sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Entenda segunda fase dos trabalhos no Sínodo dos Bispos

Canção Nova Notícias



Montagem sobre fotos / CN Roma
Acima, Dom Leonardo e Dom Geraldo. No centro, Dom Odilo. E abaixo, Dom Sérgio e Dom Beni
O Sínodo dos Bispos, que acontece em Roma entrou nesta quinta-feira, 18, em uma nova fase. Até agora os 256 bispos presentes, dos cinco continentes, tiveram a oportunidade de falar sobre a ação evangelizadora em seus lugares de atuação e sobre temas referentes à Nova Evangelização.

Essa primeira fase proporcionou aos bispos terem uma visão geral da Igreja em todo mundo. "Foi um tempo importante, porque tivemos uma visão geral da Igreja nos cinco continentes e também uma visão geral dos desafios, dos problemas que a Igreja enfrenta no mundo inteiro", destaca Dom Benedito Beni dos Santos, bispo de Lorena (SP), um do cinco bispos brasileiros que participam do encontro. 


Embora a Igreja em cada localidade apresente desafios diferentes, Dom Beni disse que, ao ouvir todos os bispos, é possível apontar um problema comum a toda Igreja, tanto no Ocidente quanto no Oriente: a secularização.

Mas não há somente desafios em comum. Dom Geraldo Lyrio Rocha, arcebispo de Mariana (MG), destaca que também é comum a toda Igreja o testemunho dos cristãos, a ação dos pastores, a vida religiosa, a presença dos leigos, das comunidades eclesiais e movimentos. "Aí vemos a universalidade da fé cristã, que riqueza admirável", afirmou. 

Os cinco bispos brasileiros que participam do evento foram unânimes ao afirmar que a primeira semana foi de uma escuta frutuosa. "Uma semana de ouvir, uma semana que, devagar, fomos colocando pequenas pedras num grande mosaico. As falas dos padres sinodais, as outras intervenções, todas ajudaram a criar um grande mosaico onde agora temos diante de nós o rosto da nossa Igreja", disse o secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner. 

Nova fase - Fase das propostas

Somente a partir de agora, diante das realidades apresentadas, é que os padres sinodais entram na segunda etapa do Sínodo. Nesta quinta-feira, 18, começaram os estudos em círculos menores, em que serão elaboradas as chamadas proposições, que são propostas para a ação da Igreja diante das realidades partilhadas. As proposicões serão votadas por todos os bispos e apresentadas ao Papa.

"Esta fase do trabalho agora é de produzir. Até agora nós ouvimos, agora começamos a produzir algo para que o Sínodo diga sua maneira de ver as coisas e as suas contribuições para que a Nova Evangelização se faça”, explica Dom Odilo Pedro Scherer, cardeal arcebispo de São Paulo. 

O arcebispo de Brasília (DF), Dom Sérgio da Rocha, participa da Comissão que elabora a mensagem do Sínodo. Essa mensagem, que deverá ser aprovada e publicada no final do encontro, é dirigida a todo o povo de Deus. "Ela serve de referência, sobretudo enquanto não se publica a chamada Exortação Pós-Sinodal. Essa mensagem tem uma importância muito grande porque serve de referência para o Sínodo", explica. 

A XIII Assembléia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos para a Nova Evangelização teve início no dia 07 deste mês, em Roma, e prossegue até o dia 28. Entre os presentes, estão cardeais e bispos do mundo inteiro.



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