quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Quais são as expectativas dos jovens do século XXI?

Novas tecnologias, atividades radicais, aventuras, viagens. Estas são algumas das ferramentas e atividades exploradas pela juventude que desbrava o século XXI. Mas como estão os jovens de hoje? E o que pensam sobre sua vida e futuro?
De acordo com o Bispo Auxiliar de Campo Grande (MS) e responsável pelo Setor Juventude da CNBB, Dom Eduardo Pinheiro, não se pode olhar para o jovem sem compreender a realidade política e cultural em que vive. Segundo ele, este contexto se expressa no consumismo, na grande velocidade de informações e de acontecimentos.


“O jovem é fruto dessa realidade (…), mas temos uma diversidade de jovens. Muitos também querem algo a mais no aspecto religioso, transcendental, não estão contentes somente com aquilo que têm experienciado”, complementa.
Já em relação à expectativa de futuro, alguns jovens acabam pensando numa profissão, em estabilidade financeira, mas outros se preocupam somente com o “aqui e agora”. Foi o que destacou o jovem Alex Oliveira, 20 anos, de Santo Anastásio (SP), que participa até domingo, 16, do Acampamento Revolução Jesus, na sede da Comunidade Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP).

“Acho que está faltando mais um pouco de responsabilidade [entre os jovens], de pensar mais no futuro. A vida não é só o hoje. Você vive o agora, mas e o amanhã?”, ressalta.

A psicopedagoga Maria José Tomé de Souza aponta que a juventude até sonha em construir o seu futuro ao focar a carreira profissional, mas quando pensa em constituir uma família, parece ser algo a longo prazo: “Só depois de construir uma profissão é que pensam em casar. A maioria das pessoas, hoje, pensa em casar, ter filhos, depois dos 30 anos”, afirma.


Família e escola

Projetar o futuro também pode ser sinônimo de receber uma sólida formação em casa e na escola.
É o que ressalta Dom Eduardo: “O jovem quer uma família mais serena, onde haja diálogo e ele se sinta valorizado (…). Quando falamos da família na vida do jovem, estamos trabalhando com algo fundamental para a sua formação humana e cristã”.

Quanto à escola e universidade, Dom Eduardo enfatiza que os jovens precisam adquirir uma boa consciência crítica e que a Igreja possui também um importante papel para esta formação:

"A Igreja precisa se provocar mais na participação, não somente de estar no meio, para rezar ou fazer alguma celebração, mas estarmos [nas escolas] com os valores cristãos que são valores humanos e ajudarmos a formar uma consciência verdadeira e ética, a favor da vida desse jovens, que passam um bom tempo de sua vida nos estudos".
Sobre a atuação da família, Maria José também concorda. De acordo com a psicopedagoga, para que os jovens preparem bem o seu amanhã, é essencial a participação ativa da família: “É preciso que os pais deem limites, transmitam os valores humanos da sociedade para que se construa um futuro melhor, um futuro no qual haja respeito entre as pessoas, em que não fiquem centradas em si mesmas”.
Fonte:Canção Nova

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