terça-feira, 17 de março de 2015

EJC, 20 ANOS: Símbolo de uma Igreja viva e jovem

No último sábado, dia 14 de março, centenas de jovens oriundos de diversos bairros de Campina Grande, lotaram a Catedral com o intuito de realizar a inscrição do EJC. O encontro realizar-se-á entre os dias 29, 30 e 31 de maio e que terá como sede, a Escola Técnica Redentorista, tem como tema central: “Vinde a mim todos que estás cansados e abatidos, e eu vos aliviarei” Mt 11,28.  À luz desses fatos, é fundamental entender o fenômeno que floresce no interior da comunidade e que conta com uma dupla missão: “resgate e reanimação” espiritual.
Segundo o dicionário Aurélio, juventude é sinônimo de vivacidade e força. O inspirador Papa Emérito Bento XVI, na ocasião de sua eleição em abril de 2005, já fazia ecoar além Roma, ou melhor, Urbi  Et orbi, que a “Igreja é viva, a igreja é jovem”. Encontros com essa importante parcela do rebanho católico, tornou-se um ato obrigatório nos seus quase 08 anos de pontificado. Marcado também pela criação do Youcat, que com uma linguagem moderna, reflete sobre a doutrina da Igreja tendo como base o Catecismo.
O revolucionário Papa Francisco, já lembrava por ocasião da JMJ 2013 no Rio de Janeiro. “Cristo bota fé nos jovens e confia-lhes o futuro de sua própria causa: Ide e fazei discípulos”. O chamado do Sucessor de Pedro, somados a suas práticas voltadas aos mais humildes, são referências em uma sociedade cada vez mais desnorteada por conflitos éticos, morais e religiosos.
É diante desse contexto que se pode entender o crescente SIM da juventude à proposta salvífica de Cristo. O mais influente pensador cristão, Santo Agostinho, já refletia, “o homem tem um vazio do tamanho de Deus”. Os Encontros de Jovens com Cristo (EJC) realizados ao longo desses 20 anos, têm buscado possibilitar uma evangelização permanente, ao mesmo tempo em que renda bons frutos.
Não se pode negar que essa “subida ao monte”, como bem destaca o Padre Luciano Guedes, Pároco da Catedral, tem sido uma porta de entrada e de reencontro daqueles que por muitas razões, distanciaram-se da experiência comum com os irmãos: a paróquia. É bem verdade que os desafios são muitos, pois, fomentar um efetivo vínculo religioso pós-encontro vai de encontro com a lógica do discurso pós-moderno que permeia as universidades e as mídias (para citar dois espaços em que há uma intervenção maciça de jovens).
Contudo, na contramão dessas questões, existe também um belíssimo trabalho de dezenas de “painhos, mainhas e irmãos”, que servem com amor e desprendimento à obra do Reino de Deus. Todos aqueles que doam o seu tempo, ou melhor, oferecem um pouco de si mesmos, são “multiplicadores de esperanças” e “Semeadores do bem”. Em meio aos solavancos da vivência cristã, o segredo dessa grande família é respondido em Colossenses (2, 7), “enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé”. 
Texto de Emilson Garcia - Pascom Catedral


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