quinta-feira, 6 de junho de 2013

Papa Francisco: Deus escuta quem clama diante do sofrimento



“Há muitas pessoas que vivem quase ao limite: crianças desnutridas, prófugos, doentes terminais”, afirmou o Papa, pedindo oração sincera

Suplicar a Deus diante dos próprios sofrimentos não é pecado, mas uma oração que chega ao coração do Senhor. Foi o que afirmou o Papa Francisco na manhã desta quarta-feira na missa na Casa Santa Marta.

A história de Tobias e Sara, recolhida da primeira leitura do dia, foi o centro da homilia do Papa: duas pessoas justas que vivem situações dramáticas. 

“São pessoas em situações limite, situações precisamente no subsolo da existência, e buscam uma saída. Lamentam-se, mas não blasfemam”, afirmou o Papa. 

Segundo Francisco, “lamentar-se perante Deus não é pecado. Um sacerdote que conheço uma vez disse a uma mulher que se lamentava ante Deus por suas calamidades: ‘senhora, essa é uma forma de oração. Siga em frente’. O Senhor escuta nossos lamentos”. 

Há muitas pessoas que vivem quase ao limite, afirmou o Papa: crianças desnutridas, prófugos, doentes terminais. Nesses casos, há que se fazer como disse Jesus, rezar. 

“Rezar por eles. Eles devem entrar em meu coração, devem ser uma inquietude para mim: meu irmão sofre, minha irmã sofre. Este é o mistério da comunhão dos Santos; rezar ao Senhor: ‘mas, Senhor, olhe para esta pessoa: chora, sofre’. Rezar, permita-me que o diga, com a carne: que nossa carne reze. Não com as ideias. Rezar com o coração”.  

As orações de Tobias e Sara, que, ainda que pediam a morte, dirigem-se ao Senhor, dão-nos esperança – explicou o Papa – porque são acolhidas por Deus a sua maneira, que não os deixa morrer, mas cura Tobias e dá finalmente um marido a Sara. 

“A oração – afirmou o Papa – sempre chega à glória de Deus, sempre, quando é oração que parte do coração”. Francisco convidou a rezar pelos que vivem situações dramáticas, sofrem muito e, como Jesus na cruz, gritam: “Pai, Pai, por que me abandonaste? Rezemos para que nossa oração chegue e seja um pouco de esperança para todos nós”.


Fonte: Catolicanet

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