quarta-feira, 4 de março de 2015

“Os mestres da Lei e os fariseus têm autoridade para interpretar a Lei de Moisés - Pe Jose Assis Pereira Soares


Por isso, deveis fazer e observar tudo o que eles dizem. Mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam.” (cf. Mt 23,1-12). Em mais de uma página evangélica encontramos Jesus chamando à atenção de seus seguidores a propósito dos abusos e das falsas práticas religiosas que os fariseus praticavam. 

O Mestre se depara com a flagrante incoerência dos dirigentes religiosos de seu tempo em tudo o que tem a ver com a tradução e interpretação da Lei de Moisés e da vida. Um legalismo tão absurdo como opressor, como se o bom Deus se pudesse fechar em conselhos religiosos externos, na pureza ritual e no legal. 

Jesus mostra que o que importava naquele momento não era a doutrina, recaindo o foco sobre o que faziam. Além disso começa a cobrar a coerência entre as ações e a pregação. Por isso Jesus de Nazaré, denuncia a mentira e incoerência de vida, o legalismo obsessivo e, se isto fosse pouco, o exibicionismo religioso das autoridades de seu tempo. 

Cuidado com o exibicionismo!
Jesus procurou banir tal comportamento, meramente exterior do meio dos seus discípulos, ensinando-lhes o caminho do serviço e da humildade. Nada de querer parecer melhor que os outros, querendo assim assumir o lugar que pertence a Deus e acabando por se tornar um terrível opressor dos seus irmãos e irmãs. O discípulo deve ser movido por outros sentimentos. Ser coerente com o que pensa diz e faz por amor a Cristo.

Sigamos, pois, o exemplo da Santíssima Virgem Maria, que em tudo procurou viver de forma simples, serviçal e alicerçada na observância e profunda vivência dos mandamentos da Lei do Senhor Deus, realidade essa que eleva os humildes e derruba os “poderosos” de seus tronos, pois o maior no Reino dos Céus é aquele que se faz último e servo de todos.

Senhor, afasta do meu coração toda tentação de exibicionismo e ensina-me a ser humilde servidor.

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