domingo, 3 de agosto de 2014

A Dignidade do Sacerdote


Temos que aprender e professar que “dos sacerdotes de Cristo não se deve falar, senão para louvá-los!”. (São Josemaría Escrivá, “Sulco nº 904”). Existem inúmeras razões para louvar os sacerdotes: entre outras, todo sacerdote deve ser louvado, pois, por sua fidelidade, ele é um dispensador da misericórdia divina, o apóstolo da Palavra, o administrador dos mistérios de Deus e uma testemunha credível da caridade de Cristo. Temos que dar contínuas graças ao Senhor por nos ter possibilitado, na pessoa de nossos sacerdotes, uma ponte segura entre Ele e cada um de nós.
Em Sua misericórdia, o Senhor quis e quer que alguns homens sejam chamados, escolhidos, preparados e considerados aptos para ser, no mundo e em nossas comunidades, uma presença marcante de Sua piedade e de Seu amor. Desde os primeiros momentos de nossas vidas até nossa entrada na Igreja triunfante, o sacerdote nos acompanha, proclamando e nos ensinando, com dignidade e sabedoria, a doutrina e a Tradição da fé Católica. Por ser um consagrado de Cristo, “o sacerdote é sinal e penhor das realidades sublimes e novas do Reino de Deus, das quais é distribuidor, possuindo-as em si no grau mais perfeito e alimentando a fé e a esperança de todos os cristãos”. (Papa Paulo VI, “Encíclica Celibato sacerdotal, nº 31”). Por ser um digno representante de Cristo, existem laços visíveis e estreitos entre o sacerdote e o nosso Redentor. 
Quando temos que definir o perfil de um sacerdote, percebemos que, em sua vida e em suas atitudes, há sempre um contínuo amor pela Verdade, uma ampla entrega aos que sofrem e um corajoso e intrépido anúncio do Evangelho de Jesus Cristo. Como nos ensina Charles de Foucauld: “O sacerdote é um ostensório, seu dever é mostrar Jesus. Ele tem de desaparecer para deixar que só se veja Jesus!”.
Ser sacerdote é ser “conquistado por Cristo Jesus!” (Fl 3,12). Ser sacerdote é saber viver uma vida plena e fecunda a serviço do outro! Ser sacerdote é aderir, sem reservas, a um mistério sublime que conduz ao serviço do Senhor com zelo, com ardor e alicerçado no amor! Todo sacerdote é um ungido de Cristo que se predispõe a apascentar o rebanho do Senhor, sob a direção do Espírito Santo, celebrando com devoção e entusiasmo os sacramentos que Cristo nos legou! Ser sacerdote é saber emprestar a Jesus as suas mãos, a sua voz, os seus gestos e a sua própria vida, na celebração dos mistérios de nossa fé! Diante da pessoa do sacerdote, nós somos chamados a reconhecer, junto com o Cura D’Ars - o padroeiro dos padres: “Que coisa tão grande é ser sacerdote! Se o compreendesse totalmente, morreria!”.
Que possamos aprender, com o sacerdote que Cristo colocou em nossa Paróquia, em nossa Pastoral e em nosso meio, a colocar Deus no centro de nossas vidas! Peçamos a nosso Redentor a graça de tratar com esmero e cuidado o sacerdote que Ele colocou junto a nós! Digamos hoje e sempre aos nossos amigos sacerdotes: Sacerdotes de Cristo, nobres servidores de uma causa sublime, “continuai a progredir sem desfalecimento, na formação cristã e sacerdotal, apostólica e cultural, que a Igreja espera de vós; amai apaixonadamente o Evangelho e os homens a quem sois enviados, segundo o exemplo e a medida do Coração de Cristo!” (Discurso do Papa João Paulo II em 11 de janeiro de 2003). Sacerdotes de Cristo, nunca se esqueçam de que o coração do sacerdócio consiste em ser amigos de Jesus Cristo! Amigo sacerdote, nosso muito obrigado por você estar sempre disponível para nos ouvir, acolher e orientar, dando-nos, pelo seu exemplo, a suave e doce presença de Cristo. Como membros do Povo de Deus, nós damos testemunho da dignidade do mistério de Cristo e de Seu Reino que se realiza em sua alma e em seu coração! Sacerdote de Cristo, volva seu olhar para Maria, a Mãe da Igreja, e recorra constantemente à sua mediação, para que ela continue intercedendo em favor de seu sacerdócio! Sacerdote de Cristo, como é bom poder ouvir você dizer: “O Senhor deu-me a graça de falar como um discípulo, para que eu saiba dizer uma palavra de alento aos que andam abatidos!” (Is 50,4).

Por Aloísio Parreiras
Escritor e membro do Movimento de Emaús/ Brasília

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