O Papa Francisco acompanha com viva preocupação a evolução do drama que está atingindo milhares de pessoas em fuga de suas terra. Trata-se de um verdadeiro “êxodo bíblico” que envolve famílias inteiras, reduzidas à miséria, arriscando a vida em busca de um futuro longe das guerras, fome e violência de todo tipo. Em um tweet, o Papa convida à abrir os corações a quem sofre: “Senhor, ajudai-nos a ser mais generosos e sempre mais solidários com as famílias pobres”. Na costa da Líbia duas embarcações afundaram matando ao menos 200 pessoas, enquanto na Áustria dezenas de migrantes foram encontrados na quarta-feira asfixiados, em um caminhão frigorífico.

E enquanto no canal da Sicília naves italianas e europeias continuam a salvar vidas humanas, nos Balcãs continua a contagem das vítimas de outra rota de imigração. E tudo indica que os 71 imigrantes encontrados em um caminhão frigorífico abandonado em uma auto-estrada na Áustria morreram por asfixia. Provavelmente eram sírios, entre eles, 8 mulheres e 4 crianças.
Vindos principalmente da Síria e Iraque, mas também do Afeganistão e Paquistão, entre outros países, os imigrantes da Rota dos Balcãs desembarcam na Grécia com o objetivo de chegar no Reino Unido, Alemanha e países escandinavos. Para isto, devem atravessar a Sérvia ou Macedônia, a Hungria e a Áustria.
A presença dos refugiados atraiu a atenção dos traficantes de seres humanos, sempre presentes nestas regiões. A Máfia kosovar, em acordo com sérvios-macedônios, está organizando rotas alternativas para esquivar-se do muro que está sendo construído na Hungria, desviando pela Romênia ou mesmo pelos Bálcãs, atravessando a Eslovênia e a Croácia. Até a semana passava, a travessia por terra custava entre 300 a 400 euros. Agora o preço por pessoa chegou a mil euros. (JE)
Fonte: Rádio Vaticano
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