O Papa Francisco assomou à janela do
apartamento pontifício ao meio-dia deste domingo para rezar, com os milhares de
fiéis reunidos na Praça São Pedro, a tradicional Oração mariana do Angelus,
dedicada hoje a Santíssima Trindade, “o Pai, o Filho e o Espírito Santo, uma comunhão
profunda e de amor perfeito, origem e meta de todo o universo e de toda
criatura”.
“Na Trindade – disse o Pontífice -
reconhecemos também o modelo da Igreja, na qual somos chamados a nos amar como
Jesus nos amou”, e “o amor é a marca do cristão”: É uma contradição pensar em cristãos
que se odeiam. É uma contradição! É o que o diabo sempre procura fazer, nos
fazer odiar, semeando a discórdia. Ele não conhece o amor de Deus. Todos somos
chamados a testemunhar e anunciar a mensagem de que “Deus é amor”, que Deus não
está longe ou é insensível às nossas vicissitudes. Ele está próximo de nós,
está sempre ao nosso lado, caminha conosco para partilhar as nossas alegrias e
as nossas dores, as nossas esperanças e os nossos cansaços.
“É o Espírito Santo que nos comunica a
vida divina e nos faz entrar no dinamismo da Trindade - afirmou o Santo Padre -
um dinamismo de amor, de comunhão, de serviço recíproco, de partilha”: Uma pessoa que ama os outros pela
própria alegria de amar, é reflexo da Trindade. Uma família onde se ama e onde
uns ajudam os outros é um reflexo da Trindade. Uma paróquia onde se quer bem e
se partilha os bens espirituais e materiais, é reflexo da Trindade.
Fazendo referência à Festa do Corpo de
Deus a ser celebrada na próxima quinta-feira, Francisco observou que “a
Eucaristia é como a ‘sarça ardente’ onde humildemente habita e se comunica a
Trindade; por isto a Igreja colocou a Festa de Corpo de Deus após a da
Trindade”.
Após, convidou os romanos e os
peregrinos para participar na próxima quinta-feira da Santa Missa na Basílica
São João de Latrão – como já é tradição – e acompanhar a procissão com o
Santíssimo Sacramento, para assim “expressar o nosso desejo de ser um povo
reunido na unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.
Antes de saudar os grupos paroquiais,
famílias e associações presentes na Praça São Pedro, o Papa pediu orações pelo
Iraque e anunciou sua visita à Tirana, capital da Albânia, em 21 de setembro
próximo: “Com esta breve viagem desejo confirmar na fé a Igreja na Albânia e
testemunhar o meu encorajamento a um país que sofreu longamente em consequência
das ideologias do passado”.
Ao final do encontro dominical, o Papa
dirigiu um pensamento especial às empregadas domésticas e acompanhantes “que
provém de tantas partes do mundo e desenvolvem um serviço precioso nas
famílias, especialmente no apoio aos idosos e às pessoas dependentes”, chamando
a atenção para a não valorização deste trabalho: “Tantas vezes nós não
valorizamos com justiça o belo e grande trabalho que elas fazem nas famílias.
Muito obrigado a vocês”. (JE) (Fonte; http://www.rccbrasil.org.br/)
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