terça-feira, 10 de março de 2015

Quem é infinitamente perdoado por Deus, deve perdoar infinitamente - Pe José Assis Pereira Soares


Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes? Jesus respondeu: Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.” (cf. Mt 18,21-35)

Jesus sempre insistiu com seus discípulos sobre a importância de estar sempre disposto a perdoar. A abertura ara o perdão ria um sinal de que o Reino estava exercendo sua ação no meio deles. A incapacidade de perdoar seria indicio de que, entre eles, o pecado ainda falava mais forte.

Manter-se continuamente aberto para o perdão é desafiador. Afinal, a paciência tem seus limites e a disposição para perdoar pode dar margem a abusos. Mesmo assim, Jesus exigiu de seus discípulos a predisposição para perdoar sempre. Quem é infinitamente perdoado por Deus, deve perdoar infinitamente.

É mesquinho apegar-se a pequenas coisas. A generosidade do Pai não pode ter como contrapartida a mesquinhez humana. E à capacidade de Deus passar por cima das limitações humanas, deve corresponder, por parte dos discípulos de Jesus, a capacidade de serem condescendentes com as fraquezas alheias. 

A intransigência como próximo poderá provocar a intransigência de Deus. Não podemos impor limites ao perdão. Perdoar de coração o irmão torna-se a exigência para fazer parte no Reino de Deus. Vale a pena lembrar o ensinamento do Papa Francisco: “Deus nunca se cansa de perdoar, mas somos nós que nos cansamos de pedir a sua misericórdia. Aquele que nos convidou a perdoar setenta vezes sete dá-nos o exemplo: Ele perdoa setenta vezes sete. Volta uma vez e outra a carregar-nos aos seus ombros”. (EG 3)

Senhor Jesus, que eu seja compassivo com o meu próximo, necessitado do meu perdão, pois reconheço a grandeza do perdão que sempre recebo do Pai.

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