amor verdadeiro, a dimensão da cruz, pois esta nos indica a entrega, a doação, o serviço, a gratuidade! Do contrário, o amor a si mesmo, pregado pelo narcisismo contemporâneo, alimenta nas pessoas somente a “satisfação dos próprios apetites”. A pessoa pensa ser feliz recebendo muitos “mimos” e sendo bastante econômica quando se trata de oferecer de si mesmo aos outros. Por isso, tantas pessoas fracas, quando precisam encarar as dificuldades da vida!

Nós cristãos, sigamos o Mestre, mas o sigamos com a cruz redentora. Para nós, a entrega, a renúncia, a cruz vivida por cada um, não são derrotas, são caminhos de redenção! E o cristianismo não é uma religião dolorista, nem o cristão é uma pessoa conformada com a dor deste mundo. Pelo contrário, com a luz de nossa fé, lutamos contra a injustiça e os absurdos causados pelo egoísmo humano.

Há muita tentação em nós, como havia em Pedro, de um Cristo sem cruz, que nos poupe dos dissabores e sofrimentos cotidianos. Quem segue a Cristo, aprende a fazer das contradições, oportunidades para tonar-se mais consistente e forte. Em nosso tempo, precisamos de profetas destemidos, de “novos Jeremias”, que tenham a coragem de enfrentar o abandono dos homens, por causa da fidelidade a Deus e à sua Palavra.

Que o Senhor nos ajude a carregar nossa cruz de todos os dias, sem desviar do caminho do Mestre. Nas crises da vida, nos momentos de dúvida e de medo, não cedamos jamais ao “espírito do mundo”, caduco e apaixonado por si próprio. Saibamos com firmeza, testemunhar a vitória de Cristo pelo poder radiante da Cruz, sinal de nossa eternidade!

Pe. Luciano Guedes.
Pároco da Catedral de Nossa Senhora da Conceição.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

A dor de Francisco: "Parece que a crueldade foi impressa em nossos corações"

Em um e-mail, o Papa diz ter chorado pelas famílias e as crianças retiradas de suas casas durante o despejo forçado de uma invasão no bairro de Lugano, na Argentina.


"Parece que a crueldade foi impressa nos nossos corações. Uma crueldade que tem muitas roupagens: ‘o que me importa’, ‘vão trabalhar’, ‘são pessoas que não se inserem na sociedade’... palavras que não justificam mas manifestam tal crueldade".

Estas são as palavras do Papa Francisco escritas em um email privado a Gustavo Vera, o fundador da ONG "La Alameda", em Buenos Aires. O motivo do e-mail é o processo de despejo, realizado há três dias pela polícia e guarda civil nacional, da invasão 'Papa Francisco’ no bairro Lugano, com famílias inteiras que foram removidas à força das suas casas.

A notícia foi dada ontem pela mesma ONG Argentina, muito ligada a Bergoglio, que havia informado diretamente o Papa do despejo forçado. E o Papa confessa ter "chorado" ao saber que muitas famílias dos seus compatriotas sofrem tal abuso tão humilhante.

"Acabei de ler a sua carta - escreve Francisco ao amigo Gustavo -. A sua última frase resume os meus sentimentos: 'Parecia Gaza' e comecei a chorar. Não entendo o motivo. Acaricio com as lágrimas essas pessoas, essas mães com crianças. Quando voltei da Coréia, no avião, falei da crueldade. Parece que a crueldade foi incutida em nossos corações....".

"Estou ao lado dessas pessoas - disse o Papa - rezo e peço que elas não sejam deixadas sozinhas. E estou perto de vocês, que estão perto delas. Com muita dor no meu coração. Um abraço". 

terça-feira, 26 de agosto de 2014

A beleza de Deus manifestada na beleza da liturgia - Padre Anderson Marçal

A tradição bíblica aclama Deus como “o próprio autor da beleza” (Sb 13,3), glorificando-o pela grandeza e pela beleza das obras da criação. O pensamento cristão, com base sobretudo na Sagrada Escritura, mas também a filosofia clássica como auxiliar, desenvolveram o conceito de beleza como uma categoria teológica. A beleza divina manifesta-se de forma totalmente particular na liturgia sagrada, também através das coisas materiais das quais o homem, feito de alma e corpo, tem necessidade para alcançar as realidades espirituais: o edifício de culto, os ornamentos, paramentos, imagens, música, a própria dignidade das cerimônias.
A propósito disso, deve ser lido o quinto capítulo sobre “A dignidade da celebração litúrgica”, na última encíclica do Papa João Paulo II, Ecclesia de Eucharistia, que afirma que o próprio Cristo quis um ambiente digno para a Última Ceia, pedindo aos discípulos que a preparassem na casa de um amigo que tinha uma “sala grande e disposta” (Lc 22, 12; cf. Mc 14, 15). A encíclica recorda também a unctio de Betânia, um acontecimento significativo que precedeu a instituição da Eucaristia (cf. Mt 26; Mc 14, Jo 12). Frente ao protesto de Judas, de que a unção com o óleo precioso era um “desperdício” inaceitável, tendo em conta as necessidades dos pobres, Jesus, sem diminuir a obrigação de caridade concreta para com os necessitados, declara seu grande apreço pelo ato da mulher, porque a sua unção antecipa “essa honra de que seu corpo permanecerá digno, mesmo depois da morte, indissoluvelmente ligado ao mistério da sua Pessoa” (Ecclesia de Eucharistia, n. 47). João Paulo II conclui que a Igreja, como a mulher de Betânia, “não temeu ‘desperdiçar’, investindo o melhor dos seus recursos para exprimir o seu estupor de adoração diante do dom incomensurável da Eucaristia” (ibid., n. 48). A liturgia exige o melhor das nossas possibilidades, para glorificar Deus Criador e Redentor. No fundo, o cuidado atento das igrejas e da liturgia deve ser uma expressão de amor ao Senhor. Mesmo em um lugar onde a Igreja não tem grandes recursos materiais, não podemos negligenciar este dever.
A constituição sobre a Sagrada Liturgia, do Concílio Vaticano II, pronunciou-se de forma semelhante: “Ao promover e incentivar uma arte verdadeiramente sagrada, busquem mais uma nobre beleza do que o mero luxo. Isso tem que ser aplicado também às vestes sagradas e ornamentos” (Sacrosanctum Concilium, n. 124). Esta passagem se refere ao conceito da “nobre simplicidade”, introduzido pela Constituição no n. 34. No início do século XX, o conhecido liturgista inglês Edmund Bishop (1846-1917) descreveu o “gênio do rito romano” como distinguido pela simplicidade, sobriedade e dignidade (cf. E. Bishop, Liturgica Historica, Clarendon Press, Oxford 1918, pp. 1-19). A esta descrição não falta mérito, mas é preciso estar atentos à sua interpretação: o rito romano é “simples” em comparação com outros ritos históricos, como os orientais, que se distinguem por sua grande complexidade e suntuosidade. Mas a “nobre simplicidade” do rito romano não deve ser confundida com uma mal-entendida “pobreza litúrgica” e com o intelectualismo, que podem levar à ruína a cerimônia, fundamento do culto divino.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Comunicados de Pe. Luciano para esta semana que se inicia neste domingo(24/8)


Encontro de Namorados. 07 de setembro. Inscrições 23 e 24/agosto, após as missas das 19h30 na Catedral. 
Terça-feira, Reunião do Zonal Cidade – Padres e Leigos. Seminário, 19h.
Quarta-feira, Grupo de Oração na Catedral, 19h. Bênção e Exposição do Santíssimo Sacramento com o Pe. Luciano.
Quinta–feira. Ordenação Sacerdotal dos Diáconos Tiago, Flávio, Tobias, Hachid, Onaldo e Jorge.
Santuário do Sagrado Coração de Jesus, 17h. Na Catedral haverá Celebração da Palavra,17h30, coordenada pelos Ministros da Comunhão.
Sexta-feira. Reunião da Pastoral do Batismo com o Pe. Luciano, 19h.

5º Encontro de Namorados


III Congresso Diocesano RCCCG


O semeador


Equipe prepara orientações para dinamizar animação bíblica

Representantes de 12 países latino-americanos e caribenhos reuniram-se para debates e aprofundamentos com o objetivo de elaborar um conjunto de “orientações para dinamizar a animação bíblica da pastoral nas Igrejas”. O encontro aconteceu na sede do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam), em Bogotá, Colômbia, entre os dias 18 e 22 de agosto.
 As discussões realizadas tratavam de assuntos relacionados às exortações apostólicas Verbum Domini e Evangelii Gaudim, respectivamente dos papas Bento XVI e Francisco. Os participantes ressaltaram a necessidade de um “longo trabalho” com a colaboração do grupo e de especialistas para a construção das orientações.
O assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CXNBB), padre Décio José Walker, representou a entidade.  (CNBB)

sábado, 23 de agosto de 2014

Cristo, Filho de Deus, a Igreja e os cristãos!


Neste domingo somos questionados pelo Senhor. No caminho de Cesareia de Filipe, Ele pergunta ao grupo dos Doze: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?”, e depois: “Para vocês, quem Sou Eu?” E esta pergunta continua a ser fundamental para os cristãos de todos os tempos.

Hoje como ontem há muitas opiniões sobre Cristo. Muitas opiniões, inclusive, baseadas no procedimento de seus discípulos, isto é, no nosso jeito de ser Igreja, na forma como atuamos. As opiniões não derivam tanto das verdades sobre a vida de Cristo que anunciamos, mas, sobretudo do jeito como somos e como vivemos! Interessa a Jesus, que seus seguidores deem esta resposta aos homens. Uma resposta convincente, para que o mundo creia que Ele é o Cristo, o Filho de Deus.

Embora seja importante e necessária nossa formação doutrinal, não vamos dar esta resposta recorrendo aos nossos livros de teologia e catecismos. A pergunta de Jesus atinge o núcleo da relação pessoal dos discípulos. De fato, o Filho de Deus veio ao mundo, como “pessoa”, e sendo assim, há de se estabelecer uma “relação” entre Ele e nós e por consequência entre todos os que são de Cristo. Relação que supõe amizade, vínculo, adesão do coração, centro de nossas vontades e decisões profundas!

De nossa resposta se constrói a Igreja, comunidade dos que pertencem ao Reino de Cristo. Igreja Pedra, isto é, enraizada na fé dos apóstolos e aberta a todos que se deixam encontrar pelo Senhor. Para você, cristão hoje, quem é Jesus? O que implica na sua vida real, ser um seguidor dele? O que lhe diferencia no mundo, por ser de Cristo? Como você se relaciona com seus irmãos em Cristo?

Que o mundo atual veja em nós a novidade do Senhor Jesus. Novidade baseada fundamentalmente no amor a Deus e na compaixão com o próximo. E desta notícia transformadora das pessoas que o seguem, possam acreditar que Ele é o Redentor de toda esperança humana. 

Pe. Luciano Guedes.
Pároco da Catedral de Nossa Senhora da Conceição.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

As modernas escravaturas serão tema do Dia Mundial da Paz


“Não mais escravos, mas irmãos”. Este é o título da Mensagem para o 48º Dia Mundial da Paz, a segunda escrita pelo Papa Francisco. Na manhã de quinta-feira, 21, o Pontifício Conselho da Justiça e da Paz divulgou o título e a seguinte comunicação:

Julga-se habitualmente que a escravatura seja um fato do passado. No entanto, esta praga social continua muito presente no mundo atual. A Mensagem para o 1º de Janeiro de 2014 era dedicada à fraternidade: “Fraternidade, fundamento e caminho para a paz”. De fato, uma vez que todos são filhos de Deus, os seres humanos são irmãos e irmãs com igual dignidade.

A escravatura representa um golpe de morte para a fraternidade universal e, por conseguinte, para a paz. Na verdade, a paz existe quando o ser humano reconhece no outro um irmão ou irmã com a mesma dignidade.

Persistem no mundo múltiplas formas abomináveis de escravatura: o tráfico de seres humanos, o comércio dos migrantes e da prostituição, o trabalho-escravo, a exploração do ser humano pelo ser humano, a mentalidade escravagista para com as mulheres e as crianças.

Há indivíduos e grupos que se aproveitam vergonhosamente desta escravatura, tirando partido dos muitos conflitos desencadeados no mundo, do contexto de crise econômica e da corrupção.

A escravatura é uma terrível ferida aberta no corpo da sociedade contemporânea, é uma chaga gravíssima na carne de Cristo! Para combatê-la eficazmente, deve-se reconhecer acima de tudo a inviolável dignidade de cada pessoa. Além disso, importa ancorar firmemente esse reconhecimento na fraternidade, que exige a superação de todas as desigualdades, as quais permitem que uma pessoa escravize outra.

É-nos ainda pedido que o nosso agir seja próximo e gratuito para promover a libertação e inclusão para todos. O objetivo a alcançar é a construção de uma civilização fundada sobre a igual dignidade de todos os seres humanos, sem qualquer discriminação. Para isso, é necessário o compromisso da informação, da educação, da cultura em favor de uma sociedade renovada e que se assinale pela liberdade, pela justiça e, logo, pela paz.
O Dia Mundial da Paz resultou da vontade de Paulo VI e é celebrado todos os anos no primeiro dia de janeiro. A Mensagem do Papa é enviada aos Ministros dos Negócios Estrangeiros de todo o mundo e indica também a linha diplomática da Santa Sé para o ano que se inicia.




Fonte: Rádio Vaticano 

Simpósio faz resgate do movimento ecumênico no Brasil

Tem início hoje, 21, o Simpósio Ecumenismo e Missão, com o tema “Testemunho Cristão em um Mundo Plural”. O evento acontece na cidade de Vargem Grande Paulista (SP) e prosseguirá até dia 24. Trata-se de uma iniciativa do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), com apoio das Comissões para o Laicato, Ação Missionária e Ecumenismo da CNBB e da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR).
Entre os temas previstos para reflexão estão o “Resgate da caminhada histórica do movimento ecumênico no Brasil: Conferência do Nordeste e Vaticano II” e “Missão e ecumenismo: documentos, perspectivas de ação em comum”. Durante o Simpósio haverá a apresentação do documento “Testemunho Cristão num mundo plural”, com a proposta de resgatar a trajetória do ecumenismo no país  e analisar dos desafios para a missão e o testemunho cristão, na perspectiva teológica de inclusão e diálogo.
Entre os debatedores estão: o bispo da diocese Anglicana de São Paulo (SP), dom Maurício Andrade, Zwinglio Motta Dias, padre Oscar Beozzo, Joanildo Burity, Ignes Costalunga, Roberto Zwestsch, pastor Walter Altmann, frei Carlos Mesters, Francisco Orofino, Wanda Deifelt, Marcelo Schneider e Cibelle Kuss. (Fonte;http://www.cnbb.org.br/)

O incansável Paulo de Tarso Um líder vitorioso

Edições Loyola lançou neste mês de Agosto uma obra que apresenta a trajetória de liderança trilhada pelo mais bem-sucedido dos apóstolos – “O apóstolo dos gentios” –, que, com muita inteligência, fé e cultura, desenvolveu métodos motivacionais, mergulhado em um pensamento mobilizador de equipes: as revolucionárias assembleias de fé, em torno das quais a mensagem de Jesus era cultivada.

O livro O incansável Paulo de Tarso – Um líder vitorioso narra o impacto da conversão do apóstolo na estrada de Damasco, onde iniciou um intenso processo de reciclagem pessoal, trazendo à luz um homem resiliente e focado, que ao longo de sua vida, como seguidor de Cristo, se aprimorou de forma incansável.

Com método e capacidade de liderança diferenciada, Paulo é um exemplo de crescimento pessoal e de transformação, tornando-se peça fundamental na estruturação do cristianismo primitivo. Ao pregar lições virtuosamente atuais, fazendo uso de exemplos didáticos, o apóstolo apresenta conceitos imprescindíveis para todos aqueles que desejam vencer de maneira reta e consistente.

Com o prefácio de um dos maiores juristas do Brasil, Dr. Ives Gandra Martins, e apresentação do escritor e grande pioneiro da música católica, Padre Zezinho, SCJ, este livro oferece uma visão cronológica do Paulo histórico, embasada em cinco anos de pesquisas, que incluem mais de 40 livros lidos, todos de pesquisadores consagrados das principais universidades do mundo.

Assim, Betho Ieesus, explora não só a jornada individual do herói, mas também sua jornada em relação ao grupo. Jornada essa que faz de Paulo um dos personagens mais influentes da formação do cristianismo e da cultura ocidental, tendo deixado um legado de conceitos inovadores e atemporais, debatidos e adotados atualmente por universidades, empresas e instituições em todo o mundo.

O incansável Paulo de Tarso é um livro para quem tem gosto por boas práticas de liderança e aprimoramento pessoal. (FONTE;http://www.zenit.org/)

Jovens brasileiros lançam o Desafio JMJ Kraków 2016 Este projeto visa o engajamento mais efetivo do Jovem nas paróquias com uma dinâmica de abrangência nacional (Brasil)



O Portal Católico lançou no último dia 01 de agosto, o DESAFIO JMJ KRAKÓW2016 - Por uma Igreja mais conectada, com o objetivo de comemorar um ano de JMJ Rio2013 e preparar os Jovens Católicos para a próxima Jornada Mundial da Juventude em Cracóvia, 2016.

A proposta do Desafio JMJ 2016 é ser uma competição entre Grupos de Jovens do Brasil inteiro, com tarefas mensais a serem cumpridas e com pontuações específicas para cada tarefa. Ele será todo desenvolvido em aplicativos e sites criados para esse fim.

A fase de inscrição se estende até 29 de agosto de 2014 e as tarefas iniciam em setembro desse mesmo ano seguindo até outubro de 2015 quando haverá a premiação das equipes vencedoras.

Serão 40 pacotes completos de viagem para a Jornada Mundial da Juventude na Polônia em 2016. A participação não exige nenhum investimento para os Grupos de Jovens. Segundo a organização do evento, já se inscreveram milhares de Grupos de Jovens do Brasil inteiro, distribuídos por 100% das Arquidioceses do Brasil, 96% das Dioceses, 56% das Prelazias além de Equipes de algumas Eparquias e Ordinariados.

O Desafio JMJ Kraków2016 - Por uma Igreja mais conectada busca resgatar e fomentar o protagonismo jovem perante a Igreja, a Família e a Sociedade, tão amplamente demonstrado durante a JMJ Rio2013.

A inscrição pode ser feita em www.desafiojmj.com.br/inscricao

Mais informações, imagens e vídeos de divulgação, nos sites e páginas 
Contatos: Email: contato@desafiojmj.com.br

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Ação de Graças pela Paróquia do Rosário

Por ocasião da dedicação das muralhas de Jerusalém,
os levitas foram convocados para irem a Jerusalém
a fim de celebrarem a dedicação com festa e ação de graças”
(Ne 12,27).

Caros irmãos e irmãs, a Paróquia do Rosário em Campina Grande está em festa por ocasião dos seus setenta e quatro anos de existência. Dom Moysés Coelho, então Arcebispo da Arquidiocese da Paraíba, a erigiu em 15 de agosto de 1940. Portanto, uma rica história de existência pastoral que nos motiva a celebrar este momento com maior júbilo e fervor.

Além disso, há quatro anos, em 15 de agosto 2010, Dom Jaime Vieira Rocha juntamente com a Paróquia realizou uma missa festiva para dedicar a Igreja Matriz, dando importância maior a essa data comemorativa. Daí que, considero de suma importância convidar a todos para rezarmos uma Missa no domingo 31 de agosto, às 19h30, para comemorarmos essa data tão significativa.
Da minha parte agradeço de coração a Deus por ter me enviado a ser o Pároco deste povo tão bom. Hoje tenho a alegria renovada por ter recebido o encargo de uma paróquia tão vibrante, tão cheia de dons que pude ver nas atividades que contemplei nesses quase três meses ao lado deles. Obrigado Senhor, pela bondade que me concede de renovar o ministério sacerdotal, grande graça que recebi.

É admirável olhar aquelas paredes internas da linda matriz, arquitetura em arcos que engrandecem a estrutura, aquela suntuosa torre em formato de agulha que nunca vi mais bela, uma elevação do telhado que embeleza os olhares com a majestosa telha inglesa, a venerável Imagem da Padroeira presidindo o altar, a Imagem do Crucificado suspensa dão especial nobreza a matriz e muitas outras coisas de raro esplendor. Bom seria se as paredes da Igreja pudessem falar. Com certeza contariam as numerosas graças que Deus operou ao longo destes mais de setenta anos que se passaram.

Inúmeros receberam ali os benefícios dos Sacramentos, uns se tornaram cristãos pelo Batismo, outros se uniram pelo laço sagrado do Matrimônio, muitos suplicaram e conseguiram o perdão de Deus por meio do Sacramento da Penitência e alguns filhos receberam o sacramento da Ordem.

Que maravilha que este apostolado continua produzindo seus frutos benéficos, tanto é verdade que a Igreja do Rosário chegou a esta maturidade septuagenária, com ares de vida sempre renovada, pessoas sempre mais sedentas de servir a Igreja, fiéis que se multiplicam com renovado ardor para seguirem Jesus. Sem dúvida, um povo de participação ativa à vida da Igreja, e isso faz com que aumente em nós sempre mais a esperança e o entusiasmo próprio dos que são guiados pelo Espírito Santo, na busca de conseguirmos acordar com o testemunho cristão, os que vivem afastados ou indiferentes à fé.

É desejo de Nossa Senhora do Rosário, Mãe desta comunidade, que continuemos seguindo seu Filho Jesus, sendo uma Igreja viva, participativa, interventiva, corresponsável com a missão, comunidade alimentada pela Palavra de Deus e pela a Eucaristia, comprometida com a evangelização, sinal e presença do Amor de Deus no mundo, junto de todos e, em especial, dos mais pobres e carentes.

Diante de um mundo impregnado pelo pluralismo cultural e religioso e atrelado ao indiferentismo da fé que atinge brutalmente nossas comunidades católicas, precisamos intensificar nossas práticas religiosas. Somos cada vez mais convidados a um novo jeito de ser Igreja, um novo jeito de ser missionário, a renovar as metodologias para que sejam capazes de mobilizar a Paróquia num movimento que impulsione de dentro para fora, que envie nossos fiéis à uma ação concreta de evangelização que vise uma atenção maior e um cuidado cheio de zelo pelos mais pobres e distantes.

A paróquia é como uma mãe acolhedora que conhece e ajuda seus filhos, sobretudo aqueles que precisam de conforto espiritual e apoio material, para se erguerem e enfrentarem, com fé e coragem, os caminhos difíceis das suas vidas. Não há razão de ser comunidade cristã se não sentirmos o desejo de promover a comunhão, viver a solidariedade e a fraternidade!   
     
Neste momento importante para o Rosário, nós que formamos a Igreja, ao fazermos esta memória da instalação e dedicação desta Paróquia, elevamos também a Deus a nossa prece agradecida por todos aqueles que, vivos ou falecidos, de algum modo estiveram ligados à concretização do Projeto de Deus nesta comunidade, empenhando-se na construção e preservação do prédio e do seu patrimônio, mas sobretudo na edificação e aperfeiçoamento de espaços pastorais que dão vida a tudo que existe.

 É nosso dever de gratidão lembrarmos os padres que passaram por aqui e se esforçaram para preservar toda essa estrutura. Todos merecem ser recordados e trazidos à memória, com seu devido destaque para alguns que deixaram sinais marcantes. A eles um gesto de gratidão pela presteza e colaboração de amor dispensado a esse povo. Da mesma forma, é dever nosso e considero mais que justo estender os nossos agradecimentos a todos os paroquianos de ontem, os que no passado colaboraram com dedicação e espírito de fé, em benefício desta Paróquia. Enumerá-los seria a tarefa difícil, mas recordá-los é o mínimo que podemos fazer em nossas preces. Aos paroquianos de hoje, desejo que, sob as luzes do Espírito Santo, continuem animados na caminhada ao encontro do Cristo, apesar das dificuldades que encontrarão ao longo da estrada.

A todos vocês, irmãos e irmãs, os mais sinceros votos de que a presença de Cristo entre nós nos ajude a crescer na Fé e no seguimento do Filho de Deus, que por amor nos tornou filhos do mesmo Pai. Que nossa Mãe Padroeira seja nossa intercessora: Nossa Senhora do Rosário! Rogai por nós!
Postado por Pe. Márcio Henrique

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Representantes dos 18 regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) participaram da Reunião da Ampliada Nacional das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), realizada em Brasília (DF), de 18 a 20 de julho.
Segundo os organizadores, estiveram presentes 50 pessoas, entre elas o bispo referencial das CEBs, dom Giovane de Melo; o arcebispo de Londrina (PR), dom Orlando Brandes; o assessor do Setor CEBs da CNBB, Sérgio Coutinho.
Durante o encontro, os participantes avaliaram o processo de preparação e realização do 13º Intereclesial das CEBs, ocorrido em Juazeiro do Norte (CE), de 7 a 11 de janeiro, e que reuniu cerca de 4 mil romeiros.
Além disso, refletiram sobre a conjuntura social e política, apresentada pelo secretário executivo da Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP), Pedro Gontijo, e sobre a conjuntura eclesial e o Documento 100 da CNBB, “Comunidade de comunidades”, com o padre Benetido Ferraro.
Dom Giovane Melo falou sobre os textos aprovado na 52ª Assembleia Geral da CNBB, “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade” (Estudos 107) e “A Igreja e a questão agrária brasileira no início do século XXI” (Documento 101).
Por sua vez, dom Orlando Brandes apontou os “desafios e alegrias pastorais” da arquidiocese de Londrina, cidade que sediará o 14º Intereclesial das CEBs.
A próxima reunião da Ampliada das CEBs está prevista para janeiro, em Londrina. (Fonte;http://www.cnbb.org.br/)

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Missa em ação de graças marca o quinto ano da Pascom Catedral


No último sábado, dia 09 de agosto, a Pastoral da Comunicação (PASCOM) comemorou seu quinto ano de missão evangélica através da comunicação em Celebração Eucarística, na Catedral Diocesana de Nossa Senhora da Conceição, presidida pelo pároco Pe. Luciano Guedes.

Integrantes da Pascom fizeram as preces, introduziram os vasos sagrados, filmaram e fotografaram toda a celebração.

Antes da benção final, Pe. Luciano falou da importância da Pascom na paróquia e convidou a equipe para ir até o Altar e assim receber bênçãos e mensagens de parabéns.

Sobre a Pastoral da Comunicação na Igreja

A Pastoral da comunicação (Pascom) nasceu do desenvolvimento da junção entre a importância dos meios de comunicação, e o processo de comunicação no campo da evangelização. Evangelizar, para a Igreja, é levar a Boa Nova as parcelas da humanidade, em qualquer meio e latitude, e pelo seu influxo transformá-las a partir de dentro e tornar nova a própria humanidade: "Eis que faço de novo todas as coisas" (Ap 21,5). 
“Toda a Igreja é missionária. A obra da evangelização é um dever fundamental do Povo de Deus.”  “Porque, se eu anuncio o Evangelho, não é para mim motivo de glória, é antes uma obrigação que me foi imposta: ai de mim, se eu não evangelizar!” (1 Cor 9,16).

A Pascom se implanta na vida da Igreja não como uma Pastoral a mais, mas para dar maior comunicação às outras pastorais e seu conjunto: é suporte para as outras pastorais. A Pastoral da comunicação tem como objetivo alcançar todos os seres humanos para que possam obter a vida para sempre. Somos tanto mais humanos, quanto mais cresce a nossa capacidade pessoal de comunicação.

 A PASCOM procura dinamizar o acesso às informações dentro da Paróquia e mais ainda, busca Evangelizar através dos novos meio de comunicação da nossa época.

A comunicação adquire hoje importância capital. Para a Igreja, a Pastoral da Comunicação se tornou uma necessidade. A Pastoral da Comunicação, mais do que se dedicar à operação dos meios de comunicação para divulgar os eventos através de boletim, jornal, rádio e site, tem a missão de fazer fluir a comunicação entre pessoas, pastorais, comunidades como um todo, de uma forma acolhedora, tendo como mística a comunhão e a unidade. Sua principal missão, assim como a da Igreja, é Evangelizar

Pastoral da Comunicação na Catedral

Breve resgate histórico

Consciente da necessidade de ampliar a divulgação das atividades paroquiais da Catedral Diocesana de Nossa Senhora da Conceição, como passo inicial foi implantado o site muito visitado aqui e em diversos outros países.

Foi com base nesta realidade, que vislumbrou-se a oficialização de uma equipe de comunicação na paróquia - denominada de PASCOM. Para isto, diversas pessoas foram sendo convidadas, mais precisamente a partir de dezembro de 2008,e passaram então a formar a equipe, intensificando assim a divulgação das atividades da paróquia por diversos meios de comunicação: Rádios, TVs, jornais, sites internos e externos, blogs e redes sociais e, diretamente em outras paróquias.

O que é a Pascom?

É a pastoral da participação, das inter-relações humanas, da organização solidária e do planejamento democrático do uso de recursos e instrumentos que facilitem o intercâmbio de informações e de manifestações das pessoas no interior da comunidade ou da comunidade para o mundo que a rodeia. É a pastoral da valorização das expressões da cultura humana. Portanto, não é uma pastoral a mais no universo de pastorais, mas aquela que integra todas as demais (Documentos da CNBB). 




Objetivo Principal da Pascom:

Intensificar a comunicação da paróquia interna e externamente, mostrando as ações e os serviços da Catedral Diocesana de Campina Grande.

Além da atuação nos diversos eventos dos grupos e da paróquia e coordenação da equipe de divulgação da Festa da Padroeira, desde sua fundação, a Pascom já participou ou realizou diversos eventos de comunicação: Nacional, Regional, Diocesano e Paroquial,

Realizou:  Seminários, Workshop e Mutirão Paroquial

Participou: Mutirão Regional NE2 (Caruaru), I e II Mutirão Diocesano( Campina Grande) e Mutirão Brasileiro (em Natal).

Agora vai participar do 5 Muticom NE2, em nossa cidade de 29 a 31 de agosto de 2014.
Texto: Aurea Ramos(Coordenadora) e Roberta Molino:  Pascom Catedral

Fotos: Pascom Catedral

domingo, 10 de agosto de 2014

Mensagem da Semana


 
Deus veio ao encontro de Elias no Monte Horeb, através da brisa suave. Em Jesus Cristo, Deus veio ao encontro de Pedro andando sobre as águas do mar. Deus vem ao encontro de cada pessoa e nos salva!

“Andar sobre as águas”, significa que não temos certeza de tudo, não conseguimos nos assegurar de todas as situações! Somos surpreendidos e tantas vezes sacudidos pela tempestade, pela imprevisibilidade dos fatos. Grande parte da vida do homem se dá “andando sobre as águas”.

Noite, escuridão, águas revoltas, sensação de fracasso e de termos perdido o rumo, insegurança, tantas vezes abatem nosso ânimo, abalam nossa confiança! Na travessia da vida, quantas vezes cruzamos para a “outra margem”, apoiados na mão de Cristo, estendida em nossa direção.

Sem Cristo, nosso barco não tem consistência. Jesus diz a Pedro: “homem de pouca fé, porque duvidaste?” (Mt 14,31). Enquanto Pedro olha para baixo, para a profundidade das águas, isto é, para os próprios pés, afunda! Afundamos sempre que colocamos a confiança exclusivamente em nossas próprias forças. Mas quando olhamos para frente, quando vemos no horizonte, Cristo, diante de nós, abrimos caminho para vencermos os ventos contrários e a profundeza das águas da vida.
No Cristo, Senhor dos tempos, triunfante sobre os mares, tenha uma abençoada semana!
Pe. Luciano Guedes

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Papa Francisco proíbe canto da paz

A Santa Sé através da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos publicou por ordem do Santo Padre Francisco um novo documento. Neste documento, a Santa Sé ordena que seja cessado imediatamente os abusos litúrgicos com o rito da paz. Resumidamente o documento orienta aos fiéis a não ficarem “zanzando” em suas paróquias para desejar a paz, mas que deseje a quem está próximo apenas e não se introduza músicas nesse momento, já que alem de não serem previstas no missal, tiram a concentração da missa e aumentam muito um momento que deveria ser “discreto” na liturgia.

1. “Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz”, são as palavras com as quais Jesus promete aos discípulos reunidos no cenáculo, antes de enfrentar a paixão, o dom da paz, para infundir-lhes a gozosa certeza de sua presença permanente. Depois de sua ressurreição, o Senhor leva ao termo sua promessa apresentando-se no meio deles, no lugar em que se encontravam por temor aos Judeus, dizendo: “A paz esteja convosco!”[2]. A paz, fruto da Redenção que Cristo trouxe ao mundo com sua morte e ressurreição, é o dom que o Ressuscitado segue oferecendo hoje a sua Igreja, reunida para a celebração da Eucaristia, de modo que possa testemunhá-la na vida de cada dia.

2. Na tradição litúrgica romana o sinal da paz, colocado antes da Comunhão, tem um significado teológico próprio. Este encontra seu ponto de referência na contemplação eucarística do mistério pascal – diversamente de como fazem outras famílias litúrgicas que se inspiram na passagem evangélica de Mateus (cf. Mt 5, 23) – apresentando-se assim como o “beijo pascal” de Cristo ressuscitado presente no altar. Os ritos que preparam a comunhão constituem um conjunto bem articulado dentro do qual cada elemento tem seu próprio significado e contribui ao sentido do conjunto da sequência ritual, que conduz à participação sacramental no mistério celebrado. O sinal da paz, portanto, se encontra entre o Pater noster - ao qual se une mediante o embolismo que prepara ao gesto da paz – e a fração do pão – durante a qual se implora ao Cordeiro de Deus que nos dê sua paz -. Com este gesto, que significa a paz, a comunhão e a caridade”, a Igreja implora a paz e a unidade para si mesma e para toda a família humana, e os fiéis expressam a comunhão eclesial e a mútua caridade, antes da comunhão sacramental”, isto é, a comunhão no Corpo de Cristo Senhor.

3. Na Exortação Apostólica pós-sinodal Sacramentum caritatis o papa Bento XVI havia confiado a esta Congregação a tarefa de considerar a problemática referente ao sinal da paz, com o fim de salvaguardar o valor sagrado da celebração eucarística e o sentido do mistério no mundo da Comunhão sacramental: “A Eucaristia é por sua natureza sacramento da paz. Esta dimensão do Mistério eucarístico se expressa na celebração litúrgica de maneira específica com o gesto da paz. Trata-se indubitavelmente de um sinal de grande valor (cf. Jo 14, 28). Em nosso tempo, tão cheio de conflitos, este gesto adquire, também a partir ponto de vista da sensibilidade comum, um relevo especial, já que a Igreja sente cada vez mais como tarefa própria pedir a Deus o dom da paz e a unidade para si mesma e para toda a família humana. [...] Por isso se compreende a intensidade com que se vive frequentemente o rito da paz na celebração litúrgica. A este propósito, contudo, durante o Sínodo dos bispos se viu a conveniência de moderar este gesto, que pode adquirir expressões exageradas, provocando certa confusão na assembléia precisamente antes da Comunhão. Seria bom recordar que o alto valor do gesto não fica diminuído pela sobriedade necessária para manter um clima adequado à celebração, limitando por exemplo a troca da paz aos mais próximos”.

4. O Papa Bento XVI, além de destacar o verdadeiro sentido do rito e do sinal da paz, punha em evidência seu grande valor como colaboração dos cristãos, para preencher,  mediante sua oração e testemunho, as angústias mais profundas e inquietantes da humanidade contemporânea. Por esta razão, renovava seu convite para cuidar este rito e para realizar este sinal litúrgico com sentido religioso e sobriedade.

5. O Discasterio, baseado pelas disposições do Papa Bento XVI, dirigiu-se às Conferências dos bispos em maio de 2008 pedindo seu parecer sobre se manter o sinal da paz antes da Comunhão, onde se encontra agora, ou se mudá-lo a outro momento, com o fim de melhorar a compreensão e o desenvolvimento de tal gesto. Traz uma profunda reflexão, se viu conveniente conservar na liturgia romana o rito da paz em seu lugar tradicional e não introduzir mudanças estruturais no Missal Romano. Oferecem-se na continuação algumas disposições práticas para expressar melhor o conteúdo do sinal da paz e para moderar os excessos, que suscitam confusão na assembléias litúrgica antes da Comunhão.

6. O tema tratado é importante. Se os fiéis não compreendem e não demonstram viver, em seus gestos rituais, o significado correto do rito da paz, debilita-se o conceito cristão da paz e se vê afetada negativamente sua própria frutuosa participação na Eucaristia. Portanto, junto às precedentes reflexões, que podem constituir o núcleo de uma oportuna catequese a respeito, para a qual se ofereceram algumas linhas orientativas, submete-se a prudente consideração das Conferências dos bispos algumas sugestões práticas:

a) Esclarece-se definitivamente que o rito da paz alcança já seu profundo significado com a oração e o oferecimento da paz no contexto da Eucaristia. O dar-se a paz corretamente entre os participantes na Missa enriquece seu significado e confere expressividade ao próprio rito. Portanto, é totalmente legítimo afirmar que não é necessário convidar “mecanicamente” para se dar a paz. Se se prevê que tal troca não se levará ao fim adequadamente por circunstâncias concretas, ou se retem pedagogicamente conveniente não realizá-lo em determinadas ocasiões, pode-se omitir, e inclusive, deve ser omitido. Recorda-se que a rúbrica do Missal disse: Deinde, pro opportunitate, diaconus, vel sacerdos, subiungit: Offerte vobis pacem”.

b) Baseado nas presentes reflexões, pode ser aconselhável que, com ocasião da publicação da terceira edição típica do Missal Romano no próprio País, ou quando se façam novas edições do mesmo, as Conferências considerem se é oportuno mudar o modo de se dar a paz estabelecido em seu momento. Por exemplo, naqueles lugares em nos quais se optou por gesto familiares e profanos de saudação, traz a experiência destes anos, poderiam-se substituir por gestos mais apropriados.

c) De todos os modos, será necessário que no momento de dar-se a paz se evitem alguns abusos tais como:

- A introdução de um “canto para a paz”, inexistente no Rito romano .
- Os deslocamentos dos fiéis para trocar a paz.
- Que o sacerdote abandone o altar para dar a paz a alguns fiéis.
- Que em algumas circunstâncias, como a solenidade de Páscoa ou de Natal, ou Confirmação, o Matrimônio, as sagradas Ordens, as Profissões religiosas ou as Exequias, o dar-se a paz seja ocasião para felicitar ou expressar condolências entre os presentes.

d) Convida-se igualmente a todas as Conferências dos bispos a preparar catequeses lirtúgicas sobre o significado do rito da paz na liturgia romana e sobre seu correto desenvolvimento na celebração da Santa Missa. A este propósito, a Congregação para o Culto Divino e a Disiciplina dos Sacramentos acompanha a presente carta com algumas pistas orientativas.

7. A íntima relação entre lex orandi e lex credendi deve obviamente estender-se a lex vivendi. Conseguir hoje um compromisso sério dos católicos frente a construção de um mundo mais justo e pacífico implica uma compreensão mais profunda do significado cristão da paz e de sua expressão na celebração litúrgica. Convida-se, então, com insistência a dar passos eficazes em tal matéria já que dele depende a qualidade de nossa participação eucarística e o que nos vejamos incluídos entre os que merecem a graça prometida nas bem-aventuranças aos que trabalham e constroem a paz.

8. Ao finalizar estas considerações, exorta-se aos bispos, e sob sua guia, aos sacerdotes a considerar e aprofundar no significado espiritual do rito da paz, tanto na celebração da Santa Missa como na própria formação litúrgica e espiritual ou na oportuna catequese aos fiéis. Cristo é nossa paz,a paz divina, anunciada pelos profetas e pelos anjos, e que Ele trouxe ao mundo com seu mistério pascal. Esta paz do Senhor Ressuscitado é invocada, anunciada e difundida nas celebração, também através de um gesto humano elevado ao âmbito sagrado.
(Fonte;http://fidespress.com/)