segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Instituto de Teologia é inaugurado pela CN e Diocese de Lorena




Bispo da Diocese de Lorena, Dom Benedito Beni, e o fundador da Comunidade Canção Nova, Monsenhor Jonas Abib, na Missa inaugural do Instituto

O Instituto Teológico Bento XVI foi instituído oficialmente em uma Missa Solene celebrada na sede da Comunidade Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP), na manhã desta segunda-feira, 31. Na ocasião, o Bispo de Lorena, Dom Benedito Beni dos Santos, entregou o decreto de fundação do Instituto a Monsenhor Jonas Abib.

A ação missionária será uma das características principais do organismo, pertencente à Diocese de Lorena, mas que ficará sob os cuidados da Associação Internacional Privada de Fiéis Canção Nova.

“A teologia existe em função da missão da Igreja. Prepara as pessoas para serem evangelizadoras, para amar mais a Igreja”, salientou Dom Beni durante a aula inaugural, proferida por ele também nesta manhã.

Com o intuito de formar os futuros sacerdotes da Diocese de Lorena, bem como os padres que servirão de modo particular à Canção Nova, o Instituto responde a antigos anseios e necessidades tanto da Diocese quanto da Comunidade. “O próprio fundador da Canção Nova, monsenhor Jonas Abib, já há alguns anos expressou esse desejo de qualificar os vocacionados ao sacerdócio”, destacou o coordenador do Instituto, padre Wagner Ferreira.

De acordo com padre Wagner, o Instituto é diocesano - tendo como autoridade o Bispo da Diocese de Lorena -, mas, ao mesmo tempo, é a Canção Nova que dá todo o embasamento para que a vida da instituição possa acontecer.

O Instituto recebe os nove seminaristas da Diocese, que fazem agora o 2º ano de formação teológica, transferidos da Faculdade Dehoniana, de Taubaté.

“O Instituto está destinado a acolher não só seminaristas, mas também os membros da Canção Nova. A Igreja quer que todos os evangelizadores tenham uma boa preparação teológica, pastoral e espiritual. Evidentemente, outros fiéis de nossas paróquias poderão estudar no nosso instituto”, explica Dom Beni.

Ainda segundo o Bispo de Lorena, esse será um instituto voltado para a evangelização e aberto para o diálogo com a cultura contemporânea. Os leigos interessados na formação teológica deverão passar por uma análise de aprovação por parte da Canção Nova e da diocese.

A escolha do nome da instituição de ensino é uma homenagem ao Papa Bento XVI, autor de mais de 600 grandes artigos e de mais de 100 livros publicados, o mais recente Jesus de Nazaré. “Queremos, assim, prestar essa homenagem ao Papa Bento XVI, que é um dos maiores teólogos da Igreja. Basta tomar consciência da profundidade e originalidade do seu pensamento teológico”, salientou Dom Beni.
Fonte:Canção Nova

Comunicação é tema do curso de formação do clero natalense



O curso do clero da Arquidiocese de Natal será realizado no período de 15 a 17 de fevereiro, no Centro de Treinamento de Ponta Negra, Natal. O tema será “Os desafios e as oportunidades da Comunicação na era da localização e globalização - um olhar para os novos tempos”. O assessor é o Pe. Gildásio Mendes, salesiano, atualmente na Inspetoria de Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

Pe. Gildásio tem mestrado em jornalismo, pela Pontifícia Universidade Salesiana, de Roma, e em 
Departamento de Telecomunicação da Michigan State University, dos Estados Unidos, na qual também fez doutorado em Comunicação. No Brasil, ele assessorou a CNBB em algumas áreas da Comunicação e é membro do Comitê Internacional de Estudos da Comunicação, da Congregação Salesiana e do Conselho Nacional do Boletim Salesiano.

Para ele, “evangelizar e catequizar na era das novas tecnologias digitais, na era da informação e da chamada cultura midiática, é urgente e necessário a compreensão dos novos fenômenos da comunicação, que compreende as novas linguagens, novos métodos, novos conteúdos, novos atores e redes envolvidas nos processos comunicativos”. “Evangelização e comunicação formam um binômio inseparável”, diz.

Fonte: Arquidiocese de Natal
realidade virtual, pelo


Os jovens entenderam o coração de João Paulo II, afirma bispo

''João Paulo II percebeu a força da juventude e a necessidade de se valer dela para dar uma fisionomia à Igreja'', afirmou Dom Altieri

"Os jovens entenderam o coração de João Paulo II", afirmou o Bispo de Caraguatatuba (SP) e responsável pelo Setor Juventude do Regional Sul 1 da CNBB, Dom Antonio Carlos Altieri.

Segundo ele, "a juventude conseguiu captar o amor desse homem de Deus" e, por sua vez, "João Paulo II percebeu a força da juventude e a necessidade de se valer dela para dar uma fisionomia à Igreja, que tem a novidade de Cristo. Portanto, [a Igreja] é eternamente jovem. Deus não envelhece", destacou.


O bispo recordou que, nos últimos dias de vida do futuro beato, estava em Roma e se dirigiu à Praça São Pedro para rezar pela saúde de João Paulo II. "Ao chegar lá, me deparei com uma multidão de jovens que tinha chegado antes. Diversos grupos com orações, cantos, velas, bandeiras, melodias, dialogavam com ele. O Papa chegava a escutar, do leito de morte, esse rumor da juventude e com muita emoção, disse: 'Busquei-vos. Agora viestes para me ver. Agradeço-vos'. Foram umas de suas últimas palavras. Eu diria que foi uma realização para ele, um coroamento da sua grande missão", afirmou.

Após a morte de João Paulo II, foram os jovens que, com faixas, gritaram o "Santo Já", recorda Dom Altieri. "Eles já tinham essa intuição de que ele foi alguém que trouxe a novidade de Jesus Cristo, cumpriu sua missão e, portanto, tinham esse "título" já marcado no coração deles. Se anteciparam àquilo que, oficialmente, a Igreja agora, em sua prudência, após examinar exigentemente, o proclama beato".

Jornada Mundial da Juventude

O Papa João Paulo II tinha um carisma especial com os jovens e foi ele quem instituiu a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em 1985. Desde então, jovens vindos de todo o mundo se reúnem, a cada dois anos, para se encontrar com o Santo Padre.

Enilda Rocha, membro da Comunidade Canção Nova, participou da Jornada Mundial no Jubileu do ano 2000, no Vaticano. Ela conta com emoção, que se sentiu muito tocada quando João Paulo II disse aos jovens: "Jovens de cada continente, não tenhais medo de serem os santos do novo milênio”.

De fato, fomos criados para ser santos, afirma Enilda. Ela recorda ainda que na homilia, o Papa afirmou aos jovens: "Vós levareis o anúncio de Cristo ao novo milênio. Voltando para casa, não vos isoleis. Confirmai e aprofundai a vossa adesão à comunidade cristã a que pertenceis. Daqui de Roma, da Cidade de Pedro e Paulo, o Papa acompanha-vos com afeto e, parafraseando uma afirmação de Santa Catarina de Sena, disse: 'Se fordes aquilo que deveis ser, colocareis fogo no mundo inteiro!'".

"O Papa foi um grande líder e evangelizador", diz Enilda. "Com sua vida, [João Paulo II] nos indicava Jesus, o Verbo de Deus, que abria para cada jovem as portas da Igreja e acreditava neles como futuro da Igreja".

Enilda recordou ainda a pergunta do Papa, quando estava na Praça São Pedro, em 2000: "A  vossa viagem não é uma qualquer, se vos pusestes a caminho, não foi apenas por razões de diversão ou cultura. Então, vos pergunto: Quem é que viestes procurar? A resposta só pode ser uma: 'Viestes à procura de Jesus Cristo! Ele que, todavia, foi o primeiro a procurar-vos'", recorda Enilda.

A  missionária da Canção Nova conclui com emoção: "Essa experiência me fez mudar de vida".

Fonte:Canção Nova

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Mensagem do Papa ao Dia Mundial das Missões 2011

Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós” (Jo 20, 21) 

Em ocasião do Jubileu de 2000, o Venerável João Paulo II, ao início de um novo milênio da era cristã, reiterou com força a necessidade de renovar o empenho de levar a todos o anúncio do Evangelho “com o mesmo ímpeto dos cristãos dos primeiros tempos” (Carta ap. Novo Millenium Ineunte, 58).

É o serviço mais precioso que a Igreja pode render à humanidade e à cada pessoa que busca razões profundas  para viver em plenitude a própria existência.
Por isso, aquele mesmo convite ressoa, a cada ano, na celebração do Dia Mundial das Missões.

O incessante anúncio do Evangelho, de fato, aviva também a Igreja, o seu fervor, o seu espírito apostólico, renova os seus métodos pastorais para que seja sempre mais apropriado às novas situações – também aqueles que requerem uma nova evangelização – e animados pelo lançamento missionário: “A missão renova a Igreja, revigora a fé e a identidade cristã, dá novo entusiasmo e novas motivações. A fé reforça doando-a! A nova evangelização dos povos cristãos encontrará inspiração e sustento no empenho para a missão universal” (João Paulo II, Enc. Redemptoris missio, 2).

Vai e anuncia

Este objetivo vem continuamente reavivado na celebração da liturgia, especialmente da Eucaristia, que se conclui sempre ecoando o mandamento de Jesus ressuscitado aos Apóstolos: “Ide...” (Mt 28,19). A liturgia é sempre um chamado 'do mundo' e um novo envio 'no mundo' para testemunhar aquilo que se experimentou: a potência santificadora da Palavra de Deus, a potência santificadora do Mistério Pascal de Cristo.

Todos aqueles que encontraram o Senhor ressuscitado sentiram a necessidade de anunciar aos outros, como fizeram os dois discípulos de Emaús, depois de terem reconhecido o Senhor ao partir o pão, “levantaram-se na mesma hora e voltaram a Jerusalém. Aí acharam reunidos os Onze e os que eles estavam. Todos diziam: 'O Senhor ressuscitou verdadeiramente e apareceu a Simão'” (Lc 24,33-34).

O Papa João Paulo II exorta a serem “vigilantes e prontos a reconhecer Seu rosto e correr para os nossos irmãos levando o grande anúncio: 'Vimos o Senhor!'” (Carta ap. Novo Millenium Ineunte, 59).

A todos

Destinados ao anúncio do Evangelho são todos os povos. A Igreja, “por natureza é missionaria, porque deriva da missão do Filho e da missão do Espírito Santo, segundo o designo de Deus Pai” (CONC. ECUM. VAT. II, Decr. Ad gentes, 2).  Esta é “a graça e a vocação própria da Igreja, a sua identidade mais profunda. Essa existe para evangelizar” (Paulo VI, Exort. ap. Evangelii nuntiandi, 14).

Por consequência, não pode jamais fechar-se em si mesma. Está enraizada  em determinados lugares para andar em outros. A sua ação, em adesão à Palavra de Cristo e sobre a efusão da sua graça e da sua caridade, se faz plena e atualmente presente a todos os homens e a todos os povos para conduzi-los à fé em Cristo (cfr Ad gentes, 5).

Este dever não perdeu a sua urgência. Na verdade, “a missão de Cristo redentor, confiada à Igreja, é ainda está bem longe de ser cumprida... Um olhar global da humanidade demostra que tal missão está ainda no início e que devemos nos empenhar com todas as forças ao seu serviço” (João Paulo II, Enc. Redemptoris missio, 1).

Não podemos permanecer tranquilos ao pensamento que, depois de 2000 anos, existem ainda povos que não conhecem Cristo e ainda não escutaram a sua mensagem de salvação.
Não só isso, mas expande as fileiras daqueles que, simplesmente tendo recebido o anúncio do Evangelho, o esqueceram e o abandonaram, não se reconhecem mais na Igreja; e muitos ambientes, também em sociedade tradionalmente cristãs, hoje são refratários ao abrir a palavra da fé.

Aconteceu uma mudança cultural, alimentada também pela globalização, dos movimentos de pensamento e do prevalecente relativismo, uma mudança que leva a uma mentalidade e um estilo de vida que desconsidera a mensagem evangélica, como se Deus não existisse, e que exalta a busca do bem-estar, do ganho fácil, da carreira e do sucesso como objetivo de vida, mesmo às custas de valores morais.

Corresponsabilidade de todos
A missão universal envolve a todos, acima de tudo e sempre. O Evangelho não é um bem exclusivo daqueles que o receberam, mas é um dom a ser dividido, uma bela notícia a comunicar. E este dom-empenho é confiado não somente a alguns, bem como a todos os batizados, aquele “povo eleito, … nação santa, povo de Deus conquistado” (1Pd 2,9), para que proclame as suas obras maravilhosas.

Nem só envolve apenas todas as atividades. A atenção e a cooperação à obra evangelizadora da Igreja no mundo não podem ser limitadas a alguns momentos e ocasiões particulares, e não podem nem mesmo ser consideradas como uma das tantas atividades pastorais: a dimensão missionária da Igreja é essencial e, portanto, vem sempre presente.

É importante que esteja cada batizado e estejam as comunidades eclesiais interessadas não de modo esporádico e ocasionalmente à missão, mas de modo constante, como forma de vida cristã. O mesmo Dia das Missões não é um momento isolado no curso do ano, mas é uma precisa ocasião para parar a fim de refletir se e como respondemos à vocação missionária; uma resposta essencial para a vida da Igreja.

Evangelização global

A evangelização é um processo complexo e compreende vários elementos. Entre eles, uma atenção particular da parte da animação missionária checando se esta sempre foi dada à solidariedade. Este é também um dos objetivos do Dia Mundial das Missões, que, por meio das Pontifícias Obras Missionárias, solicita ajuda para o desenvolvimento dos deverem de evangelização nos territórios de missão.

Se trata de sustentar instituições necessárias para a estabilização e consolidação da Igreja mediante os catequistas, seminaristas, sacerdotes; e também de dar a própria contribuição ao melhoramento das condições de vida das pessoas nos países nos quais mais graves são os fenômenos de pobreza, desnutrição, sobretudo infantil, doenças, carência de serviços sanitários e para a educação. Também isso entra na missão da Igreja.

Anunciando o Evangelho, essa cuida da vida humana num sentido mais pleno. Não é aceitável, dizia o Servo de Deus Paulo VI, que na evangelização deixem de ser considerados os temas que envolvem a promoção humana, a justiça, a liberdade a cada forma de opressão, obviamente no respeito à autonomia da esfera política.

Ignorar os problemas temporais da humanidade significaria “esquecer a lição que vem do Evangelho sobre o amor ao próximo sofredor e necessitado” (Exort. ap. Evangelii nuntiandi, 31.34); não estaria em sintonia com o comportamento de Jesus que “percorria todas as cidades e aldeias. Ensinava nas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo mal e toda enfermidade” (Mt 9,35).

Assim, por meio da participação corresponsável para com a missão da Igreja, o cristão torna-se construtor da comunhão, da paz, da solidariedade que Cristo nos doou, e colabora com a realização do plano de salvação de Deus para toda humanidade.

Os desafios que esta encontra, chama os cristão a caminhar juntos aos outros; e a missão é parte integrante deste caminho com todos. Nela nós levamos, mesmo em vasos de cristal, a nossa vocação cristã, o tesouro inestimável do Evangelho, o testemunho vivo de Jesus morto e ressuscitado, encontrado e acreditado na Igreja.

O Dia das Missões revive em cada um o desejo e a alegria de “andar” ao encontro da humanidade levando a todos o Cristo. No Seu nome, de coração vos concedo a minha Bênção Apostólica, em particular aqueles que lutam e sofrem mais por causa do Evangelho.

Vaticano, 6 de janeiro de 2011, Solenidade de Epifania do Senhor

Encontro discute publicação que deve apontar os limites e horizontes da Pascom na Igreja no Brasil


Terminou nesta quinta-feira, 27, na sede da CNBB em Brasília, a reunião de reflexão e aprofundamento sobre a Pastoral da Comunicação (Pascom) na Igreja no Brasil. O encontro, que teve início na segunda-feira, 24, e reuniu oito pessoas entre coordenadores regionais da Pastoral e pesquisadores, discutiu a publicação da segunda edição do livro “Novas fronteiras da Pastoral da Comunicação”. Trata-se de uma publicação que deve pautar os limites e horizontes da Pastoral da Comunicação na Igreja no Brasil.
 
 
Irmã Elide Fogolari, assessora da Comissão Episcopal Pastoral para a Educação, Cultura e Comunicação Social da CNBB, destacou que o livro é uma necessidade para a Igreja no Brasil porque a publicação vai ajudar a definir os horizontes da Pascom. “O livro é necessário porque teremos uma noção do nosso horizonte de atuação e qual é o lugar e o papel da Pastoral da Comunicação para a Igreja no Brasil. A primeira edição do livro teve bastante repercussão e penso que a nova edição vai clarear os nossos objetivos que ainda não entendemos bem”, disse a assessora.A professora doutora Rosane Borges, que também participou da reunião, destacou o encontro como fundamental para contribuir com questões essenciais do trabalho da Pascom nas comunidades e dioceses espalhadas pelo Brasil e para pensar os horizontes e limites da Igreja face à comunicação. “A reunião teve um caráter avaliativo e sistemático de como pensar essa comunicação tecnológica e os destinos do homem que muda a cada dia; pensar o papel da Igreja face ao audiovisual que fascina, muitas vezes, mais do que a palavra do padre, da Igreja. A partir dessa reunião criamos o alento de que é possível construir uma nova comunicação e resgatar o trabalho de Cristo e dar continuidade ao seu mandato que é ir a todo o mundo e pregar o Evangelho que é nosso dever a partir de qualquer meio de comunicação”.
A reunião teve a presença do arcebispo do Rio de Janeiro (RJ) e presidente da Comissão Episcopal para a Educação, Cultura e Comunicação Social da CNBB, dom Orani João Tempesta, na segunda-feira, 24. Ainda durante o encontro foi lançado o documento de estudos número 101 da CNBB, “A Comunicação na vida e missão da Igreja no Brasil” que foi publicado pelas Edições CNBB e pela Paulus Editora. O documento é uma resposta à necessidade de um subsídio de orientações sobre comunicação para a Igreja no Brasil.
Fonte :CNBB

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Joana D'Arc é exemplo de santidade na política, destaca Bento XVI

Ao dedicar a Catequese desta quarta-feira, 26, a Joana D’Arc, o Papa Bento XVI destacou seu “belo exemplo de santidade para os leigos empenhados na vida política, sobretudo nas situações de maior dificuldade”. 
Catarina de Siena, patrona da Europa, e Joana D’Arc são as figuras mais características daquelas “mulheres fortes” que, no fim da Idade Média, levaram sem medo a grande luz do Evangelho nos momentos complexos da história.  Salientando a força das mulheres, o Santo Padre recordou também o exemplo da Virgem Maria e Maria Madalena. “Podemos escutar as santas mulheres que permaneceram no Calvário, próximas a Jesus crucificado e a Maria, Sua mãe, enquanto os apóstolos fugiram e o próprio Pedro negou Jesus três vezes.

Joana D’Arc nasce num período conturbado na Igreja e na França, em 1412, quando existia um Papa e dois anti-papa. Junto com este cisma na Igreja, contínuas guerras aconteciam entre as nações cristãs da Europa. A mais dramática foi a "Guerra dos Cem Anos", entre França e Inglaterra. “A compaixão e o empenho da jovem camponesa francesa diante do sofrimento do seu povo tornou mais intenso o seu relacionamento místico com Deus”, explica Bento XVI.

O Pontífice recorda que um dos aspectos mais originais da santidade desta jovem é justamente esta ligação entre a experiência mística e a missão política. “Depois dos anos de vida oculta e crescimento interior, seguem dois anos, curtos, mas intensos, de sua vida pública: um ano de ação e um ano de paixão”, conta.

Depois de Joana D’Arc passar por alguns exames realizados por teólogos, o futuro Rei da França, Carlos VII, se rende aos seus conselhos. A sua proposta é de verdadeira paz com justiça entre os povos cristãos, à luz dos nomes de Jesus e Maria, mas esta proposta foi rejeitada e Joana se engaja na luta pela libertação da cidade em 8 de maio 1429.

“Joana vive com os soldados, levando a eles uma verdadeira missão de evangelização. Muitos testemunham sua bondade, sua coragem e sua extraordinária pureza. É chamado por todos, como ela mesma se definia,  ‘la pulzella’, a virgem”, conta o Papa.

Mas em 1430, ela é presa por seus inimigos, que a levaram a um processo eclesial. Ela é acusada e julgada até ser condenada como herege e levada à morte na fogueira.  Segundo o Papa, este juízes são teólogos sem caridade e humildade que não viram nesta jovem a ação de Deus. “Os juízes de Joana radicalmente incapazes de compreender, de ver a beleza de sua alma, não sabiam que condenavam uma santa”.

Na manhã do dia 30 de maio, recebe pela última vez a Comunhão na prisão e, em seguida, é conduzida à praça do velho mercado. Pede a um dos sacerdotes de ter diante de si uma cruz de procissão e, assim, morre “olhando Jesus Crucificado e pronuncia mais vezes e em alta voz o Nome de Jesus”.

Cerca de 25 anos depois, o Processo de Nulidade, sob a autoridade do Papa Calisto III, é concluido com uma solene sentença que declara nula a condenação. Bento XVI recorda que este longo processo recolheu testemunhos que colocaram em luz a inocência e a perfeita fidelidade de Joana D’Arc, que depois foi canonizada pelo Papa Bento XV, em 1920.

“O Nome de Jesus, invocado por essa santa até os últimos momentos de sua vida terrena, era como o contínuo respiro da sua alma, como um hábito do seu coração, o centro da sua vida”, ressalta o Santo Padre.

Para o Pontífice, o “mistério da caridade de Joana D’Arc é aquele total amor de Jesus que está sempre em primeiro lugar na sua vida. “Amá-lo significa obedecer sempre a sua vontade. Ela afirmava com total confiança e abandono: ‘Confio-me a Deus, meu Criador, amo-o com todo meu coração’”,  destacou o Papa.

Esta santa viveu a oração como um diálogo contínuo com Deus que iluminava também seu diálogo com os juízes e dava paz e segurança. Jesus se revela a ela como o “Rei do Céu e da Terra”, e segundo Bento XVI, a liberdade do seu povo era uma obra de justiça humana, que Joana cumpre na caridade, por amor a Jesus.

“Em Jesus, Joana contempla também a realidade da Igreja, a ‘Igreja triunfante’ do Céu, como a ‘Igreja militante’ da Terra. Segundo suas palavras, ‘é tudo uma coisa só: o Nosso Senhor e a Igreja’. E no amor de Jesus, Joana encontra a força para amar a Igreja até o fim, também no momento de sua condenação”, enfatiza o Santo Padre.

Por fim, Bento XVI disse que o luminoso testemunho de Santa Joana D’ Arc convida a um alto padrão de vida cristã: “fazer da oração o fio condutor dos nossos dias, tendo plena confiança no cumprimento da vontade de Deus, seja ele qual for; viver a caridade sem favoritismos, sem limites, e atingindo, como ela, no Amor de Jesus, um profundo amor pela Igreja”, conclui o Papa.

Saudação aos peregrinos de língua portuguesa
Aos peregrinos de língua portuguesa, o Papa destacou esta "mulher forte" que levou sem medo a luz do Evangelho às complexas vicissitudes da história: Santa Joana d’Arc. "Desde a infância, mostra grande compaixão pelos pobres e atribulados no contexto de uma guerra sem fim entre a França e a Inglaterra".

A compaixão e o empenho dela em favor do seu povo, recordou o Pontífice, intensificaram-se ainda mais com sua maturação mística, que teve lugar aos treze anos.
"Saúdo, com afeto, a todos vós, amados peregrinos de língua portuguesa, desejando que esta peregrinação a Roma vos encha de luz e fortaleza no vosso testemunho cristão, para confessares Jesus Cristo como único Salvador e Senhor da vossa vida: fora Dele, não há vida nem esperança de a ter. Com Cristo, ganha sentido a vida que Deus vos confiou. Para cada um de vós e vossa família, a minha Bênção!", exaltou Bento XVI. 


Fonte: Canção Nova

Setor Juventude lança subsídio para a realização das Jornadas Diocesanas da Juventude em todo o Brasil

Fruto do trabalho de jovens representantes das várias expressões eclesiais da juventude de todo o Brasil, o subsídio Jornada Diocesana da Juventude 2011 - “Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé” (cf. Cl 2,7) tem como objetivo criar uma caminhada de formação e preparação para um novo tempo de evangelização da juventude brasileira.

Esse será o primeiro texto de uma coleção produzida para ajudar os jovens a caminhar em unidade pastoral, temática e celebrativa com a Igreja que, em diferente partes do mundo, vivencia a diversidade na celebração da unidade pelas Jornadas Diocesanas da Juventude (JDJ).
O subsidio, que será lançado pelas Edições CNBB, foi elaborado sob a coordenação de dom Eduardo Pinheiro e de padre Carlos Sávio Ribeiro, respectivamente bispo referencial e assessor nacional do Setor Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A assessoria aos jovens foi feita pelo estudioso das Jornadas Mundiais da Juventude, Erofilho Cardozo, e pela assessora do Setor Universidades da CNBB, irmã Maria Eugênia Lloris.
O material de 2011 visa ajudar os jovens a se prepararem para a celebração da JDJ e tem como subtítulo o tema da Jornada Mundial da Juventude, que acontece em Madri, na Espanha, no mês de agosto. O texto dá dicas e sugestões para essa preparação, abrindo espaço para a criatividade e a adaptação às realidades dos jovens. O documento propõe a realização de três encontros: um enfocando o relação pessoal com Jesus Cristo, outro dedicado à vivência do jovem na Igreja e outro voltado à atuação do jovem cristão na sociedade.
São apresentadas sugestões práticas para que a juventude possa conhecer a profundidade das mensagens bíblicas e experimentar a riqueza da espiritualidade celebrada nas jornadas e testemunhar o amor de Cristo no mundo hoje.
O subsídio Jornada Diocesana da Juventude 2011 pode ser adquirido direto no site das Edições CNBB, pelo telefone (61) 2193-3019 e pelo e-mail vendas@edicoescnbb.com.br

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Mensagem do papa para o 45º Dia Mundial das Comunicações Sociais

O papa Bento XVI divulgou hoje, 24, no site oficial do Vaticano, a Mensagem para 45º Dia Mundial das Comunicações Sociais, intitulada “Verdade, anúncio e autenticidade de vida, na era digital”. O papa pede que as novas formas de comunicação sejam utilizadas apenas pensando no bem coletivo, destacando a verdade na atuação dos participantes das Redes Sociais e principalmente o papel dos jovens na Era Digital.
“As novas tecnologias da comunicação pedem para ser postas ao serviço do bem integral da pessoa e da humanidade inteira. Usadas sabiamente, podem contribuir para satisfazer o desejo de sentido, verdade e unidade que permanece a aspiração mais profunda do ser humano”, destaca o papa.
Bento XVI diz que as novas tecnologias estão mudando “não só o modo de comunicar, mas a própria comunicação em si mesma. As novas tecnologias permitem que as pessoas se encontrem para além dos confins do espaço e das próprias culturas, inaugurando deste modo todo um novo mundo de potenciais amizades”.
O papa faz um alerta, dizendo que “é importante nunca esquecer que o contato virtual não pode nem deve substituir o contato humano direto com as pessoas, em todos os níveis da nossa vida”.
O papa finaliza sua mensagem afirmando que a web está contribuindo para o desenvolvimento de formas novas e mais complexas de consciência intelectual e espiritual. ”Somos chamados a anunciar, neste campo também, a nossa fé: que Cristo é Deus, o Salvador do homem e da história, Aquele em quem todas as coisas alcançam a sua perfeição (cf. Ef 1, 10)”.
Leia abaixo a íntegra da mensagem do papa para o Dia Mundial das Comunicações Sociais:
Verdade, anúncio e autenticidade de vida, na era digital
Queridos irmãos e irmãs!
Por ocasião do XLV Dia Mundial das Comunicações Sociais, desejo partilhar algumas reflexões, motivadas por um fenômeno característico do nosso tempo: a difusão da comunicação através da rede internet. Vai-se tornando cada vez mais comum a convicção de que, tal como a revolução industrial produziu uma mudança profunda na sociedade através das novidades inseridas no ciclo de produção e na vida dos trabalhadores, também hoje a profunda transformação operada no campo das comunicações guia o fluxo de grandes mudanças culturais e sociais. As novas tecnologias estão mudando não só o modo de comunicar, mas a própria comunicação em si mesma, podendo-se afirmar que estamos perante uma ampla transformação cultural. Com este modo de difundir informações e conhecimentos, está nascendo uma nova maneira de aprender e pensar, com oportunidades inéditas de estabelecer relações e de construir comunhão.
Aparecem em perspectiva metas até há pouco tempo impensáveis, que nos deixam maravilhados com as possibilidades oferecidas pelos novos meios e, ao mesmo tempo, impõem de modo cada vez mais premente uma reflexão séria acerca do sentido da comunicação na era digital. Isto é particularmente evidente quando nos confrontamos com as extraordinárias potencialidades da rede internet e a complexidade das suas aplicações. Como qualquer outro fruto do engenho humano, as novas tecnologias da comunicação pedem para ser postas ao serviço do bem integral da pessoa e da humanidade inteira. Usadas sabiamente, podem contribuir para satisfazer o desejo de sentido, verdade e unidade que permanece a aspiração mais profunda do ser humano.
No mundo digital, transmitir informações significa com frequência sempre maior inseri-las numa rede social, onde o conhecimento é partilhado no âmbito de intercâmbios pessoais. A distinção clara entre o produtor e o consumidor da informação aparece relativizada, pretendendo a comunicação ser não só uma troca de dados, mas também e cada vez mais uma partilha. Esta dinâmica contribuiu para uma renovada avaliação da comunicação, considerada primariamente como diálogo, intercâmbio, solidariedade e criação de relações positivas. Por outro lado, isto colide com alguns limites típicos da comunicação digital: a parcialidade da interação, a tendência a comunicar só algumas partes do próprio mundo interior, o risco de cair numa espécie de construção da auto-imagem que pode favorecer o narcisismo.
Sobretudo os jovens estão a viver esta mudança da comunicação, com todas as ansiedades, as contradições e a criatividade própria de quantos se abrem com entusiasmo e curiosidade às novas experiências da vida. O envolvimento cada vez maior no público areópago digital das chamadas Redes Sociais, leva a estabelecer novas formas de relação interpessoal, influi sobre a percepção de si próprio e por conseguinte, inevitavelmente, coloca a questão não só da justeza do próprio agir, mas também da autenticidade do próprio ser. A presença nestes espaços virtuais pode ser o sinal de uma busca autêntica de encontro pessoal com o outro, se se estiver atento para evitar os seus perigos, como refugiar-se numa espécie de mundo paralelo ou expor-se excessivamente ao mundo virtual. Na busca de partilha, de “amizades”, confrontamo-nos com o desafio de ser autênticos, fieis a si mesmos, sem ceder à ilusão de construir artificialmente o próprio “perfil” público.
As novas tecnologias permitem que as pessoas se encontrem para além dos confins do espaço e das próprias culturas, inaugurando deste modo todo um novo mundo de potenciais amizades. Esta é uma grande oportunidade, mas exige também uma maior atenção e uma tomada de consciência quanto aos possíveis riscos. Quem é o meu “próximo” neste novo mundo? Existe o perigo de estar menos presente a quantos encontramos na nossa vida diária? Existe o risco de estarmos mais distraídos, porque a nossa atenção é fragmentada e absorvida por um mundo “diferente” daquele onde vivemos? Temos tempo para refletir criticamente sobre as nossas opções e alimentar relações humanas que sejam verdadeiramente profundas e duradouras? É importante nunca esquecer que o contato virtual não pode nem deve substituir o contato humano direto com as pessoas, em todos os níveis da nossa vida.
Também na era digital, cada um vê-se confrontado com a necessidade de ser pessoa autêntica e reflexiva. Aliás, as dinâmicas próprias das Redes Sociais mostram que uma pessoa acaba sempre envolvida naquilo que comunica. Quando as pessoas trocam informações, estão já a partilhar-se a si mesmas, a sua visão do mundo, as suas esperanças, os seus ideais. Segue-se daqui que existe um estilo cristão de presença também no mundo digital: traduz-se numa forma de comunicação honesta e aberta, responsável e respeitadora do outro. Comunicar o Evangelho através dos novos midia significa não só inserir conteúdos declaradamente religiosos nas plataformas dos diversos meios, mas também testemunhar com coerência, no próprio perfil digital e no modo de comunicar, escolhas, preferências, juízos que sejam profundamente coerentes com o Evangelho, mesmo quando não se fala explicitamente dele. Aliás, também no mundo digital, não pode haver anúncio de uma mensagem sem um testemunho coerente por parte de quem anuncia. Nos novos contextos e com as novas formas de expressão, o cristão é chamado de novo a dar resposta a todo aquele que lhe perguntar a razão da esperança que está nele (cf. 1 Pd 3, 15).
O compromisso por um testemunho do Evangelho na era digital exige que todos estejam particularmente atentos aos aspectos desta mensagem que possam desafiar algumas das lógicas típicas da web. Antes de tudo, devemos estar cientes de que a verdade que procuramos partilhar não extrai o seu valor da sua “popularidade” ou da quantidade de atenção que lhe é dada. Devemos esforçar-nos mais em dá-la conhecer na sua integridade do que em torná-la aceitável, talvez “mitigando-a”. Deve tornar-se alimento quotidiano e não atração de um momento. A verdade do Evangelho não é algo que possa ser objeto de consumo ou de fruição superficial, mas dom que requer uma resposta livre. Mesmo se proclamada no espaço virtual da rede, aquela sempre exige ser encarnada no mundo real e dirigida aos rostos concretos dos irmãos e irmãs com quem partilhamos a vida diária. Por isso permanecem fundamentais as relações humanas directas na transmissão da fé!
Em todo o caso, quero convidar os cristãos a unirem-se confiadamente e com criatividade consciente e responsável na rede de relações que a era digital tornou possível; e não simplesmente para satisfazer o desejo de estar presente, mas porque esta rede tornou-se parte integrante da vida humana. A web está contribuindo para o desenvolvimento de formas novas e mais complexas de consciência intelectual e espiritual, de certeza compartilhada. Somos chamados a anunciar, neste campo também, a nossa fé: que Cristo é Deus, o Salvador do homem e da história, Aquele em quem todas as coisas alcançam a sua perfeição (cf. Ef 1, 10). A proclamação do Evangelho requer uma forma respeitosa e discreta de comunicação, que estimula o coração e move a consciência; uma forma que recorda o estilo de Jesus ressuscitado quando Se fez companheiro no caminho dos discípulos de Emaús (cf. Lc 24, 13-35), que foram gradualmente conduzidos à compreensão do mistério mediante a sua companhia, o diálogo com eles, o fazer vir ao de cima com delicadeza o que havia no coração deles.
Em última análise, a verdade que é Cristo constitui a resposta plena e autêntica àquele desejo humano de relação, comunhão e sentido que sobressai inclusivamente na participação maciça nas várias Redes Sociais. Os crentes, testemunhando as suas convicções mais profundas, prestam uma preciosa contribuição para que a web não se torne um instrumento que reduza as pessoas a categorias, que procure manipulá-las emotivamente ou que permita aos poderosos monopolizar a opinião alheia. Pelo contrário, os crentes encorajam todos a manterem vivas as eternas questões do homem, que testemunham o seu desejo de transcendência e o anseio por formas de vida autêntica, digna de ser vivida. Precisamente esta tensão espiritual própria do ser humano é que está por detrás da nossa sede de verdade e comunhão e nos estimula a comunicar com integridade e honestidade.
Convido, sobretudo os jovens a fazerem bom uso da sua presença no areópago digital. Renovo-lhes o convite para o encontro comigo na próxima Jornada Mundial da Juventude em Madrid, cuja preparação muito deve às vantagens das novas tecnologias. Para os agentes da comunicação, invoco de Deus, por intercessão do Patrono São Francisco de Sales, a capacidade de sempre desempenharem o seu trabalho com grande consciência e escrupulosa profissionalidade, enquanto a todos envio a minha Bênção Apostólica.
Vaticano, Festa de São Francisco de Sales
24 de Janeiro de 2011
Fonte:CNBB

Bispos do Rio explicam situação e pedem ajuda em Aparecida

“Nós estamos aqui aos pés de Nossa Senhora Aparecida, nossa mãe, entregando nas mãos dela nossas dioceses. E é como se ela dissesse: “sou tua mãe, vou te ajudar e edificar as belas cidades da serra fluminense”, disse o Bispo da Diocese de Petrópolis, Dom Filippo Santoro. Essas palavras foram proferidas durante sua homilia na Missa ao Santuário Nacional de Aparecida, na manhã neste domingo, 23 .

Dom Filippo destacou que essa foi uma Missa de comunhão com todas as igrejas no Brasil, que neste momento rezam junto com as dioceses da serra fluminense diante das dificuldades que enfrentam depois das chuvas.

Num momento de dificuldade diante desta grande tragédia, o Bispo de Petrópolis lembrou das palavras ditas ao telefone por uma irmã de clausura: “Não tenha medo, no momento da morte, Jesus mostra sua face. Rosto bonito de Cristo é aquele que oferece esperança aos mortos e aos vivos. Ele é o centro da nossa vida”, disse a irmã.

Em momentos como esse, Dom Filippo enfatiza que em momentos como esse a fragilidade da vida humana se revela, e depois da tragédia os valores são revistos, deixando de lado as banalidades, voltando à vida com maior entusiasmo, coragem e solidariedade.

Durante a homilia, o Bispo de Petrópolis contou a história de jovem ministro de eucaristia que foi até o sacrário, para retirar as hóstias, antes que o local fosse tomado pelas águas. “A água estava chegando até o sacrário. Um ministro da eucaristia foi até o sacrário, pegou o Santíssimo Sacramento, envolveu num pano, e nadando com o outro braço salvava das águas o Santíssimo Sacramento e o levou até a matriz. Assim Jesus ficou salvo das águas, mas é Ele quem nos salva”, lembra.

O bispo destaca que esse jovem dá o exemplo do que deve ser feito: confiar na graça de Cristo e ao mesmo tempo nadar, trabalhar, tomar iniciativa, pois essas cidades devem ressuscitar. “Assim, cada um de nós deixamos nosso mal, o pecado, e seguimos o Senhor. Sejamos cristãos verdadeiros, solidários com os outros, seguindo os passos de Cristo”, enfatiza.

E é quando os holofotes se apagam é que aparece a verdadeira fé. “Viemos ao coração da fé do povo brasileiro, que é Santuário de Nossa Senhora Aparecida, para além de pedir que  Deus continue abençoando o nosso povo, agradecer a generosidade da população e dizer que graças a essa ajuda, estamos conseguindo levantar o animo e a moral do nosso povo tão abatido”, explica Dom Edney Govêya Mattoso.
As ofertas que chegam nas contas das dioceses servem agora para sanar as necessidades imediatas, já a doação da  Conferencia Episcopal Italiana será destinada a projetos de reconstrução dos edifícios diocesanos.

Os bispos da região serrana fluminense explicam que para o momento, não são necessárias as doações de roupas, mas são necessários materiais de limpeza, de higiene e principalmente água.

Panorama da Diocese de Petrópolis

Segundo Dom Filippo, a situação das Dioceses de Petrópolis, na qual fazem parte também as cidade de Teresópolis e São José do Vale do Rio Preto, e de Nova Friburgo é desafiadora.

Nas cidades de Petrópolis e Teresópolis, os centros das cidades não foram atingidos, por isso as atividades comerciais continuam, o desastre ficou localizado nos bairros. “Em Petrópolis ficou localizado no bairro Cuiabá, em Teresópolis foram atingidos os bairros: Caleme, Campo Grande, Cruzeiro, Pessegueiro, Santa Rita, Vieira e Bom Sucesso. Já em São José do Vale do Rio Preto, o desastre tocou o centro da cidade”, explicou o bispo.

A paróquia de São José, que fica numa parte alta não foi atingida, possuía um gerador de corrente elétrica e por isso serviu como abrigo para a Prefeitura e foi um ponto de refer~encia para todas as operações.

“Em todos os lugares as nossa igrejas ficaram gravemente afetadas, mas depois das limpezas elas se tornaram centros de acolhida aos voluntários e de distribuição dos alimentos doados”, conta Dom Filippo.

As cidades atingidas chegam agora numa fase delicada de reconstrução. Segundo o bispo, a Igreja permanece junto aos voluntários oferecendo a motivação e fé, mantendo viva a esperança.

Dom Filippo chama a atenção para que as pessoas não sejam apenas envolvidas nessa onda de comoção, mas que haja um planejamento urbano futuro para evitar situações como essa.
Diocese de Nova Friburgo
Diferente de Teresópolis, o centro de Nova Friburgo foi atingido o que agravou a situação, pois nos primeiros dias foram interrompidas as comunicações, os acessos, e a distribuição de água e energia. “Foi realmente um caos muito grande. Não tínhamos se quer conhecimento da magnitude do que tinha ocorrido”, conta o Bispo da Diocese, Dom Edney Govêya Mattoso.

Aos poucos as situações foram se clarificando, mas ainda o acesso é difícil em algumas localidades, como no Córrego Dantas e Campo do Coelho. “Ainda, com certeza, existem vítimas, corpos que ainda não foram descobertos, e possivelmente nem serão. Já se fala em sepultamentos naturais, porque é uma dificuldade enorme mobilizar em tantos pontos diferentes esse mecanismos de resgate”, explica o bispo.

Mas ao mesmo tempo, Dom Edney salienta a beleza da mobilização popular, especialmente entre os jovens. No Colégio Nossa Senhora das Dores a distribuição de alimento e de outras doações segue ativamente. “O montante de gêneros de primeira necessidades que recebemos até ontem já passava das 150 toneladas junto com roupas e medicamentos”, contabiliza.

Também nesse colégio foram alojados os funcionários do Ministério da Saúde, da Defesa Civil e do SAMU, o que facilitou o acesso as informações. “Enquanto eles saiam para essas áreas de risco, iam junto grupos de seminaristas e sacerdotes. E ali enquanto uns faziam o trabalho de socorro da parte física, outros iam ao encontro daqueles que estavam desolados”, conta o bispo.

Dom Filippo salienta que muitas vezes não foi preciso dizer nada, apenas a presença deles serviam de consolo e apoio a população.

“Ao lado de toda essa tragédia que estamos acompanhando nos meios de comunicação, surge uma onda de solidariedade que move não apenas as cidades atingidas, mas o Brasil inteiro. Um grande mutirão de amor ao próximo”, enfatiza Dom Edney .
Fonte: Canção Nova

ANGELUS: "CADA DIVISÃO NA IGREJA É UMA OFENSA A CRISTO"

O Papa Bento XVI dedicou a alocução que precedeu a oração mariana do Angelus deste domingo em grande parte ao tema do ecumenismo e do diálogo entre as diversas igrejas cristãs. Nestes dias, de 18 a de 25 janeiro, - disse o Pontífice - está se realizando a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Recordamos que esta semana de Oração no Brasil se realiza entre o domingo da Ascensão e o domingo de Pentecostes. Este ano a semana tem como tema uma passagem do livro dos Atos dos Apóstolos, que resume em poucas palavras a vida da primeira comunidade cristã de Jerusalém: “Unidos no ensinamento dos Apóstolos, em comunhão, na fração do pão e na oração” (Atos 2:42).

“É muito significativo que este tema tenha sido proposto pelas Igrejas e Comunidades cristãs de Jerusalém, reunidas num espírito ecumênico. Sabemos quantas provas devem enfrentar os irmãos e irmãs da Terra Santa e do Oriente Médio. O seu serviço é por isso ainda mais precioso, confirmado por um testemunho que, em alguns casos, chegou até mesmo ao sacrifício da vida".

Por isso, - continuou o Santo Padre - enquanto acolhemos com alegria as reflexões oferecidas pelas comunidades que vivem em Jerusalém, nos unimos a elas, e isso se torna para todos um ulterior fator de comunhão.

Em seguida o Papa recordou que também hoje, “para ser no mundo sinal e instrumento de íntima união com Deus e de unidade entre os homens, nós cristãos devemos basear a nossa vida nestes quatro ‘pilares’: a escuta da Palavra de Deus transmitida na viva Tradição da Igreja, a comunhão fraterna, a Eucaristia e a oração”.

Somente desta maneira- sulbinhou o Santo Padre - mantendo-se firmemente unidos a Cristo, a Igreja pode efetivamente cumprir a sua missão, apesar das limitações e falhas dos seus membros, apesar das divisões, que já o apóstolo Paulo teve de enfrentar na comunidade de Corinto, como recorda a Segunda Leitura deste domingo: “Eu lhes peço, irmãos, - escreve São Paulo – que se mantenham de acordo uns com os outros, para que não haja divisões. Sejam estreitamente unidos no mesmo espírito e no mesmo modo de pensar". (1:10).

O Papa afirma ainda que cada divisão na Igreja é uma ofensa a Cristo, e ao mesmo tempo, que é sempre n’Ele, único Cabeça e Senhor, que podemos nos encontrar unidos, pelo poder inesgotável de sua graça.
“Eis então o chamado sempre atual do Evangelho de hoje: «Convertam-se, porque o Reino do Céu está próximo.» (Mt 4:17). O sério compromisso de conversão a Cristo é o caminho que conduz a Igreja, com os tempos que Deus dispõe, à plena unidade visível”.
E são um sinal - disse o Pontífice -, os encontros ecumênicos que nestes dias estão se multiplicando em todo o mundo. Aqui em Roma, além da presença de várias delegações ecumênicas, terá início amanhã uma sessão de encontros da Comissão para o Diálogo Teológico entre a Igreja Católica e as Antigas Igrejas Orientais. E depois de amanhã – disse ainda Bento XVI – “vamos concluir a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos com a solene celebração das Vésperas na Festa da Conversão de São Paulo. Acompanhe-nos sempre, neste caminho, a Virgem Maria, Mãe da Igreja”.

Em seguida o Santo Padre concedeu a todos a sua Benção Apostólica. (SP)

Fonte:Rádio Vaticano

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Escola Diocesana de Fé e Política “Dom Manuel Pereira”

Curso sobre Fé e Política 2011

Inscrições abertas

Apresentação


A Escola Diocesana de Fé e política “Dom Manuel Pereira” nasceu com o objetivo de Contribuir para a formação sócio-política de lideranças, à luz do evangelho, da doutrina social da Igreja, com o auxílio das ciências sociais e da filosofia.

O curso sobre Fé e Política 2011 terá duração de um ano, dividido em seis módulos. Cada módulo corresponde a dois meses, as aulas sempre acontecerão no terceiro sábado de cada mês no horário de 08h00min até as 16h30min.

O investimento é de 25reais matrícula e 15reais mensalidade estes valores garantirão material do curso, apostilas, refeições (lanches e almoço no local do curso), assessorias.

As inscrições já estão sendo feitas no secretariado diocesano de pastoral, na sala da pastoral da criança. (prédio fica por traz da praça da catedral,) na Rua Afonso Campos, centro – Campina Grande- PB.

Informações através do e-mail feepolitica.cg@gmail.com com Risonete pelo telefone 83 33214715 (pela manhã) ou com Roberto Jefferson- 83 99571283.

Curso sobre Fé e Política – 2011/Conteúdo

  1. Módulo: Conceitos de Fé e Política, Educação Popular 
19 de Fevereiro e 19 de Março

  1. Módulo: O que é política? Conceitos e aplicações; Que Brasil temos e que Brasil queremos. (Projetos de Nação em disputa, políticas públicas, conselhos, partidos políticos, movimentos sociais, ONGs, sindicatos, associações, Assembléia Popular).
16 de Abril e 14 de Maio


  1. Módulo: Como fazer análise de conjuntura, capitalismo, modelos de desenvolvimento, qual o rosto sócio-político e eclesial da Diocese (Campina Grande e região)
18 de Junho e 16 de Julho

  1. Módulo: América Latina; Contexto Histórico, Processos de Integração, MERCOSUL, UNASUL, ALBA. Conferências Episcopais – Rio, Medelín, Puebla, Santo Domingo, Aparecida
20 de Agosto e 17 de Setembro

  1. Módulo: Doutrina Social da Igreja, Opção Preferencial Pelos Pobres, Agricultura Familiar e Agro ecológica, Clima, Mundo do trabalho, Economia Solidária
15 de Outubro e 19 de Novembro

  1. Módulo: Ecumenismo, o Reino e a Política, avaliação e confraternização-
  2. 17 de Dezembro.


DIOCESE DE CAMPINA GRANDE
Escola Diocesana de Fé e Política “Dom Manuel Pereira”
Curso sobre Fé e Política- 2011

Ficha de Inscrição

Nome:________________________________________________________________
Endereço:_____________________________________________________________
Bairro: ___________________________Cidade:________________________      CEP:
E-mail:_________________________________________________________________
Telefone:______________________________________________________________
Paróquia/Pastoral/Movimento/Instituição/ONG/Partido:________________________
Qual a sua expectativa para o curso?  ________________________________________
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Assinatura do Participante:_________________________________________________



Enviado por Roberto Jefferson Normando



Unidade dos cristãos é dom de Deus e fruto da oração, diz Papa

O Papa Bento XVI falou sobre a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (Souc) na Catequese desta quarta-feira, 19.

"Todos os crentes em Cristo são convidados a unir-se em oração para testemunhar o profundo vínculo que existe entre si e invocar o dom da plena comunhão. É providencial o fato de que, no caminho para construir a unidade, seja colocada no centro a oração: isso recorda-nos, mais uma vez, que a unidade não pode ser simples produto do operar humano; essa é, antes de tudo, dom de Deus, que comporta um crescimento na comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo", afirma.

Acesse
.: Catequese de Bento XVI sobre Souc

O Pontífice também recordou um ensinamento do Concílio Vaticano II, segundo o qual as orações em comum são um meio eficaz para implorar a graça da unidade e, também, manifestação autêntica dos vínculos através dos quais os católicos permanecem unidos com os irmãos separados.

"O caminho rumo à unidade visível entre todos os cristãos reside na oração, porque, fundamentalmente, a unidade não a 'construímos' nós, mas a 'constrói' Deus, vem d'Ele, do Mistério trinitário, da unidade do Pai com o Filho no diálogo de amor que é o Espírito Santo e o nosso compromisso ecumênico deve abrir-se à ação divina, deve fazer-se invocação cotidiana do auxílio de Deus. A Igreja é sua e não nossa", salienta.

O Papa salientou que todos os cristãos têm uma responsabilidade comum diante do mundo: dar um forte testemunho, fundamentado espiritualmente e sustentado pela razão, do único Deus que se revelou e nos fala em Cristo, "para sermos portadores de uma mensagem que oriente e ilumine o caminho do nosso tempo, frequentemente privado de claros e válidos pontos de referência".

Para concretizar essa missão, o amor recíproco, o sentir que existe uma verdadeira unidade interior entre o que seguem o Senhor, calaborar o máximo possível para resolver as questões ainda pendentes e ser consciente de que o Senhor deve sempre auxiliar ao longo do caminho são pontos de auxílio indicados por Bento XVI.


4 características da unidade e do amor

O tema da Souc 2011 é "Unidos no ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações" (At 2, 42) – referente à experiência da primeira comunidade cristã de Jerusalém.

"O Pentecostes como início da Igreja assinala o alargamento da Aliança de Deus com todas as criaturas, com todos os povos e em todos os tempos, para que toda a criação caminhe rumo ao seu verdadeiro objetivo: ser lugar de unidade e de amor", acrescentou o Papa.

A partir do trecho bíblico tema da Souc, o Santo Padre elencou quatro características que definem a comunidade cristã de Jerusalém como lugar de unidade e amor. "Estes quatro elementos representam ainda hoje as pilastras da vida de toda a comunidade cristã e constituem também o único fundamento sólido sobre o qual progredir na busca da unidade visível da Igreja", diz.

1 – Fidelidade – os primeiros cristãos recebem o Evangelho da boca dos Apóstolos, unem-se pela escuta e proclamação da Palavra. "Todo o esforço para a construção da unidade entre todos os cristãos passa através do aprofundamento da fidelidade ao depositum fidei transmitido pelos apóstolos", explica o Papa;

2 – Comunhão fraterna – tanto no tempo da primeira comunidade cristã quanto hoje, essa é a expressão mais tangível da unidade entre os discípulos do Senhor, segundo o Santo Padre. Ele salientou que a partilha dos bens sempre encontrou diversas formas de expressão na história da Igreja. "Uma dessas, peculiar, é a dos relacionamentos de fraternidade e amizade construídos entre cristãos de diversas confissões. A história do movimento ecumênico é assinalada por dificuldades e incertezas, mas é também uma história de fraternidade, cooperação e partilha humana e espiritual, que transformou de modo significativo as relações entre os crentes no Senhor Jesus: todos estamos comprometidos a continuar sobre essa estrada";

3 – Comunhão no sacrifício de Cristo – o momento da fração do pão, em que se torna presente o único sacrifício da Cruz, era essencial na vida da comunidade de Jerusalém e, também hoje, é o cume da união com Deus e, portanto, representa também a plenitude da unidade dos discípulos de Cristo, a plena comunhão. "Durante esta semana de oração, é particularmente viva a amargura pela impossibilidade de partilhar da mesma mesa eucarística, sinal de que estamos ainda distantes da realização daquela unidade pela qual Cristo rezou", explica o Bispo de Roma. Nesse sentido, a Souc ganha também uma dimensão penitencial, o que deve tornar-se motivo para um empenho ainda mais generoso para que sejam removidos os obstáculos à plena comunhão;

4 – Oração – é a atitude constante dos discípulos de Cristo, isto é, acompanha a vida cotidiana em obediência à vontade de Deus. "A oração cristã, participação na oração de Jesus, é, por excelência, experiência filial, como nos atestam as palavras do Pai Nosso. [...] Colocar-se em atitude de oração significa, portanto, também abrir-se à fraternidade que deriva do ser filhos do único Pai celeste, e estar dispostos ao perdão e reconciliação", sublinhou Bento XVI.


A audiência

O encontro do Bispo de Roma com os fiéis reunidos na Sala Paulo VI aconteceu às 7h30 (horário de Brasília - 10h30 em Roma).

Na saudação aos fiéis de língua portuguesa, o Papa salientou:

"Amados peregrinos de língua portuguesa, sede bem-vindos! A todos saúdo com grande afeto e alegria, exortando-vos a perseverar na oração, pedindo a Deus o dom da unidade, a fim de que se cumpra no mundo inteiro o seu desígnio de salvação! Ide em paz!"
Fonte:Canção Nova